3. ELEMENTOS ESSENCIAIS
DA FÉ
TEXTO ÁUREO
“Ora, a fé é o firme fundamento
das coisas que se esperam e a
prova das coisas que se não
veem” (Hb 11.1).
4. ELEMENTOS ESSENCIAIS
DA FÉ
VERDADE PRÁTICA
A fé dá ao crente a certeza daquilo
que ele espera, segundo a Palavra
de Deus, fazendo-o ver o invisível,
contrariar a lógica, e superar os
limites das fraquezas humanas.
5. LEITURA DIÁRIA
Rm 8.25 - Esperando o que não vê
Hc 2.4 - O justo viverá da fé
Mt 6.30 - Pequena fé
Mt 9.22 - Fé que salva
Mt 15.28 - Grande fé
Mt 21.21 - Fé que remove montanhas
ELEMENTOS ESSENCIAIS
DA FÉ
7. PONTO DE CONTATO
Na lição passada, vimos o perigo da apostasia e suas
consequências. Nesta lição, estudaremos a base da vida
cristã: a fé. Querendo apresentar uma parte da história
antiga para demonstrar a eficiência da fé, o escritor aos
hebreus principia seu relato dizendo que a própria
criação do universo é uma ilustração da fé. “Pela fé
entendemos que os mundos, pela palavra de Deus,
foram criados” (v.3). A fé se baseia na Palavra de Deus.
Esta palavra consiste num poder invisível que produziu
do invisível o universo, de maneira que o visível veio a
existir das coisas que não aparecem.
ELEMENTOS ESSENCIAIS
DA FÉ
8. OBJETIVOS
Após esta lição, estaremos aptos a:
Nomear os elementos que definem a fé.
Listar quatro heróis da fé mencionados nesta
lição.
Estimar uma vida de fé ante as dificuldades da
carreira cristã.
ELEMENTOS ESSENCIAIS
DA FÉ
10. A Fé. Esta palavra tão pequena encerra em si
grande conteúdo para os que de Deus se
aproximam. Sem ela não existiria a Igreja, não
haveria salvos, esperança de vida futura, não
poderíamos esperar um mundo melhor nem
creríamos na Segunda Vinda de Cristo. É por
meio da fé que recebemos as bênçãos de
Deus. Esta preciosa e santíssima fé vem-nos
através de Cristo, para que ninguém tenha de
que se gloriar (Hb 12.2).
INTRODUÇÃO
11. A fé, conforme a Palavra de Deus, é a condição
básica para ser salvo e receber de Deus auxílio em
todos os aspectos. É a base — “firme fundamento”
— , a esperança — “das coisas que se esperam” —
e a convicção — “prova das coisas que não se
veem”. O escritor, recorrendo à história judaica,
mostra diversas personagens que, pela fé, e não por
seus próprios méritos, puderam obter da parte de
Deus vitórias marcantes. Tais personagens viram de
longe as promessas de Deus, e morreram crendo no
cumprimento delas. Deus considera esses heróis
como pessoas “dos quais o mundo não era digno”,
exemplos de fé a serem seguidos por todos nós.
INTRODUÇÃO
12. O escritor não pretendeu simplesmente definir a fé,
mas sim descrevê-la como elemento fundamental da
vida cristã.
1. O firme fundamento. Fundamento aqui significa
muito mais que a mera certeza humana, fruto da
lógica, ou do exercício da futurologia. Na visão
cristã, tem o sentido de certeza inabalável, ou seja,
temos convicção de que servimos a um Deus
onipotente, onisciente e onipresente, que vela por
sua Palavra para a cumprir (Jr 1.12; Is 43.13).
Significa também certeza absoluta a respeito da
nossa salvação. Ver 1 Jo 3.2. Assim, a certeza é o
I. CONCEITO DE FÉ
13. 2. Das coisas que se
esperam. “A fé é o firme
fundamento das coisas que
se esperam...”. O segundo
elemento essencial da fé é a
esperança. Esta é
consubstanciada na forte
convicção de que aquilo que
se espera da parte de Deus
há de acontecer sempre,
independente das
circunstâncias. Abraão creu
que teria um filho segundo a
promessa divina, fruto de sua
união com Sara, mesmo
I. CONCEITO DE FÉ
14. 3. A prova das coisas que não se
veem. A “prova” tem o significado de
“convicção”, que é o terceiro elemento da
fé. Aqui temos um ponto muito
importante a considerar. Pessoas há que
manipulam este texto para justificar a
prática mística do que eles chamam de
visualização mental para obtenção do
que se deseja. Nesse meio estão certas
ramificações da Confissão Positiva. Tal
I. CONCEITO DE FÉ
15. No contexto do capítulo 11 de Hebreus, “as coisas
que não se veem” são as coisas de Deus, “os
bens futuros” (Hb 9.11), “as melhores promessas”
(Hb 8.6). Isso porque tais “coisas” foram
prometidas por Deus em sua Palavra, e esta não
pode falhar em nenhuma hipótese. Há “crentes”
que, iludidos pelo seu próprio coração, asseveram
que podem aplicar esse texto (v.1) a qualquer
coisa. Por exemplo: “eu creio que Deus vai me
dar um carro novo, e uma bela casa”. Ora, isso é
um desejo, mas não uma promessa de Deus.
I. CONCEITO DE FÉ
16. 1. Abel. Foi exemplo de fé sacrificial. A Bíblia não diz
em Gênesis 4 por que Deus aceitou seu sacrifício e
não o de seu irmão, o homicida Caim. Mas em
Hebreus 11.4 podemos constatar o final da história:
enquanto a oferta de Abel foi movida pela fé em
Deus (ver Jd v.11), Caim trilhou seu “caminho” sem
fé.
A ideia de que a oferta de Abel foi aceita por tratar-se
de oferta com sangue (apontava para o sacrifício de
Cristo) apesar de correta, é parcial, uma vez que a
oblação de Caim, mesmo sendo de vegetais,
também seria aceita por ser produto do seu trabalho
como lavrador (Gn 4.3; ver v.7).
Caim tinha má índole; era iracundo e “suas obras
eram más” (1 Jo 3.12), por essas razões suas
II. EXEMPLOS MARCANTES DE
FÉ
17. 2. Enoque. Exemplo de fé agradável. O pouco
que a Bíblia fala sobre esse homem de Deus
encerra a grandeza de seu caráter e de sua
fé: “E andou Enoque com Deus; e não se viu
mais, porquanto Deus para si o tomou” (Gn
5.24). Se ele “andou com Deus”, ou
seja, viveu em íntima comunhão com o Eterno
e no centro da sua vontade, diante da extrema
incredulidade de seu tempo, foi porque tinha
uma fé viva, que via o mundo melhor. Por
isso, ainda na terra, antes da sua
trasladação, “alcançou testemunho de que
II. EXEMPLOS MARCANTES DE
FÉ
18. 3. Noé. Exemplo de fé
obediente e justa. Nunca
ouvira falar de dilúvio,
todavia, “divinamente
avisado das coisas que
não se viam, temeu” e
obedeceu, preparando
uma arca “para salvação
da sua família e animais”.
Noé foi o primeiro homem
na Bíblia a ser chamado
justo. Isso nos traz uma
lição de extremo valor: o
homem de fé precisa ser
justo diante de Deus e dos
II. EXEMPLOS MARCANTES DE
FÉ
19. 4. Abraão. É considerado o pai da fé provada. Quando
foi chamado por Deus, sequer imaginava para onde iria
(v.8). Passou anos habitando em tendas, peregrinando
“como em terra alheia” (v.9) e recebeu a promessa de
que seria “uma grande nação” (Gn 12.2). O Todo-
Poderoso mandou que ele olhasse para os céus e
contasse as estrelas, se pudesse, dizendo que assim
seria sua semente: “e creu ele no Senhor e foi-lhe
imputado isto por justiça”. Mais tarde Deus pediu-lhe em
sacrifício seu único filho, Isaque. Sem relutar, o grande
patriarca obedeceu piamente à voz do Altíssimo, crendo
“que Deus era poderoso para até dos mortos o
ressuscitar” (vv.17,18). O Deus de Abraão é o nosso
Deus. Ele é fiel em cumprir sua palavra (cf. Jr 1.12).
II. EXEMPLOS MARCANTES DE
FÉ
20. 1. Todos estes morreram na fé. Após destacar os
quatro primeiros heróis da fé, o escritor declara que
eles morreram na fé, “sem terem recebido as
promessas, mas, vendo-as de longe...”. Como
Paulo, combateram o bom combate, acabaram a
carreira e guardaram a fé (2 Tm 4.7).
2. Viram as promessas de longe. Era a fé
fazendo-os olhar para o horizonte ao longe, sem
chegar lá, porém contemplando o cumprimento das
promessas. Certamente eles usufruíam a salvação
em Cristo porque criam na vida eterna, na entrada
nos céus, na vitória sobre o mal e, sobretudo, no
reinado eterno de Deus.
III. VIRAM AS PROMESSAS DE
LONGE
21. 3. Crendo nas promessas, abraçando-as e
confessando-as (v.13). A fé daqueles homens era tão
forte e poderosa que, mesmo sem verem o
cumprimento das promessas de Deus, nelas creram e
as abraçaram (cf. v.1). Eles consideravam-se
“estrangeiros e peregrinos na terra”, porque
esperavam uma pátria melhor, definitiva, no futuro,
sendo aclamados por Deus, “porque já lhes preparou
uma cidade” (vv.13-16).
III. VIRAM AS PROMESSAS DE
LONGE
22. Na última parte do texto em estudo, a Palavra de Deus
fala de forma comovente sobre dois tipos de heróis da fé.
São eles:
1. Os lutadores. As Escrituras apresentam vários
exemplos de lutadores. Eles “venceram reinos,
praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam
as bocas dos leões, neutralizaram a força do fogo,
escaparam do fio da espada”, tudo isso pela fé no Todo-
Poderoso.
2. Os martirizados. Foram os que, na luta pela fé, foram
açoitados, apedrejados, presos, aflitos, torturados e
mortos: “não aceitando o seu livramento, para
alcançarem uma melhor ressurreição” (vv.35-37). A
IV. HOMENS DOS QUAIS O
MUNDO NÃO ERA DIGNO
23. 3. Foram homens “dos quais o mundo não era
digno”. O “mundo” que não é digno dos homens de
Deus é aquele que se opõe ao bem, e que dificulta a
inquirição espiritual. Foi para esse mundo que Jesus
apontou ao falar sobre a inevitabilidade das
perseguições: “Se o mundo vos aborrece, sabei
que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim” (Jo
15.18).
Os homens dos quais o mundo não era digno viram
de longe as promessas, mas não as
alcançaram, “provendo Deus alguma coisa melhor a
nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem
IV. HOMENS DOS QUAIS O
MUNDO NÃO ERA DIGNO
24. Hoje para muitos, principalmente crianças e
adolescentes que não conhecem a Deus, os
heróis são os ídolos humanos ou virtuais da
TV e do cinema. Esses não passam de falsos
ídolos e heróis que desencaminham seus
admiradores para o mal. Contudo, a Bíblia nos
inspira fé e perseverança, necessárias para
que confiemos nas promessas de Deus. Ela
nos mostra em suas páginas a vida de
homens e mulheres, crianças e adolescentes,
jovens e adultos, que nos legaram exemplos
CONCLUSÃO
Notas do Editor
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