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Faça-se silêncio...
Suba o pano...
O teatro vai começar!
A Renault está convencida de que a grande maioria das escolas se tem tornado
cada vez mais sensível ao tema da segurança rodoviária, convicção que vê confirmada,
todos os anos, pela larga participação das escolas nos seus projectos.
Por se tratar de um tema tantas vezes abordado, no entanto, é necessário que,
com alguma regularidade, se renovem os suportes e os tipos de abordagem que
chegam aos alunos. Tudo para que o interesse não se perca e, sobretudo, para que
as mensagens sejam cada vez mais interiorizadas.
É neste contexto que a Renault faz chegar às escolas o Teatrinho que inclui os
fantoches para recortar e estas instruções, que se destinam a ajudar as turmas
a levarem à cena uma peça de teatro e a inventarem, depois, muitas peças mais
sobre a prevenção de acidentes.
Como montar o teatrinho?
1≥≥Ω±‡: Abrir a placa
2: Trancar as janelas do teatrinho para dentro e
colocar as trancas nas ranhuras de forma a criar
cantos interiores com 90°.
3: E já está! O teatrinho pode ficar em pé.
Sinais de trânsito
o Passagem Para Peões
o Sinal de Stop
o Semáforo
o Passadeira
Narrador (voz off)
Resumo da história
Alguém anda a boicotar os sinais de trânsito e as regras de Vila Pacata....
Da noite para o dia, apagam-se as passadeiras, fundem-se as lâmpadas dos semáforos,
trocam-se os sinais de proibição pelos de obrigação. O caos instala-se na vila. Quem serão
os responsáveis por tamanha confusão? Como é que este mistério se vai resolver?
A Andreia-da-boleia
Vai sempre “à boleia” no carro da mãe
ou do pai. Tem fama de ser muito refilona...
Será apenas fama?
A Inês-do-trinta-e-três
Anda sempre de autocarro... e quase sempre
na carreira 33.
É uma grande tagarela e muito desenrascada.
O Zé-sempre-a-pé
Tal como se adivinha, o Zé adora ser peão!
Conhece as ruas da Vila como a palma da
sua mão...
O Juvenal-do-pedal
Nunca larga a bicicleta... A mãe até já lhe
disse que não é preciso dormir de
capacete e joelheiras!
Era uma vez... uma história
A Revolta dos Sinais
I Acto
Cenário — Uma rua de Vila Pacata, com casas, lojas, um jardim. Em primeiro plano,
uma estrada com semáforos e uma passadeira. Nesta estrada, vão passando vários veículos.
Som — A peça começa com uma música de fundo muito animada. Depois, a música vai
dando lugar a buzinadelas cada vez mais altas, travagens bruscas, discussões entre
condutores.
Neste acto, as personagens vão entrando e apresentando-se... Apesar de invisível, é o
narrador quem vai conduzindo o que acontece em palco. Sobe o pano, mostra-se o cenário
e o movimento. Só depois se ouve a voz do narrador.
Narrador
São oito da manhã em Vila Pacata... Os autocarros vão circulando, as bicicletas rolando,
os carros buzinando. A esta hora da manhã, a rua principal parece um carrossel onde
todos querem chegar depressa a todos os lugares...
Zé-sempre-a-pé
(entra a andar em passos largos)
Eu já estou atrasado para a escola, mas conheço um atalho e ponho-me lá num instantinho...
Narrador
Olhe lá... Como é que o menino se chama?
Zé-sempre-a-pé
Eu sou o Zé-sempre-a-pé e, cá na Vila, sou o “maior” peão. Conheço as ruas e as travessas
como a palma da minha mão!
Narrador
Então, boa viagem, ó campeão! E vá sempre pelo passeio...
E este ciclista, com ar de artista, importa-se de se apresentar?
Juvenal-do-pedal
(entra a pedalar e a assobiar)
Eu sou o Juvenal-do-pedal e adoro a Anacleta...
Ih,ih,ih... Julgam que é uma rapariga? Não... é a minha bicicleta!
Narrador
E onde vais tão apressado, ó Juvenal?
Juvenal-do-pedal
Tenho de passar na oficina, para encher este pneu.
A Revolta
dos Sinais
04
Juvenal-do-pedal
Tenho de passar na oficina, para encher este pneu.E depois, depressa para a escola... a
pedalar, lá vou eu!
Então, até mais logo!
Narrador
Até logo, boa viagem!...
Olhem quem vem ali, é o autocarro 33... e lá dentro, para não variar, deve vir a nossa
Inês...
Inês-do-trinta-e-três
(a falar muito depressa)
Olá, eu sou a Inês, mais conhecida por Inês-do-trinta-e-três. Apanho sempre o mesmo
autocarro para ir de casa para a escola e da escola para casa. Pelos vistos, hoje vou
chegar tarde, porque há um engarrafamento. Ai que chatice, Maria Alice... este trânsito
está um caos...
Narrador
Ah, pois está, está... E alguém tem ideia de por que será?
Andreia-da-boleia
(a refilar, com ar resmungão e crítico)
Por que será... por que será... porque tem todos muita pressa! Porque ninguém cumpre
as regras, porque ninguém liga aos sinais... Porque é que haveria de ser?
Narrador
Mas hoje a Andreia vem mesmo de cara feia. A menina por acaso leva o cinto?
Andreia-da-boleia
Claro que sim... E estou zangada, porque ninguém cumpre o código da estrada.
Narrador
E tem toda a razão, a nossa Andreia-da-boleia! Esta Vila Pacata devia era chamar-se Vila
dos Apressadinhos... Ai, estes condutores, estes peões, estes ciclistas... Então até mais
logo, meus meninos...
Fecha-se a cortina... termina o I Acto.
II Acto
Cenário — A entrada da escola. Dois carros acabam de bater. Vê-se uma ambulância.
Um carro deita fumo. O cenário deve procurar transmitir o ambiente triste de um acidente.
Som — Música triste.
Os quatro amigos estão reunidos junto ao portão da escola...
Andreia-da-boleia
Vocês já viram isto? É o terceiro acidente nesta rua, só numa semana! Mas será que está
tudo tolinho da cabeça?
Inês-do-trinta-e-três
Sabem o que é que eu acho? Os peões e condutores da nossa vila deviam era voltar à
escola...
Juvenal-do-pedal
À escola? Para quê?
05
Inês-do-trinta-e-três
Para aprenderem a ter mais juízo. Para aprenderem os sinais de trânsito, para saberem
porque é que é importante cumprir as regras... essas coisas.
Juvenal-do-pedal
Mas achas que, no tempo deles, não se aprendia isso tudo?
Inês-do-trinta-e-três
Se calhar até se aprendia... mas, pelos vistos, eles já se esqueceram...
Zé-sempre-a-pé
(encostado a um sinal de passadeira. Fala com grande convicção)
Eu cá, se fosse sinal de trânsito, assim como este, estava furioso com o que se está a
passar!
Inês-do-trinta-e-três
E furioso porquê?
Zé-sempre-a-pé
Por todos me ignorarem e por sentir que não servia para nada. Quando alguém não te
liga, como é que te sentes? Triste e furiosa, não é? Então... de certeza que os sinais
também se sentem assim.
Inês-do-trinta-e-três
Pois é... Devem pensar: mas para que é que nos inventaram? Porque é que nos construíram
e nos trouxeram para estas ruas? Mais valia desaparecermos para sempre...
Zé-sempre-a-pé
Tchiiiii, nem quero imaginar se os sinais de trânsito se revoltassem e desaparecessem dos
seus lugares... ou trocassem de lugar uns com os outros...
Ih, ih, ih... Que confusão!
Andreia-da-boleia
Podia ser que as pessoas desta Vila aprendessem uma lição...
Inês-do-trinta-e-três
Aprendiam uma lição, sem precisarem de vir à escola outra vez!
Todos juntos
Isso é que tinha muita graça! Ah, ah, ah!!!
III Acto
Cenário — A rua da escola, junto ao portão. Vê-se uma passadeira e o respectivo sinal
e muitos outros sinais de trânsito.
Som — Música de suspense...
Neste acto, surge um novo grupo de personagens: os sinais de trânsito ganham vida,
falam e movimentam-se. Poderá criar-se uma voz para cada personagem, de modo a que
a personalidade de cada um se distinga melhor. Os sinais entram também em diálogo com
o público.
Abre-se o pano e vê-se o cenário; a música misteriosa paira no ar. De repente, os sinais
de trânsito saem do cenário e ganham vida...
Sinal de Passagem Para Peões
Pois é, amigos. Aquele grupo de miúdos, que aqui esteve hoje de manhã a conversar, é
que tem muita razão...
06
Sinal de Stop
Razão? Mas tu estás sempre a lamentar-te de que os miúdos não atravessam na passadeira...
E agora vens dizer que eles têm muita razão!???
Sinal de Passagem Para Peões
Calma aí... nem todos os miúdos atravessam fora da passadeira!
Já há muitos meninos que sabem muito bem qual é o sítio mais seguro para atravessar,
não é meninos?
Passadeira
Ai que bom... Que contente que eu fico por ouvir estes meninos!
Sinal de Stop
Mas, olha lá, que conversa foi essa que ouviste hoje à porta da escola?
Sinal de Passagem Para Peões
Eram uns miúdos que estavam fartos de tantos acidentes. Eles diziam que, se fossem sinais
de trânsito como nós, faziam assim uma espécie de revolução...
Semáforo
Uma revolução como?
Sinal de Passagem Para Peões
Então, desapareciam, trocavam de lugar... Eu trocava de lugar com um sinal, sei lá, de
trânsito proibido... Tu, por exemplo, fingias que tinhas a lâmpada fundida...
Passadeira
Eu podia apagar as minhas riscas por uns dias... Só para chamar a atenção!
Semáforo
Olha que boa ideia! Por acaso essa história da revolução, não era nada mal pensada. Até
porque umas feriasinhas vinham mesmo a calhar... Ora cheguem-se aqui... E se nós amanhã,
muito de manhãzinha, fizéssemos assim...
E os quatro sinais ficam a combinar baixinho os planos para o dia seguinte.
A música de suspense sobe de tom... O pano desce.
IV Acto
Cenário — A rua principal do I Acto.
Som — Música que transmita a ideia de grande confusão. Ouvem-se ainda mais buzinadelas
e travagens que no dia anterior, assim como muitas vozes de pessoas exclamando admiradas.
Os carros, os autocarros, as bicicletas e os peões andam confusamente de um lado para
o outro. Há choques e encontrões. Depois de se mostrarem algumas situações de acidente,
os quatro amigos do I Acto encontram-se na rua principal... Ninguém quer acreditar no
que está a acontecer!
Juvenal-do-pedal
Mas o que é isto? O que é que se passa aqui? Alguém me explica o que está a acontecer?
Inês-do-trinta-e-três
Olha, eu também ainda não percebi muito bem. Ia ali no 33, mas saí nesta paragem, porque
o trânsito não andava nem para a frente, nem para trás...
07
08
Andreia-da-boleia
Eu também resolvi sair do carro...
Já repararam que os semáforos estão todos apagados?
Todos
Ah... Pois é! Nem verdes, nem encarnados!
Zé-sempre-a-pé
E já repararam que as passadeiras desapareceram da face da Terra? Parece que foram
apagadas por uma borracha gigante!
Todos
Ah... Pois é!
Juvenal-do-pedal
Agora que vocês estão a falar nisso, é que eu estou a reparar... Aquele sinal de stop que
costumava estar ali na esquina foi parar ao meio da estrada...
Todos
Ah... Pois foi!
Inês-do-trinta-e-três
E o sentido obrigatório foi dar uma grande curva...
Juvenal-do-pedal
Transformou-se num sinal de curva perigosa, queres tu dizer...
Todos
Ah... Pois transformou!
Faz-se silêncio. Os quatro amigos observam muito espantados o que está a acontecer.
Juvenal-do-pedal
Ó Zé, lembras-te do que disseste ontem, ao pé do portão da escola?
Zé-sempre-a-pé
(assustado)
Lembro... então não lembro... Que os sinais deviam fazer uma revolução e mudar de lugar...
E parece que mudaram mesmo.
Andreia-da-boleia
Eu acho que os sinais nos ouviram!
Zé-sempre-a-pé
(choroso)
Que grande bronca! A culpa disto é toda minha...
Juvenal-do-pedal
Ó Zé, não é nada! A culpa é de todas as pessoas que não cumprem as regras e que se
esquecem da utilidade dos sinais.
Inês-do-trinta-e-três
Temos de falar com os habitantes da nossa vila! A única maneira de os sinais voltarem
aos lugares é fazer com que todos cumpram as regras.
Faz-se silêncio. Desce o pano.
V Acto
Cenário — Praça da Vila com uma multidão a assistir. Tribuna onde estão os quatro
amigos. Junto a eles está um microfone gigante para onde falam quando chega a sua vez.
Som — Burburinho de vozes.
Andreia-da-boleia
(aproximando-se do microfone)
Bom-dia, amigos, estamos aqui reunidos,
porque temos a solução para o problema
de segurança que está a acontecer na nossa vila!
As vozes sobem de tom.
Andreia-da-boleia
Os sinais estão revoltados, porque ninguém cumpre as regras de trânsito! A começar
pelos carros... Sim, sim, os carros... Que ultrapassam a toda a hora os limites de
velocidade... Que viajam com passageiros sem o cinto de segurança posto... Que
estacionam onde não podem... E tantos, tantos outros exemplos que todos nós conhecemos,
não é? É ou não é?
Esperar resposta do público. Insistir, se a resposta não chegar.
Andreia-da-boleia
Pois é! Agora vou passar a palavra ao meu amigo Zé-sempre-a-pé.
Zé-sempre-a-pé
(aproximando-se do microfone)
Pois é, amigos, eu queria dizer-vos que também nós, os peões, temos de mudar a maneira
como nos comportamos nesta vila: os peões atravessam fora das passadeiras, sem olhar
para os dois lados, sem olhar para o semáforo... Muitas vezes, como sabem, até andam
fora dos passeios! Acham que isto pode continuar a acontecer?
Esperar resposta do público. Insistir, se a resposta não chegar.
Zé-sempre-a-pé
Pois não... Agora vai falar o meu amigo Juvenal-do-pedal!
Juvenal-do-pedal
(aproximando-se do microfone)
Como sabem, eu sou ciclista e, enquanto pedalo, vejo algumas coisas que preferia não
ver. Por exemplo, ciclistas sem capacete nem joelheiras... Ou ciclistas que andam de noite
sem reflectores... Ou que circulam sem travões. Vocês não acham isto um perigo?
Esperar resposta do público. Insistir, se a resposta não chegar.
Juvenal-do-pedal
Pois é... E agora vai falar a minha amiga Inês-do-trinta-e-três.
Inês-do-trinta-e-três
Como sabem, eu ando sempre no autocarro 33. E também nos autocarros e noutros
transportes há muitas regras que não são cumpridas. Por exemplo, os passageiros não
têm cuidado a entrar, empurram-se... e muitas vezes não dão o lugar a quem precisa. E
há mais: depois de saírem do autocarro, muitas pessoas não têm cuidado a atravessar a
rua.
Queríamos pedir a todos para olharem para os sinais e para cumprirem sempre as regras!
Caso contrário, os sinais de trânsito vão continuar a revoltar-se... e com toda a razão!
09
Todos juntos
Prometem ter mais cuidado?
Esperar resposta do público. Insistir, se a resposta não chegar.
Desce o pano.
VI Acto – O Final
Cenário — Entrada da escola, onde decorreu o II acto.
Som — Música descontraída.
Zé-sempre-a-pé
E agora, Inês? Já conseguimos que as pessoas percebessem o problema... Mas será que
os sinais vão voltar aos seus sítios?
Juvenal-do-pedal
Pois é... Quem é que nos garante que vamos conseguir falar com eles?
Inês-do-trinta-e-três
Olhem, eu acho que se os sinais nos ouviram é porque também sabem falar. Não há-de
ser assim tão difícil.
Andreia-da-boleia
Eu cá também acho...
Sinal de Passagem Para Peões
E acham muito bem! Ouvimos e falamos, sim senhor.
Inês-do-trinta-e-três
Ai que susto, Senhor Sinal. Não me leve a mal, mas até ia ficando gaga!
Sinal de Passagem Para Peões
Ih, ih, ih... Não te assustes, ó Inês. Nós só queríamos agradecer-vos tudo o que fizeram
pela segurança da nossa vila. Em nome dos sinais de trânsito e de todas as regras, muito,
muito obrigado!
Zé-sempre-a-pé
Isso quer dizer que vão voltar aos vossos lugares? É isso? É isso? Viva! Viva!
Passadeira
Vamos pois, e com muito prazer! Nós somos os primeiros a querer evitar os acidentes.
É para isso que servimos, ou não é?
...
Pronto, eu já estou no meu lugar!
Sinal de Passagem Para Peões
E eu, no meu!
Sinal de Stop
E eu também já cá estou, na minha esquina do costume!
Andreia-da-boleia
Agora, só falta aquele semáforo acender as luzes... Ó Sr. Semáforo, está a dormir ou quê?
Semáforo
(a acordar estremunhado)
Hã? Onde é que eu estou? O que é isto??? Quem são vocês? Quem sou eu?
10
Passadeira
Ó Semáforo, compõe lá as luzes, que tanto desalinho até parece mal!
Por amor de Deus...
Semáforo
Ah... desculpem, aproveitei a revolução para dormir uma soneca...
Peço desculpa, peço desculpa...
Todos a rir
Ah, ah, ah! Não faz mal, não faz mal... O importante é estar de volta.
Semáforo
Pronto já cá estou com as cores do costume! Ou será que preferem um rosa-choque? Ou
um amarelo-canário? Ou um azulinho-turquesa?
Todos a rir
Não, assim está muito bem!
As vozes da conversa vão-se tornado cada vez mais baixas... entra o narrador para concluir.
Narrador
E pronto. Foi assim que se resolveram os problemas em Vila Pacata. Agora esperamos
que, em todas as aldeias, vilas e cidades, as pessoas não se esqueçam de como é importante
circular sempre em segurança... Senão, qualquer dia ainda têm uma revolta dos sinais de
trânsito igual a esta... Já viram a confusão que ia dar?
Até à próxima... A Vila Pacata deseja-vos bons passeios!
Todos
Adeus amigos, adeus, adeus, adeus!
Música muito alegre e animada. Desce o pano.
11
Outras histórias...
para transformar em teatros
Além da dramatização da história A Revolta dos Sinais,
sugerimos aos professores que, ao longo do ano, criem
outras peças de teatro com os seus alunos. Nestas páginas,
encontrarão algumas pistas de conteúdos que se podem
transformar em peças para fantoches.
Depois da leitura de cada sinopse, as turmas são livres
de enriquecer a história com outros pormenores,
personagens, adereços e canções.
12
Sinopse 1
Tema: a importância das regras na vida em sociedade/na segurança rodoviária.
História: Uma Tarde na Cidade da Confusão
Era uma vez... uma cidade onde só existia um automóvel,
um condutor e um peão. Durante muito tempo, à parte
algumas tropelias, tudo correu mais ou menos bem...
Depois, foram aparecendo outros peões e condutores,
muitos automóveis, bicicletas e autocarros. As ruas
encheram-se de trânsito, os acidentes sucediam-se,
mas os habitantes da cidade não percebiam como
era possível evitar tamanha confusão!
O que foi preciso inventar?
Sinopse 2
Tema: a atenção na segurança rodoviária/a importância da visão e da audição.
História: As Aventuras de Leonardo Despassarado
Era uma vez... um menino chamado Leonardo, que
ainda não tinha percebido que para andar na rua é
preciso muito cuidado... Mal punha um pé no passeio,
punha logo o nariz no ar. Não olhava, não ouvia,
estava na Lua, a passear... A mãe, muito aflita,
gritava com alarido: — Ó Leo! Olha os carros! —
Mas o Leo não via o perigo...
Sinopse 5
Tema: a utilidade dos sinais de trânsito.
História: A história do semáforo verde que era muito envergonhado...
Era uma vez... um semáforo verde que era muito envergonhado. Pode parecer-
-vos que isto não tem mal nenhum, mas a verdade é que quando o semáforo
verde corava, a luz mudava para vermelho e instalava-se a confusão lá no
cruzamento onde ele vivia... Os carros começavam a buzinar, os condutores a
protestar, nasciam grandes engarrafamentos, era um caos que só visto! Querem
saber a causa do embaraço do semáforo? Tinha a ver com um namoro, entre
ele e uma menina Stop que vivia no outro lado da rua. A menina Stop inclinava-
se toda para o ver corar... e ria, até mudar de lugar. Um dia, muito atrevida,
até se pôs a caminhar em direcção ao centro do cruzamento para tentar dar--
lhe o braço... O que terá acontecido depois? Como se terá resolvido esta novela?
Sinopse 4
Tema: a relação tamanho/perigo.
História: Zeferino Pequenino perde o medo
Era uma vez... um menino, de nome Zeferino, Zeferino
Pequenino.
Quando saía à rua, Zeferino Pequenino sentia-se um grão
de milho num mundo gigantão. Era tudo tão grande à sua
volta: passava um autocarro e vrrrum!... Passava um camião
e vrrrrão!... Passava uma moto zuuuuum!... E depois um
carro zaaaaão!... Zeferino Pequenino caminhava encostado
às casas, com medo até da própria sombra! Um certo dia,
conheceu um polícia sinaleiro que lhe ensinou todos os
truques para atravessar e para ser visto pelos condutores.
Zeferino pequenino aprendeu a dar nas vistas... e hoje passeia-
se pela cidade como o maior dos artistas!
13
Sinopse 3
Tema: a aprendizagem da autonomia / o percurso da casa
para a escola e da escola para casa.
História: Hoje é o primeiro dia!
Era uma vez... o primeiro dia de escola.
A Ana Brás já estava crescida, já não era um bebé. O pai
disse-lhe: “Qualquer dia passas a ir sózinha para a escola!”.
A Ana Braz engoliu em seco, fez beicinho e pensou: “Eu não
sou capaz...”. No dia seguinte, foi pela mão do pai. Escolheram
juntos o melhor caminho, o passeio mais seguro, visitaram
todas as passadeiras, os sinais de trânsito e semáforos,
andaram à caça de todos os perigos. No dia seguinte, a Ana
Brás foi à frente e o pai, mais atrás. Fizeram este trajecto
durante vários dias, até o pai perceber que a Ana já percorria
o caminho em segurança. Passado uns dias, lá foi a Ana
sozinha para a escola... e tudo correu bem. Afinal, Ana Brás,
és ou não és capaz?
Sinopse 6
Tema: as regras de circulação das bicicletas.
História: A lebre e a tartaruga em versão ciclista
Era uma vez... uma cidade que resolveu organizar uma grande corrida
de bicicletas. Todos os ciclistas foram convidados: desde os maiores
campeões, aos atletas mais amadores. Entre os primeiros, encontrava-
se a lebre, a maior a pedalar, conhecida em todo o mundo por ser uma
excelente ciclista! Entre os segundos, os amadores, estava a pequena
tartaruga, que tinha uma bicicleta pequena e umas pernas curtinhas...
Acontece que a lebre tinha a mania de que nenhum acidente lhe podia
acontecer. Conclusão: não usava capacete, luvas ou protecções e
pedalava numa bicicleta que nem sequer tinha travões... A tartaruga,
pelo contrário, equipava-se muito bem e tratava a bicicleta com muitos
mimos... Quem terá ganho a corrida?
Sinopse 7
Tema: a segurança dentro do automóvel.
História: Mais birras não!
Era uma vez... dois irmãos gémeos que adoravam
fazer birras: birras em casa, no supermercado, na
escola, no dentista... Mas havia um lugar que era o
preferido para as birras dos dois irmãos: o carro!
Mal entravam, vinha a birra n.º 1: “Quero ir à frente!”.
Depois, a birra n.º 2: “Não quero pôr o cinto!”. A
seguir, a n.º 3: “Quero ir pendurado à janela!”. E
assim por aí fora...
14
Sinopse 9
Tema: como proceder em caso de acidente?
História: O dia em que o Pedro dos Correios teve um
acidente
Era uma vez... uma carrinha dos correios, conduzida por um
hábil condutor chamado Pedro dos Correios... Certa manhã,
enquanto fazia a ronda habitual para distribuir cartas e
encomendas, o Pedro dos Correios teve uma surpresa numa
curva mais apertada: um grande rebanho de ovelhas
atravessava a estrada! Pedro travou, mas não foi a tempo...
a carrinha guinou e virou para dentro. Foi tudo pelos ares:
envelopes e pacotes, saiu tudo disparado! E Pedro dos
Correios passou um mau bocado... O que vale é que ia a
passar um rapazinho prevenido, que, quando viu o acidente,
se portou como é devido!
15
Sinopse 8
Tema: os perigos de haver má visibilidade.
História: A Missão de Herculano Herói
Era uma vez... um rapaz chamado Herculano,
muito bravo e valentão, que foi certa tarde
incumbido de uma missão: — Tens de ir
chamar o médico, vai nascer o teu irmão! —
gritou-lhe a mãe assustada. Herculano montou
na bicicleta, havia nevoeiro no ar, a chuva
começou a cair... mas Herculano não desistiu.
Dentro da sua mochila tinha tudo para resistir!
Depois veio a noite, e um furo no pneu.
Herculano continuou a pé, mas estava escuro
como breu...
Como montar os fantoches?
1≥≥Ω±‡: Recortar os fantoches.
2: Arranjar uma palhinha ou um pauzinho.
3: Fazer uma ranhura numa das
extremidades e colocar o fantoche.
x Depois é só brincar à vontade!

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  • 1.
  • 2. Faça-se silêncio... Suba o pano... O teatro vai começar! A Renault está convencida de que a grande maioria das escolas se tem tornado cada vez mais sensível ao tema da segurança rodoviária, convicção que vê confirmada, todos os anos, pela larga participação das escolas nos seus projectos. Por se tratar de um tema tantas vezes abordado, no entanto, é necessário que, com alguma regularidade, se renovem os suportes e os tipos de abordagem que chegam aos alunos. Tudo para que o interesse não se perca e, sobretudo, para que as mensagens sejam cada vez mais interiorizadas. É neste contexto que a Renault faz chegar às escolas o Teatrinho que inclui os fantoches para recortar e estas instruções, que se destinam a ajudar as turmas a levarem à cena uma peça de teatro e a inventarem, depois, muitas peças mais sobre a prevenção de acidentes. Como montar o teatrinho? 1≥≥Ω±‡: Abrir a placa 2: Trancar as janelas do teatrinho para dentro e colocar as trancas nas ranhuras de forma a criar cantos interiores com 90°. 3: E já está! O teatrinho pode ficar em pé.
  • 3. Sinais de trânsito o Passagem Para Peões o Sinal de Stop o Semáforo o Passadeira Narrador (voz off) Resumo da história Alguém anda a boicotar os sinais de trânsito e as regras de Vila Pacata.... Da noite para o dia, apagam-se as passadeiras, fundem-se as lâmpadas dos semáforos, trocam-se os sinais de proibição pelos de obrigação. O caos instala-se na vila. Quem serão os responsáveis por tamanha confusão? Como é que este mistério se vai resolver? A Andreia-da-boleia Vai sempre “à boleia” no carro da mãe ou do pai. Tem fama de ser muito refilona... Será apenas fama? A Inês-do-trinta-e-três Anda sempre de autocarro... e quase sempre na carreira 33. É uma grande tagarela e muito desenrascada. O Zé-sempre-a-pé Tal como se adivinha, o Zé adora ser peão! Conhece as ruas da Vila como a palma da sua mão... O Juvenal-do-pedal Nunca larga a bicicleta... A mãe até já lhe disse que não é preciso dormir de capacete e joelheiras! Era uma vez... uma história A Revolta dos Sinais
  • 4. I Acto Cenário — Uma rua de Vila Pacata, com casas, lojas, um jardim. Em primeiro plano, uma estrada com semáforos e uma passadeira. Nesta estrada, vão passando vários veículos. Som — A peça começa com uma música de fundo muito animada. Depois, a música vai dando lugar a buzinadelas cada vez mais altas, travagens bruscas, discussões entre condutores. Neste acto, as personagens vão entrando e apresentando-se... Apesar de invisível, é o narrador quem vai conduzindo o que acontece em palco. Sobe o pano, mostra-se o cenário e o movimento. Só depois se ouve a voz do narrador. Narrador São oito da manhã em Vila Pacata... Os autocarros vão circulando, as bicicletas rolando, os carros buzinando. A esta hora da manhã, a rua principal parece um carrossel onde todos querem chegar depressa a todos os lugares... Zé-sempre-a-pé (entra a andar em passos largos) Eu já estou atrasado para a escola, mas conheço um atalho e ponho-me lá num instantinho... Narrador Olhe lá... Como é que o menino se chama? Zé-sempre-a-pé Eu sou o Zé-sempre-a-pé e, cá na Vila, sou o “maior” peão. Conheço as ruas e as travessas como a palma da minha mão! Narrador Então, boa viagem, ó campeão! E vá sempre pelo passeio... E este ciclista, com ar de artista, importa-se de se apresentar? Juvenal-do-pedal (entra a pedalar e a assobiar) Eu sou o Juvenal-do-pedal e adoro a Anacleta... Ih,ih,ih... Julgam que é uma rapariga? Não... é a minha bicicleta! Narrador E onde vais tão apressado, ó Juvenal? Juvenal-do-pedal Tenho de passar na oficina, para encher este pneu. A Revolta dos Sinais 04
  • 5. Juvenal-do-pedal Tenho de passar na oficina, para encher este pneu.E depois, depressa para a escola... a pedalar, lá vou eu! Então, até mais logo! Narrador Até logo, boa viagem!... Olhem quem vem ali, é o autocarro 33... e lá dentro, para não variar, deve vir a nossa Inês... Inês-do-trinta-e-três (a falar muito depressa) Olá, eu sou a Inês, mais conhecida por Inês-do-trinta-e-três. Apanho sempre o mesmo autocarro para ir de casa para a escola e da escola para casa. Pelos vistos, hoje vou chegar tarde, porque há um engarrafamento. Ai que chatice, Maria Alice... este trânsito está um caos... Narrador Ah, pois está, está... E alguém tem ideia de por que será? Andreia-da-boleia (a refilar, com ar resmungão e crítico) Por que será... por que será... porque tem todos muita pressa! Porque ninguém cumpre as regras, porque ninguém liga aos sinais... Porque é que haveria de ser? Narrador Mas hoje a Andreia vem mesmo de cara feia. A menina por acaso leva o cinto? Andreia-da-boleia Claro que sim... E estou zangada, porque ninguém cumpre o código da estrada. Narrador E tem toda a razão, a nossa Andreia-da-boleia! Esta Vila Pacata devia era chamar-se Vila dos Apressadinhos... Ai, estes condutores, estes peões, estes ciclistas... Então até mais logo, meus meninos... Fecha-se a cortina... termina o I Acto. II Acto Cenário — A entrada da escola. Dois carros acabam de bater. Vê-se uma ambulância. Um carro deita fumo. O cenário deve procurar transmitir o ambiente triste de um acidente. Som — Música triste. Os quatro amigos estão reunidos junto ao portão da escola... Andreia-da-boleia Vocês já viram isto? É o terceiro acidente nesta rua, só numa semana! Mas será que está tudo tolinho da cabeça? Inês-do-trinta-e-três Sabem o que é que eu acho? Os peões e condutores da nossa vila deviam era voltar à escola... Juvenal-do-pedal À escola? Para quê? 05
  • 6. Inês-do-trinta-e-três Para aprenderem a ter mais juízo. Para aprenderem os sinais de trânsito, para saberem porque é que é importante cumprir as regras... essas coisas. Juvenal-do-pedal Mas achas que, no tempo deles, não se aprendia isso tudo? Inês-do-trinta-e-três Se calhar até se aprendia... mas, pelos vistos, eles já se esqueceram... Zé-sempre-a-pé (encostado a um sinal de passadeira. Fala com grande convicção) Eu cá, se fosse sinal de trânsito, assim como este, estava furioso com o que se está a passar! Inês-do-trinta-e-três E furioso porquê? Zé-sempre-a-pé Por todos me ignorarem e por sentir que não servia para nada. Quando alguém não te liga, como é que te sentes? Triste e furiosa, não é? Então... de certeza que os sinais também se sentem assim. Inês-do-trinta-e-três Pois é... Devem pensar: mas para que é que nos inventaram? Porque é que nos construíram e nos trouxeram para estas ruas? Mais valia desaparecermos para sempre... Zé-sempre-a-pé Tchiiiii, nem quero imaginar se os sinais de trânsito se revoltassem e desaparecessem dos seus lugares... ou trocassem de lugar uns com os outros... Ih, ih, ih... Que confusão! Andreia-da-boleia Podia ser que as pessoas desta Vila aprendessem uma lição... Inês-do-trinta-e-três Aprendiam uma lição, sem precisarem de vir à escola outra vez! Todos juntos Isso é que tinha muita graça! Ah, ah, ah!!! III Acto Cenário — A rua da escola, junto ao portão. Vê-se uma passadeira e o respectivo sinal e muitos outros sinais de trânsito. Som — Música de suspense... Neste acto, surge um novo grupo de personagens: os sinais de trânsito ganham vida, falam e movimentam-se. Poderá criar-se uma voz para cada personagem, de modo a que a personalidade de cada um se distinga melhor. Os sinais entram também em diálogo com o público. Abre-se o pano e vê-se o cenário; a música misteriosa paira no ar. De repente, os sinais de trânsito saem do cenário e ganham vida... Sinal de Passagem Para Peões Pois é, amigos. Aquele grupo de miúdos, que aqui esteve hoje de manhã a conversar, é que tem muita razão... 06
  • 7. Sinal de Stop Razão? Mas tu estás sempre a lamentar-te de que os miúdos não atravessam na passadeira... E agora vens dizer que eles têm muita razão!??? Sinal de Passagem Para Peões Calma aí... nem todos os miúdos atravessam fora da passadeira! Já há muitos meninos que sabem muito bem qual é o sítio mais seguro para atravessar, não é meninos? Passadeira Ai que bom... Que contente que eu fico por ouvir estes meninos! Sinal de Stop Mas, olha lá, que conversa foi essa que ouviste hoje à porta da escola? Sinal de Passagem Para Peões Eram uns miúdos que estavam fartos de tantos acidentes. Eles diziam que, se fossem sinais de trânsito como nós, faziam assim uma espécie de revolução... Semáforo Uma revolução como? Sinal de Passagem Para Peões Então, desapareciam, trocavam de lugar... Eu trocava de lugar com um sinal, sei lá, de trânsito proibido... Tu, por exemplo, fingias que tinhas a lâmpada fundida... Passadeira Eu podia apagar as minhas riscas por uns dias... Só para chamar a atenção! Semáforo Olha que boa ideia! Por acaso essa história da revolução, não era nada mal pensada. Até porque umas feriasinhas vinham mesmo a calhar... Ora cheguem-se aqui... E se nós amanhã, muito de manhãzinha, fizéssemos assim... E os quatro sinais ficam a combinar baixinho os planos para o dia seguinte. A música de suspense sobe de tom... O pano desce. IV Acto Cenário — A rua principal do I Acto. Som — Música que transmita a ideia de grande confusão. Ouvem-se ainda mais buzinadelas e travagens que no dia anterior, assim como muitas vozes de pessoas exclamando admiradas. Os carros, os autocarros, as bicicletas e os peões andam confusamente de um lado para o outro. Há choques e encontrões. Depois de se mostrarem algumas situações de acidente, os quatro amigos do I Acto encontram-se na rua principal... Ninguém quer acreditar no que está a acontecer! Juvenal-do-pedal Mas o que é isto? O que é que se passa aqui? Alguém me explica o que está a acontecer? Inês-do-trinta-e-três Olha, eu também ainda não percebi muito bem. Ia ali no 33, mas saí nesta paragem, porque o trânsito não andava nem para a frente, nem para trás... 07
  • 8. 08 Andreia-da-boleia Eu também resolvi sair do carro... Já repararam que os semáforos estão todos apagados? Todos Ah... Pois é! Nem verdes, nem encarnados! Zé-sempre-a-pé E já repararam que as passadeiras desapareceram da face da Terra? Parece que foram apagadas por uma borracha gigante! Todos Ah... Pois é! Juvenal-do-pedal Agora que vocês estão a falar nisso, é que eu estou a reparar... Aquele sinal de stop que costumava estar ali na esquina foi parar ao meio da estrada... Todos Ah... Pois foi! Inês-do-trinta-e-três E o sentido obrigatório foi dar uma grande curva... Juvenal-do-pedal Transformou-se num sinal de curva perigosa, queres tu dizer... Todos Ah... Pois transformou! Faz-se silêncio. Os quatro amigos observam muito espantados o que está a acontecer. Juvenal-do-pedal Ó Zé, lembras-te do que disseste ontem, ao pé do portão da escola? Zé-sempre-a-pé (assustado) Lembro... então não lembro... Que os sinais deviam fazer uma revolução e mudar de lugar... E parece que mudaram mesmo. Andreia-da-boleia Eu acho que os sinais nos ouviram! Zé-sempre-a-pé (choroso) Que grande bronca! A culpa disto é toda minha... Juvenal-do-pedal Ó Zé, não é nada! A culpa é de todas as pessoas que não cumprem as regras e que se esquecem da utilidade dos sinais. Inês-do-trinta-e-três Temos de falar com os habitantes da nossa vila! A única maneira de os sinais voltarem aos lugares é fazer com que todos cumpram as regras. Faz-se silêncio. Desce o pano.
  • 9. V Acto Cenário — Praça da Vila com uma multidão a assistir. Tribuna onde estão os quatro amigos. Junto a eles está um microfone gigante para onde falam quando chega a sua vez. Som — Burburinho de vozes. Andreia-da-boleia (aproximando-se do microfone) Bom-dia, amigos, estamos aqui reunidos, porque temos a solução para o problema de segurança que está a acontecer na nossa vila! As vozes sobem de tom. Andreia-da-boleia Os sinais estão revoltados, porque ninguém cumpre as regras de trânsito! A começar pelos carros... Sim, sim, os carros... Que ultrapassam a toda a hora os limites de velocidade... Que viajam com passageiros sem o cinto de segurança posto... Que estacionam onde não podem... E tantos, tantos outros exemplos que todos nós conhecemos, não é? É ou não é? Esperar resposta do público. Insistir, se a resposta não chegar. Andreia-da-boleia Pois é! Agora vou passar a palavra ao meu amigo Zé-sempre-a-pé. Zé-sempre-a-pé (aproximando-se do microfone) Pois é, amigos, eu queria dizer-vos que também nós, os peões, temos de mudar a maneira como nos comportamos nesta vila: os peões atravessam fora das passadeiras, sem olhar para os dois lados, sem olhar para o semáforo... Muitas vezes, como sabem, até andam fora dos passeios! Acham que isto pode continuar a acontecer? Esperar resposta do público. Insistir, se a resposta não chegar. Zé-sempre-a-pé Pois não... Agora vai falar o meu amigo Juvenal-do-pedal! Juvenal-do-pedal (aproximando-se do microfone) Como sabem, eu sou ciclista e, enquanto pedalo, vejo algumas coisas que preferia não ver. Por exemplo, ciclistas sem capacete nem joelheiras... Ou ciclistas que andam de noite sem reflectores... Ou que circulam sem travões. Vocês não acham isto um perigo? Esperar resposta do público. Insistir, se a resposta não chegar. Juvenal-do-pedal Pois é... E agora vai falar a minha amiga Inês-do-trinta-e-três. Inês-do-trinta-e-três Como sabem, eu ando sempre no autocarro 33. E também nos autocarros e noutros transportes há muitas regras que não são cumpridas. Por exemplo, os passageiros não têm cuidado a entrar, empurram-se... e muitas vezes não dão o lugar a quem precisa. E há mais: depois de saírem do autocarro, muitas pessoas não têm cuidado a atravessar a rua. Queríamos pedir a todos para olharem para os sinais e para cumprirem sempre as regras! Caso contrário, os sinais de trânsito vão continuar a revoltar-se... e com toda a razão! 09
  • 10. Todos juntos Prometem ter mais cuidado? Esperar resposta do público. Insistir, se a resposta não chegar. Desce o pano. VI Acto – O Final Cenário — Entrada da escola, onde decorreu o II acto. Som — Música descontraída. Zé-sempre-a-pé E agora, Inês? Já conseguimos que as pessoas percebessem o problema... Mas será que os sinais vão voltar aos seus sítios? Juvenal-do-pedal Pois é... Quem é que nos garante que vamos conseguir falar com eles? Inês-do-trinta-e-três Olhem, eu acho que se os sinais nos ouviram é porque também sabem falar. Não há-de ser assim tão difícil. Andreia-da-boleia Eu cá também acho... Sinal de Passagem Para Peões E acham muito bem! Ouvimos e falamos, sim senhor. Inês-do-trinta-e-três Ai que susto, Senhor Sinal. Não me leve a mal, mas até ia ficando gaga! Sinal de Passagem Para Peões Ih, ih, ih... Não te assustes, ó Inês. Nós só queríamos agradecer-vos tudo o que fizeram pela segurança da nossa vila. Em nome dos sinais de trânsito e de todas as regras, muito, muito obrigado! Zé-sempre-a-pé Isso quer dizer que vão voltar aos vossos lugares? É isso? É isso? Viva! Viva! Passadeira Vamos pois, e com muito prazer! Nós somos os primeiros a querer evitar os acidentes. É para isso que servimos, ou não é? ... Pronto, eu já estou no meu lugar! Sinal de Passagem Para Peões E eu, no meu! Sinal de Stop E eu também já cá estou, na minha esquina do costume! Andreia-da-boleia Agora, só falta aquele semáforo acender as luzes... Ó Sr. Semáforo, está a dormir ou quê? Semáforo (a acordar estremunhado) Hã? Onde é que eu estou? O que é isto??? Quem são vocês? Quem sou eu? 10
  • 11. Passadeira Ó Semáforo, compõe lá as luzes, que tanto desalinho até parece mal! Por amor de Deus... Semáforo Ah... desculpem, aproveitei a revolução para dormir uma soneca... Peço desculpa, peço desculpa... Todos a rir Ah, ah, ah! Não faz mal, não faz mal... O importante é estar de volta. Semáforo Pronto já cá estou com as cores do costume! Ou será que preferem um rosa-choque? Ou um amarelo-canário? Ou um azulinho-turquesa? Todos a rir Não, assim está muito bem! As vozes da conversa vão-se tornado cada vez mais baixas... entra o narrador para concluir. Narrador E pronto. Foi assim que se resolveram os problemas em Vila Pacata. Agora esperamos que, em todas as aldeias, vilas e cidades, as pessoas não se esqueçam de como é importante circular sempre em segurança... Senão, qualquer dia ainda têm uma revolta dos sinais de trânsito igual a esta... Já viram a confusão que ia dar? Até à próxima... A Vila Pacata deseja-vos bons passeios! Todos Adeus amigos, adeus, adeus, adeus! Música muito alegre e animada. Desce o pano. 11
  • 12. Outras histórias... para transformar em teatros Além da dramatização da história A Revolta dos Sinais, sugerimos aos professores que, ao longo do ano, criem outras peças de teatro com os seus alunos. Nestas páginas, encontrarão algumas pistas de conteúdos que se podem transformar em peças para fantoches. Depois da leitura de cada sinopse, as turmas são livres de enriquecer a história com outros pormenores, personagens, adereços e canções. 12 Sinopse 1 Tema: a importância das regras na vida em sociedade/na segurança rodoviária. História: Uma Tarde na Cidade da Confusão Era uma vez... uma cidade onde só existia um automóvel, um condutor e um peão. Durante muito tempo, à parte algumas tropelias, tudo correu mais ou menos bem... Depois, foram aparecendo outros peões e condutores, muitos automóveis, bicicletas e autocarros. As ruas encheram-se de trânsito, os acidentes sucediam-se, mas os habitantes da cidade não percebiam como era possível evitar tamanha confusão! O que foi preciso inventar? Sinopse 2 Tema: a atenção na segurança rodoviária/a importância da visão e da audição. História: As Aventuras de Leonardo Despassarado Era uma vez... um menino chamado Leonardo, que ainda não tinha percebido que para andar na rua é preciso muito cuidado... Mal punha um pé no passeio, punha logo o nariz no ar. Não olhava, não ouvia, estava na Lua, a passear... A mãe, muito aflita, gritava com alarido: — Ó Leo! Olha os carros! — Mas o Leo não via o perigo...
  • 13. Sinopse 5 Tema: a utilidade dos sinais de trânsito. História: A história do semáforo verde que era muito envergonhado... Era uma vez... um semáforo verde que era muito envergonhado. Pode parecer- -vos que isto não tem mal nenhum, mas a verdade é que quando o semáforo verde corava, a luz mudava para vermelho e instalava-se a confusão lá no cruzamento onde ele vivia... Os carros começavam a buzinar, os condutores a protestar, nasciam grandes engarrafamentos, era um caos que só visto! Querem saber a causa do embaraço do semáforo? Tinha a ver com um namoro, entre ele e uma menina Stop que vivia no outro lado da rua. A menina Stop inclinava- se toda para o ver corar... e ria, até mudar de lugar. Um dia, muito atrevida, até se pôs a caminhar em direcção ao centro do cruzamento para tentar dar-- lhe o braço... O que terá acontecido depois? Como se terá resolvido esta novela? Sinopse 4 Tema: a relação tamanho/perigo. História: Zeferino Pequenino perde o medo Era uma vez... um menino, de nome Zeferino, Zeferino Pequenino. Quando saía à rua, Zeferino Pequenino sentia-se um grão de milho num mundo gigantão. Era tudo tão grande à sua volta: passava um autocarro e vrrrum!... Passava um camião e vrrrrão!... Passava uma moto zuuuuum!... E depois um carro zaaaaão!... Zeferino Pequenino caminhava encostado às casas, com medo até da própria sombra! Um certo dia, conheceu um polícia sinaleiro que lhe ensinou todos os truques para atravessar e para ser visto pelos condutores. Zeferino pequenino aprendeu a dar nas vistas... e hoje passeia- se pela cidade como o maior dos artistas! 13 Sinopse 3 Tema: a aprendizagem da autonomia / o percurso da casa para a escola e da escola para casa. História: Hoje é o primeiro dia! Era uma vez... o primeiro dia de escola. A Ana Brás já estava crescida, já não era um bebé. O pai disse-lhe: “Qualquer dia passas a ir sózinha para a escola!”. A Ana Braz engoliu em seco, fez beicinho e pensou: “Eu não sou capaz...”. No dia seguinte, foi pela mão do pai. Escolheram juntos o melhor caminho, o passeio mais seguro, visitaram todas as passadeiras, os sinais de trânsito e semáforos, andaram à caça de todos os perigos. No dia seguinte, a Ana Brás foi à frente e o pai, mais atrás. Fizeram este trajecto durante vários dias, até o pai perceber que a Ana já percorria o caminho em segurança. Passado uns dias, lá foi a Ana sozinha para a escola... e tudo correu bem. Afinal, Ana Brás, és ou não és capaz?
  • 14. Sinopse 6 Tema: as regras de circulação das bicicletas. História: A lebre e a tartaruga em versão ciclista Era uma vez... uma cidade que resolveu organizar uma grande corrida de bicicletas. Todos os ciclistas foram convidados: desde os maiores campeões, aos atletas mais amadores. Entre os primeiros, encontrava- se a lebre, a maior a pedalar, conhecida em todo o mundo por ser uma excelente ciclista! Entre os segundos, os amadores, estava a pequena tartaruga, que tinha uma bicicleta pequena e umas pernas curtinhas... Acontece que a lebre tinha a mania de que nenhum acidente lhe podia acontecer. Conclusão: não usava capacete, luvas ou protecções e pedalava numa bicicleta que nem sequer tinha travões... A tartaruga, pelo contrário, equipava-se muito bem e tratava a bicicleta com muitos mimos... Quem terá ganho a corrida? Sinopse 7 Tema: a segurança dentro do automóvel. História: Mais birras não! Era uma vez... dois irmãos gémeos que adoravam fazer birras: birras em casa, no supermercado, na escola, no dentista... Mas havia um lugar que era o preferido para as birras dos dois irmãos: o carro! Mal entravam, vinha a birra n.º 1: “Quero ir à frente!”. Depois, a birra n.º 2: “Não quero pôr o cinto!”. A seguir, a n.º 3: “Quero ir pendurado à janela!”. E assim por aí fora... 14
  • 15. Sinopse 9 Tema: como proceder em caso de acidente? História: O dia em que o Pedro dos Correios teve um acidente Era uma vez... uma carrinha dos correios, conduzida por um hábil condutor chamado Pedro dos Correios... Certa manhã, enquanto fazia a ronda habitual para distribuir cartas e encomendas, o Pedro dos Correios teve uma surpresa numa curva mais apertada: um grande rebanho de ovelhas atravessava a estrada! Pedro travou, mas não foi a tempo... a carrinha guinou e virou para dentro. Foi tudo pelos ares: envelopes e pacotes, saiu tudo disparado! E Pedro dos Correios passou um mau bocado... O que vale é que ia a passar um rapazinho prevenido, que, quando viu o acidente, se portou como é devido! 15 Sinopse 8 Tema: os perigos de haver má visibilidade. História: A Missão de Herculano Herói Era uma vez... um rapaz chamado Herculano, muito bravo e valentão, que foi certa tarde incumbido de uma missão: — Tens de ir chamar o médico, vai nascer o teu irmão! — gritou-lhe a mãe assustada. Herculano montou na bicicleta, havia nevoeiro no ar, a chuva começou a cair... mas Herculano não desistiu. Dentro da sua mochila tinha tudo para resistir! Depois veio a noite, e um furo no pneu. Herculano continuou a pé, mas estava escuro como breu...
  • 16. Como montar os fantoches? 1≥≥Ω±‡: Recortar os fantoches. 2: Arranjar uma palhinha ou um pauzinho. 3: Fazer uma ranhura numa das extremidades e colocar o fantoche. x Depois é só brincar à vontade!