O documento discute os conceitos de risco, vulnerabilidade e fatores de risco. Risco é definido como a probabilidade de um evento adverso ocorrer. Vulnerabilidade refere-se à capacidade reduzida de indivíduos ou grupos se protegerem. Fatores de risco aumentam a probabilidade de doenças, como hábitos de saúde, condições sociais e ambientais.
2. Risco
É a possibilidade da ocorrência de um evento (futuro) acontecer ou
atingir determinada área, população ou indivíduo.
3. Usos do termo risco:
Automedicação traz riscos a saúde;
Aumenta o risco de acidentes nos finais de semana;
Eventos de grande porte, como a copa do mundo, traz riscos de
vandalismo;
Hábitos saudáveis diminuem risco de doenças;
Pessoas de maior renda social tem risco diminuído de adoecer
quando expostos a agentes patogênicos quando comparadas as de
menor renda social.
4. É A PROBABILIDADE DE SE OBTER UM
RESULTADO QUE GERA AGRAVO,
UM EFEITO ADVERSO
OU DE ESTAR PRESENTE UM FATOR
QUE AUMENTE A PROBABILIDADE
DESSA OCORRÊNCIA
5. A percepção do RISCO e a reação dependem :
Experiência prévia
Informação
Valores adquiridos
Processo de aprendizagem
“Não se deve brincar com Fogo”
6. Risco está relacionado a uma probabilidade e é usado para definir a
saúde do homem, dos animais , plantas e ecossistemas.
Risco está diretamente relacionado aos hábitos e estes podem ser
agrupados da seguinte maneira:
7. Hábitos que reduzem os riscos = Fatores protetores
Hábitos que aumentam os riscos = Fatores de risco
O Risco está diretamente relacionado aos Fatores do risco e estes
determinam as ações a serem desenvolvidas para enfrenta-los.
8.
9. FATOR DE RISCO; O que são?
Chama-se fator de risco a
qualquer situação que aumente a
probabilidade de ocorrência de
uma doença ou agravo à saúde.
10. São elementos com grande probabilidade de desencadear ou estar associado a
um evento indesejável comprometendo o equilíbrio saúde – doença.
Pessoais
Baixa Auto-estima Impulsividade Vítima de Abuso Sexual
Familiares
Conflitos Intra-familiares Autoritarismo Permissividade
Escolares
Falta de Compromisso com o estudo Repetência Evasão
Sociológicos
Explosão Demográfica Vizinhança Social Deteriorada
Acesso fácil à droga Sedentarismo Mídia
FATORES DE RISCO
11. Prosseguindo; na população existem grupos mais suscetíveis a
adoecer, chamado de Grupo de Risco.
Corresponde a uma população sujeita a determinados fatores ou
com determinadas características, que a tornam mais propensa a
ter ou adquirir determinada doença e/ou sofrer algum agravo.
Ampliando a visão dos grupos de risco chegou-se ao conceito de
Comportamento de Risco – que é a identificação de características
comuns entre as pessoas que aumentam as chances de ocorrência
de um agravo ou doença.
12. VULNERABILIDADE
O conceito surgiu para ampliar a visão sobre os problemas de saúde.
Tem origem na área dos direitos humanos e se refere a indivíduos
fragilizados na garantia da promoção e proteção de seus direitos.
O que é Vulnerabilidade?
Vulnerabilidade é definida como o estado de indivíduos ou grupos
que, por alguma razão, têm sua capacidade de autodeterminação
reduzida, podendo apresentar dificuldades para proteger seus
próprios interesses devido a déficits de poder, inteligência,
educação, recursos, força ou outros atributos.
Pode ser analisada na dimensão individual, social e institucional.
13.
14. “A vulnerabilidade faz parte da condição humana, tanto
quanto a capacidade que temos de enfrentá-la no exercício de
nossa humanidade. Ao analisarmos os riscos ambientais, a
vulnerabilidade é expressão simultânea da liberdade humana
e de seu abuso.”
Marcelo Firpo Porto – Uma ecologia política de riscos
15. DETERMINANTES DA VULNERABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL
AUMENTO DO TAMANHO DA POPULAÇÃO
URBANIZAÇÃO E AUMENTO DA DENSIDADE EM PÓLOS URBANOS
ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO
REDUÇÃO DA RESISTÊNCIA POR EXPOSIÇÃO A PRODUTOS TÓXICOS
DESGATE POR OBESIDADE E OUTROS PROBLEMAS DO CONSUMO
DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E PERDA DA BIODIVERSIDADE
COMERCIO E CONSUMO DE ANIMAIS SELVAGENS
AUMENTO DA MOBILIDADE POR INSTABILIDADE NO TRABALHO
PERSISTÊNCIA DE BOLSÕES DE MISÉRIA
DESIGUALDADE SOCIAL E EXPANSÃO DO CIRCUITO INFERIOR URBANO
16. Segundo Ayres et al. -. A vulnerabilidade individual compreende os
aspectos biológicos, emocionais, cognitivos, atitudinais e referentes
às relações sociais.
A social é caracterizada por aspectos culturais, sociais e econômicos
que determinam as oportunidades de acesso a bens e serviços.
A vulnerabilidade institucional ou programática refere-se aos
recursos sociais necessários para a proteção do indivíduo a riscos à
integridade e ao bem-estar físico, psicológico e social.
Segundo os mesmo autores, a vulnerabilidade depende da
combinação dos elementos dos três domínios no momento atual.
Depende também das experiências relativas a cada um deles, no
passado, e de como as pessoas lidaram e lidam com as facilidades e
as dificuldades da vida.
17. CRISES RECENTES DE ABRANGÊNCIA NACIONAL E
INTERNACIONAL
SENTIMENTO DE CRESCENTE AUMENTO DAS INCERTEZAS
E DAS VULNERABILIDADES
DIFERENTES EXPRESSÕES DE SOFRIMENTO DIFUSO NAS
SOCIEDADES
CENÁRIO GLOBAL CARACTERIZADO POR PARADOXOS E INCERTEZAS
18. Uma nova segmentação da população urbana é produzida,
com aqueles integrados ao circuito principal, os
denominados vulneráveis, por sua inserção no circuito
inferior, dinâmico mas inseguro, e os excluídos, aqueles que
não conseguem mais trabalho ou outra fonte de renda, e
acabam perdendo até mesmo sua condição de cidadania.
(Sabroza, P.C, 1999)
O processo de globalização e de restruturação traz como
conseqüência a forte segmentação da sociedade em pelo
menos três pedaços: excluídos, vulneráveis e integrados. Será
que transitamos da pluralidade da reforma urbana para a sua
fragmentação?
(Ribeiro,L.C.- Globalização, Fragmentação e Reforma Urbana,1994)
19.
20. Bibliografia:
Aleixo, N. C. R., Sant´Anna Neto, J. L.: Percepção e Riscos,
Abordagem Socioambiental do Processo Saúde-Doença; Mercator,
Fortaleza, v.10, n.22, p.191-208, 2011. www.mercator.ufc.br.
http://www.epsjv.fiocruz.br/pdtsp/index.php?livro_id=6&area_id=
2&capitulo_id=77&autor_id=&arquivo=ver_conteudo_2: Grácia
Maria de Miranda Gondim; Do Conceito de Risco ao da Precaução:
entre determinismos e incertezas.
8. Ayres JRCM. O conceito de vulnerabilidade e as práticas de
saúde: novas perspectivas e desafios. In: Czeresnia D, Freitas CM,
organizadores. Promoção da saúde: conceitos, reflexões,
tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2003. p.117-39.