Gilda Helena aborda em sua palestra questões relativas à formação de professores e a nova forma de produção do conhecimento. A palestrante discutiu, a partir deste ponto, as habilidades necessárias ao professor no mundo digital.
2. Linguagem, mídia e aprendizagem em rede
Atuação docente
Gilda Helena Bernardino de Campos
Departamento de Educação
Coordenação Central de Educação a Distância
PUC-Rio
3. LINGUAGEM, MÍDIA E APRENDIZAGEM EM REDE: ATUAÇÃO DOCENTE
livros celulares
a distância
apostilas tablets
Dispositivos
Tutor Formador LINGUAGEM cadernos Móveis ipods
presencial
netbooks laptops
ATUAÇÃO
PROFESSOR DOCENTE ALUNO MÍDIA tv
rádio
Mediador Conteudista
Pedagógico APRENDIZAGEM Vídeo Áudio
cinema dvd podcast
4. O que é epistemologia?
Epistemologia significa ciência, conhecimento; é o estudo
científico que trata dos problemas relacionados com a crença
e o conhecimento, sua natureza e limitações, e é uma palavra
que vem do grego.
"episteme" - ciência, conhecimento; "logos" – discurso
A epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a
validade do conhecimento e, também, é conhecida como
teoria do conhecimento e relaciona-se com a metafísica, a
lógica e a filosofia da ciência.
5. Voltando do futuro – uma reflexão sobre ciência
Bases epistemológicas
(re)Fundação do sistema europeu universitário
- 1815.
- Colapso na formação do docente e do aluno?
- Temos hoje uma universidade nos mesmos moldes?
- Qual a tradição de hoje?
Crise na filosofia ocidental ao final do século XIX
- Qual o papel do professor? E do aluno?
6. Voltando do futuro II
Como as universidades reagem a esta crise?
Algo mudou no século XIX?
Como acontece a reação no início do século XX?
Qual o referencial que temos na educação do século XX?
Quais os expoentes e teóricos da Educação?
Onde estão as certezas epistemológicas hoje?
7. O observador de segundo grau (Grumbrecht)
Quem é o observador de segundo grau?
E... quem é o observador de primeiro grau?
“ Aquele que toma distância frente ao mundo e cuja distância
pretende garantir a objetividade do saber produzido”
(pag. 65)
Essa distância é a distância do sujeito frente ao mundo.
8. O observador de segundo grau (Grumbrecht)
Causa de crise epistemológica no século XIX.
Observador privilegiado.
Observador condenado à autorreflexividade.
“ Um observador que não consegue evitar observar-se no ato
da observação” .
9. O observador de segundo grau (Grumbrecht)
O observador se dá conta de que qualquer elemento de saber
produzido, isto é, qualquer observação , depende do seu
ponto de vista.
Existe uma infinidade de pontos de vista.
Existe uma infinidade de representações.
Como manter o referencial?
Existe uma perda da referência?
10. O referente e a educação
Vários filósofos e linguistas falam de uma crise e da dissolução
do referente.
Outros filósofos, como Husserl, pensam em uma filosofia
fenomenológica e pensam em um sujeito transcendental.
Acreditam que os processos mentais podem ser descritos e que
são processos individuais.
Outros acreditavam que a realidade é sempre uma construção
social
12. Construtivismo
• Todos nós, educadores, conhecemos Piaget.
• Mas... e a proposta educacional hoje, século XXI?
13. O final do século XX
Anos 60
Não se realiza o desejado encontro entre as ciências humanas
e as ciências exatas.
Há o encontro com uma epistemologia vinculada ao
marxismo.
Anos 70 e 80
Foucault e Derrida – A mente humana se auto-observa
produzindo sentido.
Desafio para o construtivismo.
14. Educação
O desafio é pensar de forma totalmente nova a relação
sujeito –objeto, a relação entre indivíduos e também a
relação professor-aluno.
A relação tradicional não parece aceitável!
16. Desafios para a formação de professores
O século XXI
Estabelecer uma relação dialógica entre os alunos e os
professores, uma vez que é a partir da interação e na
interação que se estabelece a aprendizagem e, na perspectiva
de Freire, a problematização possui caráter reflexivo em que
se faz e refaz o conhecimento, criando, dessa forma, a
consciência crítica do que deve ser percebido, aprendido e
construído.
17. Desafios para a formação de professores
O século XXI
É, portanto, um processo em construção, pois envolve muitas
dimensões, não só das diferentes mídias, como dimensões do
“estar no mundo”.
18. Desafios para a formação de professores
O século XXI
Um dos desafios que se coloca é relativo à transformação do
espaço em que vivemos e, em especial, a escola em exercício
da alteridade democrática.
“O desafio é transformá-los em comunidades, e comunidades de
alteridade”.
19. Desafios para a formação de professores
O século XXI
A relação homem-natureza-sociedade-tecnologia em um
contexto marcado pelos princípios da interconectividade,
cibercultura e ubiquidade é (re)conhecer o novo,
(des)construir paradigmas e apropriar-se de forma crítica e
reflexiva da produção técnico-científica.
20. Desafios para a formação de professores – epistemologia e
saber-como no século XXI
Modo 2 de conhecimento (Gibbons et al.)
Modos de conhecimento heterogêneos e transdisciplinares
criados em “contextos de aplicação” e caracterizados por um
fluxo constante, num ir-e-vir entre o fundamental e o
aplicado, entre o teórico e o prático.
21. Desafios para a formação de professores
O século XXI
Complexidade é um adjetivo que define e determina…
Avanços técnico-científicos, redimensionamento do tempo e do
espaço, modificações nas relações das pessoas com o mundo
e do mundo com as pessoas, relação dialética, dialógica entre
o que é local, global e virtual.