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1
1
HORTAS URBANAS
MORADIA URBANA COM TECNOLOGIA SOCIAL
3
2
PREFÁCIO
ste Manual visa melhorar a alimen-
tação das pessoas envolvidas na
Tecnologia Social Hortas Urbanas,
beneficiando o ambiente como um todo
e favorecendo a relação da comunidade
com o bairro e o seu entorno por meio
do cultivo ecológico de alimentos e er-
vas medicinais em hortas, jardins, can-
teiros suspensos e outras possibilidades
a depender da realidade local.
O plantio orgânico favorece a melho-
ria nos hábitos alimentares, trazendo
benefícios para o corpo físico e ameni-
zando tensões do dia a dia. Possibilita
maior convívio social, além de promo-
ver um ambiente saudável, ocupando
e transformando espaços ociosos. O
espaço da horta constitui ainda um ins-
trumento pedagógico, para atividades
de educação ambiental e de ações tera-
pêuticas.
A proposta é a de iniciar a produção
de alimentos voltada para o consumo
direto das famílias envolvidas, descom-
primindo os gastos com esses produtos.
Contudo pode-se colocar no horizon-
E te possibilidades de desdobramentos,
como por exemplo a produção de ali-
mentos destinados à comercialização e
à geração de renda, inclusive formando
uma rede de atores em prol do fortaleci-
mento da agricultura urbana e ecológica.
Para além da saúde humana, a agri-
cultura de base ecológica busca, a sus-
tentabilidade do meio mediante, a ma-
nutenção e a melhoria da fertilidade e
da vida do solo, a partir da prática de um
manejo adequado.
Entretanto, não se deve entender ma-
nejo adequado como uma receita fixa,
como fazer um bolo, mas sim um conjun-
to de técnicas adequadas a cada local,
aos materiais disponíveis e principalmen-
te da própria maneira que cada um tem
de cultivar. Desde que não se use produ-
tos químicos ou nocivos as pessoas e ao
ambiente, cada um pode desenvolver
sua própria técnica, desde que se consiga
colher produtos com qualidade. O que se
busca na agricultura ecológica é maximi-
zar o aproveitamento dos recursos dispo-
níveis, incluindo a força de trabalho.
4
SUMÁRIO
07
08
10
12
ORGANIZAR
O GRUPO
PLANTAR
PARA COLHER
OBSERVAR O ESPAÇO
E AS POTENCIALIDADES
PLANEJANDO A ROTAÇÃO
E CONSORCIAÇÃO DE CULTURAS
O SOLO
TRATOS CULTURAIS
PROPAGAÇÃO E PLANTIO
CULTIVO EM PEQUENOS
ESPAÇOS
CONTROLE DE PRAGAS
E DOENÇAS
COMPOSTAGEM
ÁGUA
15
16
18
19
22
25
30
RECEITAS
APROVEITAMENTO
INTEGRAL DOS ALIMENTOS
33
34
PLANEJANDO
A HORTA
06
COZINHANDO
COM SAÚDE
32
CULTIVANDO
14
7
6
PLANEJANDO
A HORTA
PASSO A PASSO
3 4
PLANTAR
PARA COLHER
organização do grupo interes-
sado em trabalhar com a hor-
ta é de extrema importância
para o sucesso na produção, sendo
necessário levar em consideração o
número de pessoas e a disponibilida-
de de tempo de cada um.
É preciso criar um espirito de co-
laboração, definindo responsabilida-
des, de acordo com as aptidões de
cada um, seja no preparo do compos-
A to e do solo, seja no preparo das mu-
das (sementeira), como também na
disponibilidade de fazer a rega entre
outros fatores.
O conhecimento que muitas pes-
soas possuem, pelo saber popular,
sobre o ciclo da natureza (chuva,
seca, época de plantio etc.) é um as-
pecto importante que deve ser incor-
porado no momento de planejar a
horta e na realização do plantio.
1
7
Planejando a Rotação e
consorciação de culturas
1 2
ORGANIZAR
O GRUPO
OBSERVAR O ESPAÇO
E AS POTENCIALIDADES
Organizar
o grupo
Z
6
9
8
início do planejamento de
uma horta, seja ela pequena
ou grande, dependerá de um
olhar amplo sobre vários aspectos.
Deve-se olhar primeiro para o es-
paço físico, para a disponibilidade de
áreas abertas ou de pequenos espa-
ços que possam servir para plantio
em recipientes ou vasos.
O Estas áreas podem ser canteiros
de praças, áreas comuns em condo-
mínios, terrenos baldios ou ociosos
(nestes casos é necessário verificar
o histórico de ocupação do terreno),
quintais coletivos, espaços cedidos
pelo poder público, entre outros. As
opções variam com a realidade de
cada lugar.
Para a escolha do local é importante
considerar alguns fatores:
• Área exposta ao sol
(ao menos 4 a 6 horas diárias);
• Proximidade de água
para irrigação;
• Áreanãosujeitaaalagamentos
e encharcamentos;
• Local não tão próximo
de árvores para evitar
a competição por nutrientes
do solo e o sombreamento;
• Área com boa ventilação;
A horta pode ser feita em
diferentes formatos, des-
de o tradicional cantei-
ro retangular no solo,
assim como em can-
teiros redondos ou,
espiralados. Tam-
bém em pequenos
espaços tais como
2
Observar
o espaço e as
potencialidades
Dica:
Observar
a partir da horta
o movimento do sol,
para um melhor
aproveitamento
de sua luz.
plantio em recipientes, cai-
xotes, canteiros suspen-
sos, (madeira, telha)
ouaindahortasverti-
cais utilizando pare-
des, muros cultiva-
dos em recipientes
como garrafas de
plástico etc.
9
11
10
• Nutrientes: adubos orgânicos;
• Outros insumos: caldas e prepa-
ros biofertilizantes (ver receita pág. 22);
• Ferramentas: enxadas, pás (cur-
ta e reta), rastelo, carrinho de mão,
enxadão, sacho, conjunto de ferra-
mentas para jardinagem, etc.;
• Utensílios: mangueira, regador,
pulverizador, vasos, caixotes, semen-
teira, luvas,etc.;
Plantar
para colher
3
Elementos para iniciar
uma horta:
• Terra: solo, substrato local ou
comprado;
• Sementes e mudas das espécies
de interesse;
• Luz solar: 4 a 6 horas por dia;
• Ventilação: as plantas precisam
respirar;
As condições ideais para cada
espécie variam bastante e é bom co-
nhecer os períodos de produção de
cada uma. As plantas cultivadas fora
de sua época ideal e em regiões ina-
dequadas são mais sujeitas a pragas
e doenças.
Alguns exemplos:
Temperatura amena e período
mais seco/Inverno: hortaliças fo-
lhosas mais cultivadas, são as das
famílias das brassicas, asteraceas,
apiaceas, aliaceas, tomate e batata
(solanáceas do frio), principalmente
no sudeste do país.
Climas quentes: milho, mandio-
ca, as abóboras e as solanáce-
as de clima quente (be-
rinjela, jiló, pimentão,
pimentas em geral)
preferem o clima
mais quente,
havendo que-
da na produ-
ção durante o
frio.
Escolhendo as espécies
ara a escolha das espécies
(hortaliças, ervas medicinais)
é fundamental observar quais
são adaptadas às condições climá-
ticas da região e a melhor época de
plantio, que pode variar de uma re-
gião a outra. Há espécies que se de-
senvolvem melhor nas estações mais
frias (outono e inverno) e outras nas
estações mais quentes (primavera
e verão). Existe porém um esforço
do homem em obter variedade mais
adaptadas ao ano todo (ex. alface de
verão, alface de inverno), porém de
modo geral cada espécie tem seu cli-
ma ideal.
P
Dica:
Importante lembrar que
o conhecimento tradicional
é de muita valia.
As pessoas acostumadas com a prática
de cultivo normalmente tem conhecimento
sobre as melhores épocas e as condições
climáticas para o plantio de determinadas
espécies.
A pesquisa em meios convencionais
como internet, livros e outros
também é bem vinda.
10 11
13
12
4
ROTAÇÃO:
plantio contínuo de uma
mesma espécie de planta,
ou da mesma família pode
fazer com que os nutrientes do solo
se esgotem, dificultando o desenvol-
vimento das plantas, aumentando o
risco de doenças e pragas.
Recomenda-se revolver e afofar
o solo após a colheita, adubando
e plantando uma nova espécie de
planta/hortaliça. De preferência, não
plantar a mesma hortaliça ou espécie
da mesma família no mesmo local.
É importante conhecer as famílias
das plantas que se deseja cultivar.
Para identificar as famílias de plantas
observar-se as semelhanças do caule,
das folhas, flores e frutos, além dos
hábitos de crescimento, local de ori-
gem etc..
O
PlanejandoaRotação
e consorciação
de culturas
As principais famílias de plantas
anuais cultivadas pelo homem são:
• FABACEAS (LEGUMINOSAS): fei-
jão, soja, amendoim, grão de bico,
ervilha, vagem, guandu.
• POACEAS (GRAMÍNEAS): milho,
arroz, trigo, cana de açúcar, cen-
teio, aveia.
• SOLANÁCEAS: batata inglesa, to-
mate, jiló, berinjela, pimentas em
geral, pimentão.
• CUCURBITÁCEAS: abobora, me-
lão, melancia, chuchu, pepino, bu-
cha vegetal.
• EUFORBIACEAS: mandioca, ma-
mona, mamão, seringueira.
• ARACEAS:inhame,cará,mangarito.
• CONVULVULÁCEAS: batata doce.
• BRÁSSICAS: brócolis, couve, cou-
ve flor, repolho, rabanete, nabo, rú-
cula, agrião.
• APIÁCEAS: cenoura, coentro, sal-
sinha, mandioquinha, erva doce.
• ASTERÁCEAS: alface, chicória, esca-
rola,girassol,serralha,margaridão.
• ALIACEAE: cebola, alho, alho
poró, cebolinha.
• QUENOPODIÁCEAS: beterraba,
espinafre, amaranto, quinua, ca-
ruru.
• ZINGIBERÁCEAE: gengibre, cúr-
cuma, ornamentais.
• LAMIACEAE: hortelã, manjericão,
orégano, tomilho, alfavaca, chia.
Algumas plantas quando cultiva-
das próximas criam associações fa-
voráveis e beneficiam uma as outras.
Estas plantas são chamadas de plan-
tas companheiras.
Poroutroladoexistemplantasque
quando plantadas próximas podem
causar malefícios uma as outras pois
exalam substâncias pela raiz
que selecionam a vida ao
redor, prejudicando o
desenvolvimento de
outra planta, além
de disputarem luz,
água e nutrientes.
Sendo assim
as plantas po-
dem se ajudar,
complementando-
se mutuamente ou se
prejudicarem.
De modo geral, sempre que possí-
vel, sugere-se o plantio consorciado
de hortaliças, maximizando o apro-
veitamento do espaço e dos recursos
disponíveis como a água, adubação
e mesmo o sol. Isso se torna mais im-
portante ainda em pequenos espaços.
Um exemplo de consórcio é o do
rabanete e do alface. O Ra-
banete tem porte ereto
e colhe primeiro ,a
partir de 25 dias, e
o alface tem por-
te mais baixo e
colhe depois do
rabanete, aos 45
dias em média,
de modo que, ao
colher o rabanete se
libera espaço para o
alface crescer mais.
outras sugestões de consórcio:
Dica:
Para se escolher quais
plantas consorciar obser-
var o porte, uma deve ter
crescimento mais ereto e
outra mais rasteiro ou
baixo, o tempo para
colheita também
é importante.
13
Cenoura
e rúcula:
colhe com
35dias
e a cenoura
com 100.
Cebolinha
/salsa e
Repolho:
Porte baixo,
colhe aos
100dias
e cebolinha
ou salsa
porte alto
50a 60
dias.
Espinafre
e Couve:
Porte alto colhe
semanalmente
por 4a 6
meses e espi-
nafre (rasteiro),
pode dar até
3cortes du-
rando também
até 6meses.
Mandioca
e abóbora
e/ou feijão:
Porte baixo
e colhe antes
que a man-
dioca (porte
alto).
Milho e
abóbora e/
ou feijão:
Porte baixo e
milho porte
alto.
Alface e
Brócolis:
Colhe com
70a 80
dias e alface
colhe aos
45a 55
dias.
Corsorciação (plantas companheiras)
15
14
CULTIVANDO O SOLO
(NUTRIÇÃO, ADUBAÇÃO ORGÂNICA)
solo é considerado pela agri-
cultura ecológica uma estru-
tura viva e dinâmica, um or-
ganismo vivo.
Importantes características de-
vem ser consideradas:
• permitir uma boa penetração
das raízes para que as plantas pos-
sam de desenvolver melhor.
• ser capaz de fornecer água, ar e
nutrientes em quantidade equilibrada.
O solo e a nutrição mineral das
plantas representam a principal for-
ma de controle de doenças. Os prin-
cipais nutrientes que contribuem
para o desenvolvimento das plantas
são: Nitrogênio (N), Fosforo (P), Po-
tássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio(Mg),
Enxofre(S) e Boro (B).
As principais fontes de nitrogênio
são os estercos animais, compostos,
biofertilizantes, torta de mamona, a
adubação verde com plantas da famí-
lia das leguminosas que se associam
com bactérias fornecedoras de nitro-
gênio (fixação biológica) e, em menor
quantidade, também por farinha de
osso. O Nitrogenio é que faz as plan-
tas crescerem, porém, em excesso
e com falta dos outros nutrientes, o
crescimento será muito acelerado,
a planta vai ficar mole, com muita
água, mais vulnerável a pragas e do-
enças. É preciso equilibrar o nitro-
O
•
gênio com o potássio e o cálcio, que
podem ser fornecidos por cinzas de
madeira, junto ao esterco.
Uma sugestão de adubação para
uma terra muito fraca seria usar de
um a cinco quilos de composto ou es-
terco de boi bem curtido e 100 a 200
gramas de cinzas por metro quadra-
do de horta. Pode-se usar também
de 100 até 300 gramas de farinha
de osso ou fosfato natural (ricos em
cálcio e fósforo) e 100 a 200 gramas
de calcário agrícola (rico em cálcio e
magnésio) por metro quadrado (es-
ses materiais são encontrados em ca-
sas de ração, produtos agropecuários
ou jardinagem).
Preparo de solo:
Caso o solo esteja compac-
tado é necessário descompactar
com enxadão ou outras ferra-
mentas disponíveis. Durante esse
processo adiciona a adubação,
em seguida irrigar se não tiver
chuva e aguardar de 1 a 15 dias
para realizar o plantio, depen-
dendo do tipo de composto ou
esterco utilizado. Quanto mais
curtido (estabilizado) o compos-
to ou esterco, menos tempo é ne-
cessário esperar para plantar.
14
17
16
PROPAGAÇÃO E PLANTIO
•
propagação, ou seja, a ma-
neira como as hortaliças são
multiplicadas, na maioria das
vezes é feita por sementes; também
há propagação feita pelo plantio de
suas partes vegetativas (partes dos
ramos, tubérculos e bulbos).
Para a propagação por partes ve-
getativas (mudas) procedentes da
planta matriz é importante a escolha
A de uma matriz saudável. Quando a
planta estiver com flor não se deve re-
tirar a muda pois a força do ramo esta
concentrada na produção das flores e
frutos e não vai enraizar bem.
Algumas plantas / espécies re-
querem tipos específicos de plan-
tio, as formas utilizadas são plantio
em sementeira e plantio definitivo
(direto):
• Plantio em sementeira
A profundidade para se plantar a
semente deverá ser de aproximada-
mente duas vezes o seu tamanho.
A rega para o desenvolvimento inicial
das sementes é muito importante, é
preciso manter o solo sempre úmido,
sem excessos de água. A sementeira
deverá ficar em local protegido, em
meia sombra.
Transplante – consiste na retira-
da das mudas da sementeira para
transplantar no local definitivo (can-
teiros, vasos e outros). O momento
ideal para este transplante é quando
as mudas estiverem com 4 a 6 folhas
definitivas ou com 4 a 5 cm de altura
(tamanho).
Escolha as plantas mais viçosas e
retire-as com terra junto à raiz.
Exemplos de hortaliças para se
plantar em sementeira: tomate, pi-
mentão, brócolis, couve, alface etc..
• Plantio definitivo
(direto)
Utilizada para espécies/culturas
que são semeadas diretamente no
local definitivo (canteiros, vasos, re-
cipientes) em sulcos maiores, sulcos
superficiais e berços (covas).
Tanto para o plantio direto como
para o transplante das mudas deverá
se fazer os berços (covas/ sulcos) obser-
vandooespaçamentoparacadaplanta.
Exemplos de hortaliças para
plantio definitivo: beterraba,
batata, cenoura, espinafre, ervilha,
nabo, quiabo, rúcula, salsinha etc.
Algumas plantas (sementes) ne-
cessitam de condições especificas
para germinar e crescer, a sementeira
é o local onde será feito o cultivo das
sementes que se tornarão mudinhas
para serem trasplantadas para o local
definitivo .
A sementeira pode ser a tradicio-
nal bandeja de isopor, ou em reci-
pientes reutilizados ou mesmo uma
parte do canteiro onde se deverá
plantar em sulcos (linhas afundadas
na terra) distanciados de aproxima-
damente 10 cm, cobrindo com terra
peneirada.
Para as bandejas de isopor ou
outros recipientes como caixotes
pequenos, utilizar como substrato
(terra) uma mistura contendo partes
iguais de areia, terra de jardim e terra
vegetal de preferência peneirada.
19
18
Tratos culturais
(MANEJO)
•
onsiste na execução de pro-
cedimentos e cuidados para
proporcionar melhores condi-
ções de produção e desenvolvimento
às plantas :
- cobertura morta: cobrir com
capim ou folhas verdes ou secas os
canteiros ou recipientes de sementes
ou mudas,cuidando para não abafar
a semente. Isto evita exposição direta
do sol no solo, mantém a umidade,
diminui a germinação de plantas es-
pontâneas e a erosão causada pelas
chuvas fortes.
- controle do mato (capina):
arrancando com a mão, cortando
com enxada ou foice , principalmente
no estágio inicial do plantio, manten-
do o material cortado no local, para
servir de cobertura morta. Após este
período o mato controlado não atra-
palha, ajudando a proteger o solo.
- raleio ou desbaste: quan-
do necessário selecionar as plantas
mais vigorosas e retirar as mais fra-
C cas para colher folhas e raízes maio-
res e com mais qualidade e aumentar
a aeração e o sol. (comum em cenou-
ra e outras raízes)
- afofamento do solo: po-
de-se usar um rastelo. Manter uma
boa quantidade de matéria orgânica
como composto e cobertura morta
reduz a necessidade de afofar.
- desbrota: em algumas varie-
dades de couve, por exemplo, há ne-
cessidade de retirar as mudas que se
formam na base para não retirar a
força de crescimento das folhas.
- amontoa: juntar um pouco de
terra no pé das plantas. Importante
para o milho, por exemplo.
- estaqueamento: plantas tre-
padoras como vagens, pepino, mara-
cujá precisam de estacas, geralmente
de bambu, ou de fios esticados para
se apoiarem.
- rega: Nas horas mais frescas do
dia, preferencialmente pela manhã.
Cultivo em pequenos
espaços
•
ara se pensar na produção de
alimentos e plantas medicinais
em locais que não possuem es-
paços físicos amplos, pode-se utilizar
a criatividade.
As possibilidades de locais para o
cultivo são vários, tais como corredo-
res, varandas, sacadas de apartamen-
P tos, garagem, lajes, praças, terrenos e
etc, sempre observando as condições
físicas como a luz solar e a ventilação.
Uma opção interessante são os
canteiros suspensos, onde se reutili-
zam telhas ou algum outro material
como madeira. O suporte para estes
canteiros pode ser cavalete ou até
mesmo construir pilares de alvenaria.
18
21
20
Também é possível produzir mu-
das, hortaliças, temperos e ervas em
diversos recipientes como vasos, tu-
bos de plástico pvc cortados e adap-
tados, baldes, bacias, jardineiras,
pneus cortados e adaptados, caixotes
entre outros.
Para não acumular água é ne-
cessário que os recipientes sejam
furados ao fundo e estejam cobertos
com uma primeira camada de cas-
calho, cacos de cerâmica, britas ou
material semelhante e uma outra ca-
mada pequena de areia. Acima des-
ta camada inicial é colocada a terra,
evitando o acúmulo de água no fun-
do do recipiente.
O solo utilizado nestes recipientes
poderá ser de terra de jardim, mistu-
rada com a terra vegetal em volumes
iguais. No caso da terra de jardim ser
muito argilosa, acrescentar um pouco
de areia para uma melhor drenagem.
23
22
surgimento de pragas e doen-
ças, geralmente está relacio-
nado ao desequilíbrio nutri-
cional das plantas, ambiente e clima
inadequados. Se as plantas estiverem
confortáveis em seu ambiente e bem
nutridas é mais provável que não fi-
quem doentes e o ataque de pragas
não ocorrerá ou será mínimo. Se for
um local pequeno é possível contro-
lar as pragas catando as com as mãos.
O
Controle de pragas
e doenças
•
Plantas são seres vivo, não gos-
tam de vento muito forte, excesso de
sol, calor, frio, chuvas muito fortes.
Uma vantagem dos espaços pe-
quenos é que geralmente é mais fá-
cil cobrir a área de cultivo com telas
redutoras de luz conhecida como
sombrite e plástico transparente e
controlar a temperatura e a umidade
mantendo um clima mais adequado
as plantas o ano todo.
• Deve-se ter muito cuidado com
as receitas para aplicar nas plantas.
Mesmo as caldas permitidas na agri-
cultura orgânica podem ser tóxicas
ao homem, a outros animais e preju-
diciais ao meio ambiente.
• Em concentrações muito altas
podem prejudicar e até matar as
plantas, mas se a concentração for
muita baixa não vai fazer efeito.
• A sensibilidade varia de espécie
para espécie. Começar testando baixas
concentrações, em algumas plantas.
• Esperar ao menos um dia ou dois
e observar a resposta das plantas co-
baias, antes de aplicar na área toda.
• As caldas podem ser divididas
em adubos foliares que nutrem a
planta e a torna resistente a pragas
e doenças e caldas tóxicas as pragas
e aos fungos. Toda calda tóxica pode
matar ou prejudicar os insetos bené-
ficos como abelhas e joaninhas.
• Para pulverizar pode-se utilizar até
mesmo aquele usado por cabeleireiros.
Não utilizar regador, exceto para alguns
tipos de biofertilizantes.
• Pulverizar sempre nas horas
mais frescas do dia, preferencialmen-
te no final da tarde. No dia seguinte,
irrigar logo pela manhã, auxiliando na
redução do efeito tóxico para planta.
2 EXtratos vegetais:
Há várias plantas que podem
ser utilizadas no controle de pra-
gas e doenças. como a mamona, a
planta de tabaco (fumo), a prima-
vera (buganvília), a árvore conhe-
cida como santa bárbara ou sabo-
neteira, camomila, entre muitas
outras. Algumas podem ser tóxicas
(como a planta do tabaco) a quem
aplica e podem alterar o sabor do
alimento, principalmente se apli-
car perto da colheita.
Pode-se fazer os extratos de 4
formas diferentes e depois diluir
em água para pulverizar:
1.Cháconcentradofervendoas
partes da planta secas ou frescas;
2. Bater com água no liquidifi-
cador;
3. Chorumada: 1 kg de folhas
em 10 litros de água, deixa apodre-
cer por alguns dias e pulveriza.
4. Extrato alcoólico: 1kg de fo-
lhas e/ou outras partes das plan-
tas para cada litro de álcool, dei-
xando em pote fechado no escuro
por 3 dias.
Osextratosalcoólicosgeralmen-
te são mais fortes e pode-se usar de
10 a 20 ml em cada litro de água
com 5 gramas de sabão neutro para
aderir o produto nas plantas.
Outras preparações são mais
fracas, pode-se usar 100ml por litro
de água ou até mesmo a calda pura
no caso da chorumada.
1 Sabão e cinzas
(rica em potássio e cálcio):
Controla principalmente pul-
gões, cochonilhas e insetos suga-
dores que “moram” aderidos as
plantas: 5 a 10 gramas de sabão
neutro e 10 a 15 gramas de cinzas
por litro de água. Diluir as cinzas
em água e coar bem num pano de
malha fina e/ou deixar decantar
antes de colocar no pulverizador
e adicionar o sabão pré dissolvido
CALDAS E PREPARADOS:
em água para não entupir. A cinza
de boa qualidade, bem clara e fina
nem sempre é fácil de conseguir.
Procure nas pizzarias e padarias
com forno a lenha. Cinza de chur-
rascaria não é boa porque pode
conter muito sal que é prejudicial
as plantas. Ir avaliando a necessi-
dade de mais pulverizações. A calda
de cinza muito concentrada pode
queimar as plantas, principalmente
se estiver muito sol e calor, é mais
eficiente se aplicada de manhã.
Sugestões de caldas
e biofertilizantes
22 23
25
24
Compostagem
•
compostagem é a prática ou
processo que transforma e
estabiliza a matéria orgânica
(resíduo orgânico) em adubo (com-
posto orgânico). A compostagem é
um processo semelhante ao ciclo da
matéria orgânica (decomposição)
que ocorre na natureza.
São muitos os benefícios de se
fazer a compostagem: produzir o pró-
prio composto para utilizar na horta e
jardins, melhorar a qualidade do solo
através da adição do composto, dimi-
nuir a quantidade de resíduo destina-
do aos aterros sanitários ou lixões.
Além de fazer bem para o ambien-
te como um todo, a compostagem
possibilita a produção de alimentos
frescos e seguros, sem adição de pro-
dutos químicos
A
3. Calda bordalesa
(cobre, enxofre e cálcio):
Esta calda e outros produtos
a base de cobre são os mais anti-
gos fungicidas e controlam vários
tipos de doenças de plantas, en-
tretanto é preciso cuidado na utili-
zação, pois dosagens acima do re-
comendado podem causar danos
para as plantas. As verduras de
folhas são as mais sensíveis. Para
as fruteiras não aplicar durante o
período da florada com risco de
abortar as flores. A dose de calda
bordalesa é de 0,5 a 1 ml para ver-
duras até no máximo 10 ml por
litro de água para a fruteiras mais
resistentes (maça por exemplo).
Aplicar no mínimo 20 dias antes
de colher para não deixar resídu-
os. Fazer no máximo 2 aplicações
por plantio pois o cobre reduz o
crescimento das plantas. Pode se
comprar a calda bordalesa, ou ou-
tros produtos com cobre em casas
de jardinagem, ração ou produtos
agropecuários.
4. Leite fresco é muito efi-
ciente no controle de alguns ti-
pos de fungos, principalmente o
oídio, que é um mofo branco que
cresce sobre as folhas de diver-
sos tipos de plantas.
Pulverizar uma vez por se-
mana 50 a 100 ml de leite por
litro de água (concentração de
5 a 10%).
27
26
Existem diversas maneiras de se
produzir um composto orgânico, des-
de a tradicional pilha montada sobre
o solo até mesmo em recipientes pre-
parados, como em pneus, caixotes,
tambores grandes etc.
PRIMEIRAMENTE
É preciso separar
Os resíduos orgânicos
(cascas de frutas, legumes,
sobras de alimentos crus)
de outros resíduos,
ORGÂNICO REJEITO
como os recicláveis
(vidro, papel limpo,
plásticos e metal)
e os rejeitos (papéis sujos, bituca de
cigarro, esponjas, fraldas descartáveis,
pó de aspirador, alimentos gordurosos
e de origem animal e outros).
A separação dos resíduos ORGÂNICOS pode ser
feitas em baldes/recipientes com tampa, para de-
pois serem encaminhados à composteira.
29
28
Deve ser montada em camadas,
lembrando uma torta. Alternando ca-
madas de matéria orgânica mais seca
(carbono) com outra camada de ma-
téria orgânica úmida / fresco (nitrogê-
nio).
E assim sucessivamente nesta or-
dem até a pilha atingir a altura má-
xima 1,50 cm ou quando encher um
dos recipientes finalizando com boa
DicaS:
Importante manter o composto
com umidade, sem excesso e re-
gar quando necessário.
O composto estará pronto quando
o material estiver bem homogê-
neo (não se distinguir mais as ca-
madas e materiais originais), cor
escura (marrom café), cheiro agra-
dável de terra de floresta,
grãos pequenos e con-
sistência de terra.
Para enriquecer
o composto po-
de-se adicionar
outras fontes
de matéria or-
gânica como ser-
ragem, cinza de
madeira, esterco de
aves, gado, cavalo etc.
No processo de composta-
gem também é produzido um
líquido escuro (chorume), um ex-
celente biofertilizante.
Na pilha em solo ele se infiltra
na terra. Na composteira reali-
zada em recipientes adaptados
e encaixados um ao outro, você
pode coletar o chorume,
diluir em água (1 par-
te para 20 partes
de água) pulve-
rizar as plan-
tas ou mais
concentrado
(1 parte para
10 partes de
água) para re-
gar diretamente
o solo.
Óleos e gorduras não devem
ser compostados.
Sobras de alimentos cozidos,
proteína animal como carnes,
laticínios e fezes de animais do-
mésticos de modo geral não são
usados/recomendados para com-
postagem pois podem produzir
odores desagradáveis atraindo
animais indesejáveis como mos-
cas, ratos etc.
Mas relembrando a introdu-
ção, isso não é uma regra e
algumas pessoas, principalmente
se há espaço disponível, longe da
casa, também compostam esses
materiais, adicionando mais fo-
lhas, mato seco ou mesmo cobrin-
do com um pouco de terra para
tentar evitar os problemas cita-
dos, com a vantagem de ter uma
fonte a mais de recursos, e reduzir
ainda mais seus resíduos úmidos.
camada de material seco
Neste momento inicie uma nova
composteira, pilha ou outro recipien-
te, deixando a anterior descansar.
Durante este período de descanso
deve-se revirar , revolver o composto
a cada 10 dias, arejando e acelerando
o processo.
Após 70 a 90 dias o composto es-
tará pronto.
Carbono
Nitrogênio
Observação:
Você pode adicionar
minhocas a sua
composteira tendo
acesso a um dos
melhores adubos
que é o húmus
de minhoca.
COMPOSTANDO
31
30
Água
•
gua é vida.
Todos os seres vivos (ani-
mais, vegetais) necessitam de água
para sua sobrevivência e desenvolvi-
mento.
A Nas plantas tem funções diversas
em seu desenvolvimento como for-
necer umidade para germinação da
semente, solubilizar (disponibilizar)
os nutrientes do solo para as plantas,
entre outras.
Rega
Recomenda-se fazer a rega prefe-
rencialmente nas primeiras horas do
dia. Irrigar em horários quentes per-
de-se muita água para evaporação.
Pode se fazer a rega também no fim
do dia, mas algumas doenças são fa-
vorecidas por alta umidade e baixa
temperatura, então essa pratica deve
ser evitada nos períodos mais frios.
Durante a fase de produção de
mudas e transplantes a rega deve ser
com maior frequência, delicada (sem
jatos fortes) .
Captação de água
Na cidade onde só tem água enca-
nada e tratada, irrigar com ela pode
ser muito caro além de reduzir a ofer-
ta de água tratada para as pessoas.
Sempre que possível, crie alternativas
para a captar água da chuva, ligando
as calhas do telhado a caixas de água
reutilizadas ou vários tipos de barris e
tambores. É possível confeccionar ca-
lhas de bambu cortado (meia-cana) e
adapta-las ao telhado.
31
33
32
COZINHANDO
COM SAÚDE
alimentação variada, colo-
rida oferece nutrientes que
desempenham uma impor-
tante função em nosso corpo. Por
outro lado, uma alimentação pouco
variada e muito calórica pode causar
aumento da gordura do nosso corpo
e falta de outros nutrientes, acarre-
tando na fraqueza do organismo e no
surgimento de doenças.
As hortaliças, assim como as fru-
tas, são importantes fontes de mi-
A nerais, vitaminas e água, oferecendo
também grande quantidade de fi-
bras, que desempenham funções im-
portantes para o organismo, como:
- ajudam a eliminar toxinas.
- melhoram o funcionamento do
intestino.
- auxiliam no controle de diabetes
e colesterol.
- promovem o aumento da sacie-
dade.
s fibras são encontradas em
grande quantidade nas fo-
lhas, cascas, talos e bagaços
das hortaliças e frutas, por este mo-
tivo estas partes podem ser aprovei-
tadas pois além do valor nutricional,
são uma alternativa saudável para as
preparações culinárias.
• Os legumes devem ser prepa-
rados de preferência inteiros, ou em
pedaços grandes, em pouca água, o
suficiente para cobri-los, evitando a
perda de nutrientes na água do cozi-
mento.
• Coloque água fervendo para cozi-
nhar os legumes, diminuindo o tempo
de cozimento, economizando gás e
evitando a perda de muitos nutrientes.
• Aproveite a água utilizada no co-
zimento dos legumes para preparar
arroz, feijão ou outros pratos.
A
Aproveitamento Integral
de Alimentos
•
DicaS
PRECIOSAS:
- Consumir líquidos facilita a
absorção das fibras; hortaliças de-
vem ser consumidas diariamente e
de preferência cruas.
- As folhas verdes, tais como
as de couve-flor, cenoura, rabane-
te, beterraba, abóbora podem ser
32
utilizadas em farofas, no feijão, em
bolinhos, sopas, arroz ou refoga-
dos.
- Os talos de agrião, espinafre,
couve etc podem ser aproveitados
no preparo de bolinhos, farofas, re-
fogados ou arroz.
34
Bolinho de Rama
de cenoura
Ingredientes:
Rama de cenoura, 3 ovos, 2 xícaras de
farinha, sal, água ou leite.
Preparo:
Lave bem e pique a rama da cenou-
ra. Misture os ingredientes. Bata com
a mão até formar massa homogênea
(assim as ramas ficam mais crocan-
tes) ou no liquidificador. Frite em óleo
bem quente. Escorra os bolinhos em
papel absorvente.
Suco verde
Ingredientes:
• 05 limões bem lavados em suco.
• 05 folhas de couve bem lavadas,
podendo incluir folhas de hortelã,
salsinha ou capim cidreira.
• 1 litro de água.
• 4 colheres de açúcar cristal.
Preparo:
Bata tudo no liquidificador.
Coe e sirva na hora.
PRESIDENTE
José Caetano de Andrade
Minchillo
DIRETOR EXECUTIVO
DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Marcos Melo Frade
DIRETOR EXECUTIVO DE GESTÃO
DE PESSOAS, CONTROLADORIA
E LOGÍSTICA
Vagner Lacerda Ribeiro
SECRETÁRIO EXECUTIVO
Allan Lopes Santos
GERENTE DE AUTORIZAÇÃO DE
PAGAMENTOS
Alirio Pereira Filho
• Agricultura Sustentável –
Manual do produtor rural /
Ana Primavesi - São Paulo:
Nobel, 1992
• Compostagem: Ciência
e Prática para a gestão de
resíduos orgânicos / Caio
de Teves Inácio e Paul Ri-
chard Momsen Miller. - Rio
de Janeiro: Embrapa Solos,
2009-
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
GERENTE DE ASSESSORAMENTO
ESTRATÉGICO E CONTROLES
INTERNOS
Ana Carolina Barchesi
GERENTE DE PESSOAS
E INFRAESTRUTURA
André Grangeiro Botelho
GERENTE DE ANÁLISE DE
PROJETOS
Claudia Marcia Pereira
GERENTE DE COMUNICAÇÃO
Emerson Flávio Moura Weiber
GERENTE DE TECNOLOGIA
DA INFORMAÇÃO
Fábio Marcelo Depiné
Gelatina
de Beterraba
Ingredientes: água na qual a be-
terraba foi cozida, açúcar, maisena.
Preparo: Lave as beterrabas e leve
para cozinhar. Separe a água do cozi-
mento. Para cada ½ litro desta água
acrescente uma colher de sopa de
maisena e açúcar a gosto. Mexa e leve
para gelar.
EXPEDIENTE
INSTITUTO PÓLIS
FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL
COORDENAÇÃO GERAL:
Christiane Gasparini Araújo Costa
COORDENAÇÃO EXECUTIVA:
Mariana Monferdini Romão
CONSULTORIA:
Geraldo Antonio de Oliveira Neto
34
TEXTO E REVISÃO:
Christiane Gasparini Araujo Costa
Ceceo Chaves
Geraldo Antonio de Oliveira Neto
Mariana Monferdini Romão
FOTOS:
Acervo Instituto Pólis
• HORTA: CULTIVO DE HORTA-
LIÇAS, Prefeitura do Municí-
pio de São Paulo, Secretaria
Municipal de Verde e Meio
Ambiente, Programa de Agri-
cultura Urbana e Periurbana,
São Paulo, 2010
• Horta em Pequenos Espaços
/ Flávia M.V. T. Clemente, Lenita
Lima Haber, editoras técnicas.
Brasília, DF: Embrapa, 2012
GERENTE DE PARCERIAS
ESTRATÉGICAS E MODELAGEM
DE PROGRAMAS E PROJETOS
João Bezerra Rodrigues Júnior
GERENTE DE MONITORAMENTO
E AVALIAÇÃO
Patricia Lustosa Borges de Lima
Vieira
GERENTE DE FINANÇAS
E CONTROLADORIA
Rodrigo Octavio Lopes Neves
ASSESSORIA TÉCNICA
Fabrício Erick Araújo
Maria Eduarda Junqueira da
Veiga Serra
Rogério Miziara
PROJETO GRÁFICO
E DIAGRAMAÇÃO:
Agência Frutífera
• Pastoral da Criança – Alimen-
tação e hortas caseiras na Pas-
toral da Crianças / Pastoral da
Criança. - Curitiba, 2009
• RECEITAS
Farofas de talos
ou folhas
Sugestão: Para esta receita use ta-
los ou folhas de beterraba, brócolis,
couve-flor, nabo, rabanete.
Ingredientes: 2 colheres de sopa
de óleo, 2 colheres de sopa de cebola
ralada, 2 xícaras de chá de farinha de
mandioca torrada ou farinha de mi-
lho, sal a gosto, talos ou folhas bem
lavados e picados.
Preparo: Leve ao fogo o óleo e refo-
gue a cebola até dourar, junte os talos
e folhas. Acrescente, aos poucos, a fa-
rinha e o sal, Mexa bem. Sirva.
36
Realização:
Material
Reciclável
•
Não
jogue
em
vias
públicas
MAIS INFORMAÇÕES:
11 2174.6800
www.polis.org.br
Projeto Moradia Urbana com Tecnologia Social
www.moradiaurbanats.org.br
Banco de Tecnologias Sociais
www.fbb.org.br/tecnologiasocial/
Design:
Agência
Frutífera

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  • 1. 1 1 HORTAS URBANAS MORADIA URBANA COM TECNOLOGIA SOCIAL
  • 2. 3 2 PREFÁCIO ste Manual visa melhorar a alimen- tação das pessoas envolvidas na Tecnologia Social Hortas Urbanas, beneficiando o ambiente como um todo e favorecendo a relação da comunidade com o bairro e o seu entorno por meio do cultivo ecológico de alimentos e er- vas medicinais em hortas, jardins, can- teiros suspensos e outras possibilidades a depender da realidade local. O plantio orgânico favorece a melho- ria nos hábitos alimentares, trazendo benefícios para o corpo físico e ameni- zando tensões do dia a dia. Possibilita maior convívio social, além de promo- ver um ambiente saudável, ocupando e transformando espaços ociosos. O espaço da horta constitui ainda um ins- trumento pedagógico, para atividades de educação ambiental e de ações tera- pêuticas. A proposta é a de iniciar a produção de alimentos voltada para o consumo direto das famílias envolvidas, descom- primindo os gastos com esses produtos. Contudo pode-se colocar no horizon- E te possibilidades de desdobramentos, como por exemplo a produção de ali- mentos destinados à comercialização e à geração de renda, inclusive formando uma rede de atores em prol do fortaleci- mento da agricultura urbana e ecológica. Para além da saúde humana, a agri- cultura de base ecológica busca, a sus- tentabilidade do meio mediante, a ma- nutenção e a melhoria da fertilidade e da vida do solo, a partir da prática de um manejo adequado. Entretanto, não se deve entender ma- nejo adequado como uma receita fixa, como fazer um bolo, mas sim um conjun- to de técnicas adequadas a cada local, aos materiais disponíveis e principalmen- te da própria maneira que cada um tem de cultivar. Desde que não se use produ- tos químicos ou nocivos as pessoas e ao ambiente, cada um pode desenvolver sua própria técnica, desde que se consiga colher produtos com qualidade. O que se busca na agricultura ecológica é maximi- zar o aproveitamento dos recursos dispo- níveis, incluindo a força de trabalho.
  • 3. 4 SUMÁRIO 07 08 10 12 ORGANIZAR O GRUPO PLANTAR PARA COLHER OBSERVAR O ESPAÇO E AS POTENCIALIDADES PLANEJANDO A ROTAÇÃO E CONSORCIAÇÃO DE CULTURAS O SOLO TRATOS CULTURAIS PROPAGAÇÃO E PLANTIO CULTIVO EM PEQUENOS ESPAÇOS CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS COMPOSTAGEM ÁGUA 15 16 18 19 22 25 30 RECEITAS APROVEITAMENTO INTEGRAL DOS ALIMENTOS 33 34 PLANEJANDO A HORTA 06 COZINHANDO COM SAÚDE 32 CULTIVANDO 14
  • 4. 7 6 PLANEJANDO A HORTA PASSO A PASSO 3 4 PLANTAR PARA COLHER organização do grupo interes- sado em trabalhar com a hor- ta é de extrema importância para o sucesso na produção, sendo necessário levar em consideração o número de pessoas e a disponibilida- de de tempo de cada um. É preciso criar um espirito de co- laboração, definindo responsabilida- des, de acordo com as aptidões de cada um, seja no preparo do compos- A to e do solo, seja no preparo das mu- das (sementeira), como também na disponibilidade de fazer a rega entre outros fatores. O conhecimento que muitas pes- soas possuem, pelo saber popular, sobre o ciclo da natureza (chuva, seca, época de plantio etc.) é um as- pecto importante que deve ser incor- porado no momento de planejar a horta e na realização do plantio. 1 7 Planejando a Rotação e consorciação de culturas 1 2 ORGANIZAR O GRUPO OBSERVAR O ESPAÇO E AS POTENCIALIDADES Organizar o grupo Z 6
  • 5. 9 8 início do planejamento de uma horta, seja ela pequena ou grande, dependerá de um olhar amplo sobre vários aspectos. Deve-se olhar primeiro para o es- paço físico, para a disponibilidade de áreas abertas ou de pequenos espa- ços que possam servir para plantio em recipientes ou vasos. O Estas áreas podem ser canteiros de praças, áreas comuns em condo- mínios, terrenos baldios ou ociosos (nestes casos é necessário verificar o histórico de ocupação do terreno), quintais coletivos, espaços cedidos pelo poder público, entre outros. As opções variam com a realidade de cada lugar. Para a escolha do local é importante considerar alguns fatores: • Área exposta ao sol (ao menos 4 a 6 horas diárias); • Proximidade de água para irrigação; • Áreanãosujeitaaalagamentos e encharcamentos; • Local não tão próximo de árvores para evitar a competição por nutrientes do solo e o sombreamento; • Área com boa ventilação; A horta pode ser feita em diferentes formatos, des- de o tradicional cantei- ro retangular no solo, assim como em can- teiros redondos ou, espiralados. Tam- bém em pequenos espaços tais como 2 Observar o espaço e as potencialidades Dica: Observar a partir da horta o movimento do sol, para um melhor aproveitamento de sua luz. plantio em recipientes, cai- xotes, canteiros suspen- sos, (madeira, telha) ouaindahortasverti- cais utilizando pare- des, muros cultiva- dos em recipientes como garrafas de plástico etc. 9
  • 6. 11 10 • Nutrientes: adubos orgânicos; • Outros insumos: caldas e prepa- ros biofertilizantes (ver receita pág. 22); • Ferramentas: enxadas, pás (cur- ta e reta), rastelo, carrinho de mão, enxadão, sacho, conjunto de ferra- mentas para jardinagem, etc.; • Utensílios: mangueira, regador, pulverizador, vasos, caixotes, semen- teira, luvas,etc.; Plantar para colher 3 Elementos para iniciar uma horta: • Terra: solo, substrato local ou comprado; • Sementes e mudas das espécies de interesse; • Luz solar: 4 a 6 horas por dia; • Ventilação: as plantas precisam respirar; As condições ideais para cada espécie variam bastante e é bom co- nhecer os períodos de produção de cada uma. As plantas cultivadas fora de sua época ideal e em regiões ina- dequadas são mais sujeitas a pragas e doenças. Alguns exemplos: Temperatura amena e período mais seco/Inverno: hortaliças fo- lhosas mais cultivadas, são as das famílias das brassicas, asteraceas, apiaceas, aliaceas, tomate e batata (solanáceas do frio), principalmente no sudeste do país. Climas quentes: milho, mandio- ca, as abóboras e as solanáce- as de clima quente (be- rinjela, jiló, pimentão, pimentas em geral) preferem o clima mais quente, havendo que- da na produ- ção durante o frio. Escolhendo as espécies ara a escolha das espécies (hortaliças, ervas medicinais) é fundamental observar quais são adaptadas às condições climá- ticas da região e a melhor época de plantio, que pode variar de uma re- gião a outra. Há espécies que se de- senvolvem melhor nas estações mais frias (outono e inverno) e outras nas estações mais quentes (primavera e verão). Existe porém um esforço do homem em obter variedade mais adaptadas ao ano todo (ex. alface de verão, alface de inverno), porém de modo geral cada espécie tem seu cli- ma ideal. P Dica: Importante lembrar que o conhecimento tradicional é de muita valia. As pessoas acostumadas com a prática de cultivo normalmente tem conhecimento sobre as melhores épocas e as condições climáticas para o plantio de determinadas espécies. A pesquisa em meios convencionais como internet, livros e outros também é bem vinda. 10 11
  • 7. 13 12 4 ROTAÇÃO: plantio contínuo de uma mesma espécie de planta, ou da mesma família pode fazer com que os nutrientes do solo se esgotem, dificultando o desenvol- vimento das plantas, aumentando o risco de doenças e pragas. Recomenda-se revolver e afofar o solo após a colheita, adubando e plantando uma nova espécie de planta/hortaliça. De preferência, não plantar a mesma hortaliça ou espécie da mesma família no mesmo local. É importante conhecer as famílias das plantas que se deseja cultivar. Para identificar as famílias de plantas observar-se as semelhanças do caule, das folhas, flores e frutos, além dos hábitos de crescimento, local de ori- gem etc.. O PlanejandoaRotação e consorciação de culturas As principais famílias de plantas anuais cultivadas pelo homem são: • FABACEAS (LEGUMINOSAS): fei- jão, soja, amendoim, grão de bico, ervilha, vagem, guandu. • POACEAS (GRAMÍNEAS): milho, arroz, trigo, cana de açúcar, cen- teio, aveia. • SOLANÁCEAS: batata inglesa, to- mate, jiló, berinjela, pimentas em geral, pimentão. • CUCURBITÁCEAS: abobora, me- lão, melancia, chuchu, pepino, bu- cha vegetal. • EUFORBIACEAS: mandioca, ma- mona, mamão, seringueira. • ARACEAS:inhame,cará,mangarito. • CONVULVULÁCEAS: batata doce. • BRÁSSICAS: brócolis, couve, cou- ve flor, repolho, rabanete, nabo, rú- cula, agrião. • APIÁCEAS: cenoura, coentro, sal- sinha, mandioquinha, erva doce. • ASTERÁCEAS: alface, chicória, esca- rola,girassol,serralha,margaridão. • ALIACEAE: cebola, alho, alho poró, cebolinha. • QUENOPODIÁCEAS: beterraba, espinafre, amaranto, quinua, ca- ruru. • ZINGIBERÁCEAE: gengibre, cúr- cuma, ornamentais. • LAMIACEAE: hortelã, manjericão, orégano, tomilho, alfavaca, chia. Algumas plantas quando cultiva- das próximas criam associações fa- voráveis e beneficiam uma as outras. Estas plantas são chamadas de plan- tas companheiras. Poroutroladoexistemplantasque quando plantadas próximas podem causar malefícios uma as outras pois exalam substâncias pela raiz que selecionam a vida ao redor, prejudicando o desenvolvimento de outra planta, além de disputarem luz, água e nutrientes. Sendo assim as plantas po- dem se ajudar, complementando- se mutuamente ou se prejudicarem. De modo geral, sempre que possí- vel, sugere-se o plantio consorciado de hortaliças, maximizando o apro- veitamento do espaço e dos recursos disponíveis como a água, adubação e mesmo o sol. Isso se torna mais im- portante ainda em pequenos espaços. Um exemplo de consórcio é o do rabanete e do alface. O Ra- banete tem porte ereto e colhe primeiro ,a partir de 25 dias, e o alface tem por- te mais baixo e colhe depois do rabanete, aos 45 dias em média, de modo que, ao colher o rabanete se libera espaço para o alface crescer mais. outras sugestões de consórcio: Dica: Para se escolher quais plantas consorciar obser- var o porte, uma deve ter crescimento mais ereto e outra mais rasteiro ou baixo, o tempo para colheita também é importante. 13 Cenoura e rúcula: colhe com 35dias e a cenoura com 100. Cebolinha /salsa e Repolho: Porte baixo, colhe aos 100dias e cebolinha ou salsa porte alto 50a 60 dias. Espinafre e Couve: Porte alto colhe semanalmente por 4a 6 meses e espi- nafre (rasteiro), pode dar até 3cortes du- rando também até 6meses. Mandioca e abóbora e/ou feijão: Porte baixo e colhe antes que a man- dioca (porte alto). Milho e abóbora e/ ou feijão: Porte baixo e milho porte alto. Alface e Brócolis: Colhe com 70a 80 dias e alface colhe aos 45a 55 dias. Corsorciação (plantas companheiras)
  • 8. 15 14 CULTIVANDO O SOLO (NUTRIÇÃO, ADUBAÇÃO ORGÂNICA) solo é considerado pela agri- cultura ecológica uma estru- tura viva e dinâmica, um or- ganismo vivo. Importantes características de- vem ser consideradas: • permitir uma boa penetração das raízes para que as plantas pos- sam de desenvolver melhor. • ser capaz de fornecer água, ar e nutrientes em quantidade equilibrada. O solo e a nutrição mineral das plantas representam a principal for- ma de controle de doenças. Os prin- cipais nutrientes que contribuem para o desenvolvimento das plantas são: Nitrogênio (N), Fosforo (P), Po- tássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio(Mg), Enxofre(S) e Boro (B). As principais fontes de nitrogênio são os estercos animais, compostos, biofertilizantes, torta de mamona, a adubação verde com plantas da famí- lia das leguminosas que se associam com bactérias fornecedoras de nitro- gênio (fixação biológica) e, em menor quantidade, também por farinha de osso. O Nitrogenio é que faz as plan- tas crescerem, porém, em excesso e com falta dos outros nutrientes, o crescimento será muito acelerado, a planta vai ficar mole, com muita água, mais vulnerável a pragas e do- enças. É preciso equilibrar o nitro- O • gênio com o potássio e o cálcio, que podem ser fornecidos por cinzas de madeira, junto ao esterco. Uma sugestão de adubação para uma terra muito fraca seria usar de um a cinco quilos de composto ou es- terco de boi bem curtido e 100 a 200 gramas de cinzas por metro quadra- do de horta. Pode-se usar também de 100 até 300 gramas de farinha de osso ou fosfato natural (ricos em cálcio e fósforo) e 100 a 200 gramas de calcário agrícola (rico em cálcio e magnésio) por metro quadrado (es- ses materiais são encontrados em ca- sas de ração, produtos agropecuários ou jardinagem). Preparo de solo: Caso o solo esteja compac- tado é necessário descompactar com enxadão ou outras ferra- mentas disponíveis. Durante esse processo adiciona a adubação, em seguida irrigar se não tiver chuva e aguardar de 1 a 15 dias para realizar o plantio, depen- dendo do tipo de composto ou esterco utilizado. Quanto mais curtido (estabilizado) o compos- to ou esterco, menos tempo é ne- cessário esperar para plantar. 14
  • 9. 17 16 PROPAGAÇÃO E PLANTIO • propagação, ou seja, a ma- neira como as hortaliças são multiplicadas, na maioria das vezes é feita por sementes; também há propagação feita pelo plantio de suas partes vegetativas (partes dos ramos, tubérculos e bulbos). Para a propagação por partes ve- getativas (mudas) procedentes da planta matriz é importante a escolha A de uma matriz saudável. Quando a planta estiver com flor não se deve re- tirar a muda pois a força do ramo esta concentrada na produção das flores e frutos e não vai enraizar bem. Algumas plantas / espécies re- querem tipos específicos de plan- tio, as formas utilizadas são plantio em sementeira e plantio definitivo (direto): • Plantio em sementeira A profundidade para se plantar a semente deverá ser de aproximada- mente duas vezes o seu tamanho. A rega para o desenvolvimento inicial das sementes é muito importante, é preciso manter o solo sempre úmido, sem excessos de água. A sementeira deverá ficar em local protegido, em meia sombra. Transplante – consiste na retira- da das mudas da sementeira para transplantar no local definitivo (can- teiros, vasos e outros). O momento ideal para este transplante é quando as mudas estiverem com 4 a 6 folhas definitivas ou com 4 a 5 cm de altura (tamanho). Escolha as plantas mais viçosas e retire-as com terra junto à raiz. Exemplos de hortaliças para se plantar em sementeira: tomate, pi- mentão, brócolis, couve, alface etc.. • Plantio definitivo (direto) Utilizada para espécies/culturas que são semeadas diretamente no local definitivo (canteiros, vasos, re- cipientes) em sulcos maiores, sulcos superficiais e berços (covas). Tanto para o plantio direto como para o transplante das mudas deverá se fazer os berços (covas/ sulcos) obser- vandooespaçamentoparacadaplanta. Exemplos de hortaliças para plantio definitivo: beterraba, batata, cenoura, espinafre, ervilha, nabo, quiabo, rúcula, salsinha etc. Algumas plantas (sementes) ne- cessitam de condições especificas para germinar e crescer, a sementeira é o local onde será feito o cultivo das sementes que se tornarão mudinhas para serem trasplantadas para o local definitivo . A sementeira pode ser a tradicio- nal bandeja de isopor, ou em reci- pientes reutilizados ou mesmo uma parte do canteiro onde se deverá plantar em sulcos (linhas afundadas na terra) distanciados de aproxima- damente 10 cm, cobrindo com terra peneirada. Para as bandejas de isopor ou outros recipientes como caixotes pequenos, utilizar como substrato (terra) uma mistura contendo partes iguais de areia, terra de jardim e terra vegetal de preferência peneirada.
  • 10. 19 18 Tratos culturais (MANEJO) • onsiste na execução de pro- cedimentos e cuidados para proporcionar melhores condi- ções de produção e desenvolvimento às plantas : - cobertura morta: cobrir com capim ou folhas verdes ou secas os canteiros ou recipientes de sementes ou mudas,cuidando para não abafar a semente. Isto evita exposição direta do sol no solo, mantém a umidade, diminui a germinação de plantas es- pontâneas e a erosão causada pelas chuvas fortes. - controle do mato (capina): arrancando com a mão, cortando com enxada ou foice , principalmente no estágio inicial do plantio, manten- do o material cortado no local, para servir de cobertura morta. Após este período o mato controlado não atra- palha, ajudando a proteger o solo. - raleio ou desbaste: quan- do necessário selecionar as plantas mais vigorosas e retirar as mais fra- C cas para colher folhas e raízes maio- res e com mais qualidade e aumentar a aeração e o sol. (comum em cenou- ra e outras raízes) - afofamento do solo: po- de-se usar um rastelo. Manter uma boa quantidade de matéria orgânica como composto e cobertura morta reduz a necessidade de afofar. - desbrota: em algumas varie- dades de couve, por exemplo, há ne- cessidade de retirar as mudas que se formam na base para não retirar a força de crescimento das folhas. - amontoa: juntar um pouco de terra no pé das plantas. Importante para o milho, por exemplo. - estaqueamento: plantas tre- padoras como vagens, pepino, mara- cujá precisam de estacas, geralmente de bambu, ou de fios esticados para se apoiarem. - rega: Nas horas mais frescas do dia, preferencialmente pela manhã. Cultivo em pequenos espaços • ara se pensar na produção de alimentos e plantas medicinais em locais que não possuem es- paços físicos amplos, pode-se utilizar a criatividade. As possibilidades de locais para o cultivo são vários, tais como corredo- res, varandas, sacadas de apartamen- P tos, garagem, lajes, praças, terrenos e etc, sempre observando as condições físicas como a luz solar e a ventilação. Uma opção interessante são os canteiros suspensos, onde se reutili- zam telhas ou algum outro material como madeira. O suporte para estes canteiros pode ser cavalete ou até mesmo construir pilares de alvenaria. 18
  • 11. 21 20 Também é possível produzir mu- das, hortaliças, temperos e ervas em diversos recipientes como vasos, tu- bos de plástico pvc cortados e adap- tados, baldes, bacias, jardineiras, pneus cortados e adaptados, caixotes entre outros. Para não acumular água é ne- cessário que os recipientes sejam furados ao fundo e estejam cobertos com uma primeira camada de cas- calho, cacos de cerâmica, britas ou material semelhante e uma outra ca- mada pequena de areia. Acima des- ta camada inicial é colocada a terra, evitando o acúmulo de água no fun- do do recipiente. O solo utilizado nestes recipientes poderá ser de terra de jardim, mistu- rada com a terra vegetal em volumes iguais. No caso da terra de jardim ser muito argilosa, acrescentar um pouco de areia para uma melhor drenagem.
  • 12. 23 22 surgimento de pragas e doen- ças, geralmente está relacio- nado ao desequilíbrio nutri- cional das plantas, ambiente e clima inadequados. Se as plantas estiverem confortáveis em seu ambiente e bem nutridas é mais provável que não fi- quem doentes e o ataque de pragas não ocorrerá ou será mínimo. Se for um local pequeno é possível contro- lar as pragas catando as com as mãos. O Controle de pragas e doenças • Plantas são seres vivo, não gos- tam de vento muito forte, excesso de sol, calor, frio, chuvas muito fortes. Uma vantagem dos espaços pe- quenos é que geralmente é mais fá- cil cobrir a área de cultivo com telas redutoras de luz conhecida como sombrite e plástico transparente e controlar a temperatura e a umidade mantendo um clima mais adequado as plantas o ano todo. • Deve-se ter muito cuidado com as receitas para aplicar nas plantas. Mesmo as caldas permitidas na agri- cultura orgânica podem ser tóxicas ao homem, a outros animais e preju- diciais ao meio ambiente. • Em concentrações muito altas podem prejudicar e até matar as plantas, mas se a concentração for muita baixa não vai fazer efeito. • A sensibilidade varia de espécie para espécie. Começar testando baixas concentrações, em algumas plantas. • Esperar ao menos um dia ou dois e observar a resposta das plantas co- baias, antes de aplicar na área toda. • As caldas podem ser divididas em adubos foliares que nutrem a planta e a torna resistente a pragas e doenças e caldas tóxicas as pragas e aos fungos. Toda calda tóxica pode matar ou prejudicar os insetos bené- ficos como abelhas e joaninhas. • Para pulverizar pode-se utilizar até mesmo aquele usado por cabeleireiros. Não utilizar regador, exceto para alguns tipos de biofertilizantes. • Pulverizar sempre nas horas mais frescas do dia, preferencialmen- te no final da tarde. No dia seguinte, irrigar logo pela manhã, auxiliando na redução do efeito tóxico para planta. 2 EXtratos vegetais: Há várias plantas que podem ser utilizadas no controle de pra- gas e doenças. como a mamona, a planta de tabaco (fumo), a prima- vera (buganvília), a árvore conhe- cida como santa bárbara ou sabo- neteira, camomila, entre muitas outras. Algumas podem ser tóxicas (como a planta do tabaco) a quem aplica e podem alterar o sabor do alimento, principalmente se apli- car perto da colheita. Pode-se fazer os extratos de 4 formas diferentes e depois diluir em água para pulverizar: 1.Cháconcentradofervendoas partes da planta secas ou frescas; 2. Bater com água no liquidifi- cador; 3. Chorumada: 1 kg de folhas em 10 litros de água, deixa apodre- cer por alguns dias e pulveriza. 4. Extrato alcoólico: 1kg de fo- lhas e/ou outras partes das plan- tas para cada litro de álcool, dei- xando em pote fechado no escuro por 3 dias. Osextratosalcoólicosgeralmen- te são mais fortes e pode-se usar de 10 a 20 ml em cada litro de água com 5 gramas de sabão neutro para aderir o produto nas plantas. Outras preparações são mais fracas, pode-se usar 100ml por litro de água ou até mesmo a calda pura no caso da chorumada. 1 Sabão e cinzas (rica em potássio e cálcio): Controla principalmente pul- gões, cochonilhas e insetos suga- dores que “moram” aderidos as plantas: 5 a 10 gramas de sabão neutro e 10 a 15 gramas de cinzas por litro de água. Diluir as cinzas em água e coar bem num pano de malha fina e/ou deixar decantar antes de colocar no pulverizador e adicionar o sabão pré dissolvido CALDAS E PREPARADOS: em água para não entupir. A cinza de boa qualidade, bem clara e fina nem sempre é fácil de conseguir. Procure nas pizzarias e padarias com forno a lenha. Cinza de chur- rascaria não é boa porque pode conter muito sal que é prejudicial as plantas. Ir avaliando a necessi- dade de mais pulverizações. A calda de cinza muito concentrada pode queimar as plantas, principalmente se estiver muito sol e calor, é mais eficiente se aplicada de manhã. Sugestões de caldas e biofertilizantes 22 23
  • 13. 25 24 Compostagem • compostagem é a prática ou processo que transforma e estabiliza a matéria orgânica (resíduo orgânico) em adubo (com- posto orgânico). A compostagem é um processo semelhante ao ciclo da matéria orgânica (decomposição) que ocorre na natureza. São muitos os benefícios de se fazer a compostagem: produzir o pró- prio composto para utilizar na horta e jardins, melhorar a qualidade do solo através da adição do composto, dimi- nuir a quantidade de resíduo destina- do aos aterros sanitários ou lixões. Além de fazer bem para o ambien- te como um todo, a compostagem possibilita a produção de alimentos frescos e seguros, sem adição de pro- dutos químicos A 3. Calda bordalesa (cobre, enxofre e cálcio): Esta calda e outros produtos a base de cobre são os mais anti- gos fungicidas e controlam vários tipos de doenças de plantas, en- tretanto é preciso cuidado na utili- zação, pois dosagens acima do re- comendado podem causar danos para as plantas. As verduras de folhas são as mais sensíveis. Para as fruteiras não aplicar durante o período da florada com risco de abortar as flores. A dose de calda bordalesa é de 0,5 a 1 ml para ver- duras até no máximo 10 ml por litro de água para a fruteiras mais resistentes (maça por exemplo). Aplicar no mínimo 20 dias antes de colher para não deixar resídu- os. Fazer no máximo 2 aplicações por plantio pois o cobre reduz o crescimento das plantas. Pode se comprar a calda bordalesa, ou ou- tros produtos com cobre em casas de jardinagem, ração ou produtos agropecuários. 4. Leite fresco é muito efi- ciente no controle de alguns ti- pos de fungos, principalmente o oídio, que é um mofo branco que cresce sobre as folhas de diver- sos tipos de plantas. Pulverizar uma vez por se- mana 50 a 100 ml de leite por litro de água (concentração de 5 a 10%).
  • 14. 27 26 Existem diversas maneiras de se produzir um composto orgânico, des- de a tradicional pilha montada sobre o solo até mesmo em recipientes pre- parados, como em pneus, caixotes, tambores grandes etc. PRIMEIRAMENTE É preciso separar Os resíduos orgânicos (cascas de frutas, legumes, sobras de alimentos crus) de outros resíduos, ORGÂNICO REJEITO como os recicláveis (vidro, papel limpo, plásticos e metal) e os rejeitos (papéis sujos, bituca de cigarro, esponjas, fraldas descartáveis, pó de aspirador, alimentos gordurosos e de origem animal e outros). A separação dos resíduos ORGÂNICOS pode ser feitas em baldes/recipientes com tampa, para de- pois serem encaminhados à composteira.
  • 15. 29 28 Deve ser montada em camadas, lembrando uma torta. Alternando ca- madas de matéria orgânica mais seca (carbono) com outra camada de ma- téria orgânica úmida / fresco (nitrogê- nio). E assim sucessivamente nesta or- dem até a pilha atingir a altura má- xima 1,50 cm ou quando encher um dos recipientes finalizando com boa DicaS: Importante manter o composto com umidade, sem excesso e re- gar quando necessário. O composto estará pronto quando o material estiver bem homogê- neo (não se distinguir mais as ca- madas e materiais originais), cor escura (marrom café), cheiro agra- dável de terra de floresta, grãos pequenos e con- sistência de terra. Para enriquecer o composto po- de-se adicionar outras fontes de matéria or- gânica como ser- ragem, cinza de madeira, esterco de aves, gado, cavalo etc. No processo de composta- gem também é produzido um líquido escuro (chorume), um ex- celente biofertilizante. Na pilha em solo ele se infiltra na terra. Na composteira reali- zada em recipientes adaptados e encaixados um ao outro, você pode coletar o chorume, diluir em água (1 par- te para 20 partes de água) pulve- rizar as plan- tas ou mais concentrado (1 parte para 10 partes de água) para re- gar diretamente o solo. Óleos e gorduras não devem ser compostados. Sobras de alimentos cozidos, proteína animal como carnes, laticínios e fezes de animais do- mésticos de modo geral não são usados/recomendados para com- postagem pois podem produzir odores desagradáveis atraindo animais indesejáveis como mos- cas, ratos etc. Mas relembrando a introdu- ção, isso não é uma regra e algumas pessoas, principalmente se há espaço disponível, longe da casa, também compostam esses materiais, adicionando mais fo- lhas, mato seco ou mesmo cobrin- do com um pouco de terra para tentar evitar os problemas cita- dos, com a vantagem de ter uma fonte a mais de recursos, e reduzir ainda mais seus resíduos úmidos. camada de material seco Neste momento inicie uma nova composteira, pilha ou outro recipien- te, deixando a anterior descansar. Durante este período de descanso deve-se revirar , revolver o composto a cada 10 dias, arejando e acelerando o processo. Após 70 a 90 dias o composto es- tará pronto. Carbono Nitrogênio Observação: Você pode adicionar minhocas a sua composteira tendo acesso a um dos melhores adubos que é o húmus de minhoca. COMPOSTANDO
  • 16. 31 30 Água • gua é vida. Todos os seres vivos (ani- mais, vegetais) necessitam de água para sua sobrevivência e desenvolvi- mento. A Nas plantas tem funções diversas em seu desenvolvimento como for- necer umidade para germinação da semente, solubilizar (disponibilizar) os nutrientes do solo para as plantas, entre outras. Rega Recomenda-se fazer a rega prefe- rencialmente nas primeiras horas do dia. Irrigar em horários quentes per- de-se muita água para evaporação. Pode se fazer a rega também no fim do dia, mas algumas doenças são fa- vorecidas por alta umidade e baixa temperatura, então essa pratica deve ser evitada nos períodos mais frios. Durante a fase de produção de mudas e transplantes a rega deve ser com maior frequência, delicada (sem jatos fortes) . Captação de água Na cidade onde só tem água enca- nada e tratada, irrigar com ela pode ser muito caro além de reduzir a ofer- ta de água tratada para as pessoas. Sempre que possível, crie alternativas para a captar água da chuva, ligando as calhas do telhado a caixas de água reutilizadas ou vários tipos de barris e tambores. É possível confeccionar ca- lhas de bambu cortado (meia-cana) e adapta-las ao telhado. 31
  • 17. 33 32 COZINHANDO COM SAÚDE alimentação variada, colo- rida oferece nutrientes que desempenham uma impor- tante função em nosso corpo. Por outro lado, uma alimentação pouco variada e muito calórica pode causar aumento da gordura do nosso corpo e falta de outros nutrientes, acarre- tando na fraqueza do organismo e no surgimento de doenças. As hortaliças, assim como as fru- tas, são importantes fontes de mi- A nerais, vitaminas e água, oferecendo também grande quantidade de fi- bras, que desempenham funções im- portantes para o organismo, como: - ajudam a eliminar toxinas. - melhoram o funcionamento do intestino. - auxiliam no controle de diabetes e colesterol. - promovem o aumento da sacie- dade. s fibras são encontradas em grande quantidade nas fo- lhas, cascas, talos e bagaços das hortaliças e frutas, por este mo- tivo estas partes podem ser aprovei- tadas pois além do valor nutricional, são uma alternativa saudável para as preparações culinárias. • Os legumes devem ser prepa- rados de preferência inteiros, ou em pedaços grandes, em pouca água, o suficiente para cobri-los, evitando a perda de nutrientes na água do cozi- mento. • Coloque água fervendo para cozi- nhar os legumes, diminuindo o tempo de cozimento, economizando gás e evitando a perda de muitos nutrientes. • Aproveite a água utilizada no co- zimento dos legumes para preparar arroz, feijão ou outros pratos. A Aproveitamento Integral de Alimentos • DicaS PRECIOSAS: - Consumir líquidos facilita a absorção das fibras; hortaliças de- vem ser consumidas diariamente e de preferência cruas. - As folhas verdes, tais como as de couve-flor, cenoura, rabane- te, beterraba, abóbora podem ser 32 utilizadas em farofas, no feijão, em bolinhos, sopas, arroz ou refoga- dos. - Os talos de agrião, espinafre, couve etc podem ser aproveitados no preparo de bolinhos, farofas, re- fogados ou arroz.
  • 18. 34 Bolinho de Rama de cenoura Ingredientes: Rama de cenoura, 3 ovos, 2 xícaras de farinha, sal, água ou leite. Preparo: Lave bem e pique a rama da cenou- ra. Misture os ingredientes. Bata com a mão até formar massa homogênea (assim as ramas ficam mais crocan- tes) ou no liquidificador. Frite em óleo bem quente. Escorra os bolinhos em papel absorvente. Suco verde Ingredientes: • 05 limões bem lavados em suco. • 05 folhas de couve bem lavadas, podendo incluir folhas de hortelã, salsinha ou capim cidreira. • 1 litro de água. • 4 colheres de açúcar cristal. Preparo: Bata tudo no liquidificador. Coe e sirva na hora. PRESIDENTE José Caetano de Andrade Minchillo DIRETOR EXECUTIVO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL Marcos Melo Frade DIRETOR EXECUTIVO DE GESTÃO DE PESSOAS, CONTROLADORIA E LOGÍSTICA Vagner Lacerda Ribeiro SECRETÁRIO EXECUTIVO Allan Lopes Santos GERENTE DE AUTORIZAÇÃO DE PAGAMENTOS Alirio Pereira Filho • Agricultura Sustentável – Manual do produtor rural / Ana Primavesi - São Paulo: Nobel, 1992 • Compostagem: Ciência e Prática para a gestão de resíduos orgânicos / Caio de Teves Inácio e Paul Ri- chard Momsen Miller. - Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2009- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GERENTE DE ASSESSORAMENTO ESTRATÉGICO E CONTROLES INTERNOS Ana Carolina Barchesi GERENTE DE PESSOAS E INFRAESTRUTURA André Grangeiro Botelho GERENTE DE ANÁLISE DE PROJETOS Claudia Marcia Pereira GERENTE DE COMUNICAÇÃO Emerson Flávio Moura Weiber GERENTE DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Fábio Marcelo Depiné Gelatina de Beterraba Ingredientes: água na qual a be- terraba foi cozida, açúcar, maisena. Preparo: Lave as beterrabas e leve para cozinhar. Separe a água do cozi- mento. Para cada ½ litro desta água acrescente uma colher de sopa de maisena e açúcar a gosto. Mexa e leve para gelar. EXPEDIENTE INSTITUTO PÓLIS FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL COORDENAÇÃO GERAL: Christiane Gasparini Araújo Costa COORDENAÇÃO EXECUTIVA: Mariana Monferdini Romão CONSULTORIA: Geraldo Antonio de Oliveira Neto 34 TEXTO E REVISÃO: Christiane Gasparini Araujo Costa Ceceo Chaves Geraldo Antonio de Oliveira Neto Mariana Monferdini Romão FOTOS: Acervo Instituto Pólis • HORTA: CULTIVO DE HORTA- LIÇAS, Prefeitura do Municí- pio de São Paulo, Secretaria Municipal de Verde e Meio Ambiente, Programa de Agri- cultura Urbana e Periurbana, São Paulo, 2010 • Horta em Pequenos Espaços / Flávia M.V. T. Clemente, Lenita Lima Haber, editoras técnicas. Brasília, DF: Embrapa, 2012 GERENTE DE PARCERIAS ESTRATÉGICAS E MODELAGEM DE PROGRAMAS E PROJETOS João Bezerra Rodrigues Júnior GERENTE DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO Patricia Lustosa Borges de Lima Vieira GERENTE DE FINANÇAS E CONTROLADORIA Rodrigo Octavio Lopes Neves ASSESSORIA TÉCNICA Fabrício Erick Araújo Maria Eduarda Junqueira da Veiga Serra Rogério Miziara PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Agência Frutífera • Pastoral da Criança – Alimen- tação e hortas caseiras na Pas- toral da Crianças / Pastoral da Criança. - Curitiba, 2009 • RECEITAS Farofas de talos ou folhas Sugestão: Para esta receita use ta- los ou folhas de beterraba, brócolis, couve-flor, nabo, rabanete. Ingredientes: 2 colheres de sopa de óleo, 2 colheres de sopa de cebola ralada, 2 xícaras de chá de farinha de mandioca torrada ou farinha de mi- lho, sal a gosto, talos ou folhas bem lavados e picados. Preparo: Leve ao fogo o óleo e refo- gue a cebola até dourar, junte os talos e folhas. Acrescente, aos poucos, a fa- rinha e o sal, Mexa bem. Sirva.
  • 19. 36 Realização: Material Reciclável • Não jogue em vias públicas MAIS INFORMAÇÕES: 11 2174.6800 www.polis.org.br Projeto Moradia Urbana com Tecnologia Social www.moradiaurbanats.org.br Banco de Tecnologias Sociais www.fbb.org.br/tecnologiasocial/ Design: Agência Frutífera