3. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 1
MÓDULO 1 Cinemática
1. (VUNESP-2011) – Era um amor de causar inveja o daquele casal 2. (UFV-MG-2011) – O gráfico abaixo ilustra a aceleração escalar,
e bastou aquela viagem obrigatória da esposa para gerar uma em função do tempo, de uma partícula que se move numa trajetória
gigantesca saudade. No retorno, quando se viram no desembarque do retilínea.
aeroporto, lançaram-se, um em direção ao outro com passadas regu-
lares, seguindo uma reta imaginária que os continha. Ela dava duas
passadas e meia por segundo enquanto ele, que havia adquirido com os
anos aquela dorzinha chata na perna, fazia o que podia, movendo-se a
uma passada e meia por segundo. A distância que os separava equivalia
a 80 de seus passos, que podiam ser considerados de mesmo tamanho
para ambos, e o encontro se daria conforme o planejado, se a bolsa da
esposa não tivesse caído, fazendo-a parar por oito segundos.
a) Supondo-se que a bolsa não tivesse caído, calcule quanto tempo
passaria desde o momento em que o casal iniciara seu movimento A partícula partiu da origem do sistema de coordenadas com uma
até o encontro. velocidade escalar inicial de 20,0m/s e manteve constante o sentido do
b) Determine a distância, medida em passos, relativamente à posição seu movimento.
inicial do marido, em que ocorreu o esperado reencontro, consi- Faça o que se pede, apresentando o raciocínio utilizado:
derando-se a queda da bolsa. a) Determine a variação da velocidade escalar da partícula, desde a
partida (instante t = 0s) até o instante t = 7,0s.
RESOLUÇÃO: b) Construa, abaixo, um gráfico relacionando a velocidade escalar da
a) partícula com o tempo, desde a partida (instante t = 0s) até o instante
t = 7,0s.
e = tamanho do passo
|VM| = 1,5 e/s |VE| = 2,5e/s
Δsrel = Vrel t (MU)
FÍSICA BDE
c) Determine o deslocamento escalar da partícula, desde a partida
80e = 4,0e TE ⇒ TE = 20s
(instante t = 0s) até o instante t = 7,0s.
b) |ΔsM| = |VM| . T = 1,5e . T
RESOLUÇÃO:
|ΔsE| = |VE| (T – 8,0) = 2,5e (T – 8,0)
a) ΔV = área (a x t)
|ΔsM| + |ΔsE| = D ΔV = 5,0 . 8,0 (m/s) ⇒ ΔV = 40,0 m/s
1,5e T + 2,5e (T – 8,0) = 80e b)
1,5T + 2,5T – 20 = 80
4,0 T = 100 ⇒ T = 25s
d = |VM| . T = 1,5e . 25
c) Δs = área (v x t)
d = 37,5e 5,0
Δs = (60,0 + 20,0) ––– + 60,0 . 2,0 (m)
2
Respostas: a) 20s
Δs = 200 + 120 (m)
b) 37,5 passos
Δs = 320m
Respostas: a) ΔV = 40,0m/s
b) vide gráfico
c) 320m
–1
4. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 2
3. (UFPB) – Uma moto, partindo do repouso, percorre uma pista
circular cujo raio é 36m. O gráfico de sua velocidade escalar v, em
função do tempo t, é dado abaixo.
Considerando-se π = 3, determine
a) o tempo que a moto gasta para fazer as três primeiras voltas na pista
circular.
b) o módulo da aceleração centrípeta e da aceleração tangencial da
moto, no instante em que ela completa a 3.ª volta.
RESOLUÇÃO:
a) 1) Δs = 3C = 3 . 2 π R = 6 . 3 . 36 m = 648 m
2)
ΔV 40
= ––– = ––– (m/s2) = 4,0 m/s2
Δt 10
FÍSICA BDE
N
Δs = área (V x t)
T . 4T
648 = –––––
2
T2 = 324 ⇒ T = 18 s
b) 1) V = V0 + t
V1 = 0 + 4,0 . 18 (m/s)
V1 = 72 m/s
V2
2) acp = ––––
R
V12 (72)2
acp = –––– = –––– (m/s2) ⇒ acp = 144 m/s2
1 R 36 1
ΔV
3) at = | | = –––– ⇒ | →t | = 4,0 m/s2
a
Δt
Respostas: a) 18s
b) 144 m/s2 e 4,0 m/s2
2–
5. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 3
MÓDULO 2 Leis de Newton e Atrito
1. Dois blocos, A e B, de massas respectivamente iguais a mA = 2,9 kg 2. (UNIMONTES-MG-2011-Modificado) – Uma caixa de massa
e mB = 1,9 kg estão suspensos a um anteparo m encontra-se em repouso na carroceria de um caminhão de massa M
rígido S por dois fios inextensíveis cada um que se desloca em linha reta horizontal com velocidade constante de
com comprimento L = 1,0 m. O fio de cima módulo V1. O caminhão é freado abruptamente e para após percorrer
tem massa desprezível e o fio de baixo tem 5,0m. Admita que o caminhão tenha freio nas quatro rodas e que a força
densidade linear constante de 0,2 kg/m. de atrito seja estática e com sua intensidade máxima.
O sistema todo tem uma aceleração dirigida O coeficiente de atrito estático entre os pneus e o chão vale P. A caixa
para cima e com módulo a = 0,2 m/s2. escorrega para frente na carroceria do caminhão e para após percorrer,
A aceleração da gravidade tem módulo em relação ao caminhão, uma distância de 3,0m. O coeficiente de atrito
g = 9,8 m/s2. dinâmico entre a caixa e a carroceria do caminhão vale C.
a) Calcule a intensidade da força de tração C
Calcule a razão = –––– . Considere desprezível a massa de caixa em
no meio do fio de cima.
P
b)Calcule a intensidade da força de tração comparação com a do caminhão.
no meio do fio de baixo.
RESOLUÇÃO:
1) PFD (caminhão): Fat = Ma1
P M g = M a1 ⇒ a1 = P g
RESOLUÇÃO:
a) PFD: T1 – P = M a 2) PFD (caixa): fat = ma2
C m g = m a2 ⇒
a2 = C g
T1 = M (a + g)
3) V2 = V02 + 2 Δs
V02
T1 = 5,0 . 10,0 (N) 0 = V02 + 2 (– g) D ⇒ = –––––
2gD
T1 = 50,0 N DC (5,0 + 3,0)
P P P
–––– = –––– ⇒ –––– = ––––––––– ⇒ –––– = 1,6
C DP C 5,0 C
Resposta: 1,6
FÍSICA BDE
b) PFD: T2 – P’ = M’ a
T2 = M’ (g + a)
T1 = 2,0 . 10,0 (N)
T1 = 20,0 N
Respostas: a) 50,0N
b) 20,0N
–3
6. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 4
3. (UNICAMP) – No esquema da figura, as massas dos blocos A e B 4. Considere um bloco B de massa mB = 1,0 kg sobre um bloco A de
somam 7,0 kg e o sistema está em equilíbrio na iminência de escorregar. massa mA = 4,0 kg.
O coeficiente de atrito entre o bloco A e o plano horizontal de apoio O coeficiente de atrito entre A e B vale 0,40 (o estático igual ao
vale 0,40 (o estático é suposto igual ao dinâmico). dinâmico) e não há atrito entre A e o plano horizontal de apoio.
→
Adote g = 10 m/s2 e despreze o efeito do ar. Uma força horizontal F tem intensidade F variando com o tempo t
segundo a relação:
F = 2,0 t (SI)
A aceleração da gravidade tem módulo g = 10,0 m/s2 e o efeito do ar
é desprezível.
Determine
a) Determine as massas de A e B. a) o módulo a das acelerações de A e B enquanto B não escorregar
b) Determine o módulo da aceleração dos blocos se permutarmos as sobre A;
posições dos blocos A e B, os quais são feitos de mesmo material b) o instante T a partir do qual o bloco B começa a escorregar sobre A;.
(mesmos coeficientes de atrito com o apoio).
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO: a) PFD (A + B): F = (mA + mB) a
1) T = PB = mB g (1) 2,0 t = 5,0 a ⇒ a = 0,40 t (SI)
b) O bloco B estará na iminência de escorregar quando a força de atrito
2) FN = PA = mA g entre A e B for a máxima possível.
T = Fat = FN PFD (A): Fat = mA a
E máx
T = 0,4 mA g (2) mB g = mA a
mB g 0,40 . 10,0
3) (1) = (2): a = ––––––– = ––––––––– (m/s2) ⇒ a = 1,0 m/s2
mA 4,0
mB g = 0,4 mA g
a = 0,40 t
mB = 0,4 mA
1,0 = 0,40 T ⇒ T = 2,5 s
FÍSICA BDE
4) mB + mA = 7,0 kg
0,4 mA + mA = 7,0
mA = 5,0 kg
1,4 mA = 7,0 ⇒ Respostas: a) a = 0,40t (SI) b) 2,5s
mB = 2,0 kg
5) Invertendo as posições dos blocos:
PA = mA g = 50,0 N
Fat = E PB = 0,40 . 20,0 N = 8,0 N
destaque
Como PA > Fat o sistema vai ser acelerado.
destaque
PFD (A + B): PA – Fat = (mA + mB) a
din
50,0 – 0,40 . 20,0 = 7,0 . a
42,0 = 7,0 a
a = 6,0 m/s2
Respostas: a) mA = 5,0 kg e mB = 2,0 kg
b) 6,0 m/s2
4–
7. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 5
MÓDULO 3 Plano Inclinado e Força Centrípeta
1. Dois blocos, A e B, conectados por um fio de massa desprezível 2. Uma plataforma horizontal está em rotação uniforme com velo-
deslizam para baixo em um plano inclinado de 37°. Os blocos têm mas- cidade angular de módulo .
sa respectivamente iguais a mA = 6,0 kg e mB = 4,0 kg e coeficientes Uma mola tem comprimento natural L0 = 45 cm e constante elástica
de atrito dinâmico com o plano iguais a A = 0,75 e B = 0,25, respec- k = 40 N/cm.
tivamente. A mola tem uma extremidade presa ao eixo de rotação e a outra a um
Despreze o efeito do ar e adote g = 10,0 m/s2, sen 37° = 0,60 e bloco de massa m = 8,0 kg.
cos 37° = 0,80. O bloco não escorrega em relação à plataforma e o seu coeficiente de
atrito estático com ela vale = 0,50.
Sabe-se que a mola está com comprimento L = 55 cm e o bloco está na
iminência de escorregar.
Considere g = 10 m/s2 e despreze o efeito do ar.
Calcule
a) o módulo da aceleração dos blocos;
b) a intensidade da força que traciona o fio. Calcule
a) a intensidade F1 da força de atrito que a plataforma exerce no bloco;
RESOLUÇÃO:
b) a intensidade F2 da força que a mola exerce no bloco;
c) o valor de .
RESOLUÇÃO:
a) F1 = E FN = E mg
F1 = 0,50 . 8,0 . 10 (N) ⇒ F1 = 40 N
FÍSICA BDE
b) Fmola = kx = k (L – L0)
a) PFD (A + B): Pt – (FatA + FatB) = (mA + mB) a F2 = 40 . 10 (N) ⇒ F2 = 400 N
Pt = (mA + mB) g sen 37°
Pt = 10,0 . 10,0 . 0,60 (N) = 60,0 N c) F2 + F1 = Fcp
Fat = A mA g cos 37° F2 + F1 = m 2 L
A
Fat = 0,75 . 60,0 . 0,80 (N) = 36,0 N
A 2
440 = 8,0 . . 0,55
Fat = B mB g cos 37°
B 2
440 = 4,4
Fat = 0,25 . 40,0 . 0,80 (N) = 8,0 N
B 2=
60,0 – (36,0 + 8,0) = 10,0 a 100
a = 1,6 m/s2 = 10 rad/s
b) PFD (A): T + Pt – Fat = mA a Respostas: a) F1 = 40 N
A A
b) F2 = 400 N
T + 60,0 . 0,60 – 36,0 = 6,0 . 1,6
c) = 10 rad/s
T = 9,6 N
Conferindo:
PFD (B): Pt – (T + Fat ) = mB a
B B
40,0 . 0,60 – (T + 8,0) = 4,0 . 1,6
24,0 – T – 8,0 = 6,4
T = 9,6 N
Respostas: a) a = 1,6 m/s2
b) T = 9,6 N
–5
8. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 6
3. (FMCA-2011) – Para aumentar a segurança e permitir maior velo-
Fx m V2 / R
cidade nas curvas, é conveniente que elas sejam construídas com uma 3) tg = –––––– = –––––––––
Fy mg
sobrelevação, ou seja, que a parte externa da curva seja mais elevada
do que a interna, em relação à horizontal. As figuras mostram um
V2
veículo em dois tipos de curva: uma plana e horizontal, e outra tg = ––––––
gR
inclinada de um ângulo .
V= g R tg = 10 . 250 . 0,36 (m/s)
V = 30 m/s
Respostas: a) 0,16
b) 30m/s
Dados: g = 10 m/s2 e tg 20° = 0,36
a) Calcule o menor coeficiente de atrito estático que permite ao
veículo da figura 1 fazer uma curva circular de raio R = 250 m, ao
redor do ponto C, a 72 km/h, sem derrapar.
b) Calcule a velocidade escalar que permite ao veículo da figura 2
fazer uma curva horizontal circular de raio 250 m, inclinada de
= 20° em relação à horizontal, independentemente do atrito
lateral, ou seja, sem tender a escorregar para baixo nem para cima.
RESOLUÇÃO:
a) 1) FN = P = m g
m V2
2) Fat = Fcp = ––––––
R
3) Fat E FN
m V2 mg
–––––– E
R
V2 V2 (20)2
E –––––– ⇒ E(mín) = –––––– = –––––––
gR gR 10 . 250
FÍSICA BDE
400
E(mín) = ––––––
2500
4
E(mín) = ––– = 0,16
25
b)
1) Fy = P = m g
m V2
2) Fx = Fcp = ––––––
R
6–
9. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 7
MÓDULO 4 Trabalho e Potência
1. (UFPE-2011) – Um bloco de massa 2,0 kg desliza, a partir do
repouso, por uma distância d = 3,0 m, sob a ação de uma força de
módulo F = 10,0N (ver figura). No final do percurso, a velocidade
escalar do bloco é V = 3,0 m/s. Calcule o módulo da energia mecânica
dissipada no percurso, em joules.
Dado: cos 37° = 0,80
Determine
a) a coordenada x1 em que a velocidade do bloco tem módulo máxi-
mo;
b) o módulo V1 da velocidade máxima do bloco;
c) a coordenada x2 em que o bloco para.
RESOLUÇÃO:
TEC: total = ΔEcin RESOLUÇÃO:
a) Enquanto F > Fat, a velocidade do bloco vai aumentar. A velocidade má-
F+ at = ΔEcin
m V2 xima ocorre quando Fat = F1.
F . d . cos 37° + at = –––––––
2 F1 = P = 0,50 . 100 N = 50,0 N
2,0 No gráfico dado:
10,0 . 3,0 . 0,80 + at = –––– (3,0)2
2 F1 = 50,0 N ⇔ x1 = 5,0 m
24,0 + = 9,0
at b)
at = 9,0 – 24,0 (I)
at = – 15,0 J
Ed = | at | = 15,0 J
Resposta: 15,0J
TEC: total = ΔEcin
m
FÍSICA BDE
F + at = ––– (V12 – V02)
2
5,0
1) F = área (F x d) = (100 + 50,0) ––– (J)
2
F = 375 J
2) at = Fat . Δx . cos 180°
at = 50,0 . 5,0 (–1) (J) = –250 J
2. Um bloco descreve uma trajetória retilínea e horizontal e passa pela
→ 10,0
posição x = 0 com uma velocidade V0 de módulo 12,0 m/s. 3) 375 – 250 = –––– (V12 – 144)
A partir da posição x = 0, o bloco fica submetido à ação de duas forças 2
→ 25,0 = V12 – 144 ⇒ V12 = 169 ⇒ V1 = 13,0 m/s
horizontais: uma força F que atua apenas entre as posições x = 0 e
x = 10,0 m e uma força de atrito com coeficiente de atrito dinâmico c) TEC: = ΔEcin
total
igual a 0,50. 100
→ = área (F x d) = 10,0 . –––– (J) = 500 J
A força F tem intensidade que varia com a posição x de acordo com o F
2
gráfico a seguir:
at = Fat . x . (–1) = – 50,0 . x (SI)
m
F = –– (0 – V02)
+ at
2
10,0
500 – 50,0 x2 = – –––– . 144
2
50,0 x2 = 500 + 720 = 1220
x2 = 24,4 m
Respostas: a) 5,0m
O bloco tem massa m = 10,0 kg e a aceleração da gravidade tem b) 13,0m/s
módulo g = 10,0 m/s2. c) 24,4m
–7
10. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 8
3. (UFTM-MG-2011) – Suponha que em uma importante via de
circulação de uma grande cidade, o limite de velocidade para
caminhões tenha sido reduzido de 90 km/h para 80 km/h.
a) Quanto será acrescido ao tempo de percurso de um trecho retilíneo
de 3,6 km de extensão dessa via, devido à redução no limite de
velocidade? Suponha que antes e depois da redução, o motorista do
caminhão sempre trafegue com a máxima velocidade permitida
para a via.
b) Considere que em seu movimento por um trecho retilíneo e hori-
zontal dessa via, um caminhão fique sujeito a uma força resistiva
total de intensidade 11250 N. Que potência, em hp (1 hp = 750 W),
o motor estará desenvolvendo nessa situação, para que o motorista
consiga manter constante a velocidade escalar de seu caminhão em
72 km/h?
RESOLUÇÃO:
a) Δs = V Δt
Δs = V1 Δt1 = V2 Δt2
3,6 = 90 Δt1 ⇒ Δt1 = 0,04 h
3,6 = 80 Δt2 ⇒ Δt2 = 0,045 h
T = Δt2 – Δt1 = 0,005 h = 0,3 min = 18s
T = 18 s
b) 1) Para manter a velocidade constante, a força resultante deve ser nula:
Fmotriz = Fr = 11 250 N
2) Potmotor = Fmotriz . V
72
Potmotor = 11250 . ––– (W) = 225 000 W
3,6
225 000
Potmotor = ––––––––––– (hp)
750
Potmotor = 300 hp
FÍSICA BDE
Respostas: a) 18 s
b) 300 hp
8–
11. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 9
MÓDULO 5 Energia Mecânica
1. (FMCA-2011) – Duas bolas de massas m1 e m2 são lançadas ho- m1VA2 m2VB2
––––––– = –––––––
rizontalmente com velocidades iniciais iguais de módulo V0 = 10,0 m/s 2 2
de dois pontos, A e B, respectivamente, das sacadas de andares
m1 VB2 200
diferentes de um edifício, como mostra a figura. Considere desprezível –––– = ––––––– = –––––––
a influência do ar nos movimentos. m2 VA2 1000
m1 1
–––– = –––
m2 5
m1 1
Respostas: a) 2,0 s b) –––– = –––
m2 5
2. (PUC-RJ-2011) – Um objeto, de massa m = 2,0 kg, é acelerado até
atingir a velocidade escalar v = 6,0 m/s sobre um plano horizontal sem
atrito. Ele se prepara para fazer a manobra de passar pelo aro (loop) de
raio R = 2,0 m. A região após o aro possui um coeficiente de atrito ci-
nético = 0,50. Considere g = 10,0m/s2 e despreze a resistência do ar.
a) Qual deve ser o intervalo de tempo, em segundos, entre os lança-
mentos, para que as bolas atinjam simultaneamente o solo, nos
pontos C e D da figura? Adote g = 10,0 m/s2.
FÍSICA BDE
b) Determine a razão m1/m2 entre as massas das bolas para que elas
cheguem a C e D com a mesma energia mecânica.
RESOLUÇÃO: a) O objeto conseguirá realizar o loop? Justifique.
y
a) Δsy = V0y t + ––– t2 (MUV)
2 b) Calcule a velocidade escalar inicial mínima que o objeto deve
10,0 possuir de modo a fazer o “loop” de modo seguro.
Bola lançada de A: 45,0 = –––– TA2 ⇒ TA2 = 9,0 ⇒ TA = 3,0 s
2 c) Dado um objeto que tenha a velocidade escalar mínima calculada
10,0 no item (b), qual seria a distância que ele percorreria após passar
Bola lançada de B: 5,0 = –––– TB2 ⇒ TB2 = 1,0 ⇒ TB = 1,0 s
2 pelo aro?
A bola A deve ser lançada 2,0 s após o lançamento da B.
RESOLUÇÃO:
b) A velocidade de chegada ao chão é dada por: a) 1) Para completar o loop a velocidade escalar mínima no ponto mais
alto é dada por:
Ef = E0 (referência no solo)
mV2 mV02
––––– = ––––– + m g H
2 2
V2 = V02 + 2 g H
V= V02 + 2 g H
VA = 100 + 2 . 10,0 . 45,0 (m/s) ⇒ VA = 1000 m/s
P = Fcp
VB = 100 + 2 . 10,0 . 5,0 (m/s) = 200 m/s mVB2
mg = ––––––
Em = Em R
A B
VB = gR = 10,0 . 2,0 (m/s) = 20,0 m/s
–9
12. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 10
VA2 VB2
2) Para a posição inicial em A, a velocidade mínima é dada por: c) aA = –––– e aB = ––––
RA RB
EA = EB
(ref. em A) aA 2 RB 2 1
VA 1 1
mVA2 mVB2 r3 = ––– = –––– . ––– = –– . –– ⇒ r3 = –––
–––––– = –––––– + m g 2R ⇒ VA = VB2 + 4 g R aB VB RA 2 16
2 2 4
VA = 20,0 + 4 . 10,0 . 2,0 (m/s) = 10,0 m/s Respostas: a) r1 = 8
1
Como V < VA, o objeto não consegue fazer o loop b) r2 = ––
2
b) Vmín = VA= 10,0m/s 1
c) r3 = –––
c) TEC: at = ΔEcin 16
mVA2 VA2 100
m g d (–1) = 0 – –––––– ⇒ d = –––––– = ––––––––––– (m)
2 2 g 2 . 0,50 . 10,0
d = 10,0m
Respostas: a) não
b) 10,0m/s 4. Considere um planeta esférico, homogêneo, de raio R, isento de
c) 10,0m rotação e de atmosfera.
Sendo a densidade do planeta e G a constante de gravitação univer-
sal, determine
a) o módulo g da aceleração da gravidade na superfície deste planeta;
b) o período T de um satélite rasante em órbita circular.
RESOLUÇÃO:
3. Em um dado sistema solar, dois planetas, A e B, gravitam em torno
a) 1) FG = P
da estrela em órbitas circulares tais que o raio de A é quatro vezes maior
que o de B. GMm GM
–––––– = m g ⇒ g = ––––
O planeta A tem período de translação TA, velocidade orbital com R 2 R2
módulo VA e aceleração com módulo aA. M M
O planeta B tem período de translação TB, velocidade orbital com 2) = ––– = –––––––
V 4
módulo VB e aceleração com módulo aB. –– π R3
3
Determine
TA 4
a) a razão r1 = –––– M = –– π R3 .
TB 3
FÍSICA BDE
VA G 4 4
b) a razão r2 = –––– g = ––– . –– π R3 ⇒ g = –– π G R
R2 3 3
VB
b) g = acp = 2 R
aA
c) a razão r3 = ––––
aB 4
–– π G R = 2 R
3
4 2π 4
RESOLUÇÃO:
2 = –– π G ⇒ = ––– = –– π G
3 T 3
a) 3.a Lei de Kepler:
RA3 RB3
–––– = –––– 3 4π2 . 3
T = 2π ––––––– = –––––––
TA2 TB2 4πG 4πG
64 RB3 RB3
RA = 4 RB ⇒ –––––– = –––– 3π
T= –––––
TA2 TB2 G
TA2 = 64 TB2 ⇒ TA = 8 TB ⇒ r1 = 8 4
Respostas: a) g = ––– G R
3
2 π RA 2 π RB
b) VA = ––––––– e VB = ––––––– 3π
b) T = ––––
TA TB G
VA R A TB 1 1
r2 = ––– = ––– . ––– = 4 . –– ⇒ r2 = ––
VB RB TA 8 2
10 –
13. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 11
MÓDULO 6 Quantidade de Movimento
1. Um bloco de massa m = 5,0 kg está em repouso sobre um plano 2. Um bloco de massa m = 1,0 kg colide frontalmente com uma parede
horizontal com atrito. vertical. O coeficiente de restituição nesta colisão vale e = 0,60 e a
→
Uma força F inclinada de 37° é aplicada ao bloco. velocidade do bloco antes da colisão tem módulo 10,0 m/s. Não há
A intensidade de F varia com o tempo segundo a relação: F = 10,0 t (SI). atrito entre o bloco e o plano de apoio.
O bloco está sujeito a uma força de atrito aplicada pelo plano que varia A força que a parede exerce no bloco varia com o tempo de colisão de
com o tempo segundo o gráfico apresentado a seguir: acordo com o gráfico apresentado.
Determine
a) o módulo da variação da quantidade de movimento do bloco com
São dados: sen 37° = 0,60 e cos 37° = 0,80. a colisão;
Determine b) a duração T da colisão.
a) o módulo do impulso da força de atrito entre os instantes t = 0 e
t = 10,0s; RESOLUÇÃO:
→ a) 1) Vaf = e Vap
b) o módulo do impulso da componente horizontal de F entre os ins-
tantes t = 0 e t = 10,0 s; V = 0,60 . 10,0 m/s ⇒ V = 6,0 m/s
FÍSICA BDE
c) o módulo da velocidade do bloco no instante t = 10,0 s.
2) ⎯→ V0 = –10,0 m/s e V = 6,0 m/s
RESOLUÇÃO:
→ ΔQ = m (V – V0) = 1,0 . 16,0 (SI)
a) Iat = área (Fat x t)
→ 10,0 . 30,0 → ΔQ = 16,0 kg . m/s
Iat = ––––––––– (N . s) ⇒ Iat = 150 N . s
2
b) TI: I = ΔQ
b) 1) Fx = F cos 37° = 10,0 t . 0,80 = 8,0 t (SI)
I = área (F x t) = ΔQ
2) T . 3,2 . 103
–––––––––– = 16,0
2
T = 10,0 . 10–3s
T = 1,0 . 10–2s
Respostas: a) 16,0 . kg . m/s
→ b) 1,0 . 10–2s
3) IF = área (Fx x t)
x
→ 10,0 . 80,0 →
IF = ––––––––– (N . s) ⇒ IF = 400 N . s
x 2 x
c) TI: Itotal = ΔQ
→ →
IF – Iat = m V – m V0
x
400 – 150 = 5,0 V
V = 50,0 m/s
Respostas: a) 150 N . s
b) 400 N . s
c) 50,0 m/s
– 11
14. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 12
3. A figura representa uma vista de cima de uma mesa de bilhar com
quatro bolas idênticas.
Não considere o atrito entre as bolas e a mesa e admita que as bolas não
têm movimento de rotação.
cm
A bola A foi lançada com uma velocidade de módulo V0 = 2,0 2 –––
e as demais bolas estão em repouso. s
Após a colisão, as bolas A e B ficam em repouso e as bolas C e D se
movem com velocidade de módulo V e inclinadas de um ângulo em
relação ao eixo x.
Admita que as colisões sejam elásticas.
Calcule
a) o valor de V;
b) o valor de .
RESOLUÇÃO:
a) Conservação da energia mecânica:
Ef = Ei
m V2 m V02 V02
2 ––––– = ––––– ⇒ V2 = ––––
2 2 2
FÍSICA BDE
8,0
V2 = –––– = 4,0 ⇒ V = 2,0 cm/s
2
b) Conservação da quantidade de movimento:
Qf = Qi
2m V cos = m V0
V0 2,0 . 2
cos = –––– = ––––––––
2V 2 . 2,0
2
cos = –––– ⇒ = 45°
2
Respostas: a) V = 2,0 cm/s
b) = 45°
12 –
15. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 13
MÓDULO 7 Termologia I
1. (FGV-2011 – Modificada) – Em relação ao conceito de tempera- 2. (UNESP-2011 – Modificada) – Foi realizada uma experiência em
tura, analise as afirmativas abaixo, classifique-as como verdadeiras ou que se utilizava uma lâmpada de incandescência para, ao mesmo
falsas e justifique suas respostas: tempo, aquecer 100 g de água e 100 g de areia. Sabe-se que, aproxi-
a) É possível atribuir uma temperatura ao vácuo ideal. madamente, 1 cal = 4 J e que o calor específico da água é de 1 cal/g ºC
b) Dois corpos que possuem a mesma energia térmica possuem e o da areia é 0,2 cal/g ºC. Durante 1 hora, a água e a areia receberam
necessariamente a mesma temperatura. a mesma quantidade de energia da lâmpada, 3,6 kJ, e verificou-se que
c) A temperatura é uma grandeza macroscópica. Termômetros em a água variou sua temperatura em 8 ºC e a areia em 30 ºC.
equilíbrio térmico com o mesmo líquido podem registrar simulta- Determine:
neamente 68°F, 20°C e 293 K. a) A quantidade de energia perdida pela água para o ambiente nessa
d) Quando um corpo recebe calor, sua temperatura necessariamente hora de exposição.
aumenta. b) A quantidade de energia perdida pela areia para o ambiente nessa
hora de exposição.
RESOLUÇÃO:
a) Falso. Deve-se entender por vácuo ideal uma região do espaço onde não RESOLUÇÃO:
temos partículas. Dessa forma, não podemos atribuir um nível de a) Cálculo do calor aproveitado pela água para seu aquecimento:
agitação para as partículas.
Q1 = m c Δθ
b) Falso. Se imaginarmos dois corpos de massas diferentes e mesma Q1 = 100 . 1,0 . 8 (cal) = 800 cal
quantidade de energia térmica, o corpo de maior massa terá menos Q1 = 800 . 4 (J) = 3200 J = 3,2 kJ
energia por partícula, possuindo temperatura menor.
Como a água recebeu 3,6 kJ de energia da lâmpada, temos:
c) Verdadeiro. A temperatura de um corpo estabelece o nível de agitação
de suas partículas. No entanto, a temperatura não é da partícula, mas ΔQ1 = (3,6 – 3,2)kJ
do corpo, sendo uma grandeza macroscópica.
ΔQ1 = 0,4 kJ
θC θF – 32
–––– = ––––––––
5 9
É a energia térmica perdida pela água nesse processo.
θC 68 – 32
–––– = –––––––– → θC = 20°C
5 9 b) Cálculo do calor aproveitado pela areia para seu aquecimento:
Q2 = m c Δθ
T = 273 + 20 (K)
Q2 = 100 . 0,2 . 30 (cal) = 600 cal
FÍSICA BDE
T = 293K
Q2 = 600 . 4 (J) = 2400 J = 2,4 kJ
d) Falso. A energia térmica recebida por um corpo pode provocar aumento Como a areia recebeu 3,6 kJ da lâmpada, temos:
em sua temperatura e/ou mudança em seu estado físico. ΔQ2 = (3,6 – 2,4)kJ
ΔQ2 = 1,2 kJ
É a energia térmica perdida pela areia nesse processo.
– 13
16. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 14
3. (MACKENZIE-2011-Modificada) – Durante a realização de certo
experimento, um pesquisador necessitou de água líquida a 0ºC. Para
obtê-la, pegou um recipiente contendo 400 cm3 de água, que estava no
interior de um refrigerador, à temperatura de 5°C. Em seguida,
dispondo de “pedrinhas” de gelo (água sólida) a –20ºC, com 5,0 g de
massa cada uma, misturou algumas delas à água do recipiente e atingiu
o seu objetivo. Desprezando-se as possíveis trocas de calor com o meio
ambiente e considerando os dados da tabela abaixo,
Calor específico da água líquida = 1 cal/(gºC)
Densidade da água líquida = 1,0 g/cm3
Calor específico da água sólida (gelo) = 0,50 cal/(g°C)
Calor latente de fusão da água = 80 cal/g
Capacidade térmica do recipiente desprezível
Determine:
a) o número mínimo de pedrinhas de gelo misturadas à água.
b) o tempo mínimo para a obtenção da água a 0°C, considerando a
taxa de transferência de calor da água para o gelo igual a 4,0
calorias por segundo.
RESOLUÇÃO:
a) A quantidade de calor cedida pela água do refrigerador é usada para
aquecer as pedrinhas a 0°C e provocar sua fusão:
Qcedido = Qrecebido
maca Δθa = n mg (cg Δθg + Lf)
400 . 1,0 . 5 = n . 5,0 (0,50 . 20 + 80)
2000 = 5,0 . n . 90
n = 4,4
Como n deve ser inteiro, o valor mais próximo é nmín = 5
FÍSICA BDE
Qcedido ma . ca . Δ a
b) Pot = –––––––– = –––––––––––––
Δt Δt
400 . 1,0 . 5
4,0 = ––––––––––
Δt
2000
Δt = ––––––
4,0
Δt = 500s (8min e 20s)
14 –
17. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 15
MÓDULO 8 Termologia II
1. (FUVEST-2011 – Modificada) – Um laboratório químico descar- 2. (UNIFESP-2011) – Em um trocador de calor fechado por paredes
tou um frasco de éter, sem perceber que, em seu interior, havia ainda diatérmicas, inicialmente o gás monoatômico ideal é resfriado por um
um resíduo de 7,4 g de éter, parte no estado líquido, parte no estado processo isocórico e depois tem seu volume expandido por um
gasoso. Esse frasco, de 0,8 L de volume, fechado hermeticamente, foi processo isobárico, como mostra o diagrama pressão versus volume.
deixado sob o sol e, após um certo tempo, atingiu a temperatura de
equilíbrio T = 37°C, valor acima da temperatura de ebulição do éter.
NOTE E ADOTE
No interior do frasco descartado havia apenas éter.
Massa molar do éter = 74 g
K = °C + 273
R (constante universal dos gases) = 0,08 atm.L / (mol.K)
Determine:
a) A pressão no interior do frasco se todo o éter no estado líquido
evaporar.
b) A massa específica do vapor do éter, em g/L, a 97°C e sob pressão
de 0,8atm.
RESOLUÇÃO:
a) Aplicando-se a Equação de Clapeyron, temos:
pV = n R T
ou a) Indique a variação da pressão e do volume no processo isocórico e
m no processo isobárico e determine a relação entre a temperatura
pV = ––– RT
M inicial, no estado termodinâmico a, e final, no estado termodi-
Substituindo-se os valores fornecidos, vem: nâmico c, do gás monoatômico ideal.
7,4
b) Calcule a quantidade total de calor trocada em todo o processo
p . 0,8 = –––– . 0,08 . (37 + 273) termodinâmico abc.
74
p = 3,1 atm RESOLUÇÃO:
a) No processo isocórico (volume constante):
FÍSICA BDE
m m PM 0,8 . 74 Δp1 = pb – pa
b) PV = ––– RT ⇒ ––– = –––– ⇒ d = ––––––––––––––
M V RT 0,08 . (97 + 273) Δp1 = (1,0 . 105 – 3,0 . 105) Pa
d = 2,0 g/L Δp1 = –2,0 . 105 Pa
ΔV1 = Vb – Va
ΔV1 = 0
No processo isobárico (pressão constante):
Δp2 = pc – pa
Δp2 = 0
ΔV2 = Vc – Vb
ΔV2 = (6,0 . 10–2 – 2,0 . 10–2)m3
ΔV2 = 4,0 . 10–2m3
Aplicando-se a Lei Geral dos Gases, temos:
paVa = pcVc
–––––– ––––––
Ta Tc
Assim:
3,0 . 105 . 2,0 . 10–2 1,0 . 105 . 6,0 . 10–2
––––––––––––––––––– = –––––––––––––––––––
Ta Tc
Ta = Tc
– 15
18. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 16
b) Aplicando-se a equação da 1.a Lei da Termodinâmica, vem: 3. (MACKENZIE-2011-Modificada) – A 20°C, o comprimento
Q = τ + ΔU de uma haste A é 99% do comprimento de outra haste B, à mes-
1) Cálculo do trabalho (τ) ma temperatura. Os materiais das hastes A e B têm alto ponto de
τ = τab + τbc fusão e coeficientes de dilatação linear respectivamente iguais a
τ = [0 + 1,0 . 105 . (6,0 – 2,0) . 10–2] (J) αA = 10. 10–5 ºC–1 e αB = 9,1. 10–5 ºC–1.
τ = 4,0 . 103J Determine:
2) Cálculo de ΔU a) a temperatura em que as hastes terão o mesmo comprimento.
ΔU = Uc – Ua b) o volume que transborda de um recipiente cilíndrico de 3000 cm3
feito do material da haste A que está completamente preenchido por
3
como U = –– nRT um líquido com coeficiente de dilatação volumétrica 3,0 . 10–3 °C–1,
2
submetido a uma variação de 100°C de temperatura.
e sabemos que Ta = Tc
então: RESOLUÇÃO:
Ua = Uc a)
e ΔU = 0
portanto:
Q = [4,0 . 103 + 0) (J)
Q = 4,0 . 103J
Respostas: a) – 2,0 . 105 Pa e zero (isocórico) LA = LB
zero e 4,0 . 10–2m3 (isobárico) L0A + L0AαA (θ – θ0) = L0B + L0BαB (θ – θ0)
Ta = Tc 0,99L0 + 0,99L0 . 10 . 10–5 (θ – 20) = L0 + L0 . 9,1 . 10–5 (θ – 20)
b) 4,0 . 103J
9,9 . 10–5 (θ – 20) – 9,1 . 10–5 (θ – 20) = 0,01
0,8 . 10–5 (θ – 20) = 10–2
θ – 20 = 1250
θ = 1270°C
b) ΔVAP = V0γAPΔθ = V0 (γLIQ – 3αA) Δθ
ΔVAP = 3000 . (3,0 . 10–3 – 3 . 1,0 . 10–4) . 100
ΔVAP = 810 cm3
FÍSICA BDE
16 –
19. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 17
MÓDULO 9 Hidrostática e Estática
1. O sistema mostrado na figura está em equilíbrio com a mola 2. Duas esferas, A e B, de mesmo volume têm massas respectivamente
deformada. O êmbolos podem mover-se livremente sem atrito ao longo iguais a mA = 4,2 kg e mB = 1,2 kg e estão conectadas aos extremos de
dos tubos. uma mola elástica ideal (massa desprezível) e constante elástica
k = 5,0 . 102 N/m.
O conjunto está mergulhado nos líquidos X e Y homogêneos indicados
na figura e em equilíbrio em posição vertical.
A aceleração da gravidade tem módulo g = 10,0 m/s2.
O líquido X é a água com densidade x = 1,0 g/cm3.
Os êmbolos têm peso desprezível e a área do êmbolo A é dez vezes O líquido Y é um óleo com densidade y = 0,8 g/cm3.
maior que a área do êmbolo B. Determine
Uma força vertical de intensidade F é aplicada para baixo no êmbolo a) as intensidades dos empuxos aplicados em A e B;
A e faz com que a deformação da mola aumente 0,10 m. b) a intensidade da força que a mola aplica nas esferas, indicando se
Sendo a constante elástica da mola igual a k = 1,0 . 102 N/m, determine a mola está sendo tracionada ou comprimida;
a) o valor de F; c) a deformação da mola.
b) o deslocamento do êmbolo A.
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO: a) 1) Para o equilíbrio do sistema
FÍSICA BDE
a) 1) f = k x EA + EB = PA + PB
f = 1,0 . 102 . 0,10 (N) ⇒ f = 10,0 N
EA + EB = 42 + 12 = 54 (1)
F SA
2) –– = ––– = 10 2) EA = Vg
f SB x
EB = yVg
F = 10 f ⇒ F = 100 N
EB y 0,8
b) F = f –––– = –––– = –––– ⇒ EB = 0,8 EA
F dF = f df EA x 1,0
100 dF = 10,0 . 0,10
dF = 1,0 . 10–2m = 1,0 cm
3) Em (1):
Respostas: a) F = 100 N 0,8 EA + EA = 54
b) dF = 1,0 cm
EA = 30 N
1,8 EA = 54 ⇒
EB = 24 N
b) Fmola + EA = PA
Fmola + 30 = 42
Fmola = 12 N
– 17
20. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 18
A distância entre as pessoas será máxima quando a prancha estiver na
iminência de girar em torno de B, o que ocorre quando a força no apoio A
for nula. Impondo, para o equilíbrio da prancha, que o somatório das
A mola está sendo tracionada (alongada)
forças em relação ao ponto B seja nulo temos:
(PP + P1) d1 = P2 d2
60,0 g 1,0 = 50,0 g . d2
d2 = 1,2 m
c) Lei de Hooke: Fmola = k x x = d2 + 1,0 m ⇒ x = 2,2 m
12 = 5,0 . 102x ⇒ x = 2,4 . 10–2m = 2,4 cm Resposta: 2,2 m
Respostas: a) EA = 30N e EB = 24N
b) 12N; tracionada
c) 2,4cm
FÍSICA BDE
3. (UERJ-2011) – Uma prancha homogênea de comprimento igual a
5,0 m e massa igual a 10,0 kg encontra-se apoiada nos pontos A e B,
distantes 2,0 m entre si e equidistantes do ponto médio da prancha.
Sobre a prancha, estão duas pessoas, cada uma delas com massa igual
a 50,0 kg.
Observe a ilustração:
Admita que uma dessas pessoas permaneça sobre o ponto médio da
prancha.
Nessas condições, calcule a distância máxima, em metros, que pode
separar as duas pessoas sobre a prancha, mantendo o equilíbrio.
RESOLUÇÃO:
18 –
21. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 19
MÓDULO 10 Óptica (I)
1. (FUVEST-SP) – A figura representa um objeto A, colocado a uma A distância percorrida pelo raio luminoso é equivalente ao compri-
distância de 2,0 m de um espelho plano S, e uma lâmpada L, posiciona- mento d indicado na figura.
Aplicando-se o Teorema de Pitágoras ao triângulo retângulo destacado,
da à distância de 6,0 m do espelho:
tem-se:
d2 = (6,0)2 + (8,0)2
Da qual: d = 10,0 m
Respostas: a) Ver figura
b) 10,0m
2. (UNICAMP) – Uma das primeiras aplicações militares da óptica
ocorreu no século III a.C. quando Siracusa estava sitiada pelas forças
navais romanas. Na véspera da batalha, Arquimedes ordenou que
60 soldados polissem seus escudos retangulares de bronze, medindo
0,5m de largura por 1,0 m de altura. Quando o primeiro navio romano
se encontrava a aproximadamente 30 m da praia para atacar, à luz do
sol nascente, foi dada a ordem para que os soldados se colocassem
formando um arco e empunhassem seus escudos, como representado
a) Copie a figura e desenhe o raio emitido por L e refletido por S que esquematicamente na figura abaixo. Em poucos minutos, as velas do
atinge A. Explique a construção. navio estavam ardendo em chamas. Isso foi repetido para cada navio,
b) Calcule a distância percorrida por esse raio. e assim não foi dessa vez que Siracusa caiu. Uma forma de entender-
mos o que ocorreu consiste em tratar o conjunto de espelhos como um
RESOLUÇÃO:
espelho côncavo. Suponha que os raios do sol cheguem paralelos ao
a)
espelho e sejam focalizados na vela do navio.
FÍSICA BDE
a) Qual deve ser o raio do espelho côncavo para que a intensidade do
Deve-se notar que o ângulo de reflexão é igual ao ângulo de insidência sol concentrado seja máxima?
(2.ª Lei da Reflexão) e que L’ é simétrico de L em relação à superfície
b) Considere a intensidade da radiação solar no momento da batalha
refletora.
b) como 500 W/m2. Considere que a refletividade efetiva do bronze
sobre todo o espectro solar é de 0,6, ou seja, 60% da intensidade in-
cidente é refletida. Estime a potência total incidente na região do
foco.
RESOLUÇÃO:
a) Para que as velas do navio ardessem em chamas devido ao aproveita-
mento da energia solar, os navios deveriam estar situados no foco do
grande espelho côncavo formado pelos escudos.
Da figura: f = 30 m
Como R = 2f, tem-se: R = 2 . 30m
Da qual: R = 60 m
b) A área de cada escudo espelhado é:
A = 0,5 . 1,0 (m2) = 0,50 m2
– 19
22. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 20
A área total (Atot), levando-se em conta os 60 escudos, é: RESOLUÇÃO:
Atot = 60 . 0,50 (m2)
Atot = 30 m2
A intensidade da radiação solar (I) pode ser determinada por:
Potência
I = ––––––––
Área
Sabendo-se que 60% da intensidade incidente é refletida, a potência
total (Ptot) na região do foco será dada por:
a) No triângulo retângulo com um dos vértices no peixe:
Ptot
0,6 I = ––––– 0,9
Atot tg = –––– ⇒ tg = 0,9
1
Ptot
0,6 . 500 = ––––– Da tabela: = 42°
30
b) Lei de Snell: nAr sen = nágua sen
Ptot = 9,0 . 103 W
1 . sen = 1,3 . 0,67 ⇒ sen = 0,87
Respostas: a) 60 m
b) 9,0 . 103 W Da tabela: = 60°
Porém: + = 90° ⇒ + 60° = 90°
Da qual: = 30°
y y
3. (FUVEST-2011) – Um jovem pesca em uma lagoa de água trans- c) Da figura: tg = –– ⇒ tg 30° = –––
x 0,9
parente, utilizando, para isto, uma lança. Ao enxergar um peixe, ele
y
atira sua lança na direção em que o observa. O jovem está fora da água 0,58 = ––– ⇒ y = 0,52m
0,9
e o peixe está 1 m abaixo da superfície. A lança atinge a água a uma
distância x = 90 cm da direção vertical em que o peixe se encontra, Respostas: a) = 42° b) = 30° c) y = 0,52m
como ilustra a figura abaixo. Para essas condições, determine:
a) o ângulo , de incidência na superfície da água, da luz refletida pelo
peixe;
FÍSICA BDE
b) o ângulo que a lança faz com a superfície da água;
c) a distância y, da superfície da água, em que o jovem enxerga o
peixe.
NOTE E ADOTE
Índice de refração do ar = 1
Índice de refração da água = 1,3
Lei de Snell: v1/v2 = sen 1/sen 2
Ângulo sen tg
30° 0,50 0,58
40° 0,64 0,84
42° 0,67 0,90
53° 0,80 1,33
60° 0,87 1,73
20 –
23. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 21
MÓDULO 11 Óptica (II)
1. (UFV-2011) – Duas lentes delgadas de vidro, A e B, de distâncias 70,0
p’ = –––– (cm) ⇒ p’
B B 5,2 cm
focais fA = 5 cm e fB = 4 cm, respectivamente, são colocadas lado a 13,5
(p’ > 0 ⇒ imagem real)
B
lado, imersas no ar, com eixos coincidentes, conforme a figura abaixo.
A imagem final se forma a 5,2 cm à direita da lente B, aproxima-
damente.
Respostas: a) D = 9 cm (ver esquema).
b) 5,2 cm à direita da lente B.
a) Qual a distância entre os centros das lentes para que um feixe de luz
de raios paralelos, incidente na lente A, emerja da lente B como um
feixe de luz de raios também paralelos? Reproduza a figura acima
e desenhe o diagrama de raios ilustrando esta situação. Indique
nessa figura os pontos correspondentes aos focos de cada uma das
lentes.
b) Calcule a que distância do centro da lente B ficará a imagem do
objeto produzida por esse conjunto de lentes, se fixarmos,
arbitrariamente, a distância entre os centros das lentes em 10 cm e
colocarmos um objeto luminoso a uma distância de 3 cm à esquerda
do centro da lente A.
RESOLUÇÃO:
a) O foco principal imagem de A coincide com o foco principal objeto de
B, e o sistema é afocal.
FÍSICA BDE
D = fA + fB ⇒ D = 5 + 4 (cm) ⇒ D = 9 cm
b) Em relação à lente A:
1 1 1 1 1 1
––– + ––– = ––– ⇒ ––– + ––– = –––
pA p’A fA 3 p’A 5
1 1 1 3–5
––– = ––– – ––– = –––––– ⇒ p’ = – 7,5 cm
A
p’A 5 3 15
(p’ < 0 ⇒ imagem virtual)
A
A imagem virtual produzida pela lente A comporta-se como objeto real
para a lente B.
Em relação à lente B:
1 1 1 1 1 1
––– + ––– = ––– ⇒ ––––––– + ––– = –––
pB p’B fB 7,5 + 10 p’ B 4
1 1 1 17,5 – 4
––– = ––– – –––– = ––––––
p’B 4 17,5 4 . 17,5
– 21
24. C2_FIS_BDE_RGERAL_Alelex_prof 07/10/11 12:37 Página 22
2. (UFPE-Modificada) – Duas lentes delgadas biconvexas, L1 e L2, 3. (UFPA) – Um oftalmologista, antes de examinar um paciente,
de vidro em operação no ar são justapostas, como representa a figura. explica-lhe dois defeitos da visão usando os esquemas abaixo:
Um objeto luminoso é colocado diante da associação, obtendo-se uma
imagem com a metade das dimensões lineares do objeto, distante 54cm
dele.
Em seguida, mostra-lhe as lentes representadas abaixo, cuja função é
corrigir esses defeitos. As lentes são de acrílico e foram dimensionadas
para operar no ar.
Sabendo-se que as distâncias focais de L1 e L2 valem, respectivamente,
20cm e 30cm, determine:
a) a distância focal da lente equivalente à associação;
b) a distância entre a imagem e as lentes.
RESOLUÇÃO:
a) As lentes L1 e L2 têm comportamento convergente, já que são de vidro
e estão em operação no ar (o vidro é mais refringente que o ar). Por
isso, suas distâncias focais têm sinal positivo. Sendo f a distância focal
a) Qual o nome de cada defeito e qual a lente (1 ou 2) que corrige cada
da lente equivalente à associação, temos: um?
1 1 1 1 1 1 b) Após exame, o médico constata que o olho do paciente apresenta o
––– = ––– + ––– ⇒ ––– = ––– + –––
f f1 f2 f 20 30 defeito A, sendo sua máxima distância de visão distinta igual a
50cm. Calcule quantas dioptrias deve ter a lente receitada pelo
1 3+2 5 (A lente equivalente também médico para corrigir tal defeito.
––– = –––––– = ––– ⇒ f = 12cm
f 60 60 é convergente.)
RESOLUÇÃO
b) Se a imagem é menor que o objeto, sua natureza é real. Além disso, essa
a) Defeito A: miopia (alongamento do globo ocular na direção anteropos-
imagem é invertida. Logo:
terior). A correção é feita com a lente 2 (divergente).
p’ 1 p’ Defeito B: hipermetropia (encurtamento do globo ocular na direção
A = – ––– ⇒ – –– = – –––
p 2 p anteroposterior). A correção é feita com a lente 1 (convergente).
FÍSICA BDE
b) Correção da miopia: | f | = Dmáx
p = 2p’ a
b | f | = 50 cm = 0,50 m ⇒ f = – 0,50m
Mas: p + p’ = 54 cm
a em b: 2p’ + p’ = 54 1 1
V = ––– ⇒ V = –––––– (di)
f (–0,50)
3p’ = 54 ⇒ p’ = 18cm
Respostas: a) 12 cm Da qual : V = –2,0 di
b) 18 cm
Respostas: a) Defeito A: miopia – lente 2
Defeito B: hipermetropia – lente 1
b) –2,0 di
22 –