O documento descreve a história da reabilitação urbana em Viana do Alentejo ao longo dos séculos. Aponta que o atual presidente da câmara, Bengalinha Pinto, lançou um ambicioso plano de requalificação dos centros históricos da vila, apesar das dificuldades políticas que isso pode trazer, seguindo o exemplo do presidente José Fragoso na década de 1950 que modernizou a vila.
1. Reabilitação dos Centros
Históricos das Vilas do Concelho
O Programa Estratégico de Reabilitação Urbana do
Concelho de Viana do Alentejo define as orientações para uma
profunda intervenção nos centros históricos e zonas urbanas
consolidadas das três vilas do nosso concelho.
cmyk cmyk
“Decidi recandidatar-me
à Câmara Municipal de
Viana do Alentejo porque tenho
a firme determinação de dar
continuidade ao trabalho realizado
nestes últimos quatro anos...”
Bengalinha Pinto
em entrevista:
Editorial
Caros amigos;
Quase quatro anos que são passados sobre a data em que o Povo do
Concelho de Viana do Alentejo soberanamente decidiu que estava na altura
de se enveredar por um novo caminho na gestão da vida municipal, eis-nos de
volta ao vosso contacto, com este pequeno jornal a que entendemos chamar
“União E Solidariedade”, conceitos fundamentais que os conturbados tempos
que hoje vivemos colocaram no topo das prioridades de quaisquer propostas
para um futuro próximo: união de todos nós, porque dela advém a força ne-
cessária para se poderem levar a bom termo os nossos projectos e trabalhos;
solidariedade entre todos, porque só com ela se logrará alcançar uma sociedade
mais equitativa, mais justa e mais democrática.
Antes do mais cabe aqui uma palavra de agradecimento a todos aqueles que,
em Outubro de 2009, optaram por depositar a sua confiança no Movimento Unidos
pelo Concelho de Viana do Alentejo e no Partido Socialista; a todos eles e também
àqueles que nos apoiaram ao longo daquela campanha, o nosso muito obrigado. Neste
e nos próximos números do “União e Solidariedade” iremos dar uma vista de olhos
ao caminho percorrido durante o mandato que agora está a terminar, às dificuldades e
obstáculos que tivemos de ultrapassar, em suma, iremos fazer um balanço do trabalho
desenvolvido. Em simultâneo avançaremos, desde já, com algumas propostas para o
próximo mandato, ainda passíveis, contudo, de serem enriquecidas com as críticas e
sugestões de todos.
Apesar da grave crise que assolou o país nos últimos anos, com particular in-
cidência a partir do ano de 2010 e não podendo ignorar tal realidade - lembrando que
as autarquias locais foram, também elas, um dos principais alvos de um vasto pacote
legislativo de severas medidas de austeridade -, considero que foi feito muito trabalho
positivo no nosso concelho, tanto ao nível da Câmara como das suas freguesias.
Nitidamente em contra-ciclo com a difícil situação económica que atraves-
sam grande parte dos municípios do país, tem-nos sido possível, com muita dedicação
e trabalho, manter as contas equilibradas, podendo mesmo afirmar-se que gozamos
de uma situação financeira saudável, condição fundamental para encarar o futuro da
nossa autarquia com serenidade e optimismo.
Em hora de balanço e não querendo fazer uma descrição exaustiva do tra-
balho realizado, até porque ele se encontra à vista e pode ser avaliado por todos,
esta candidatura irá analisar e realçar, através deste jornal e durante o tempo que
medeia até às próximas eleições, alguns projectos desenvolvidos, concluídos ou em
vias de conclusão. Muitos deles de natureza “física”, isto é, obra nova ou requalifi-
cações; outros de natureza imaterial, cultural, desportiva ou recreativa. Uns apoiados
e co-financiados pelo poder central e/ou por fundos europeus; outros da exclusiva
responsabilidade do actual executivo, concretizados pelos seus trabalhadores. Acções
que, na sua globalidade, se acabaram por traduzir num significativo e inusitado inves-
timento em todo o Concelho.
Ao contabilizar e reflectir sobre o trabalho autárquico desenvolvido nestes
últimos 3 anos e 9 meses, apesar da mais grave conjuntura económica social e política
desde o 25 de Abril de 1974, não posso deixar de alertar para a mensagem falsa e
ilusória que alguns querem fazer passar, baseada na ideia enganadora de que antes de
2009 havia progresso e que a partir de 2009 estagnámos.
É pois com o firme objectivo de dar continuidade ao projecto iniciado
em 2009, sob o lema “Viana, um concelho em movimento”, que volto a pedir,
mais uma vez, a confiança de todos os munícipes do concelho de Viana do
Alentejo, comprometendo-me a cumprir o mandato que me for confiado até ao
fim e, tal como o tenho feito até aqui, privilegiar um modelo de gestão aberta
e participada, ou seja, com todos e para todos.
Entre outros temas de grande
interesse, pode ler neste número:
União
Solidariedade
Jornal do Movimento
UNIDOS PELO CONCELHO DE VIANA DO ALENTEJO
Juntos vamos manter o nosso Concelho em MOVIMENTO
Edição 01
AUTARQUICAS 2013
Campos de futebol relvados
Uma realidade apenas possível pelo esforço conjunto de
todos os envolvidos!
Junho de 2013 Visite-nos no Facebook em: Autarquicas Viana 2013
2. p 2
Viana do Alentejo chegou aos
anos centrais do século passado como
uma vila, sede de concelho, muito atra-
sada, onde demoravam a chegar os be-
nefícios da electricidade e da água cana-
lizada. Os esgotos, muito simples, apenas
cobriam as ruas principais do centro,
indo desembocar nas valas a céu aberto
do Rossio e da Fonte da Cruz – a famosa
vala da “Chica Maneta”. Não existia
rede de pluviais, as chuvas torrenciais
faziam sempre grandes estragos, ainda
hoje vivem muitos conterrâneos nossos
que se lembram muito bem das célebres
cheias de 1945 em que, arrastados pela
força das águas, “os santos da igreja da
creche passaram à Praça”.
Os anos da 1ª República (1910-
1926) tinham sido tempos de grande es-
tagnação e de promessas que ficariam por
cumprir. Depois de Salazar e o seu Estado
Novo se terem instalado de pedra e cal foi
lançado, na década de trinta, um ambicioso
plano de obras públicas nacionais. Viana,
porém, teimava em ficar para trás, apenas
os trabalhos das estradas novas para Évora,
Vila Nova e Portel iam avançando, mas
mesmo assim muito lentamente. Grande
parte do imobilismo local, sabemo-lo hoje,
teve origem na inoperância da Câmara
Municipal e dos seus presidentes de então,
“muito bem falantes e ilustrados” – um
deles era médico, outro um grande proprie-
tário local que cursara Coimbra -, contudo
incapazes de negociarem no Terreiro do
Paço e assim levarem a cabo as obras que
todos reclamavam.
Em 1946 foi indigitado para pre-
sidente o lavrador José Fragoso. Quem o
conheceu descreve-o como um homem
habituado a lidar de perto com o mundo
do trabalho, muito “terra a terra”, frontal,
mas de verbo um tanto ou quanto rude.
Mas José Fragoso era um homem de acção
e meteu mãos à obra. Em Novembro de
1958, quando faleceu - ainda à frente
dos destinos da Câmara -, Viana já tinha
luz eléctrica (inaugurada em Outubro de
1956), a água canalizada já chegava a gran-
de parte das suas casas, os esgotos cobriam
praticamente toda a vila e o secular proble-
ma das cheias tinha encontrado resolução
com a construção de um enorme “caneiro”
que, começando alguns metros acima do
muro da “creche”, corre por baixo da Rua
Teófilo Braga, durante mais de quinhentos
metros, indo desembocar na zona baixa da
Barca. Uma obra que obrigou a esventrar
toda aquela via, a dureza da pedra a ser
vencida apenas pela violência dos tiros
de pólvora; uma obra demorada que criou
muitos constrangimentos entre a população
mas que, concluída, resolveu para o futuro
um problema que já se arrastava há quase
setecentos anos…
Os anos passaram. A melhoria
geral das condições de vida, trazida pelo 25
de Abril, levou à opção de construção de
novas urbanizações, nas periferias da Vila,
em detrimento do seu centro que, a pouco e
pouco, foi sendo abandonado. Uma escolha
de resto seguida pela quase totalidade do
país e que hoje já se começa a perceber não
ter sido a mais acertada, ainda que tenha
sido aquela que melhor serviu as nem sem-
pre transparentes relações das Autarquias
locais com o poderoso sector da construção
civil. Mas adiante.
Com toda a atenção virada para a
construção de novos bairros, a manutenção
e requalificação das infra-estruturas do cha-
mado “centro histórico” foi sendo descura-
da ou feita de forma muito deficiente, bura-
cos que se fechavam num dia para logo, no
dia seguinte, se tornarem a abrir um pouco
mais adiante. A rede de águas, planeada
nos anos cinquenta do século passado para
consumos domésticos pouco expressivos,
lá se foi aguentando como podia, correndo
por velhas tubagens de perigoso cimianto e
por ramais de galvanizado apodrecido. Fe-
rida por inúmeras rupturas, algumas delas
de quase impossível detecção, nos últimos
anos tem sido quase tanta a água que se
perde na rede como aquela que acaba por
ser efectivamente utilizada… Quanto ao
velho e belíssimo pavimento em calçada
portuguesa, esse acabou por sucumbir
à ditadura do automóvel, com as ruas a
vestirem-se de luto, de alcatrão. Viana,
aquela a quem alguém, um dia, chamara de
“formosa Sintra do Alentejo”, foi ficando
feia, triste e feia.
A partir dos anos 90 do século
passado a chegada dos fundos da CEE
permitiu a uma grande número de Câmaras
Municipais poderem, finalmente, promo-
ver a reabilitação das suas zonas velhas, re-
construindo as suas infra-estruturas degra-
dadas, repondo os pavimentos, alindando
aqui e ali, em suma, tornando-as de novo
apelativas para a instalação de comércio e
de habitação. À volta de Viana os exemplos
multiplicaram-se: Arraiolos, Mora, Évora,
Portel… Porém e tal como já tinha aconte-
cido há setenta anos atrás Viana foi ficando,
uma vez mais, para trás. As opções que
aqui venceram foram outras, a dos grandes
equipamentos – alguns deles necessários,
é certo, outros porém sobredimensionados
ou redundantes.
A urgência da requalificação ur-
bana, ainda que reconhecida por pratica-
mente todos os executivos camarários que
se sucederam nos últimos trinta anos na
nossa Câmara, foi sendo sistematicamente
adiada, relegada para “as calendas gregas”.
E percebe-se muito bem porquê: são obras
que trazem sempre muita perturbação ao
viver quotidiano das populações. São troços
de rua que ficam, por vezes durante sema-
História, Requalificação Urbana
e Coragem Política
nas, fechados ao trânsito ou limitados no
acesso, ressentindo-se os estabelecimen-
tos comerciais, os serviços e os próprios
moradores. Depois há a chuva, as ruas
enlameadas ou, pior ainda, o pó fino que
se insinua pelas casas dentro. Por outro
lado e por melhor que tenha sido feito
o planeamento dos trabalhos, surgem
sempre imprevistos em obras desta natu-
reza e dimensão, nunca se sabendo muito
bem o que se vai encontrar debaixo do
alcatrão. Viana assenta, é conhecido,
sobre um vasto afloramento de mármore
muito duro que é preciso rasgar, esven-
trar, tarefa apenas possível pelo recurso
a maquinaria pesada e muito ruidosa.
Enfim, antes que se possam perceber os
benefícios destes trabalhos, serão dias,
semanas, meses de desassossego.
Ainda que absolutamente ne-
cessárias, este tipo de obras são sempre
muito pouco populares, geradoras de
frequentes conflitos entre o seu promotor
– a Câmara Municipal – e alguns dos mu-
nícipes por elas afectados. Daí que outros
as tenham evitado. Daí que seja necessá-
ria muita determinação e coragem políti-
ca para se lançarem. Essa coragem, que
a outros faltou, teve-a agora o presidente
Bengalinha Pinto.
Mesmo sabendo que a inter-
venção em curso no centro histórico de
Viana poderá afectar negativamente a
sua recandidatura à presidência da Au-
tarquia, Bengalinha Pinto não hesitou
em lançar mãos à obra. As vicissitudes
e atrasos do processo de financiamento
resultaram que só agora, em ano de elei-
ções, os trabalhos pudessem ter sido lan-
çados, quando é sabido que intervenções
deste tipo devem ter lugar logo no início
dos mandados, nunca no seu fim. Con-
tudo esta perversa “lógica eleitoral”não
inibiu Bengalinha Pinto e a sua equipa
de não protelarem mais uma intervenção
que já devia de ter acontecido há muito.
Porque sabem que dela depende, em boa
parte, o futuro bem-estar das populações.
Porque sabem que uma Viana arrumada e
bonita poderá ser mostrada com orgulho
aos nossos visitantes, incrementando o
hoje tão depauperado amor-próprio dos
Vianenses.
Em meados do século passado
José Fragoso foi o homem que soube
arrancar Viana de um viver quase
medieval, logrando trazê-la para a
modernidade. Passado que foi mais
de meio século Bengalinha Pinto é o
homem que, finalmente, a colocará nos
trilhos do século XXI.
Junho.2013
José Fragoso, foi presidente da Câmara
Municipal de Viana entre 1946 e 1958.
Ainda que absolutamente necessárias, este tipo de obras são sempre muito pouco populares,
geradoras de frequentes conflitos entre o seu promotor – a Câmara Municipal – e alguns dos munícipes
por elas afectados. Daí que outros as tenham evitado. Daí que seja necessária muita determinação
e coragem política para se lançarem. Essa coragem, que a outros faltou, teve-a agora o presidente
Bengalinha Pinto.
...uma Viana arrumada e bonita poderá ser mostrada com orgulho aos nossos visitantes...
3. p 3
Reabilitação dos
Centros Históricos das Vilas do Concelho
O Programa Estratégico de Rea-
bilitação Urbana do Concelho de Viana
do Alentejo traça os objectivos, delimita as
áreas de intervenção e estabelece os apoios
para uma profunda intervenção nos centros
históricos e zonas urbanas consolidadas,
das três vilas do nosso concelho. Este
programa foi aprovado por unanimidade
na reunião de Câmara de 24 de Outubro de
2012 e na reunião da Assembleia Munici-
pal de 28 de Novembro de 2012.
Numa altura em que tudo aponta
para que os próximos Programas Comu-
nitários serão centrados na Regeneração
Junho.2013
Extracto da Proposta de Delimitação de Áreas de Reabilitação Urbana em Viana do Alentejo, Aguiar e Alcáçovas:
“A definição de três operações de reabilitação urbana, nos três centros urbanos do concelho, Viana do Alentejo, Alcáçovas e Aguiar
é conforme com a necessidade de uma intervenção integrada nas respectivas áreas centrais e nas áreas consolidadas adjacentes,
nos domínios da requalificação do espaço público central, equipamentos e infra-estruturas. Pretende que o ajustamento a novos
desempenhos dos espaços de sociabilidade e cidadania dos centros urbanos e a sua qualificação crie uma dinâmica de motivação
geradora de iniciativa e confluência de interesses, na renovação do edificado, na renovação e fixação do comércio lojista e das
funções centrais, enfim no contributo para a permanência e instalação de residentes e actividades.” (...)
(...) “Os incentivos previstos para as operações de reabilitação visam actuar em três vertentes, financeira, fiscal e administrativa.
Os incentivos de natureza financeira correspondem à atribuição das comparticipações pecuniárias em montantes variáveis em função
da tipologia dos casos de reabilitação, recorrendo aos programas disponíveis de apoio à recuperação de imóveis da responsabilidade
da administração central e local, ou ainda à aplicação de regimes especiais no âmbito das taxas e licenças municipais.
Os incentivos de natureza fiscal estão inscritos no Estatuto de Benefícios Fiscais, dependem de deliberação da Câmara e aprovação
da Assembleia Municipal, para as acções enquadráveis nas operações de Reabilitação Urbana.
Os benefícios administrativos podem comportar medidas de apoio aos proprietários no sentido da celeridade processual, facilitação
dos actos de inspecção e verificação da boa execução”(...)
Plantas de delimitação e identificação de acções, de Alcáçovas (esquerda) e Aguiar (direita).
Urbana, a Autarquia dota-se assim dos
instrumentos indispensáveis para poder
concorrer a esses financiamentos.
Este Programa Estratégico e os
Projectos que dele derivarem são também
fundamentais para que haja uma linha
condutora harmoniosa nas obras que
se estenderão pelos próximos anos, em
todas as freguesias do concelho. Com elas
pretende-se devolver a dignidade às nossas
terras, melhorando o dia-a-dia de quem cá
vive, envolvendo para isso os munícipes no
processo.
Os trabalhos junto ao cruzamento da Rua Teófilo Braga com a Rua João de Deus
Já inserido no Programa Estraté-
gico de Reabilitação Urbana do Concelho
arrancou, na primeira quinzena do passado
mês de Março, a primeira fase das obras
de Requalificação do Centro Histórico de
Viana do Alentejo. As obras em curso con-
sistem numa profunda intervenção na rede
de infra-estruturas, com a completa subs-
tituição da rede de distribuição de águas,
saneamento (esgotos) e pluviais. Procede-
se também ao enterramento de parte da
rede eléctrica e de telecomunicações, neste
último caso já a pensar-se na fibra óptica.
Este projecto está dividido, para efeitos de
financiamento, em duas fases. De notar que
só é possível realizar este tipo de trabalhos,
de grande envergadura, concorrendo a
programas de financiamento dos Fundos
Comunitários. Para a obra agora em curso
a câmara foi buscar 1.007.307,38€ a fundo
perdido, entrando pela sua parte com cerca
de 177.760,13€.
Começou-se por Viana porque é
aqui que as infra-estruturas são mais an-
tigas e estão mais deterioradas, a maioria
delas com mais de cinquenta anos de utili-
zação e com grande parte das condutas de
As obras têm trazido alguns constrangimentos aos
moradores que, no entanto, compreendem a sua
necessidade.
água ainda em cimianto (fibrocimento). As
ruas a intervir, nesta primeira fase, foram
seleccionadas precisamente pelo seu estado
de degradação no que toca às suas infra-
estruturas enterradas. Note-se que muita da
água tratada para consumo, que a Câmara
presentemente tem de adquir às Águas de
Portugal, se perde nas sucessivas rupturas
da velha rede, muitas delas de difícil ou
mesmo impossível detecção. Prova disso
têm sido os incontáveis abrir e fechar de
valas a que todos nós já nos íamos habitu-
ando, a que se somavam as ruas permanen-
temente esburacadas.
Arrumadas as infra-estruturas será
então a vez de se proceder à repavimenta-
ção dos arruamentos, com calçadas e lajetas
em granito, pavimento muito mais digno,
mais saudável, mais bonito e mais fresco
que o alcatrão. O lajeado central, também
ele em sólidos blocos de granito de Alpa-
lhão, destina-se a facilitar a mobilidade dos
peões, sobretudo daqueles que têm maiores
dificuldades em deslocar-se.
Estas obras, cuja duração está esti-
mada em dez meses, movimentam cerca de
vinte e cinco trabalhadores, entre técnicos
e pessoal operário, alguns deles de Viana
e de algumas das localidades vizinhas: um
pequeno oásis de emprego e de trabalho,
ainda que limitado no tempo, numa vila
que muito também tem sofrido com o au-
mento do desemprego!
Esta era, sem dúvida, uma inter-
venção desde há muito desejada pela gran-
de maioria dos vianenses, razão pela qual
têm demonstrado uma grande tolerância
e paciência para com os incómodos a que
diariamente têm sido sujeitos, sendo que
tanto a Câmara como o empreiteiro tudo
têm feito para os minimizar.
Melhor do que as palavras e para
que melhor possa entender o alcance deste
grande projecto, sugerimos-lhes, leitor
amigo, um passeio pelas ruas que já come-
çam a estar concluídas.
4. Entrevista a Bengalinha Pinto
p 4
cmyk cmyk
Junho.2013
Bernardino António Bengalinha Pinto nasceu em Viana do Alentejo, a 27 de Janeiro de
1964, onde reside actualmente. É casado e tem dois filhos.
Frequentou o ensino básico em Viana do Alentejo, tendo posteriormente concluído
o secundário em Évora. Em 1987, após ter cumprido o serviço militar, realizou uma
formação em Lisboa na área da informática, desempenhando posteriormente as funções
de formador no antigo FAOJ em Évora, actual Instituto Português da Juventude.
Em 1988 ingressou na Caixa de Crédito Agrícola de Viana do Alentejo, tendo assumido a
gerência em 1993. No ano de 2001 terminou, no Instituto Superior de Gestão Bancária, a
licenciatura em Gestão Bancária e, em 2002, fez o curso de especialização em Auditoria
Bancária. Em 2003 passou a Adjunto da Direcção e membro do Conselho de Gestão da
Caixa Agrícola do Guadiana Interior (CCAMGI), após a fusão das duas Caixas.
Ao longo de todos os anos de trabalho na Caixa Agrícola fez formação nas várias áreas
afins à atividade bancária, nomeadamente em Informática, Gestão, Liderança, entre
outras. Em 2006 assumiu as funções de coordenação da Área Financeira da CCAMGI,
funções que desempenhou até Outubro de 2009, mantendo a participação no seu
Conselho de Gestão.
Eleito como independente pelas listas do PS, assumiu em 2009 a presidência deste
Município, após 16 anos de gestão CDU. Mantém, ainda hoje, a situação de não filiado
em qualquer agremiação política.
É Presidente do Conselho de Administração da Gesamb EIM (Gestão Ambiental e
de Resíduos), em representação da CIMAC-Comunidade Intermunicipal do Alentejo
Central. É vogal do Conselho Diretivo da AMCAL-Associação de Municípios do Alentejo
Central. É membro do Conselho Consultivo do Centro de Formação Profissional de
Évora, em representação da CIMAC.
Ao longo dos anos tem participado na vida social do concelho, pertencendo aos órgãos
sociais de várias Associações locais.
Em Abril de 2009, na entrevista
que deu ao “Vida Nova”, o jornal de
campanha do “Movimento Unidos pelo
Concelho de Viana”, a primeira questão
que lhe foi colocada foi: Ser candidato
à presidência da Câmara Municipal de
Viana do Alentejo é, na actual conjuntu-
ra, um grande desafio. Porque o decidiu
aceitar? Quatro anos que são passados
à frente dos destinos da Autarquia, ac-
tualizamos a pergunta: porque decidiu
recandidatar-se?
Decidi recandidatar-me à Câmara
Municipal de Viana do Alentejo porque
tenho a firme determinação de dar conti-
nuidade ao trabalho realizado nestes últi-
mos quatro anos, alicerçado num plano de
desenvolvimento integrado do concelho e
no consequente bem-estar dos seus habi-
tantes, pese embora a previsível conjuntura
adversa em que certamente o mesmo irá
ser realizado. Influenciaram ainda a minha
tomada de decisão os apoios recebidos por
parte dos responsáveis do PS, do Movi-
mento Unidos pelo Concelho de Viana, das
várias equipas autárquicas que me acom-
panham e, particularmente, os incentivos
que me chegaram de todas as camadas da
população.
Há quem diga que o senhor não
tem perfil de político...
Não serei um político na asserção
mais comum da palavra, aquela do indi-
víduo que não tem outra actividade senão
essa mesmo… Considero-me, isso sim,
apenas um cidadão conhecedor da sua terra
natal e das suas gentes e que, talvez por
isso, penso ter uma visão estratégica e um
projecto de desenvolvimento bem defini-
do para o seu município. Daí que o único
concelho onde aceitaria ser candidato a
presidente da Câmara é precisamente aque-
le que me viu crescer e desenvolver o meu
trabalho. Não querendo de forma nenhuma
criticar outras opções, é assim que me sinto
bem, só me consigo ver a desempenhar este
papel no concelho de Viana.
Quais foram as maiores dificul-
dades que sentiu durante este mandato?
Sobretudo as vicissitudes provoca-
das por uma crise que todos conhecemos e
que alterou de forma radical a vida das pes-
soas e das instituições. A actual conjuntura
provocou uma significativa diminuição nas
receitas da autarquia, quer pela redução
das transferências do orçamento geral do
Estado, quer pelas receitas directas e taxas
que também decresceram como resultado
da quebra da actividade económica e em-
Neste e no próximo número do “União e Solidariedade” vamos publicar uma
extensa entrevista com Bernardino Bengalinha Pinto, actual presidente da Câmara
Municipal e candidato ao mesmo cargo nas próximas eleições pelo Partido Socialista.
“Considero-me apenas um cidadão conhecedor da sua terra natal e das suas
gentes e que, talvez por isso, pensa ter uma visão estratégica e um projecto de
desenvolvimento bem definido para o seu Concelho.”
presarial. Em suma, as responsabilidades
da autarquia mantiveram-se e, em alguns
casos, até aumentaram, como foi o caso da
necessidade de apetrechamento com equi-
pamentos, pessoal e manutenção para al-
guns dos novos equipamentos, como o das
Piscinas de Alcáçovas. Porém e em sentido
inverso, as receitas tiveram um decréscimo
muito significativo.
É certo que parte destes projectos há muito
que foram concretizados em alguns dos
concelhos nossos vizinhos, que souberam
aproveitar as inúmeras oportunidades de
financiamento que foram surgindo no âm-
bito da distribuição de fundos comunitários
e de outros programas de apoio ao desen-
volvimento local. Refiro-me, por exemplo,
ao processo de regeneração urbana dos
o seu início em Viana porque é aqui que as
redes de águas e esgotos são mais antigas e
estão mais degradadas, mas pretendemos, e
já nisso estamos a trabalhar, dar-lhes conti-
nuidade em Aguiar e Alcáçovas.
Uma outra obra de grande enver-
gadura que posso citar como exemplo é a
da construção do centro escolar de Viana,
que se prevê esteja concluído ainda durante
este Verão. Trata-se de um equipamento
fundamental para a valorização do proces-
so educativo dos nossos alunos e respecti-
vas famílias. Ou a construção de um novo
estaleiro central municipal, investimento
que irá certamente proporcionar melhores
condições de trabalho aos funcionários do
município e, em simultâneo, incrementar
a qualidade daquela que é a sua principal
missão: servir a população.
Para se ter uma ideia, só estas três
obras representam um investimento total
superior a 3,5 milhões de euros.
Que outras obras físicas foram
executadas?
Em hora de balanço e não que-
rendo nem podendo fazer uma descrição
exaustiva do trabalho desenvolvido, até
porque o mesmo se encontra à vista e será
certa e minuciosamente examinado noutros
fóruns, houve por parte do actual executivo
uma forte preocupação em intervir em áreas
como a reabilitação urbana e no património
edificado, onde se incluem diversas obras
de recuperação de espaços públicos e jar-
dins, um deles o jardim e parque infantil da
Quinta do Marco. Fizemos também alguns
melhoramentos em edifícios escolares e em
equipamentos infantis. Quanto a arruamen-
tos e estradas procedemos à pavimentação
de algumas ruas nas três freguesias e à re-
qualificação da estrada de Santa Catarina,
que liga Alcáçovas a Alcácer do Sal e que
tanto jeito dá a quem tenha de se dirigir a
Setúbal ou a Lisboa.
Na área dos equipamentos despor-
tivos e considerando que Viana do Alentejo
era um dos poucos concelhos do país que
ainda não tinha campo relvado, foi assinado
um contrato de desenvolvimento desporti-
vo, com dois clubes locais, que viabilizou a
execução de dois pisos de relvado sintético,
investimento na ordem dos 400.000€.
Sabemos que os trabalhadores
do município tiveram um papel impor-
tante no trabalho realizado ao longo
deste mandato. Que obras foram execu-
tadas pelos trabalhadores da autarquia?
Devo realçar o grande profissiona-
lismo e empenho de todos os trabalhadores
do município, que mostraram sempre uma
Encontram-se em fase de conclusão as obras do novo centro escolar de Viana do Alentejo
Em alguns dos concelhos vizi-
nhos, verificamos que muitos investimen-
tos estruturantes já estão concluídos…
Sim, de facto só agora, numa
altura particularmente difícil, estão a ser
realizados alguns projectos estruturantes
para o nosso desenvolvimento e bem-estar.
centros históricos e espaços públicos das
nossas três vilas, processo esse que só a
actual equipa autárquica, saída das eleições
de 2009, conseguiu pôr em marcha. Apesar
de alguns contratempos e adversidades as
obras decorrem agora a bom ritmo, sendo
já possível ver, nalgumas ruas, os resulta-
dos. Estas intervenções profundas tiveram
5. p 5Junho.2013
enorme disponibilidade e empenho na exe-
cução das obras que foi possível realizar
através da administração directa.Tais foram
os casos das intervenções nos edifícios da
escola e jardim-de-infância, cooperativa
e casa das associações, em Aguiar, ou as
pavimentações, com massas betuminosas
quentes e frias, nas três freguesias: o me-
lhoramento do piso, em cerca de 6 km, na
estrada de Santa Catarina, a pavimentação
da circular Barrancões – Estrada do Torrão,
a pavimentação da parte nova do cemitério
de Aguiar, as pavimentações de Bairros e
zonas industriais de Viana e Alcáçovas e
os arranjos de espaços degradados - como
aconteceu no Jardim do Bairro dos Bar-
rancões, também em Alcáçovas. De referir
ainda as diversas e importantes obras de
manutenção no Paço dos Henriques, em
Alcáçovas, ou a construção de duas áreas
de serviço, para auto-caravanas, uma em
Viana e outra em Alcáçovas. Uma palavra,
por fim, para o “Programa Oficina Domici-
liária” – importante iniciativa que visa a re-
alização de pequenas obras e intervenções
técnicas de manutenção ou reparação nos
domicílios dos nossos idosos, com as quais
se pretende contribuir para o melhoramento
da sua qualidade de vida; no mandato que
agora finda contabilizámos, neste progra-
ma, a realização de cerca de centena e meia
de intervenções.
Até aqui falámos do que já foi
feito, ou está em vias de ser concluído, ao
de Vila Nova da Baronia e alguns outros de
que falaremos oportunamente.
E quanto à acção sociocultural?
Recordamo-nos que a CDU, há quatro
anos, insistia que votar em Bengalinha
Pinto significaria o abandono de uma
política de apoio a esse tipo de activida-
des…
Certo, recordo-me bem disso, mas
de facto o que se passou nestes quatro anos
foi precisamente o oposto. Apesar, repito,
do difícil contexto económico em que
temos vivido, mantivemos e melhorámos
significativamente os eventos que “herdá-
mos” do anterior executivo. Tais foram, por
exemplo, os casos da Mostra de Doçaria e
da Romaria a Cavalo - nesta última introdu-
zimos a passagem por Alcáçovas, inovação
que até a própria oposição aplaudiu. Mas
não ficámos por aí! Criámos toda uma série
de novos eventos, de grande qualidade, dos
quais posso destacar o projecto de divulga-
ção da música clássica no Concelho, onde
se inclui o programa “Saber dos Sons” e
os concertos periódicos com o maestro
Cristopher Bochmann, hoje um vianense
de corpo e alma, numa parceria muito bem
sucedida com a Universidade de Évora.
Temos, sem qualquer dúvida, uma
política muito bem definida para os domí-
nios do social, do cultural e do desportivo,
na qual procuramos integrar o movimento
associativo concelhio. Com esse instrumen-
to temos vindo a implementar e desenvol-
ver um conjunto de acções e projectos, que
acreditamos fundamentais para o aumento
da qualidade de vida das nossas populações
e a que queremos – e iremos - dar continui-
dade. Será muito difícil enumerá-los aqui
na sua totalidade, razão porque irei apenas
salientar alguns deles. Assim, temos a
criação do GIP, Gabinete de Inserção Pro-
fissional, cuja missão é a ajuda à população
desempregada do concelho. Nas Escolas
do Primeiro Ciclo instituímos o Regime de
Fruta Escolar, visando garantir às crianças
uma alimentação mais equilibrada. Ainda
de âmbito escolar incrementámos a acção
do Banco de Manuais Escolares, que per-
mite, e aqui passo a citar “criar condições,
sensibilizar e envolver toda a comunidade,
nomeadamente os professores, alunos, pais
e encarregados de educação para a necessi-
dade de reutilização dos manuais escolares
usados e potenciar boas práticas de respon-
sabilidade social e ambiental”.
Também no campo das medidas
sociais, promovemos a criação do Banco
Local de Voluntariado e Loja Social do
Concelho de Viana do Alentejo, que tem
como objectivo apoiar os mais carenciados
e idosos nos momentos particularmente
difíceis que estamos a viver. Também no
campo social, mas agora visando os menos
jovens, haverá de referir o apoio à abertura,
em Viana, de um pólo da Universidade Sé-
nior - Escola Popular Túlio Espanca, que
procura, através da prática de diversas ac-
tividades de natureza pedagógica e lúdica,
enriquecer culturalmente a população sé-
nior do concelho. Ainda para este sector da
população, a quem os problemas de saúde
mais afectam, temos apoiado as acções
dos Clubes de Saúde Sénior, em Aguiar,
Alcáçovas e Viana do Alentejo.
longo deste mandato. Os nossos leitores
gostariam que agora nos falasse dos pro-
jectos para o futuro.
Durante o mandato que agora ter-
mina foram elaborados vários projectos,
que estão concluídos ou em vias disso e
que agora ficam a aguardar a possibilidade
Concerto de musica classica numa pedreira de Viana do Alentejo
avançar com eles. Entre estes projectos
estão, por exemplo, as requalificações do
Largo do Poço Novo e do Paço dos Hen-
riques, ambos em Alcáçovas, a construção
do pavilhão multiusos, em Aguiar, a segun-
da fase da reabilitação do centro histórico
de Viana (a zona envolvente ao Castelo),
as requalificações das estradas do Outeiro e
Fotografia de Francisco Fadista
“È nossa preocupação que a Câmara possua sempre em carteira um
bom número de projectos, devidamente justificados e elaborados –
e não apenas simples róis de intenções -, para que, quando forem
abertas candidaturas, possa logo avançar com eles.”
Entrevista a Bengalinha Pinto
de se candidatarem ao financiamento pelos
fundos comunitários. È nossa preocupação
que a Câmara possua sempre em carteira
um bom número de projectos, devidamente
justificados e elaborados – e não apenas
simples róis de intenções -, para que, quan-
do forem abertas candidaturas, possa logo
6. cmyk
mente perdendo era a aposta no futuro e
nos seus jovens. Não vale a pena construir
uma casa pelo telhado e Bengalinha Pinto
preocupou-se e ainda se preocupa em criar
condições para que a economia local seja
revitalizada e que a iniciativa privada seja
bem-vinda e próspera dando desta forma
melhores bases para um futuro sustentável
do concelho. Não lhe interessa o oportunis-
mo de ter a sua edilidade como o principal
empregador do concelho, nem o populismo
e a tentação de acatar as solicitações de
inúmeras associações e entidades locais
como forma de comprar a posteriori o seu
apoio eleitoral, como foi sendo regra no
passado. Criou uma vasta plataforma de
entendimento e de discussão sobre a eco-
nomia local (GADE), estimulou a parceria
entre associações para rentabilizar os seus
horizontes, redimensionou iniciativas cria-
das no passado, mas adaptadas às novas
exigências económicas, apostou na melhor
qualificação técnica e na informação dos
seus munícipes, aprofundou a sua aposta
nas actividades lúdicas e culturais rentabi-
lizando os espaços concelhios para o efeito,
empreendeu um massivo apoio de âmbito
social, também este resultado directo da
crise que se atravessa, criou marcas âncora
para o concelho como são disso exemplo
os chocalhos das Alcáçovas e a olaria de
Viana do Alentejo, prossegue a indis-
pensável renovação das infra-estruturas
básicas de saneamento, apropriou-se com
o devido interesse do projecto do Paço
dos Henriques e prepara-se para finalizar
umas das mais importantes ferramentas
para o desenvolvimento do concelho que é
o PDM de Viana do Alentejo. Admito que
não foram ainda alcançados os melhores
resultados possíveis ou desejáveis, no en-
tanto acho que é este o caminho, trilhado
com seriedade, ponderação, trabalho e
muita esperança no futuro do concelho.
E assim Bengalinha Pinto vai seduzindo
muitos cidadãos e eleitores como eu que,
ao contrário do vetusto passado, ignorou as
tentações megalómanas e estéreis apostas,
para dar uma real dimensão ao concelho e
aos seus horizontes futuros.
Se há alguma área onde gostaria
de ver o executivo de Bengalinha Pinto
apostar mais na área económica era so-
bretudo no apoio à actividade agrícola
pela sua importância no desenvolvimento
económico local e da empregabilidade no
concelho, bem como na área do turismo e,
neste segmento no turismo cultural pelas
quase inesgotáveis oportunidades que há
para desenvolver e rentabilizar em prol de
um desenvolvimento sustentável. A aposta
na área da Cultura será algo que irei de-
senvolver mais adiante, pela importância
estratégica que julgo que poderá vir a ter no
estímulo ao turismo e consequentemente à
economia local.
Dito isto, não gostaria de terminar
sem fazer um apelo às estruturas locais do
PSD e CDS-PP para que se unam verda-
deiramente em prol do concelho e nesse
diapasão, reconhecendo o bom trabalho
desenvolvido pelo actual executivo e ad-
Por Frederico Nunes de Carvalho, no blog Alcáçovas
Este texto foi devidamente pon-
derado por todos os motivos que exigem
serenidade e reflexão no apoio a um can-
didato, mas sobretudo por fazê-lo a alguém
que foge significativamente à minha matriz
ideológica. Acresce neste âmbito que um
candidato autárquico é muito mais a pes-
soa, a equipa e o projecto do que o apoio
partidário que traz na sua rectaguarda. No
caso de Bengalinha Pinto, da sua equipa,
do seu mandato em curso e da sua já anun-
ciada recandidatura o trabalho desenvolvi-
do e o projecto apresentado falam por si e
são naturalmente e inequivocamente um
estímulo para mim enquanto cidadão no
desafio autárquico.
Sobre a candidatura de Benga-
linha Pinto como independente apoiado
pelo PS, apraz-me dizer que em boa hora
Viana do Alentejo contou com este gestor
autárquico. Confesso que o conheci após
a sua vitória nas autárquicas de 2009, mas
esse conhecimento foi-se consolidando,
transformando-se numa amizade e profun-
da admiração por todo o trabalho desenvol-
vido em prol do concelho e igualmente pela
estratégia que gizou para o seu futuro. O
que vinha de trás era um bafiento executivo
comunista que teimava em abrir as portas
do desenvolvimento ao concelho, fazendo
meras obras de regime, muitas delas com-
pletamente desnecessárias e inoperantes
apenas para marcar um cunho do seu man-
dato com obras faraónicas de betão. Criou
muitas infraestruturas de lazer para jovens
quando o que este concelho vinha precisa-
Bengalinha Pinto,
um candidato, um projecto, um voto!!
p 6
À semelhança do que já tinha acontecido há quatro anos atrás
no jornal de campanha do Movimento Unidos pelo Concelho de
Viana do Alentejo, iremos uma vez mais vamos dar espaço, nesta
secção, às opiniões veiculadas por alguns dos “blogues” existentes
no nosso concelho. Começamos por um texto publicado no
“Alcáçovas”, da autoria do Dr. Frederico Nunes de Carvalho.
Junho.2013
mitindo igualmente que será muito difícil
reunirem algum candidato que possa om-
brear com Bengalinha Pinto, encetam um
apoio conjunto à sua candidatura dando
uma cabal demonstração de seriedade e
objectividade em política, actualmente
tão gastas pelas duvidosas opções dos
nossos dirigentes político-partidários. Sou
democrata-cristão e não me custa nada
apoiar desta forma uma candidatura que
me parece séria, determinada e sobretudo
capaz de dar ao concelho um novo rosto,
preocupada com a fixação de gente no con-
celho, com o estímulo à economia, da qua-
lificação e educação dos seus munícipes e
de uma solidariedade social para com quem
mais necessita. Neste momento não me
parece oportuno, nem justificável sequer
que existam candidaturas provenientes do
espectro político da Direita em Viana do
Alentejo, pelo trabalho desenvolvido pela
actual equipa e até pela eventualidade do
voto útil utilizado na candidatura de Ben-
galinha Pinto para fazer face a outra forte
candidatura proveniente do PCP poder dar
resultados residuais e desoladores para as
possíveis candidaturas de CDS-PP e PSD.
Assim, exorto os responsáveis políticos a
medirem bem as virtudes de novas candi-
daturas, quando neste momento existe já
uma fortíssima opção, espelhada em Ben-
galinha Pinto, um candidato, uma equipa e
um projecto!!
Tendo como objectivo principal manter e até au-
mentar o espírito de grande democraticidade interna que
caracteriza, desde o momento da sua criação, o Movimen-
to Unidos Pelo Concelho de Viana, têm decorrido com
grande regularidade, ao longo do actual mandato, inúme-
ras reuniões de trabalho entre elementos do Movimento e
militantes da estrutura local do Partido Socialista. Nesses
encontros tem-se procurado ouvir a opinião de todos quan-
to aos problemas – e formas de os resolver – que afectam
a vida municipal, recolhendo-se contributos e sugestões
que, muitas vezes, ajudam os nossos eleitos autárquicos na
sua complexa e difícil missão de gestão municipal.
Neste momento os diversos grupos de trabalho
estão a trabalhar na elaboração do programa eleitoral
para o quadriénio 2013-2017. Com o aproximar do acto
eleitoral os apoiantes da candidatura de Bengalinha Pinto
não têm tido mãos a medir, pois todos nós acreditamos
firmemente ser possível renovar este mandato e, assim,
dar continuidade ao trabalho desenvolvido nos últimos
quatro anos. Um mandato que se tem caracterizado pela
introdução de um novo ciclo de modernidade, participação
colectiva e transparência de processos, longe das práticas
individualistas e autistas de outros tempos.
As nossas reuniões, que normalmente têm lugar
nas primeiras quintas-feiras de cada mês, são abertas
a todas aqueles que nelas queiram participar. Para mais
informações, não hesite e dirija-se ao Movimento ou ao
Partido Socialista a partir dos contactos que publicamos
neste jornal. Contamos com todos!
... O Movimento em Noticias ...
Reuniões de trabalho
7. Junho.2013 p 7
cmyk cmyk
A instalação de relvados sintéticos
nos campos de futebol do Sporting Clube
de Viana e do Sport Clube Alcaçovense,
apesar de algumas opiniões muito reserva-
das, nomeadamente por parte da bancada
da oposição da vereação da câmara (abs-
tenção), revelou-se um investimento bas-
tante positivo e com excelentes resultados
em matéria de incremento e dinamização
da prática desportiva junto da população
do Concelho de Viana do Alentejo.
Passados alguns meses após as
inaugurações dos referidos espaços e em
jeito de balanço, é gratificante observar
que a prática da modalidade futebol se
alterou significativamente pela positiva
mentos dirigido particularmente aos nossos
jovens, esperando-se a continuidade do
trabalho conjunto da autarquia e de todos
os agentes envolvidos que diariamente e de
forma voluntária participam no processo de
desenvolvimento desportivo do concelho,
nomeadamente atletas, familiares, dirigen-
tes e demais população.
Historiando no entanto um pouco a
forma como se desenvolveu todo o proces-
so de construção dos relvados sintéticos, fa-
cilmente se conclui que não foi tarefa fácil,
atendendo sobretudo à actual conjuntura
económica do país e à situação financeira,
cada vez mais adversa, vivida pela grande
maioria dos municípios e instituições do
encontrando dessa forma mecanismos que
viabilizaram os respectivos financiamen-
tos.
Foi com este quadro pouco simpá-
tico que o actual executivo se deparou, uma
vez que entre os 308 concelhos do País
apenas 4, entre os quais Viana do Alentejo,
não tinham ainda construído um relvado
sintético.
Não descurando nunca a hipótese
de um possível financiamento comunitá-
rio, candidatura na qual em conjunto com
os clubes locais a autarquia começou a
trabalhar, deitou-se mãos à obra e desen-
volveu-se em simultâneo uma parceria
que permitiu a execução dos relvados e a
Porque se entende que o investimento na melhoria das condições
da prática desportiva é fundamental e um pilar básico num processo de
desenvolvimento equilibrado dos nossos jovens, a Câmara Municipal está a
apoiar o Grupo Desportivo de Aguiar no sentido de serem ultrapassados alguns
constrangimentos relacionados com a posse do campo de futebol existente na
Freguesia de Aguiar. Resolvida esta questão e desde que o Grupo Desportivo
de Aguiar consiga reunir condições apropriadas e similares às verificadas nos
outros clubes do Concelho, haverá condições para se equacionar também o
arrelvamento do seu campo de futebol.
Relvados sintéticos no Concelho – uma realidade
concretizada pelo esforço de todos
no concelho. Assistiu-se desde então a um
crescente entusiamo junto da população,
traduzido sobretudo num maior número de
assistentes aos eventos desportivos e num
crescente número de praticantes de todas as
idades e escalões etários.
Os dois recintos desportivos re-
qualificados acolhem actualmente mais
de duas centenas de atletas, na sua esma-
gadora maioria jovens do concelho que,
com carácter regular, participam em cam-
peonatos federados em diferentes escalões,
devidamente acompanhados e enquadrados
pelas estruturas dirigentes dos respectivos
clubes, traduzindo-se esta actividade numa
utilização diária destes espaços.
Saliente-se ainda, com agrado, a
particularidade de cerca de uma centena de
atletas menos jovens (veteranos) se junta-
rem informalmente e participarem em trei-
nos semanais, associando dessa forma os
benefícios da atividade física a momentos
de são convívio e camaradagem.
Embora se considere como objec-
tivo prioritário a melhoria das condições
para a pratica desportiva e o desenvolvi-
mento do gosto pela actividade física, não
podemos dissociar de toda essa dinâmica
os resultados que entretanto foram surgin-
do e que, de alguma forma, também dig-
nificam e prestigiam o concelho de Viana
do Alentejo. Há, pois, que felicitar as boas
participações e resultados atingidos na pre-
sente época desportiva.
Perante tal realidade, há razões
óbvias para valorizar este tipo de investi-
Festa de inauguração do relvado sintético do Sport Club Alcaçovense
País.
Obviamente que esta obra faria
mais sentido há alguns anos atrás, quan-
do vivemos uma conjuntura bem mais
favorável, chamada por muitos “tempo de
vacas gordas”, época onde muitos projec-
tos para equipamentos locais, através de
financiamentos de fundos comunitários
eram perfeitamente viáveis, com processos
mais ágeis e fáceis de concretizar. Está
nessa linha um programa de financiamento
colocado à disposição dos municípios para
construção do primeiro relvado em cada
concelho, financiado em 75% (programa
que encerrou em 2008), oportunidade infe-
lizmente descurada pelo executivo camará-
rio da altura, invocando não considerar tal
investimento prioritário e o facto da inexis-
tência no concelho de um campo munici-
pal. Tal posição sobre este assunto poderá
ser consultada na acta N.º 24/2006, relativa
à reunião da Câmara de 31/10/2006: “…
Disse o senhor Vice-Presidente (Sr. João
Penetra, actual cabeça de lista pela CDU
em Viana) …de que a referida obra não
era prioritária…”
Relativamente à opção “não priori-
tária”, embora não concordando, aceita-se,
até porque cada executivo tem liberdade
de desenvolver as suas linhas programá-
ticas e respectivas prioridades. Quanto ao
argumento da inexistência de um campo
municipal, já não é bem assim, uma vez
que muitos outros municípios, na mesma
situação, ultrapassaram tal requisito atra-
vés de protocolos e acordos com os clubes,
consequente concretização de um antigo
e legítimo sonho, da grande maioria dos
jovens e demais população do concelho.
Essa parceria consubstanciou-se
num acordo de desenvolvimento desporti-
vo, assinado entre a autarquia e os clubes
Sporting de Viana e Sport Clube Alcaço-
vense, com o apoio das Juntas de Freguesia
de Viana e Alcáçovas. Dessa forma foi pos-
sível garantir o necessário financiamento
em condições favoráveis, junto da Caixa de
Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana Inte-
rior, empréstimo que está a ser amortizado
em condições sustentáveis para os clubes e
sem colocar em causa o seu normal funcio-
namento.
O processo de construção dos rel-
vados no concelho de Viana do Alentejo,
inicialmente encarado como uma tarefa
bastante difícil, acabou por se concretizar
através da conjugação de esforços de várias
entidades num trabalho de parceria, exem-
plo de uma boa prática que a autarquia de
Viana do Alentejo tem vindo a seguir para
levar por diante a visão de progresso e mo-
dernidade que tem para o Concelho.
Festa de inauguração do relvado sintético do Sporting Clube de Viana do Alentejo
HORIZONTAIS
4. Centros das três freguesias que vão ser reabilitados.
6. O que o nosso candidato não vai fazer.
8. É com ele que a obra surge, não é com palavras.
9. Santo de uma das capelas da Junta de Viana.
11. O que tem de haver, para além da união.
VERTICAIS
1. Em Alcáçovas, Paço a passo, a solução.
2. O que precisamos para vencer as dificuldades.
3. É preciso tê-los feitos para ir buscar financiamento.
5. Os políticos têm de dá-las aos eleitores.
6. A da Primavera é em Aguiar.
7. Merece a nossa confiança.
10. São para cumprir até ao fim.
12. Mesmo em época de crise é possível fazer.
13. Novas, para já ainda em Viana
14. Os eleitores têm de ser.
PASSATEMPO – A Nossas Cruzadas !
8. Junho.2013p 8
cmyk cmyk
Bengalinha Pinto, o Presidente certo
para estes tempos difíceis
Bengalinha Pinto, apesar da crise
económica e social tem sabido demonstrar,
com muito trabalho, visão e diálogo, saber
conduzir o município a bom porto, quando
todos os dias, como é sabido, as dificulda-
des vão aumentando e vemos presidentes
de outros municípios atirarem a toalha ao
chão, derrotados resignados com situações
que não estão preparados para enfrentar.
Bengalinha Pinto conseguiu até
agora, mantendo as finanças do município
de boa saúde, investir cinquenta por cento
mais em obras, comparando estes valores
com o período de vacas gordas de 2004 a
2009, em que a CDU detinha a maioria na
Câmara.
Bengalinha Pinto já demonstrou
ser um presidente de consensos, defenden-
do os interesses do concelho em primeiro
lugar, independentemente do ou dos parti-
do que se sucedem no governo.
Foi assim com o Paço dos Hen-
riques, processo iniciado no governo do
Partido Socialista, durante o qual o edifício
passou para a “posse” do município, para
que assim fosse possível caminhar-se de-
finitivamente para a sua requalificação.
Os projectos estão prontos, aguarda-se a
oportunidade de se lhes encontrar financia-
mento comunitário para se possa então ar-
rancar com os procedimentos conducentes
à realização das tão aguardadas obras.
No dia 6 de Julho será apresentado
à população do concelho, em Alcáçovas, o
“projecto de arquitectura para a requalifi-
cação do Paço dos Henriques”, da autoria
do arquitecto José Filipe Ramalho, da
Direcção Regional de Cultura do Alentejo
(DRCA).
Para se chegar até este dia foi
necessário ultrapassar muitas dificulda-
des e algumas oposições, mas todas estas
questões foram resolvidas com mestria, em
defesa dos interesses da população do con-
celho, particularmente dos Alcaçovenses
que aguardam há dezenas de anos por este
muito importante passo.
Da mesma forma foi agora com
este governo PSD/CDS que se constituiu
o direito de superfície do antigo posto da
GNR de Viana do Alentejo, para que deste
modo fosse possível ao nosso município,
recorrendo a dinheiros comunitários, lançar
a empreitada para se efectuar a sua recupe-
ração e resolver de vez mais um problema
que ,alguns, afirmavam não ter solução.
É por isso que continuamos a
confiar no trabalho desenvolvido por esta
equipa autárquica e lhe manifestamos o
nosso apoio, acreditando que em Outubro,
com o voto da maioria dos eleitores, se
possa renovar o mandado conseguido por
Bengalinha Pinto em 2009.
... O Movimento em Noticias ...
AUTARQUICAS 2013
APRESENTAÇÃO DOS CANDIDATOS
7 de Julho – 18 horas – Alcáçovas (Jardim Público)
2 de Agosto – 20 horas – Aguiar (Jardim da Cooperativa)
9 de Agosto – 20 horas – Viana (Jardim do Rocio)
ENCONTRO COM A JUVENTUDE
31 de Agosto – 20 horas – Jantar e Debate
JANTAR FINAL DA CANDIDATURA
27 de Setembro – 20 horas
PARTICIPAÇÃO, UNIÃO e
SOLIDARIEDADEMOVIMENTO UNIDOS
PELO CONCELHO
DE VIANA DO ALENTEJO
INICIATIVAS PREVISTAS:
REUNIÕES COM ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES E REUNIÕES DE TRABALHO
Ao longo dos meses de Julho, Agosto e Setembro.
Projecto de Recuperação do Paços dos Henriques - Alcáçovas (DRCA)
Estamos na Internet em:
Facebook: Autarquicas Viana 2013
http://bengalinhautarquicas2013.blog.com/
autarquicasviana2013@gmail.com