Tema: Arte Egípcia
Pontos de Abordagem:
Pinturas e Baixos Relevos – Características;
Esculturas - Características;
Arquitetura - Construções Mortuárias e Pirâmides.
1. Arte do Antigo Egito
A Arte Egípcia refere-se à arte desenvolvida e aplicada pela civilização do antigo
Egito. Esta manifestação artística teve a sua supremacia na religião durante um longo
período de tempo, estendendo-se aproximadamente pelos últimos 3000 anos antes de
Cristo e demarcando diferentes épocas que auxiliam na clarificação das diferentes
variedades estilísticas adaptadas: Período Arcaico, Império Antigo, Império Médio,
Império Novo, Época Baixa, Período Ptolemaico e vários períodos intermédios, mais ou
menos curtos, que separam as grandes épocas, e que se denotam pela turbulência e
obscuridade, tanto social e política como artística. Mas embora sejam reais estes
diferentes momentos da história, a verdade é que incutem somente pequenas nuances na
manifestação artística que, de um modo geral, segue sempre uma vincada continuidade
e homogeneidade.
O tempo e os acontecimentos históricos encarregaram-se de ir eliminando os vestígios
desta arte ancestral, mas, mesmo assim, foi possível redescobrir algo do seu legado no
século XIX, em que escavações sistemáticas trouxeram à luz obras capazes de fascinar
investigadores, colecionadores e mesmo o olhar amador. A partir do momento em que
se decifram os hieróglifos na Pedra de Roseta é possível dar passos seguros a caminho
da compreensão da cultura, história, mentalidade, modo de vida e naturalmente da
motivação artística dos antigos egípcios. Os egípcios demonstram nas suas
manifestações artísticas uma profunda religiosidade, dando um caráter monumental aos
templos e às construções mortuárias, notabilizando-se entre elas as pirâmides,
construídas de pedra, quando todas as comunidades ao longo do rio Nilo são unificadas
em um único Império.
2. Pintura e estrutura
A principal característica da Pintura e Baixos-Relevos egípcios é a representação de
figuras humanas segundo a lei da frontalidade, ou seja, com a cabeça e os pés de perfil e
o resto do corpo de frente. Da escultura egípcia destaca-se o contraste entre estátuas
colossais, rígidas e sem expressão dos faraós e as estatuetas de particulares, tais como
funcionários e escribas, as quais apresentavam expressividade e naturalismo de
movimentos. A expressão humana na escultura vai ganhar uma nova dimensão e
realismo nesta época, passando-se a representar nas estátuas reais o envelhecimento.
Mesmo a representação bidimensional perde a sua dependência dos cânones adaptando
uma maior naturalidade e mesmo noções de profundidade tridimensional. Os locais
onde a Pintura do Antigo Egito melhor se manifestou foram os túmulos dos
governadores dos nomos, em cujas paredes se recriam cenas de caça, pesca, banquetes
ou danças. Seguindo a tradição anterior, o dono do túmulo surge representado em
tamanho superior às outras personagens. A pintura é realizada sobre estuque fresco ou
sobre relevo.
Esculturas
No que diz respeito à Escultura podem ser estabelecidas diferenças de concepção entre
a estatuária real e a estatuária de particulares. Na primeira verifica-se um desejo de
imponência, enquanto que a segunda tende para um maior realismo, detectável em
trabalhos como o grupo escultórico de Rahotep e Nofert.
Do tempo da V dinastia são escassas as estátuas de reis, mas em compensação abundam
as estátuas de particulares. São desta época as várias estátuas de escribas que se
encontram hoje em dia no Museu Egípcio do Cairo e no Museu do Louvre, que retratam
estes funcionários na pose de pernas cruzadas, uma forma de representação que se
manterá até à Época Greco-Romana.
Os materiais utilizados na escultura deste período foram diorite, granito, xisto, basalto,
calcário e alabastro.
Arquitetura
Na Arquitetura adaptam-se os padrões estilísticos anteriores ao nível da construção,
procurando-se retomar a construção de pirâmides. Contudo, estas pirâmides não
atingem a grandeza das pirâmides do Império Antigo. Construídas com materiais de
baixa qualidade e com técnicas deficientes, o que resta hoje destas construções é
praticamente um monte de escombros. As mais altas pirâmides construídas nesta época
foram a de Senuseret III (78 metros) e a de Amenemhat III (75 metros).
3. Pirâmides
Uma Pirâmide é todo poliedro formado por uma face inferior e um vértice que une
todas as faces laterais. As faces laterais de uma pirâmide são regiões triangulares, e o
vértice que une todas as faces laterais é chamado de vértice da pirâmide. O numero de
faces laterais de uma pirâmide corresponde ao número de lados do polígono da base.
Como exemplo das pirâmides da geometria espacial no dia-a-dia temos as pirâmides do
Egito, uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Uma pirâmide é classificada como reta quando todas as arestas laterais são congruentes,
caso contrário ela é classificada como oblíqua. Uma maneira mais fácil de identificar
uma pirâmide reta é quanto o centro da base da pirâmide está alinhado com o vértice
superior da pirâmide, em outras palavras, é possível traçar uma reta do vértice ao centro
do polígono na base da pirâmide. Uma outra maneira fácil de identificar uma pirâmide
oblíqua é quando não existe esse alinhamento do vértice superior com o centro do
polígono na base da pirâmide, ou seja, se traçarmos novamente a reta, ela não terminará
no centro do polígono da base.
Construções Mortuárias
A temática Mortuária era de grande presença. A crença na vida após a morte motivava
os egípcios a construírem tumbas, estatuetas, vasos e mastabas que representavam sua
concepção do além-vida. As primeiras tumbas egípcias buscavam realizar uma
reprodução fiel da residência de suas principais autoridades. Em contrapartida, as
pessoas sem grande projeção eram enterradas em construções mais simples que, em
certa medida, indicava o prestígio social do indivíduo.
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