4. A Europa está localizada totalmente no
hemisfério NORTE da Terra, por ela
passa o Meridiano de Greenwich que
divide a Terra em dois hemisfério, o
Oriental e o Ocidental. Assim o
continente europeu possui terras nas
duas porções do continente, sendo que
a maior parte de terras se encontra no
hemisfério Oriental ou Leste
5. O continente europeu é constituído
por paisagens extremamente
humanizadas, dessa forma os recursos
naturais e paisagens já foram
intensamente modificadas, resultado
do expressivo desenvolvimento
econômico e industrial. As
transformações ocorridas na Europa
tiveram início na Revolução Industrial
6. O espaço europeu possui uma
complexa rede de transportes
interligando todos os espaços dentro do
continente com grande eficiência. A
rede de transportes corresponde a toda
infra-estrutura para dinamizar o fluxo
de mercadorias e pessoas, a rede, para
um bom funcionamento, precisa ter
rodovias em boas condições, hidrovias,
portos, aeroportos e ferrovias.
7. A indústria na Europa desenvolvida
A condição atual de alto desenvolvimento industrial
no continente europeu, especialmente no lado
ocidental, é decorrente de um processo histórico,
pois a Revolução Industrial teve início na Europa,
mais precisamente na Inglaterra no final do século
XVIII início de século XIX. O nível econômico e
industrial não é homogêneo no continente, pois se
difere entre a Europa Ocidental (desenvolvida) e
Europa Oriental (subdesenvolvida), a segunda é
composta por países da ex-URSS (União Repúblicas
Socialistas Soviéticas).
8. A Europa desenvolvida possui um setor industrial
diversificado que vai da indústria de base até
tecnologia de ponta, além de um setor secundário
bastante variado. O nível de industrialização e
tecnologia proporcionou o surgimento de dezenas
de empresas multinacionais, pois grandes
incorporações empresariais têm origem europeia.
Porém, na Europa Oriental os países não
acompanharam essas evoluções e tiveram uma
industrialização tardia, ou seja, o processo de
industrialização aconteceu cerca de cem
anos após o início da Primeira Revolução.
9. A indústria está ligada diretamente com
os recursos energéticos e também
minerais, pois são esses que suprem de
matéria-prima e fonte de energia para
processá-las. Na Primeira Revolução
Industrial o principal recurso
energético foi o carvão que era
utilizado para abastecer as máquinas a
vapor nas indústrias têxteis.
10. As indústrias se instalaram próximas às
áreas de extração de minérios. Mais
tarde, no final de século XIX, houve o
descobrimento do petróleo e suas
utilizações no processo produtivo e de
transportes e investimentos em usinas
hidrelétricas e nucleares que acelerou
todo desenvolvimento econômico e
industrial.
11. Mas o consumo de recursos minerais
energéticos ou não, recursos renováveis e
não-renovais provoca uma série de impactos
ambientais que comprometem as paisagens
naturais, o ar, a atmosfera, as águas, o solo e
etc., isso sem falar nos resíduos industriais.
As alterações ocorridas na Europa Ocidental
fez emergir uma consciência ecológica em
favor da preservação da natureza com uma
forte aprovação da sociedade em geral.
12. A Europa é um continente extremamente urbano e
industrializado, isso quer dizer que a grande
maioria das pessoas vive em cidades, até por que
são nelas que se encontram as oportunidades de
trabalho (setor secundário e terciário), essa
urbanização massificada foi devido à mecanização
do campo a partir da década de 50 que
desencadeou o fenômeno do êxodo rural. No
século XIX, houve um grande fluxo de migração de
Europeus para todos os continentes em busca de
uma nova vida, pois na Europa as condições de
trabalho nas indústrias estavam precárias.
13. Por ser um continente urbano, esse
se configura como uma densa e
complexa rede urbana composta
por um grande número de cidades
em espaço articulado com
importância comercial e industrial.
Nessas cidades européias estão
presentes algumas das sedes de
organismos internacionais.
14. O espaço agrário na Europa desenvolvida
O espaço agrário na Europa desenvolvida
possui um elevado nível tecnológico no
campo, esse nível produziu uma redução de
trabalhadores rurais que compõe o PEA
(População Economicamente Ativa) como,
por exemplo, Reino Unido 1,8%, Bélgica
2,3%, Alemanha 1,4%, França 2,9%. Em
suma, o espaço agrário europeu é
caracterizado por um elevado índice de
produtividade.
15. Embora formem um só bloco continental
(chamado Eurásia), Europa e Ásia são continentes
diferentes por conta de diferenças históricas e
culturais. A fronteira entre eles pode, no entanto,
ser estabelecida de duas formas. Uma delas leva
em conta aspectos naturais e inclui no continente
europeu a parte ocidental da Rússia, delimitada a
leste pelos montes Urais. Outra maneira de
dividir os continentes é ideológica e durou até o
final da Guerra Fria: considerava europeus apenas
os países capitalistas, alinhados aos EUA.
16. Aspectos físico-naturais
Clima: predomina o temperado, com variações
continentais e oceânicas. Há também áreas de
clima mediterrâneo (ao sul), polar (ao norte) e
alpino (nas altas montanhas).
Relevo: composto, principalmente, por planícies
(destaque para a do sul da Inglaterra, as do
norte da França, da Alemanha e da Itália e a
Rússia). Dobramentos modernos aparecem ao
sul da Europa e formam a cadeia Alpina, que
inclui Pirineus, Alpes, Apeninos, Cárpatos,
Bálcãs e Cáucaso.
17. Hidrografia: os rios mais
importantes são o Volga (Rússia), o
Danúbio (que nasce na Alemanha,
atravessa sete países e deságua no
mar Negro) e o Reno (que corta a
região mais industrializada da
Europa, incluindo Alemanha e
França, e desaguando no porto de
Roterdã, na Holanda).
18. Aspectos econômicos, políticos e humanos
Europa ocidental: principal região
econômica da Europa, engloba Alemanha,
França e Reino Unido - as economias mais
fortes da Europa. Concentra a maior parte
das indústrias europeias e também é
favorecida por um sistema de transportes
moderno, rápido e multimodal, que permite
intensa circulação de mercadorias e de
pessoas.
19. Europa centro-oriental: envolve os
países da antiga União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas (URSS),
detentores dos piores índices
socioeconômicos da Europa e
marcados por alta disparidade de
renda. Sua economia caracteriza-se por
indústrias pesadas e de base, além de
atividades extrativistas e agrícolas.
20. União Europeia (UE)
Começou com o Tratado de Roma,
assinado em 1957 por Benelux (antigo
bloco formado por Bélgica, Holanda e
Luxemburgo), França, Alemanha e
Itália. A partir daí, os países, já
integrados economicamente,
estabeleceram integração política e a
livre circulação de mercadorias, de
capitais, de serviços e de pessoas.
21. Em 1992, o Tratado de Maastricht
implementou o euro (moeda emitida
pelo Banco Central Europeu para
circular nos países da UE), criou uma
política externa e um plano de defesa
comum aos membros do bloco.
Desde 2007, a UE conta com 27 países-
membros e se depara com o desafio de
diminuir a desigualdade econômica
entre eles - principalmente entre
Europa Ocidental e Oriental.
22. Preste atenção!
A União Europeia é um importante ator
global. Durante a crise econômica americana,
por exemplo, ela teve atuação preponderante
para barrar a expansão da crise, com seu
Banco Central fornecendo empréstimos
milionários às empresas em crise. Além disso,
seu desenvolvimento econômico a torna um
gigantesco mercado consumidor dos mais
variados produtos agrícolas e industrializados
provenientes do mundo todo.
23.
24. Analisando os gráficos, verifica-se
que, além dos EUA, alguns países
europeus são simultaneamente
grandes exportadores e grandes
importadores de produtos
agrícolas.
25. A agricultura é uma atividade fortemente afetada
tanto por fatores naturais quanto por políticas
governamentais de apoio ao setor. Esses dois
elementos justificam a situação, aparentemente
ambígua, dos países europeus no comércio
internacional de produtos agrícolas.
Explicam a condição de exportadores desses
países:
•a agressiva política de subsídios agrícolas, que
favorece a formação de excedentes exportados
para outras nações;
26. a agropecuária em padrão industrial, com
alta tecnologia e produtividade, que resulta
em grande volume de produção;
•a PAC (Política Agrícola Comunitária) da
União Europeia, que estabelece muitas
limitações à entrada de alimentos
extracomunitários.
Explicam a condição de importadores desses
países:
•
27. um grande mercado consumidor, que
faz com que a produção nacional não
atenda a toda a demanda da
população;
•a PAC (Política Agrícola Comunitária)
da União Europeia, que favorece as
importações agropecuárias entre os
países do bloco;
28. •a localização na zona temperada, que limita a
variedade de produtos cultiváveis, levando à
importação de alimentos de áreas tropicais;
•o tamanho relativamente reduzido do território
que pode ser utilizado para a agropecuária, o que
limita o espaço destinado à pecuária de grande
porte, notadamente de bovinos para corte,
resultando na necessidade de importações, tanto
de carne quanto de gêneros para ração animal.
29. Vegetação
Atualmente, a maior parte das
formações vegetais da Europa já
foi destruída, abrindo espaço para
a ocupação agrícola ou para a
expansão urbana. Podem
identificar-se na Europa os
seguintes biomas:
30. Tundra: No extremo norte-nordeste da
Europa, verifica-se, a partir da estreita
planície costeira até o topo das
montanhas escandinavas, adaptadas a
um clima polar rigoroso, uma vegetação
sazonal homogênea de tundra,
constituída por musgos e líquenes sobre
solos congelados e de pequena
espessura com substrato muito rochoso
denominado como permafrost.
31. Floresta de coníferas (taiga): Abaixo
da tundra, ainda a norte. É uma
faixa com vegetação boreal ou taiga,
constituída por floresta de coníferas
(pinheiros) adaptada ao clima frio.
32. Floresta temperada (caducifólia): Parte central da
Europa: adaptada sobre solos profundos e bastante
areno-argilosos e, originalmente, férteis, com
variações entre o leste e o oeste, devido a
ocorrência do clima temperado oceânico a oeste e
do clima temperado continental a leste. Nas áreas
mais secas, próximo aos mares Negro e Cáspio
surge vasta extensão de espécies, nas áreas mais
secas, e pradarias, nas áreas mais úmidas, com
uma vegetação rasteira que em alguns trechos
lembra os pampas do Rio Grande do Sul
33. Vegetação mediterrânea: Na Europa Meridional,
a sul dos Pirenéus e dos Alpes e na vertente
norte do Mar Mediterrâneo, ocorre a vegetação
mediterrânica constituída por arbustos
(garrigues), carvalhos, oliveiras e maquis. No sul
da Europa, o clima mediterrâneo, com
características subtropicais bastante amenizadas
pelo Oceano Atlântico, favorece o
desenvolvimento de florestas, que hoje,
degradadas, apresentam maquis em áreas de
solos arenosos, ou como garrigue, em áreas de
terrenos calcários.
34. Estepe: Parte oriental (Ucrânia, Bielorrússia,
Rússia, Geórgia): presença predominante de
estepes, sobre solos muito férteis,
dependentes de um rápido ciclo de
crescimento e decomposição de vegetais e
de um clima semi-árido (quente no verão e
muito frio no inverno).
Estepe semi-árida: Pequena área na parte
oriental.
Vegetação de altitude: Poucos e pequenos
pontos espalhados pelo continente.
35. Unificação Italiana
O Congresso de Viena (1814-1815)
determinou que os atuais territórios da Itália
e da Alemanha fossem divididos em diversos
estados dominados por estrangeiros. Os
povos desses territórios não aceitaram a
divisão feita por Viena e promoveram,
então, movimentos racionalistas visando
transformar suas nações em estados
nacionais independentes
36. Onde hoje é a Itália foi dividida em
pequenos estados por ordem de
Viena, são eles:
• Reino Sardo-Piemontês:
governado por uma dinastia
italiana. Era autônomo e soberano;
• Reino Lombardo-Veneziano:
governado pela Áustria;
37. A primeira luta do movimento para unificar a
Itália só teve início depois da decisão do
Congresso de Viena que transformava a
atual Itália. As primeiras tentativas de
libertação do território italiano foi uma
organização revolucionária chamada de
Jovem Itália liderada por Giuseppe Mazzini,
republicano que junto com a jovem Itália
defendia a independência e a transformação
da Itália numa república democrática.
38. Em 1848, os seguidores de Mazzini
promoveram outra manifestação
contra a dominação austríaca em
territórios italianos, mas foram
vencidos pelo poderoso exército
austríaco. Apesar da derrota, o ideal
nacionalista permanecer forte e a
partir dessa época, a luta pela
unificação passou a ser liderada pelo
Reino Sardol-Piemontês.
39. Cavour, um dos líderes do Risorgimento
(movimento que pretendia fazer a Itália
reviver seus tempos de glória), representava
todos os que desejavam a unificação. Para
alcançar tal objetivo, Cavour teve o apoio da
burguesia e dos proprietários rurais e
colocou em prática um plano de
modernização da economia e do exército do
Piemonte. Aproximou-se da França e
conseguiu ajuda militar para enfrentar a
Áustria.
40. Com a ajuda da França, o exército de Cavour
obteve expressivas vitórias e a Áustria,
derrotada, foi forçada a entregar o reino.
Quase em mesmo tempo, o revolucionário
Giuseppe Garibaldi atacou o Reino das Duas
Sicílias e criou condições para sua libertação
do domínio estrangeiro. Decidiram então por
intermédio de um plebiscito ser governados
também pelo rei do Reino Sardo-Piemontês
Victor Emanuel II.
41. Com a maior parte do atual território italiano, em 1861
Victor Emanuel II foi proclamado rei da Itália, mas, para
que a unidade fosse completada era necessário
conquistar Veneza e Roma. Veneza foi incorporada no
ano de 1866 e Roma em 1870 onde passou a ser capital
do país no ano seguinte.
O papa Pio IX, não aceitou a perda dos domínios
territoriais da Igreja e rompeu relações com o governo
italiano, considerou-se prisioneiro e fechou-se no
Vaticano. Assim nasceu a Questão Romana que só foi
resolvida em 1929 quando foi assinado o Tratado de
Latrão. Por esse acordo, foi criado o Estado do Vaticano
dirigido pela Igreja Católica.
42. Unificação Alemã=A Unificação Alemã
foi um processo iniciado em meados
do século XIX e finalizado em 1871,
para a integração e posterior
unificação de diversos estados
germânicos em apenas um: a
Alemanha. O processo foi liderado pelo
primeiro-ministro prussiano Otto von
Bismarck, conhecido como chanceler
de ferro, e culminou com a formação
do Segundo Reich (Império) alemão.