A obra e seu contexto
• Publicada em 1979 (Anistia)
• Relato sobre o período da Ditadura Militar
no Brasil.
• Golpe (1964)
• Maio de 1968 / Morte de Édson Luís
A obra e seu contexto
• AI5 (1968)
• Sequestro do Embaixador dos EUA
(1969)
• Prisão de Gabeira (1970)
• Exílio (1970)
• Flashes do Exílio - Chile (1973)
Gênero, linguagem e estilo
• Caráter memorialístico
• Relato informal, conversa com o leitor
“O amigo(a) talvez fosse muito jovem em 64. Eu mesmo
achei a morte de Getúlio um barato só porque nos
deram um dia livre na escola. Um golpe de estado,
entretanto, mexe com a vida de milhares de pessoas.
Gente sendo presa, gente fugindo, gente perdendo o
emprego, gente aparecendo para ajudar, novas
amizades, ressentimentos ...”
• Narrativa não-linear (flashes)
“Irarrazabal chama-se a rua por onde
caminhávamos em setembro. É um nome
inesquecível porque jamais conseguimos
pronunciá-lo corretamente em espanhol e
porque foi ali, pela primeira vez, que
vimos passar um caminhão cheio de
cadáveres. Era uma tarde de 1973, em
Santiago do Chile [...]”
Estrutura da Obra
16 Capítulos:
• 1 a 14:
– Análise da conjuntura política brasileira;
– Resistência contra a ditadura: divisão interna
da esquerda.
– Relatos da atividade como jornalista;
– Episódios históricos (Golpe, morte de Édson
Luís, Passeata do 100 mil)
– Guerrilha conta o Regime
“Chega um momento em que o narrador precisa ajustar
melhor suas linhas, tensionar melhor o seu arco,
tirar alguns efeitos técnicos. Todos esperam isso dele,
sobretudo na hora da emoção”
• Cap. 15: Babilônia, Babilônia
– Sequestro do Embaixador dos EUA (Charles
Burke Elbrick)
– Gabeira: Intelectual, não Guerrilheiro. Figura
apenas vigiando o Embaixador no cárcere.
– Sensibilidade para o drama humano: Gabeira
solta a arma durante a conversa com o
Embaixador
Manifesto do MR-8
Grupos revolucionários detiveram hoje o Sr. Charles
Burke Elbrick, embaixador dos Estados Unidos, levando-
o para algum lugar do país, onde o mantêm preso. Este
ato não é um episódio isolado. Ele se soma aos
inúmeros atos revolucionários já levados a cabo: assaltos
a bancos, nos quais se arrecadam fundos para a
revolução, tomando de volta o que os banqueiros tomam
do povo e de seus empregados; ocupação de quartéis e
delegacias, onde se conseguem armas e munições para
a luta pela derrubada da ditadura; invasões de presídios,
quando se libertam revolucionários, para devolvê-los à
luta do povo; explosões de prédios que simbolizam a
opressão; e o justiçamento de carrascos e torturadores.
[...]
Leia a íntegra do manifesto redigido por Franklin Martins
• Cap.16: Onde o Filho chora e a mãe não
ouve
– “Geladeira” / Transferência para SP
– Prisão, interrogatórios
– Tortura: Cap. Albernaz
– Tranferência para o DOPS, depois para o RJ
– Conversa com um Guarda que se diz
cansado (participara da perseguição que
resultou na morte de um estudante)
– Sequestro do Cônsul Japonês
– Sequestro do Embaixador Alemão
– Exílio : “Tchau Brasil.”