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Que história é essa
O PowerPoint impera como o legítimo sucessor da retro transparência.
Se alguém pesquisar no servidor de sua empresa quantos gigabytes existem com a
terminação “.ppt”, vai se assustar. Deve ser muita coisa. Afinal, quase tudo merece
um “pptzinho”!
O PowerPoint é uma evolução em relação ao retro-projetor, mas os usos e
costumes mantiveram inalterados os conteúdos. Quando se abre um documento
deste tipo, os templates sugeridos são “clique para adicionar um título” ou “clique
para adicionar um texto”, além dos famosos bullet points.
Desta forna, um slide de PowerPoint pouco se diferencia de uma transparência
para retro-projeção.
Para começar, por razões de anatomia, o ser humano lê mais rápido do que fala.
Portanto, ao utilizar bullet points, a platéia lê mais rápido do que o apresentador é
capaz de falar. Em outras palavras, o público lê uma coisa e ouve outra. Entender,
quem há de?
O fato é que talvez o maior defeito do uso do PowerPoint é que ele se transformou
em um instrumento que impede que se conte uma história.
Por algum motivo, que talvez nos remeta à transparência ou ao carrossel de slides,
a apresentação é pensada como uma procissão de slides, quase sem conexão de
raciocínio. É como se, em uma maratona de 10 km, a cada 100 metros o corredor
parasse e esperasse um novo tiro de partida. Com os mais de mil tiros viria
também o adeus à fluência, à dinâmica e ao ritmo.
Ao mirar os bullet points, dizer “este slide é para eu dizer isto”, mudar o slide e
repetir a mesma frase, em frente a uma audiência, o apresentador geralmente fica
de costas para o público e perde todo o poder de comunicação corporal que
eventualmente tenha.
Com toda certeza, só com fluência, dinâmica, ritmo se vence o maior inimigo de
um apresentador: o devaneio da platéia. Estes atributos estão nas histórias e
histórias estão em livros, cinema e televisões. No uso do PowerPoint, a arte de
contar histórias é escassa.
Para explicar o valor da história, recorro à História. A vida do ser humano ficou
bem mais cômoda há muito pouco tempo. Algumas décadas atrás, nossos
ancestrais ainda tinham que buscar alimento quase que diariamente.
No entanto, se eles eram os caçadores, também eram caçados. Um animal
relativamente pequeno, lento, sem asas, com olfato atrofiado, sem garra, sem
chifre, com mandíbula fraca e sem veneno foi obrigado a sair na savana para
buscar comida.
O detalhe sórdido é que podia virar almoço de bichos enormes e ferozes. Naquela
época não havia escrita, mas o conhecimento foi transmitido via oral, por meio de
histórias, e funcionou. Hoje somos hegemônicos a ponto de ter em nossas mãos o
destino do planeta. Mas, esta é uma outra história.
A verdade é que o PowerPoint teve um mérito: qualquer um é capaz de fazer uma
apresentação. Basta saber ler e não ficar muito nervoso. Só que o mérito virou
demérito. Ler bullet points é como andar de bicicleta com rodinhas, que
transformam duas rodas em quatro. Com o recurso, qualquer criança anda de
bicicleta e não cai.
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João Pinto
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É exatamente aí que entra o demérito: as rodinhas adicionais impedem que se
faça bici-cross ou mountain bike, por exemplo. O ciclista não voa, não empina e
não corre. Não cai, mas não emociona. Ler bullet points é confortável, mas não
emociona. Se não emociona, não vence o maior rival do apresentador: o devaneio.
Se a platéia devaneia, não presta atenção, não entende, não aceita e,
consequentemente, não adere.
Muito se ganha ao utilizar o PowerPoint como um meio de contar histórias. Ele
ajuda o apresentador, que usufrui um guia que lhe permite ter a certeza que não
sairá do assunto e dará ênfase ao que merece, e a audiência, que terá contato
com um apresentador vivo, humano e com telas que explicam o que mil palavras
não conseguem. A comunicação ganhará em emoção e, como toda decisão tem
uma enorme componente emocional, saem também satisfeitos o apresentador e o
público.
Fonte:
Francisco Papaterra
Diretor de contéudo da Soap (www.soap.com.br)
www.b2bmagazine.com.br/web/interna.asp?id_canais=4&id_subcanais=24&id_noticia=1
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