Este documento fornece reflexões gerais sobre questões dissertativas para o concurso PMSP de 2011. O texto discute eixos como educação de jovens e adultos, avaliação e sociedade tecnológica, e fornece exemplos de possíveis questões e respostas.
1. AULA 07
Profª Matilde Flório
Concurso – PMSP- 2011
Reflexões Gerais para as dissertativas
(recorte...)
2. Concurso – PMSP- 2011
Reflexões Gerais para as
dissertativas
(recorte...)
FÁBRICA DE IDÉIAS PEDAGÓGICAS EM
PARCERIA COM A APROFEM E O JORNAL DOS
CONCURSOS
Professora Matilde de Flório
matildeflorio@yah00.com.br
3. RECORTE.... POIS...
Na íntegra, a FIPED oferta aulas com várias temáticas voltadas às
dissertativas.
Pelo tempo que dispomos na gravação do vídeo, selecionamos parte
dos aspectos da bibliografia geral do concurso.
Objetivo geral desse vídeo: reflexão contextualizada de alguns
possíveis eixos que estarão contidos nas questões dissertativas do
concurso.
Portanto:
1-não pretendemos adivinhar as questões da prova.
2-O “FOCO” está acentuado para o cargo de professor.////
5. ATENÇÃO !!!
TEXTOS LONGOS EM ALGUMAS DAS
RESPOSTAS QUE APRESENTAREMOS...
MOTIVO:
Não são textos sugeridos para sua escrita
na “hora da prova” ...
São textos para subsidiar seus estudos...
Estude produzindo seus próprios textos.
Com certeza você acrescentará ideias,
tirará outras: produzirá bons textos !////
8. DISSERTATIVA - 01
João, 52 anos de idade, aluno matriculado na EJA, apresenta
dificuldades no relacionamento com os jovens alegando que
os mesmos atrapalham as aulas. Na Reunião Pedagógica, os
professores decidiram organizar as turmas considerando as
faixas etárias.
Comente a decisão em questão.
(FIPED-2009)
9. Foco no projeto pedagógico...
A decisão dos professores não está em consonância com as diretrizes nacionais e
municipais para a Educação de Jovens e Adultos.
O projeto pedagógico deve garantir :a organização das turmas de alunas de
maneira heterogênea(Jovens e adultos constituem-se como um mesmo grupo cultural
e social:a maioria é migrantes ou filho de migrantes, possuem baixa escolaridade,
ocupam funções menos qualificadas , recebem baixa remuneração e possuem baixa
auto-estima); a construção de uma pedagogia voltada às suas especificidades,
superando a que se tem constituída para a infância e adolescência, respeitando suas
especificidades como sujeitos de conhecimento e aprendizagem; a interação entre
jovens e adultos para uma maior e melhor ressignificação da realidade; o trabalho
com conteúdos significativos, por projeto e de maneira interdisciplinar; a utilização
de recursos tecnolígicos; a preparação para o mundo do trabalho tendo em vista as
novas demandas sociais (sociedade da informação e da comunicação); ampliar o
contato com os conhecimentos científicos e culturais para que adquiram as
habilidades necessárias para atuarem na sociedade atual e modificarem as
injustiças que se apresentam.
Os professores deveriam se constituir como mediadores nesse processo (superando
uma visão retrógada de suplência), viabilizando as diretrizes nacionais para a
Educação de jovens e adultos.
matildeflorio@yahoo.com.br
10. DISSERTATIVA - 02
Carmem, professora recém-ingressa na rede municipal de ensino de São
Paulo escolheu uma escola que possuía classes de Educação de Jovens e
alunos (EJA) para iniciar sua prática docente. Para conhecer melhor seus
alunos, propôs que eles realizassem a seguinte operação: 248 + 248.
Parte dos alunos iniciou a tarefa armando a conta e procurando resolvê-la.
Mas, cinco alunos anotaram, simplesmente, no caderno a resposta: 496.
A Professora, perguntou ao grupo como eles obtiveram a resposta e um
deles, respondeu:
− Professora: 248 é quase 250, só faltam 2. Então, fiz 250 + 250 que é igual a
500 e, depois, tirei 4 ( 2 + 2 que faltavam) e aí deu
496.
Como você analisa esta situação?
(Carlos Chagas-2007)
11. Considerando as diretrizes para a EJA
e resolução de problemas c/ estratégias construídas pelos
alunos
Resolução de problemas função social da matemática.
Resolução de problemas com:
estratégias construídas pelos alunos
Linguagem matemática para
analisar realidade e nela intervir.
Discutir com os alunos:
diversas estratégias na resolução matemática.
Possibilitar: cálculo mental
Conceito matemático:
explorando objetos, deslocando-se no espaço. ////
12. Foco na matemática... sem “perder de vista” a especificidade da
EJA
O ensino da matemática deve ocorrer com uma didática que possibilite a resolução
de problemas por parte dos alunos onde, em grupo,discutem diversas estratégias. A
matemática deve propiciar a interpretação de dados que facilita analisar a realidade
(função social da matemática). A ação não deve limitar-se ao mecanicismo
relacionado com a resolução das quatro operações concretas, clássico objetivo
“tradicional” traçado para o ensino da matemática.
Na Educação de Jovens e adultos o objetivo descrito se amplia ao considerar suas
experiências de vida que os levaram a desenvolver várias estratégias para a
resolução de desafios que envolvam o raciocínio matemático com cálculo mental.
A professora ao buscar o diálogo com os alunos demonstrou respeito aos seus
saberes e mediou para que na interação todos os alunos: se constituissem como
sujeitos de conhecimento e aprendizagem; convivendo na heterogeneidade,
ressignificando suas visões de mundo; participando da exposição de idéias em de
rodas de leitura e de debate.
A ação construtivista da professora foi significativa como mediação no processo de
ensino e aprendizagem.
matildeflorio@yahoo.com.br
14. DOCUMENTOS DOT...
Avaliação diagnóstica para
* identificar os conhecimentos prévios.
Ação 1: boas sondagens
Ação 2: observação e registro
Ação 3: decisões coletivas para
* garantir a aprendizagem. ////
15. Avaliação mediadora, formativa: identificando o que o aluno já
sabe e o que necessita desenvolver/aprender; o que o profissional
já fez e o que ele necessita fazer (Individualmente e coletivamente)
A avaliação deve ser sempre mediadora, com fins formativos, para garantir a
aprendizagem.
Através dela identifica-se o que o aluno já sabe (conhecimentos prévios) e quais
intervenções serão necessárias para ampliar seu desenvolvimento e aprendizagem.
Ela se efetiva com o olhar observador do professor e registro (acompanhamento
constante, permanente, processual).
Numa ação-reflexão-ação, os professores rompem com o modelo classificatório de
avaliação, compreendendo que seu objetivo é garantir elementos que fundamentem a
decisão de objetivos e estratégias didáticas que consolidem o processo de ensinar e
aprender, ou seja, quais alterações necessárias ao currículo da escola, de acordo com
as necessidades reais dos educandos.
Avaliar é um ato que pressupõe compromisso com a garantia da aprendizagem. Os
resultados obtidos com a avaliação são indicadores para quais decisões,
coletivamente, os docentes deverão “tomar no sentido de garantir o alcance do definido
nas expectativas de aprendizagens.
matildeflorio@yahoo.com.br
17. O Estatuto da Criança e do Adolescente visa garantir os direitos desses cidadãos.
No capítulo sobre educação, declara que o processo avaliativo deverá ser
realizado envolvendo o profissionais, os familiares e os alunos. É direito dos
responsáveis a ciência do processo de aprendizagem e avaliação. Eles podem
contribuir e até mesmo contestarem os critérios avaliativos, recorrendo às instâncias
superiores, quando necessário. Quando crianças e adolescentes forem portadores de
deficiência, o processo de aprendizagem e avaliação deverá ser de acordo com as
suas especificidades. Quando faltas e evasões forem detectadas, o Conselho Tutelar
deve ser acionado para, em conjunto com PP da escola e familiares, garantir um
processo efetivo de qualidade.
Para garantir a formação docente, importante medida para o alcance desses
objetivos, o poder público deve motivar pesquisas na área referentes às teorias
pedagógicas.
Em consonância com a LDB, esse processo avaliativo na Ed.Infantil, ao contrário
do que deve ocorrer em outras etapas da Ed.Básica, não deve ter como objetivo a
promoção ou retenção em relação às etapas posteriores de ensino.
Assim a avaliação, nos dois documentos citados, caracteriza-se como uma
importante estratégia na garantia do zelo pela aprendizagem estabelecendo,
quando necessário, estratégias de recuperação para os alunos com menor
rendimento.
matildeflorio@yahoo.com.br
19. DOT (Diretoria de Orientação Técnica)
Potencialização do uso do Laboratório de Informática
Aprender a pesquisar, aprender a publicar e
aprender a comunicar-se
digitalmente.
*Trabalho por projetos - Professor: mediador sobre o que o aluno deseja,
onde encontrar e como selecionar...
oferecem: -ambientes e recursos p/reflexão
-à crítica , autonomia.
Aspectos cognitivos: aprender em rede ao invés do aprender
individualista.
Leitura e escrita: múltiplas oportunidades de comunicação
-hipertexto
-leitura exploratória de imagens
-língua viva com normas próprias
-incorporação de outros idiomas
Letramento digital: contribui p/ o exercício pleno da cidadania numa
** Papel da escola e do professor: garantir que o aluno possa se comunicar
com outros da mesma idade, do mesmo grupo social, através da língua
formal e da rede.
**Formação do professor: leitor/autor familiarizado com o mundo digital
20. DISSERTATIVA - 04
“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo; os homens se
educam entre si, mediatizados pelo mundo” (Paulo Freire).
Esta afirmação está em consonância com o proposto no Caderno de
Orientações Didáticas Ler e Escrever: Tecnologias na Educação(SMEDOT-2007)? Justifique-se.
(FIPED-2009)
21. Focando projeto pedagógico
e o que une DOT e autores: sociedade tecnológica
Para Paulo Freire, nas interações, no contato com o outro, é que nos constituimos humanos.
A sociedade tecnológica e da informação ampliou a possibilidade de contanto entre os povos.
O uso das velhas e novas tecnologias também possibilita a construção de atitudes autônomas no
ato de escolher, selecionar e decidir. A aprendizagem pode se dá em rede em oposição à
individual e isolada. A escola não é o único lugar onde se ensina e aprende.
Nessa perspectiva, o ler e escrever ganha dimensões de múltiplas possibilidades de
comunicação: o hipertexto, a leitura exploratória de imagens, a língua viva com normas próprias
e a incorporação de outros idiomas. O Projeto Pedagógico deve prever a inclusão digital
possibilitando a pesquisa, o publicar e o comunicar-se digitalmente( condições essenciais para o
pleno exercício da cidadania na sociedade contemporânea).
O papel do professor e da escola, portanto, é o de garantir o acesso com a comunicação entre
pessoas da mesma idade e do mesmo grupo social através da linguagem formal e da rede.
Garantia essa através da realização de bons projetos junto aos alunos, potencializando o uso do
Laboratório de Informática em parceria com o professor orientador.
Os professores devem zelar pela sua formação permanente e continuada no sentido de se
tornarem leitores/autores familiarizados com o mundo digital.
Estamos numa sociedade que exige uma nova escola: aprendete e produtora de cultura com
professores mediadores entre a informaçào disponível e seu uso ético, reflexivo, com compromisso
planetário e com respeitos as diferenças disponíveis em tempo real e virtual.
Na era da tecnologia da informação e da comunicaçào, necessário se faz uma escola com
professores que sejam articuladores desses info-saberes para além da “sociedade do
espetáculo”, superando as barreiras entre os infos-ricos e os info-pobres: professores e alunos em
ambientes virtuais.
matildeflorio@yahoo.com.br
22. DISSERTATIVA - 05
Comente o diálogo abaixo descrito.
-Que “porre” !!! As aulas estão cada vez mais chatas.
-É “mano”. Tem razão.
-Em matemática vou levar “bomba”.
-Eu também.
-Se “liga”. Deixa prá lá. Vamos para a Lan House.
(FIPED-2009)
23. D.O.T.
1-sociedade do conhecimento
2-comunicação, da informação e da inovação
3- escola precisa ser reinventada
4- ensinar por meio de maneiras pelas quais não fomos ensinados.
5- flexibilidade, criatividade, inventividade, cooperação, inteligência
coletiva, solução de problemas, desenvolvimento de redes e
compromisso com a aprendizagem por toda a vida
6- estímulos aos jovens e adolescentes //////
24. Vivemos em uma sociedade do conhecimento e a escola deve inserir
adolescentes e jovens no mundo altamente especializado da comunicação, da
informação e da inovação.
A escola precisa ser reinventada para tornar-se atraente sem perder de
vista os seus objetivos como instituição educacional. Os professores estão
desafiados a aprender a ensinar por meio de maneiras pelas quais não
foram ensinados. A tecnologia está invadindo o cotidiano das pessoas e a
escola não pode vê-la como uma ameaça. Mas também não deve deixar de
discutir suas implicações.
A educação deve utilizar-se das novas demandas tecnológicas para
promover: flexibilidade, criatividade, inventividade, cooperação, inteligência
coletiva, solução de problemas, desenvolvimento de redes e compromisso com
a aprendizagem por toda a vida.
Os conteúdos devem estar cada vez mais próximos daquilo que causam
estímulos aos jovens e adolescentes. Muitos deles continuam, citando autores
do concurso: “zero na escola e dez na vida”.
matildeflorio@yahoo.com.br
26. D.O.T....
•
•
•
Rodas de:
Conversa
Leitura
Curiosidades
Leitura em voz alta pelo professor
Professor modelo de escritor
Trabalho em dupla
Trabalho em grupo
Uso dos recursos midiáticos
Conteúdo significativo abordado através do:
Trabalho por projetos, que pressupõe.................
(ação interdisciplinar, construtivista) :
Tema (pergunta)
Hipóteses
Pesquisa
Socialização dos dados
Debate
Confrontação
Conclusão
Produto Final //////
28. O professor deve envolver os alunos no processo de ensino e aprendizagem abordando
temas de seu interesse, pesquisando-os em projetos que se realizam em grupo.
Seu trabalho deve ser planejado e avaliado no coletivo de professores, contribuindo com a
construção do PP da escola. Nas reflexões, considerar o pensar sobre o habitus para que
avaliem no sentido de garantir a aprendizagem dos alunos.
Dede zelar por sua formação permanente e continuada investindo no uso das tecnologias
da informação e da comunicação como recurso didático e conteúdo.
Participar dos espaços da gestão democrática da escola (conselhos, reuniões e APM),
contribuindo a construção do projeto pedagógico, é fundamental.
Saber utilizar instrumentos de avaliação variados visando diagnosticar o que os alunos
já sabem e planejar novas maneiras de mediar para que ele venha a adquirir novos
conhecimenos e aprendizagens.
Essas competências e habilidades descritas garantem que o professor contribua para que
os alunos adquiram o uso competente da leitura e da escrita, articulada com os conteúdos
específicos das áreas de conhecimento, contribuindo para a construção de da autonomia do
educando , requisito fundamental para que ele exerça plenamente a sua cidadania.
matildeflorio@yahoo.com.br