1. Universidade Federal do ABC
Aula 11
Alimentação via Turbo-Bombas
1. Parâmetros gerais
2. NPSH e Cavitação
3. Turbinas e Eficiência global
EN 3255 Propulsão Aeroespacial
EN3225 Propulsão Aeroespacial
2. Quando usar turbobombas?
Nos projetos de motores foguete com
• Empuxo elevado
• Acionamentos de longa duração
o uso de turbobombas resulta em menos massa
em comparação com os sistemas
pressurizados.
Principal fator: o peso dos tanques de pressurizante.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
3. Função da turbobomba
A turbobomba é um dispositivo que aumenta a
pressão do fluido.
Baixa pressão
Turbobomba
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Alta pressão
4. Função da turbobomba
Como a pressão de entrada é baixa, os tanques
de propelente podem ser mais leves.
Baixa pressão
Turbobomba
Alta pressão
Em veículos grandes, esta é a principal vantagem
do uso de turbobombas.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
5. Carga em uma bomba
p
2
v
z constante
2g
Baixa pressão
Turbobomba
Alta pressão
A carga de uma bomba é dada pela da equação de Bernoulli.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
6. Carga em uma bomba
Existem quatro tipos de carga no cálculo da
carga total dentro e fora de uma bomba:
• A carga de velocidade é devida ao
movimento do fluido (energia cinética).
• A carga de elevação é devida ao peso do
fluido: a força gravitacional atuando sobre
uma coluna de líquido (energia potencial).
• A carga de pressão é devida à pressão
estática,que se exerce uma sobre as paredes
que contém o fluido.
• A carga de atrito (ou perda) é devida às
forças de atrito viscoso que atuam contra o
movimento do fluido.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Na literatura em
inglês, o termo para
a carga de uma
bomba é “head”.
8. Elementos do sistema de turbobombeamento
1. Bombas de propelentes
2. Turbinas
3. Fonte de energia das turbinas
a) Partida
b) Operação normal
4.
5.
6.
7.
8.
Sistemas de lubrificação
Transmissão mecânica
Sensores do sistema de controle
Dutos de saída dos propelentes pressurizados
Montagem mecânica
EN3225 Propulsão Aeroespacial
9. Tipos de bombas
•
•
•
•
Centrífugas de estágio único
Centrífugas multiestágio
Axiais
Centrífugas com indutor (inducer)
EN3225 Propulsão Aeroespacial
10. Bombas centrífugas
• Têm uma boa faixa de operação de pressão e
vazão.
• Eficientes.
• Projetos de baixa massa.
• Usadas em um grande variedade de foguetes.
• Exceção: LH2 a alta pressão e alta vazão.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
17. Sistemas de acionamento
• Direct Drive
• A turbina e as bombas compartilham o mesmo eixo
• Com engrenagens (geared)
• Dual
• Turbinas separadas para cada bomba
EN3225 Propulsão Aeroespacial
31. Performance
O sistema de bombeamento pode afetar o resto
do projeto em três aspectos:
1. Peso intrínseco do sistema de bombeamento.
2. Exigência de carga de entrada.
3. Taxa de gases requerido pela turbina.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
32. Performance
Um bom sistema de turbobombeamento é
definido como sendo aquele que:
• Permite ao motor principal alcançar o melhor
desempenho (impulso específico, empuxo,
etc)
• Com o menor peso intrínseco do sistema de
bombeamento.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
33. Fator de peso equivalente
EWF – equivalent weigth factor
Definido como a diminuição do peso da carga útil (kg)
como uma função da taxa de fluxo da turbina (kg/s).
O EWF é proporcional à razão entre o impulso
específico de escape da turbina (Isp)te e o impulso
específico da câmara de combustão (Isp)tc.
I
EWF 1
I
sp te
sp tc
EN3225 Propulsão Aeroespacial
34. Peso equivalente
EW – weigth factor
É dado pela soma do peso da turbobomba e o produto
do EWF pela a taxa de fluxo de massa da turbina:
Massa do sistema de
bombeamento
Fluxo de massa na
turbina
Valores típicos de EWF: 5 s-1 para estágios inferiores e
200 s-1 para estágios superiores.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
35. Exemplo 1
Dados os dados das bombas de um motor foguete:
Peso da bomba: 8451,62 N
Fluxo de gás na turbina: 409,236 N/s
EWF = 55 s-1
Determine o peso equivalente das turbobombas por motor.
Resolução:
EW 8451,62 409,236 55
EW 30959,6 N
EN3225 Propulsão Aeroespacial
36. Parâmetros
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Propriedades dos propelentes
Pressões e vazões
Velocidades específicas
Carga de sucção positiva (Pump net positive
suction head - NPSH)
Eficiência das bombas
Eficiência da turbina
Eficiência do ciclo da turbobomba
Integração com o restante do projeto
EN3225 Propulsão Aeroespacial
38. Criogenia - problemas
A baixa temperatura de líquidos criogênicos
prejudica os materiais usados na construção
de turbobombas
• Selos, rolamentos, lubrificantes, etc.
• Risco de formação de gelo.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
40. Carga desenvolvida pela bomba
DH – pump developed head
Definida como a diferença entre a carga de saída
da bomba e carga de sucção da bomba, e
dada por
DH
Dp
Pressão que a bomba
adiciona ao fluido
Peso específico do
fluido
EN3225 Propulsão Aeroespacial
41. Pressão necessária
Pressão na câmara de combustão + perdas hidráulicas.
As perdas incluem a queda pressão nos injetores, na
tubulação de arrefecimento e nas válvulas e tubos de
combustível.
Uma margem de pressão adicional é geralmente
solicitada para a calibração do sistema.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
42. Uso de curvas características
EN3225 Propulsão Aeroespacial
43. Coeficiente de carga da bomba
Definido como a razão entre a carga nominal da
bomba e a carga teórica máxima de fluxo zero
para a entrada axial
DH
2
u2
g
Velocidade média no
eixo do rotor da
bomba (velocidade
nominal de rotação de
no ponto de projeto)
Valores típicos: 0,2 a 0,7 para bomba simples e 1,5 a 2,0 para bombas
multiestagiadas.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
44. Coeficiente de vazão da bomba
Definido como a razão entre a carga nominal da
bomba e a carga teórica máxima de fluxo zero
para a entrada axial
cm 2
u2
Velocidade de fluxo da
bomba em direção
axial no ponto de
projeto
cm 2
Q proj
A2
Área nominal de
saída da bomba
EN3225 Propulsão Aeroespacial
45. Leis de afinidade das bombas
Três expressões que definem as relações entre
grandezas de duas bombas.
Q1 N1
Q2 N 2
DH1 N
DH 2 N
2
1
2
2
Q: vazão
N: rotação
DH: carga
EN3225 Propulsão Aeroespacial
3
1
3
2
hp1 N
hp2 N
46. Velocidade específica da bomba
Uma consequência das Leis de afinidade das bombas é
a derivação da velocidade específica da bomba:
0,5
NQ
Ns
0 , 75
gDH
(adimensional)
Este valor estabelece a rotação necessária para
produzir o fluxo de uma unidade de massa de
propelente por uma unidade de ascensão da carga
através do rotor da bomba.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
48. Exemplo 2
As bombas de um motor foguete têm as
seguintes características:
Bomba
Densidade do
fluido
Pressão de
sucção
Pressão de
saída
Vazão
Rotação
Oxidante
1143,4 kg/m3
379212 Pa
10,3766 MPa
894,031 kg/s
7000 rpm
Combustível
808,131 kg/m3
310264 Pa
11,859 MPa
404,604 kg/s
7000 rpm
Determinar as velocidades específicas das duas
bombas.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
54. A carga na entrada da bomba
A operação contínua do motor foguete cria uma
área de baixa pressão na entrada, que leva o
fluido a ser admitido na entrada a uma taxa
constante.
Entretanto, existem locais dentro da bomba,
que ficam sujeitas a pressões estáticas ainda
menores do que a pressão de entrada
estática.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
55. Cavitação
Se a pressão estática do fluido
na entrada da bomba ou
quaisquer outras regiões
dentro da bomba cair abaixo
do da pressão de vapor de
fluido, essas regiões
apresentam o fenômeno de
cavitação.
O fluido passa do estado líquido para vapor na forma de
bolhas.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
56. Cavitação
A formação de vapor
altera as passagens de
fluxo efetivos do fluido e,
portanto, afeta
seriamente o
desempenho normal da
bomba.
O colapso subsequente (explosão) destas regiões de vapor
cria forças de pressão locais, e podem resultar em
instabilidades de fluxo e danos substanciais a
componentes críticos.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
57. Evitar a cavitação
A carga positiva de sucção de entrada
positiva, (NPSH)a, a montante da bomba,
deve que ser maior do que a pressão de
vapor.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
58. Condição para o (NPSH)a
( NPSH ) a
Pt
r
z
Dp f
r
pv
r
Pt: pressão no tanque de propelente.
r : densidade do propelente.
z: diferença de altura da saída do tanque de propelente
até a entrada da bomba. Importante: corrigir em função da
aceleração do veículo.
Dpf: perdas de carga nos dutos e válvulas.
pv: pressão de vapor do propelente na entrada da bomba.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
59. NPSH crítico
A carga positiva de sucção de entrada crítica, ou
(NPSH)c, é usado para indicar a carga de
sucção mínima exigida em função da pressão
de vapor de propelente para garantir a
supressão da cavitação.
Este valor é definido por convenção, e
corresponde a perdas de 2% em geração de
carga à velocidade nominal e à vazão de uma
determinada bomba.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
60. Pressões abaixo de (NPSH)c
Pressões abaixo do (NPSH)c resulta
em pontos de cavitação, que
aumentam à medida que a
pressão decresce.
Por outro lado, a carga
desenvolvida é ainda mais
reduzida, afetando a vazão.
Essa variação do fluxo de
propelente pode impactar a
combustão no motor.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
61. Uso de curvas características
EN3225 Propulsão Aeroespacial
62. Velocidade específica de sucção
É útil comparar as características de diversos
modelos de sucção da bomba em função de
um parâmetro de concepção chamada
velocidade específica de sucção, o NSS:
0,5
N SS
NQ
0 , 75
NPSH c (adimensional)
EN3225 Propulsão Aeroespacial
63. Velocidade específica de sucção
A velocidade específica de sucção está
relacionada com a carga de sucção líquida
positiva crítica da mesma maneira que a
velocidade específica está relacionada com a
carga desenvolvida pela bomba.
0,5
N SS
NQ
0 , 75
NPSH c (adimensional)
EN3225 Propulsão Aeroespacial
64. Parâmetro de Thoma, t
Coeficiente que descreve características da
bomba de sucção.
Este valor é definido como a razão da carga de
sucção crítica líquida positiva (NPSH)c e a
carga nominal desenvolvido, DH:
NPSH c
t
DH
1, 333
NS
N
SS
EN3225 Propulsão Aeroespacial
65. Desempenho
( NPSH ) a
N SS
maior desempenho
Para um determinado (NPSH)a, as características de sucção
da bomba (NSS) determinam a rotação máxima permitida
para a vazão de projeto.
Uma bomba de alta NSS ou elevado (NPSH)a permite um
número de rotações mais alto, menor peso da
turbobomba e, possivelmente, maior desempenho da
turbina.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
67. (NPSH)c de partida
Além do (NPSH)c durante a operação em regime,
deve também ser considerado o (NPSH)c na
partida – transiente.
Este valor deve ser calculado para gerar a
aceleração adequada para que se atinja a
velocidade nominal e a taxa de fluxo no tempo
desejado.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
68. (NPSH)c de partida
O (NPSH)c da partida depende de
•
•
•
•
•
taxa de aceleração
sistema de controle do motor
aceleração do veículo
efeitos da gravidade
geometria do duto de sucção de propelente
EN3225 Propulsão Aeroespacial
69. (NPSH)c de partida
A pressão do reservatório de pressurizante de
partida da bomba deve ser suficiente para
acelerar e para vencer a resistência hidráulica
nos dutos de aspiração.
Além disso, deve fornecer para a bomba o
(NPSH)c necessário durante todas as fases de
operação do sistema.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
70. Exemplo 3
Determinar as velocidades específicas e o parâmetro de Thoma das duas
bombas de um motor foguete considerando as seguintes características:
Bomba
Oxidante
Combustível
Fluido
LO2
RP-1
(NPSH)c
17,6784 m
21,336 m
Carga desenvolvida
893,064 m
1459,99 m
Vazão
783,581 l/s
502,199 l/s
Rotação
7000 rpm
7000 rpm
Densidade
1143,4 kg/m3
808 kg/m3
Pressão no tanque
413,685 kPa
344,738 kPa
1,0668 m
7,62 m
34473,8 Pa
55158,1 Pa
90 K
289 K
101353 Pa
213,7 Pa
Diferença de altura entre o tanque e a entrada da bomba
Perdas de carga
Temperatura na entrada da bomba
Pressão de vapor (tabela 6.3 do H&H)
EN3225 Propulsão Aeroespacial
71. Exemplo 3: resolução
Bomba de oxidante
N SS
NQ 0,5
0 , 75
NPSH c
7000
0,5
0,783581
60
0 , 75
17,6784
N SS 11,98
NPSH c
t
DH
17,6784
0,0198
893,064
EN3225 Propulsão Aeroespacial
72. Exemplo 3: resolução
Bomba de oxidante
( NPSH ) a
Pt Dp f pv
r
z
413685 34473,8 101353
( NPSH ) a
1,0668
1143,4 9,8
( NPSH ) a 25,9 m
EN3225 Propulsão Aeroespacial
73. Exemplo 3: resolução
Bomba de
combustível
N SS
NQ 0,5
0 , 75
NPSH c
7000
0,5
0,502199
60
0 , 75
21,336
N SS 8,328
NPSH c
t
DH
21,336
0,0146
1459,99
EN3225 Propulsão Aeroespacial
74. Exemplo 3: resolução
Bomba de
combustível
( NPSH ) a
Pt Dp f pv
r
z
344738 55158,1 213,7
( NPSH ) a
7,62
808 9,8
( NPSH ) a 44,2 m
EN3225 Propulsão Aeroespacial
76. Perdas em turbobombas
As perdas são difíceis de prever e geralmente
são estimadas a partir de dados obtidos
durante testes reais e outras experiências
passadas com projetos similares.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
77. Perdas de energia nas bombas
Classificação
1.
2.
3.
4.
Perdas hidráulicas
Perdas por atrito de disco
Perdas mecânicas
Perdas por vazamento
EN3225 Propulsão Aeroespacial
78. 1. Perdas hidráulicas
Incluem as perdas por atrito nas passagens
turbulentas e perdas de fluxo.
As perdas por atrito são uma função das áreas de
contato fluido/superfícies eda rugosidade das
suas superfícies.
As perdas de turbulência são causadas por
perturbações em certas regiões da bomba.
Exemplo: na extremidade de entrada e de saída das
pás, tanto do rotor e como do estator e nas
palhetas de guia de retorno.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
79. 2. Perdas por atrito de disco
A energia necessária para rodar um disco, tal como
um impulsor ou indutor, num fluido é conhecida
como a perda de atrito de disco.
As perdas por atrito de disco são devidas
a)
b)
o atrito real do fluido no disco, que é relativamente menor.
uma ação de bombeamento do fluido em contacto com o
disco, no qual o fluido é distribuído localmente por ação
centrífuga.
A perda de energia devido ao atrito do disco é
transformada em calor e pode aumentar
significativamente a temperatura do fluido.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
80. 3. Perdas mecânicas
São as perdas em rolamentos e vedações
causadas pelo atrito mecânico.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
81. 4. Perdas por vazamento
Problema: vazamento de fluido a alta pressão,
que já foi bombeado e que volta para o lado
de sucção depois de ter passado pelo
impulsor.
Solução: incluir um “labirinto” de selos ou usar
anéis são fornecidos.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
82. Eficiência global
A eficiência global de uma bomba, hp, pode ser
expressa pela razão da potência de saída do fluido da
bomba, fhp (fluid horsepower output), e a potência
mecânica de acionamento da bomba, bhp (brake
horsepower input):
fhp
hp
bhp
EN3225 Propulsão Aeroespacial
83. Potência de saída do fluido da bomba
A potência de saída do fluido da bomba, fhp, equivale à
saída utilizável real fornecida pela bomba.
.
Trata-se do produto do fluxo do propelente, wp, pela
carga real, DH, (ft) desenvolvida pela bomba:
.
fhp = wp DH
EN3225 Propulsão Aeroespacial
84. Potência mecânica de acionamento da bomba
Corresponde à energia total entregue à bomba por
unidade de tempo.
Esta potência é consumida na bomba como energia
transferida ao fluido e como as diversas perdas.
bhp = fhp + (hp)h + (hp)df + (hp)m + (hp)l
Perdas
hidráulicas
Perdas por
atrito de
disco
Perdas
mecânicas
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Perdas por
vazamento
87. Exemplo 4
Determinar a eficiência das duas bombas de um motor
foguete considerando as seguintes características:
Bomba
Oxidante
Combustível
Fluido
LO2
RP-1
Carga desenvolvida
893,064 m
1459,99 m
Vazão
783,581 l/s
502,199 l/s
Energia mecânica no eixo
11073,6 kW
8791,8 kW
Vazão
894,031 kg/s
404,604 kg/s
EN3225 Propulsão Aeroespacial
88. Exemplo 4: resolução
Bomba de oxidante
fhp 894,031 893,064 7829,8 kW
7829,8
hp
11073,6
h p 70,7%
EN3225 Propulsão Aeroespacial
89. Exemplo 4: resolução
Bomba de
combustível
fhp 404,604 1459,99 5786,6 kW
5786,6
hp
8791,8
h p 65,8%
EN3225 Propulsão Aeroespacial
91. Turbinas
Função:
transformar a
energia do fluido
de trabalho em
energia mecânica
no eixo das
bombas.
Denomina-se “fluido de trabalho” o gás
que aciona a turbina.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
92. Performance
A performance global de uma turbina é definida
como a razão entre potência de saída do eixo
da turbina, thp, e vazão em massa da turbina
requerida, wt :
thp
perft
wt
EN3225 Propulsão Aeroespacial
93. Desempenho
Em geral, turbina o desempenho global
depende de duas variáveis:
1. Conteúdo de energia disponível por
unidade de massa de fluido, DHt
2. Eficiência global da turbina, Dht
EN3225 Propulsão Aeroespacial
94. Energia disponível
Assumindo uma expansão isentrópica, o
conteúdo de energia disponível é definida
como a variação de entalpia por unidade de
massa de fluido de trabalho na turbina:
DH t H 0 H e
Energia
disponível no
fluido de
trabalho
Entalpia do fluido
de trabalho na
entrada da turbina
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Entalpia do fluido
de trabalho na
saída da turbina
95. Energia disponível
Lembrando que
e
1 2 2
vx vi C p Ti Tx
2g
Ti pi
Tx p x
1
Aula 3
slide 40
Vx 1
V
i
Aula 3
slide 42
Podemos reescrever a expressão da energia
disponível:
pe
DH t C p T0 Te C pT0 1
p
0
EN3225 Propulsão Aeroespacial
1
96. Energia disponível
pe
DH t C pT0 1
p
0
1
Energia
disponível no
fluido de
trabalho
Calor específico
do fluido de
trabalho a pressão
constante
Razão dos
calores
específicos do
fluido de
trabalho
Pressão na saída
da turbina
Temperatura na
entrada da
turbina (K)
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Pressão na
entrada da
turbina
97. Energia disponível
Definimos a razão das pressões da turbina como
e
p0
Rt
pe
1
DH t C pT0 1
R
t
EN3225 Propulsão Aeroespacial
1
98. Valores típicos
Algumas grandezas para
pares de propelentes
utilizados em foguetes.
Tabela 6.4 do H&H.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
.
100. Efeito da razão de pressão da turbina
A razão de pressão
tem apenas um
efeito pequeno
sobre a energia
disponível no fluido
de trabalho.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
101. Eficiência
Embora exista uma grande
quantidade de energia a ser
disponibilizada no fluido de
trabalho, é difícil convertê-la
eficientemente em potência no
eixo devido.
Razão: severas limitações de peso
nas turbobombas.
Assim, a razão de pressão
disponível muitas vezes não
podem ser plenamente
utilizada.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
102. Eficiência
A eficiência de uma turbina, ht, é definida como
a razão entre a energia fornecida ao eixo, thp,
e a taxa de variação da entropia do fluido de
trabalho:
thp
ht
wt DH t
thp
1
wt C pT0 1
R
t
EN3225 Propulsão Aeroespacial
1
104. Perdas de energia nas turbinas
Classificação
1. Perdas por expansão e turbulência do fluido
de trabalho
2. Perdas por atrito de disco
3. Perdas por vazamento entre as lâminas
4. Perdas nas lâminas
5. Perdas mecânicas
EN3225 Propulsão Aeroespacial
105. Ajuste e controle
Uma vez que a razão de pressão da turbina tem
apenas um pequeno efeito sobre a energia
disponível no fluido de trabalho, a potência de
uma turbina é normalmente regulada através
do controle da pressão de entrada, p0, e pela
vazão em massa, .
EN3225 Propulsão Aeroespacial
106. Exemplo 5
Continuando o exemplo 4, determine a eficiência
e a performance da turbina alimentada por um
fluido de trabalho obtido pela reação LO2/RP-1
com uma razão de mistura de 0,408.
Dados: Cp = 0,653; = 1,124; T0 = 1033 K;
p0 = 4,4126 MPa; pe = 0,186 MPa;
wt = 41,73 kg/s; w = 7000 rpm; tt = 1,3558 Nm
torque no eixo
EN3225 Propulsão Aeroespacial
107. Exemplo 5: resolução
Cálculo da energia disponível no fluido de
trabalho
1
DH t C pT0 1
R
t
1
0,186 1,11241
DH t 0,653 10331
,124
4,4126
DH t 835 J/kg
EN3225 Propulsão Aeroespacial
113. Eficiência global da turbobomba
• A eficiência global do
ciclo do sistema de
turbobombeamento é
um indicador das
perdas de energia.
• Também serve para
resumir os efeitos sobre
o desempenho global
de sistemas de motores.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
114. Eficiência global da turbobomba
Definida como a razão entre o impulso
específico do sistema de turbobombemanto,
(Isp)eng, e o impulso a impulso específico da
câmara de combustão, (Isp)tc:
hc
I
I
sp eng
sp tc
EN3225 Propulsão Aeroespacial
115. Influência do tipo de ciclo
T
T
GG
atmosfera
Ciclo de fluxo separado
EN3225 Propulsão Aeroespacial
Ciclo topping
GG
116. Ciclo de fluxo separado
T
A pressão de saída da
turbina é baixa.
GG
atmosfera
Logo, a razão de pressões,
Rt, aumenta.
Sistemas mais simples e
leves.
EN3225 Propulsão Aeroespacial
117. Ciclo de fluxo separado
Eficiência: hc
I
I
sp eng
sp tc
Eficiência do ciclo
de fluxo separado
Valores
típicos:
0,96 a 0,99
sc
h
Vazão em
massa na
câmara de
combustão
Vazão em
massa na
turbina
wtc I sp tc wt I sp te
weng I sp tc
Vazão em
massa total
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Ftc Fte
weng I sp tc
118. Ciclo topping
T
A pressão de saída da
turbina é alta.
GG
Logo, a razão de pressões,
Rt, diminui.
Sistemas mais potentes,
mas mais complexos e
pesados.
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119. Ciclo topping
Eficiência: hc
I
I
sp eng
sp tc
Eficiência do ciclo
topping
Valores
típicos:
0,996 a
tc
0,9996
h 1
Calor específico
dos gases na
câmara de
combustão
Ep
Energia necessária para
o bombeamento de
uma unidade de massa
de propelente
C p Tc ns
Temperatura de
estagnação na
câmara de
combustão
1
MR DH o DH f
(1 MR)C p Tc ns
Misture
ratio
(O/F)
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Carga entre a
câmara de
combustão e
a entrada da
bomba de
oxidante
Carga entre a
câmara de
combustão e
a entrada da
bomba de
combustível
120. Exemplo 6
Os dados a seguir foram obtidos via testes em
laboratório ao nível do mar para o motor de
estudado nos exemplos 1 a 5.
Vazão de oxidante na câmara de combustão: 880,423 kg / sec
Vazão de combustível na câmara de combustão: 375,121 kg / sec
Pressão de estagnação no bocal: 6,89476 MPa
Empuxo na câmara de combustão : 3,32416 MN
Vazão de oxidante no gerador de gás: 12,11 kg / seg
Vazão de combustível no gerador de gás : 29,62 kg / sec
Impulso gerado na saída da turbina: 12010 N
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121. Exemplo 6
Determinar:
A.
B.
C.
D.
Eficiência do ciclo do sistema de turbobombas ao nível do mar.
Impulso específico do motor.
Empuxo do motor.
Razão de mistura dos propelentes em condições nominais.
Os cálculos devem ser feitos para Ciclo de fluxo separado e Ciclo
topping.
Assumir:
(1) Não há alteração de (pc)ns do gás produzido, e as propriedades de
desempenho da câmara de pressão, devido às pequenas
alterações na razão de mistura e de combustão em duas fases.
(2) A pressão de entrada da bomba de oxidante = 379212 Pa.
(3 A pressão de entrada da bomba de combustível = 310264 Pa.
(4) (Tc)ns = 3590 K; = 1,222; M = 10,2 kg/mol;
roxidante = 1,1434 kg/m3 ; rcombustível = 0,808131 kg/m3
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122. Exemplo 6: Ciclo de fluxo separado
Razão de mistura na câmara de combustão:
880,423
MRtc
2,35
375,121
Vazão na câmara de combustão:
wtc 880,423 375,121 1255,54 kg/s
Impulso específico da câmara de combustão ao nível do mar:
I
sp tc
3,32416 10
270 s
1255,54
6
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123. Exemplo 6: Ciclo de fluxo separado
Vazão na turbina:
wt 12,11 29,62 41,73 kg/s
Impulso específico da turbina ao nível do mar:
I
sp te
12010
29,34 s
41,73
Vazão total do motor:
weng 1255,54 41,73 1297,27 kg/s
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124. Exemplo 6: Ciclo de fluxo separado
Eficiência do ciclo de fluxo separado:
h sc
wtc I sp tc wt I sp te
weng I sp tc
1255,54 270 41,73 29,34
h sc
0,971
1297,27 270
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125. Exemplo 6: Ciclo de fluxo separado
Impulso específico do motor ao nível do mar:
hc
I
I
sp eng
I
sp eng
hc I sp tc
sp tc
I
sp eng
0,971 270 262,2 s
Empuxo total do motor:
Feng 262,2 1297,27 3,33617 MN
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126. Exemplo 6: Ciclo de fluxo separado
Razão da mistura do motor:
MReng
880,423 12,11
2,20
375,121 29,62
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127. Exemplo 6: Ciclo topping
Calor específico a pressão constante:
Cp
R
8,314 1,222
2034,78 J/kg K
M ( 1) 10,2(1,222 1)
Diferença de carga entre a câmara e entrada da bomba de
oxidante:
6
6,89476 10 379212
DH o
582,168 m
1,1434
Diferença de carga entre a câmara e entrada da bomba de
combustível:
6,89476 106 310264
DH f
0,808131
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831,494 m
129. Exemplo 6: Ciclo topping
Impulso específico do motor:
I
sp eng
I
sp eng
htc I sp tc
0,9996 270
I
sp eng
269,9 s
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130. Exemplo 6: resumo
Ciclo de fluxo
separado
Eficiência
Impulso específico
do motor ao nível
do mar
Empuxo total
Razão da mistura do
motor
Ciclo
Topping
hs = 0,971
hs = 0,9996
(Isp)eng= 262,2 s
(Isp)eng= 269,9 s
Feng= 3,34 MN
Feng= 3,34 MN
MReng= 2,20
MReng= 2,20
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