Europa
A Europa é a parte ocidental do supercontinente euroasiático. Embora
geograficamente seja considerada uma península da Eurásia, os
povos da Europa têm características culturais e uma história
específicas, o que justifica que o território europeu seja geralmente
considerado como um continente.
Descrição Geral
A parte continental é limitada a Norte pelo Oceano Glacial Árctico, a
oeste pelo Oceano Atlântico, a sul pelo Mar Mediterrâneo, pelo Mar
Negro, pelas montanhas do Cáucaso e pelo Mar Cáspio, e a Leste,
onde a delimitação é mais artificial, pelos Montes Urais e pelo Rio
Ural. A Europa inclui também as Ilhas Britânicas, a Islândia e várias
ilhas e arquipélagos menores, espalhados pelo Atlântico,
Mediterrâneo e Árctico.
Segundo a mitologia grega, Europa foi uma mulher muito bonita que
despertou os amores de Zeus, deus-rei do Olimpo.
O continente europeu, que durante a Era dos Descobrimentos foi
chamado de Velho Mundo, estende-se quase que inteiramente na
zona temperada, acima de 35º de latitude norte, com apenas uma
estreita faixa até o círculo polar Ártico. Devido ao seu litoral muito
recortado, a influência oceânica é grande, e as temperaturas são
geralmente amenas (não há extremos acentuados), com
precipitações que oscilam entre 500 e 1 000 mm anuais. Alternam-se
no seu relevo extensas planícies, maciços pré-cambrianos e
paleozóicos.
A quase totalidade do continente inclui-se no mundo desenvolvido. A
agricultura, mecanizada, emprega em média apenas 10% da
população economicamente activa, enquanto que um terço desta se
ocupa da indústria e a maior parte é absorvida pelo sector terciário. A
União Europeia (UE), compreendendo 27 Estados-membros, é a
maior e mais importante entidade política, económica e cultural do
mundo. A UE é também a maior economia mundial com um PIB
estimado em 12,82 trilhões de dólares [1] ultrapassando largamente
os Estados Unidos.
A Europa pertence, com a Ásia, a uma massa de terra chamada
Eurásia. O continente europeu tem uma área de 10,3 milhões de km²
e é banhado ao norte pelo oceano Glacial Ártico, a oeste pelo oceano
Atlântico e ao sul pelo mar Mediterrâneo. A leste, a fronteira com a
Ásia atravessa a Rússia e a Turquia. Esse limite é determinado pelos
montes Urais, pelo rio Ural, pelo mar Cáspio, pelas montanhas do
Cáucaso e pelo mar Negro. Três nações transcaucasianas (Armênia,
Azerbaijão e Geórgia), cujos territórios se estendem até a Ásia, são
consideradas integrantes do continente europeu.
O litoral europeu é bastante recortado e apresenta cinco grandes
penínsulas — Ibérica, Itálica, Balcânica, Escandinava e da Jutlândia —
e várias ilhas e arquipélagos, entre os quais as Ilhas Britânicas, a
Islândia, Córsega, Sicília, Creta, os Açores e a Madeira.
A maior parte do território europeu é formada por planícies. Mais de
metade da sua extensão está abaixo de 200 metros, e a altitude
média é de 340 metros. O relevo montanhoso prevalece nas porções
norte (onde se localizam os Alpes Escandinavos e as cadeias das Ilhas
Britânicas) e sul (cortada pelos Pirinéus, Alpes, Cárpatos e Balcãs).
No centro, uma vasta planície se estende, quase sem interrupção,
dos Pirineus aos montes Urais. O continente não abriga rios extensos:
o maior deles, o Volga, tem cerca de 3,5 mil quilômetros.
Imagem de satélite do continente europeu.
Predomina o clima temperado, mas há variações determinadas pela
latitude e pela influência do oceano e da massa continental asiática.
O sul apresenta clima mediterrâneo e vegetação de arbustos. No
centro e no leste, o clima é continental, tornando-se cada vez mais
frio à medida que se avança para o interior. Essa faixa é ocupada por
florestas temperadas e de coníferas. No noroeste prevalece o clima
oceânico. O extremo norte tem clima polar e sua vegetação típica é a
tundra. De acordo com o World Resources Institute, cerca de 40%
das florestas do continente foram desmatadas. As maiores extensões
de mata nativa são de coníferas e encontram-se na Suécia e na
Finlândia.
A Europa tem 761 milhões de habitantes e é o único continente onde
a população vem diminuindo. Segundo o Fundo de População das
Nações Unidas (FNUAP), ela encolherá a uma taxa de 0,1% ao ano
entre 2005 e 2010. O envelhecimento da população exige absorção
de imigrantes, principalmente profissionais em tecnologia. Por outro
lado, o crescimento do desemprego e o aumento da concorrência no
mercado de trabalho vêm impondo obstáculos à entrada de mão-de-
obra não qualificada.
A concentração populacional é alta no centro e no oeste e menor nas
porções norte e leste. Metade dos europeus vive em cidades
pequenas, com até 5 mil habitantes. As grandes cidades, como
Berlim, Londres, Madrid, Moscou, Paris, Roma e São Petersburgo,
concentram um quatro da população. A maioria dos habitantes fala
idiomas do tronco indo-europeu, sendo as línguas mais difundidas as
do ramo latino (francês, italiano, castelhano, romeno, português,
catalão), germânico (alemão, inglês, neerlandês, norueguês, sueco,
dinamarquês) e eslavo (russo, ucraniano, polaco, servo-croata,
checo, búlgaro). Há também idiomas de outras famílias lingüísticas,
como o húngaro, o finlandês e o basco.
O cristianismo é a religião com o maior número de seguidores na
Europa. No continente existe um número significativo de adeptos
tanto do catolicismo quanto do protestantismo e da Igreja Ortodoxa.
Sede da Revolução Industrial, a Europa é o primeiro continente a
modernizar sua economia. O parque industrial europeu é, até hoje,
um dos mais avançados do mundo. Sua agropecuária utiliza
intensivamente tecnologia de ponta, e o continente vem registrando
progressiva expansão e modernização dos serviços. Persistem,
entretanto, muitos contrastes de desenvolvimento entre os países
ocidentais e as nações do leste, que fizeram parte do antigo bloco
comunista e desde a década de 1990 buscam implantar a economia
de mercado.
Na indústria europeia, destacam-se os setores automobilístico, têxtil,
químico e de telecomunicações. A produção agropecuária é
significativa, mas emprega pequena quantidade de mão-de-obra, por
causa da utilização intensiva de máquinas e de técnicas avançadas de
cultivo. Entre os principais produtos estão leite, carne bovina e suína,
centeio, batata, aveia e trigo. Na mineração sobressai a extração de
carvão e minério de ferro.
A Europa Ocidental concentra 90% do PIB do continente, mas os
países do antigo bloco socialista, que aderiram à economia de
mercado na década de 1990, têm crescido nos últimos anos. Maior
pólo turístico do planeta, a Europa atrai anualmente 400 milhões de
visitantes.
História
Ca
stros celtas na Galiza (Espanha).
O homem de Neandertal (Homo sapiens neanderthalensis) é
considerada a única espécie humana autóctone da Europa. Esta
espécie se encontrava já na Europa quando chegou o homem de Cro-
Magnon (Homo sapiens), espécie a que pertence toda a humanidade
atual. Estas duas espécies humanas conviveram durante bastante
tempo até que o homem de Neandertal se extinguiu provavelmente
devido à competição com o homem de Cro-Magnon, se bem que
ainda restam inúmeras controvérsias sobre o homem de Neandertal e
sua extinção. Por outro lado, parece provado que existiu cruzamento
reprodutivo entre ambas as espécies, de forma que em sentido
estrito, o Homo sapiens sapiens atual descenderia de ambas as
espécies.
A antigüidade clássica está dominada pelo influxo da civilização
greco-latina, e do Império Romano sobre o resto de Europa. A
decadência do Império Romano e a chegada de novos grupos étnicos
com novos reinos, levou à fragmentação política de Europa, sendo
seguida por sucessivas tentativas de unificação e conquista, que
envolveram o continente em numerosos conflitos e guerras durante a
Idade Média, como a guerra dos Cem Anos (que durou 116 anos).
Isto, junto com a influência ao continente de novos grupos, como os
mongóis chegados das estepes ou o surgimento do Islã, formando
uma barreira que dividiu duas culturas e o Mediterrâneo, com
choques nesta fronteira, moldou esta época no continente.
A Idade Moderna marca para a Europa o início de processos que mais
tarde darão lugar à globalização, sendo a época em que os conflitos
bélicos se sucederam cada vez mais desastrosos, como a chamada
guerra dos Trinta Anos. Os processos econômicos e o
desenvolvimento científico e tecnológico se aceleraram, em prejuízo
de outros continentes, de maneira bem mais notória durante a Idade
Contemporânea, produzindo conflitos que desencadearam mais
guerras (como as guerras Napoleônicas e as guerras mundiais). Hoje
os processos tendentes à unificação se tentam pacificamente, tal é o
caso da União Europeia, conquanto não isenta de avanços e
retrocessos.
A Europa é o continente que teve mais influência na história do
mundo (descobertas, conquistas, colonizações, movimentos e
revoluções, guerras mundiais, etc).
Divisão Política
Estados Soberanos Europeus
• Albânia
• Alemanha
• Andorra
• Áustria
• Bélgica
• Bielorrússia
• Bósnia e
Herzegovina
• Bulgária
• Croácia
• Dinamarca
• Eslováquia
• Eslovénia
• Espanha
• Estónia
• Finlândia
• França
• Grécia
• Hungria
• Irlanda
• Islândia
• Itália
• Letónia
• Liechtenstein
• Lituânia
• Luxemburgo
• República da
Macedónia (FYROM)
• Malta
• Moldávia
• Mónaco
• Montenegro
• Noruega
• Países Baixos
• Polónia
• Portugal
• Reino Unido
• República
Checa
• Roménia
• São Marinho
• Sérvia
• Suécia
• Suíça
• Ucrânia
• Estado do
Vaticano
Estados Soberanos Transcontinentais
(Europeus/Asiáticos)
• Azerbaijão
• Cazaquistão
• Geórgia
• Rússia
• Turquia
• Armênia
• Chipre
A Turquia, a Geórgia, o Azerbaijão e o Cazaquistão têm porções de
seus territórios localizadas na Europa. Na Turquia, é europeu o
território situado a norte do Bósforo, que faz fronteira com a Grécia e
a Bulgária (a Trácia); no Cazaquistão, pertence à Europa o território a
oeste do Rio Ural, fronteira à Rússia. A Rússia, embora tenha mais
superfície asiática que europeia, considera-se pertencente à Europa
dado ser no território europeu que se situam as suas principais
cidades e onde vive a maior parte da sua população.
Arménia e Chipre, embora geograficamente não se localizem na
Europa, consideram-se europeus por razões históricas e culturais. Por
vezes, também se considera parte da Europa Israel, devido aos laços
culturais que ambos mantêm. De acordo com algumas definições,
partes do Irão poderão ser consideradas europeias (ver o artigo
nações transcontinentais).
Estados não Reconhecidos ou em Disputa
• Kosovo
• República Turca do Norte do Chipre
• Ossétia do Sul
• Nagorno-Karabakh
• Transnístria
• Abecásia
Dependências
• Dinamarca
o Ilhas Faroé
• Reino Unido
o Acrotíri e Decélia
o Gibraltar
o Guernsey
o Jérsei
o Ilha de Man
Entidades Especiais Reconhecidas por Tratado ou
Acordo Internacional
• Finlândia
o Ilhas Åland
• Noruega
o Svalbard
Geografia
Mapa topográfico da Europa (imagem coletada de: home.wlu.edu/
%7Ebarnettj/211/mapas.htm)
A Europa é o segundo menor continente do mundo depois da
Oceânia, tendo uma extensão de 10.530.751 km², representando 7%
das terras emersas.
Estritamente falando em termos de ciência geográfica
contemporânea, a Europa, como a Oceania, deixam de estar
categorizadas como continentes e são consideradas Macro-Unidades
Geográficas, MUG; já que efetivamente, no caso da Europa esta
macrounidade geográfica é um prolongamento ocidental do
continente eurasiático. Caracteriza a Europa, tanto no geográfico
(com muita incidência no climático como em sua geografia humana),
a elevada quantidade média de costas marítimas e oceânicas devida
à presença de abundantes penínsulas, golfos, mares interiores e
ilhas. Isto e o influxo da Corrente do Golfo e a proximidade dos
desertos quentes de África e Ásia determinam que na Europa
prepondere, pese às latitudes, um clima temperado excepcionalmente
benigno para a habitabilidade humana. Por outra parte a abundância
de costas e hidrovias permitiu e permite o trânsito de populações e
depois seu estabelecimento desde fins do pleistoceno (quando os
Homo sapiens substituíram aos Homo neandertalensis).
Também é a Europa, que se considera tradicionalmente como um
continente, o mais plano de todos eles, com uma altitude média de
230 metros. A máxima expressão destas planícies é a grande planície
do Norte, que se estende 2000 km desde as costas atlânticas
francesas até os montes Urais, a fronteira física mais oriental com a
Ásia. Os pontos mais altos são o monte Elbrus (Rússia) na Europa
oriental (5.642 metros), o Dykh-Tau (próximo do Elbrus, na Rússia)
(5.205 metros), o Shkhara (Geórgia) (5.204 metros) e o Monte
Branco (França/Itália) na Europa ocidental (4.807 metros).
Ao sul, a Europa está separada do continente africano pelo mar
Mediterrâneo, fronteira que se reduz a uns 30 km no estreito de
Gibraltar, ao sudeste os limites com a Ásia também estão dados pelo
Mediterrâneo e pelos seus mares subsidiários (o estreito dos
Dardanelos, o Mar de Mármara e o Helesponto têm muito poucos
quilômetros de largura, o Bósforo é tão estreito que atualmente
várias pontes o cruzam). Na realidade o Mar Mediterrâneo e a sua
bacia, mais do que um limite - segundo os momentos históricos - são
um nexo de união com os outros "continentes" (as macro-unidades
geográficas de Ásia e África), resultando como verdadeiros limites
culturais e étnicos entre eles as extensas regiões desérticas que se
localizam do outro lado do Mediterrâneo. Considerando a Islândia
como parte de Europa e a Groenlândia como parte da América, pode-
se observar que as distâncias entre a Europa e o continente
americano são também bastante exíguas.
Os Pontos Extremos da Europa são:
• Norte: Cabo Nordkinn, Noruega (continental), e
Knivskjellodden, Noruega (ilha)
• Sul: Península de Gibraltar, Gibraltar
• Oeste: Cabo da Roca, Portugal (continental), e ilhéu de
Monchique, Portugal (ilha)
Acidentes geográficos
Golfos
Entre os golfos da Europa destacam-se o golfo de Biscaia (França e
Espanha), o de Cádis (Espanha, Marrocos e Portugal), o dos
Dardanelos (Turquia), o do Bósforo (Turquia), o de Messina (Itália) e
o de Öresund (Dinamarca e Suécia), entre outros.
Penínsulas
Suas principais penínsulas são a Escandinava (Suécia e Noruega),
península Hispânica ou Ibérica (Andorra, Espanha, Gibraltar e
Portugal), Itálica (Itália, São Marinho e Vaticano), Balcânica (Albânia,
Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Croácia, Grécia, Eslovénia,
Macedônia, Sérvia, e Romênia); além das penínsulas de Kola
(Rússia), Jutlândia (Dinamarca), Bretanha (França) e península da
Crimeia (Ucrânia).
Principais Ilhas e Arquipélagos
(Obs: Os dados deste quadro são valores aproximados)
1. Reino Unido Grã-Bretanha, com mais de 218.000 km²
2. Islândia: Islândia com mais de 103.000 km²
3. Irlanda e Reino Unido: Irlanda, com mais de 83.000 km²
4. Rússia: Nova Zembla (ilha setentrional), com quase 49.000 km²
5. Rússia: Nova Zembla (ilha meridional), com mais de 33.000 km²
6. Itália: Sicília, com mais de 25.000 km²
7. Itália: Sardenha, com mais de 24.000 km²
8. Chipre, Chipre, com mais de 9.200 km²
9. França: Córsega, com mais de 8.700 km²
10. Grécia: Creta, com mais de 8.300 km²
11. Dinamarca: Zelândia, com mais de 7.500 km²
12. Grécia: Eubéia, com mais de 3.900 km²
13. Espanha: Maiorca, com mais de 3.600 km²
14. Malta, Malta, com mais de 316 km²
15. Dinamarca: Fiônia, com mais de 3.400 km²
16. Portugal: Açores (região autónoma), com mais de 2333 km²
17. Dinamarca: Ilhas Faroe (região autônoma), com mais de 1.390
km²
18. Portugal: Madeira (região autónoma), com mais de 793 km²
19. Espanha: Minorca, com mais de 690 km²
20. Espanha: Ibiza (Eivissa), com mais de 570 km²
Relevo
Embora haja cadeias de montanhas, as formas de relevo
predominantes na Europa são as planícies, que apresentam duas
características muito positivas: um solo geralmente fértil e favorável
à agricultura e grande facilidade para o estabelecimento de vias de
comunicação. Os planaltos mais elevados e as montanhas não
chegam a cobrir 35% do território europeu e, por essa razão, a
altitude média das terras da Europa é de apenas 340 metros.
De maneira geral, portanto, no relevo europeu predominam
elevações modestas, e são muito comuns as planícies, principalmente
na metade norte do continente e em toda a porção leste, onde
aparece a grande Planície Russa. Além dessa, merecem destaque a
Planície Húngara, percorrida pelo rio Danúbio, a Planície do Pó, no
norte da Itália, e as planícies que contornam o leste e o sul das Ilhas
Britânicas. A Planície Germano-Polonesa, de tipo fluvial, estende do
interior para o litoral norte do continente.
Mapa Físico da Europa-2006 (imagem coletada de:
http://www.vmapas.com/Europa/Mapa_Fisico_Europa_2006.jpg/maps-pt.html?
map_viewMap=1
Além dessa enorme área de planícies, encontra-se ainda no mapa do
continente europeu:
• maciços da Era Primária, desgastados pela erosão e reduzidos a
planaltos pouco elevados; no noroeste formam os Alpes
Escandinavos; aparecem nas Ilhas Britânicas formando os
Montes Peninos; na Península Ibérica surgem com Montes
Cantábricos, Meseta Espanhola e outros; na Península
Balcânica, chamam-se Montes Pindos; e na fronteira natural
entre a Europa e a Ásia levam o nome de Montes Urais;
• cordilheiras muito altas na parte centro-sul, formando os Alpes,
onde se situa os pontos culminantes do relevo europeu, como o
pico do Monte Branco (4.807 metros). Ainda nessa região
merecem destaque as cristas dos Apeninos, Pireneus, Balcãs,
Cárpatos e Cadeia do Cáucaso.
O litoral da Europa é extremamente recortado, o que favorece a
instalação dos portos, a navegação e o comércio. Possui grande
número de penínsulas e ilhas de extensões diversas isolandos mares
interiores. Observando atentamente o mapa, percebe-se:
• no norte, a Península Escandinava, que abriga o Mar Báltico,
encontra-se a Península da Jutlândia e as Ilhas Britânicas,
envolvidas pelo Mar do Norte. A porção norte do litoral europeu
é limitada pelo Oceano Glacial Ártico, que engloba ainda outros
mares, como o Mar da Noruega, nos limites com o Oceano
Atlântico.
• no sul, separando a Europa da África, encontra-se o Mar
Mediterrâneo, que, por sua vez, abriga mares menores. Nele
sobressaem as penínsulas Balcânica, Itálica e a grande
Península Ibérica, que separa o Mediterrâneo do Oceano
Atlântico. Nessa parte do continente europeu existem inúmeras
ilhas, merecendo destaque as Ilhas Baleares, a Córsega, a
Sardenha e a Sicília, além de um verdadeiro mosaico
constituído pelas ilhas gregas. Os mares Tirreno, Adriático,
Jônico, Egeu, de Mármara, Negro, de Azov, e Cáspio modelam o
contorno sul e sudeste da Europa.
As costas ocidentais da Europa são banhadas pelo Oceano Atlântico e
e por seus mares secundários. Ao redor de toda a Europa, a
plataforma continental é muito larga, propiciando boas condições
para a pesca e o extrativismo mineral.
Clima
A Europa apresenta na maior parte de seu território, clima
temperado, com estações bem definidas, sem excessos de
temperatura, pluviosidade ou queda de neve. Somente no extremo
norte e em altitudes elevadas, nas cordilheiras, são encontradas
temperaturas não muito propícias à atividade humana.
As condições climáticas extremamente favoráveis da Europa de
maneira geral resultam da combinação de quatro fatores:
• a maior parte das terras europeias encontra-se em latitudes
médias, entre 35 e 70 graus de latitude norte;
• o continente é rodeado por muitos mares e os recortes de
litoral não favorecem mudanças bruscas de temperaturas;
• o continente recebe, o ano inteiro, ventos do oeste, que levam
a umidade do Atlântico até o interior.
• a Corrente do Golfo leva águas aquecidas até o litoral das Ilhas
Britânicas e da Península Escandinava, contribuindo para o
equilíbrio térmico das latitudes mais altas, sobretudo ao longo
da costa ocidental.
A combinação desses fatores favorece o domínio, na Europa
Ocidental, do clima temperado oceânico, úmido e sem grandes
variações de temperatura. Aparecem ainda, na Europa Oriental e em
parte da Península Escandinava e da Rússia, o clima temperado
continental — mais seco, com verões quentes e chuvosos e invernos
extremamente frios — e o clima polar — com invernos rigorosos e
verões curtos, que caracteriza uma parte da Península Escandinava e
da Rússia europeia.
Esses tipos climáticos apresentam variações em função de fatores
locais: no sul do continente, a influência das águas aquecidas do
Atlântico e do Mediterrâneo permite a existência do clima
mediterrâneo, que apresenta verões secos e invernos úmidos e não
muito frios; nos Alpes, a altitude do relevo é responsável pela
configuração do clima de altas montanhas, conhecido como alpino,
que apresenta invernos extremamente rigorosos. Este tipo climático
aparece também nos Alpes Escandinavos, nos Cárpatos e nos
Pireneus. Na Europa não existem desertos por ser um continente
temperado.
Hidrografia
Se comparados aos rios tropicais, não há, na Europa, rios muito
extensos nem de grande volume de água. Apesar disso, os cursos
fluviais são muito aproveitados como vias de comunicação e fontes
produtores de energia.
A Europa apresenta uma grande quantidade de rios, que deságuam
ora diretamente no oceano, ora em lagos, mares ou outros rios.
Desse emaranhado fluvial, destacam-se as bacias:
• do rio Reno, que nasce na Suíça, serve de fronteira entre a
França e a Alemanha, onde banha uma das regiões mais
industrializadas de toda a Europa, e deságua nos Países Baixos
(porto de Roterdã). Por ser largamente utilizado na navegação,
o Reno interliga-se a outros rios através de canais.
• do rio Danúbio, que nasce no maciço da Floresta Negra, na
Alemanha, drena importantes rios do centro-sul europeu e
deságua no Mar Negro. Além da Alemanha, banha os seguintes
países: Áustria, Eslováquia, Hungria, Sérvia, Bulgária, Romênia
e Ucrânia.
• do rio Volga, o maior rio europeu, cuja nascente se localiza
nas planalto de Valdai, na Rússia, drenando muitos afluentes
até deságuar no Mar Cáspio.
Merecem menção ainda, por passarem em capitais ou cidades
importantes da Europa, os rios Tâmisa, Elba, Mosela, Vístula, Sena,
Loire, Ródano, Pó, Tibre, Douro, Tejo, Ebro, Dnieper, Ural, entre
outros.
Além da grande quantidade de rios e de mares, a hidrografia
europeia apresenta ainda muitos lagos, como os de Constança, de
Genebra, de Zurique, na Suíça, e os lagos glaciários que ainda
aparecem nas planícies do noroeste da Rússia, na Escandinávia e
sobretudo na Finlândia, considerada "o país dos lagos", por
concentrá-los em maior número.
Vegetação
Atualmente, a maior parte das formações vegetais da Europa já foi
destruída, abrindo espaço para a ocupação agrícola ou para a
expansão urbana.
Como em todo o mundo, as formações vegetais originais da Europa
dependem dos tipos de clima e, conseqüentemente, dos tipos de solo.
Assim, na Península Escandinava e na Rússia, junto ao Oceano Glacial
Ártico, aparece a tundra. Ao sul dessa formação vegetal, a elevação
da temperatura vai favorecendo, primeiramente, o desenvolvimento
da taiga e, depois, da floresta de coníferas, que ocupam grande parte
da Suécia, Noruega e Finlândia.
Nas áreas de clima temperado oceânico, onde por influência do
oceano a umidade é maior, é muito comum a floresta temperada,
formada por coníferas e árvores de folhas caducas; essa foi a
formação vegetal originalmente dominante, mas hoje é conservada
apenas nos maciços montanhosos.
Nas áreas mais secas, dominadas pelo clima temperado continental,
próximo aos mares Negro e Cáspio surge vasta extensão de estepes,
nas áreas mais secas, e pradarias, nas áreas mais úmidas, com uma
vegetação rasteira que em alguns trechos lembra os pampas do Rio
Grande do Sul.
No sul da Europa, o clima mediterrâneo, com suas características
subtropicais bastante amenizadas pelo Oceano Atlântico, favorece o
desenvolvimento de florestas, que hoje, degradadas, apresentam-se
como capões de vegetação descontínua, conhecidas como maquis,
em áreas de solos arenosos, ou como garrigue, em áreas de terrenos
calcários. Essa vegetação é comumente chamada de mediterrânea.
Todo o leste da Europa, ocupado pela Rússia europeia, apresenta a
mesma distribuição vegetal do restante do continente: a tundra - no
extremo norte -, a taiga, as pradarias e as estepe constituem as
formações vegetais dominantes.
Fauna
A Europa se inclui na região zoogeográfica paleártica. A ação do
homem reduziu o número e a extensão geográfica das espécies
selvagens europeias. Na zona mais setentrional vivem animais de
peles finas, como a rena e a foca. Nos bosques temperados habitam
o urso pardo, a raposa, o lince, a lontra, o lobo, o veado, o gamo,
corço, o esquilo, etc. Enquanto na área mediterrânea abundam
lebres, javalis, perdizes e faisões. A montanha apresenta uma fauna
peculiar (o alce e o cabrito montês). São abundantes as aves e os
pássaros, muitos dos quais migram entre as diversas regiões
europeias ou entre a Europa e a África.
Problemas Ecológicos
Poluição atmosférica em Paris
Um problema que a Europa vive com intensidade crescente é a
poluição. A intensa atividade industrial associada à alta ocupação do
espaço resultam em agressões ambientais graves, mesmo com a
implantação de medidas de prevenção. A poluição atmosférica
alcança níveis inquietantes nas principais cidades da Europa, onde o
número de automóveis em circulação é cada vez maior.
Paralelamente, a agricultura europeia também não está livre dos
efeitos danosos da chuva ácida, inseticidas, fungicidas e herbicidas.
Regiões
De acordo com os pontos de vista espacial e económico, podemos
dividir o continente em: Europa Ocidental, Europa Setentrional,
Europa Centro-Oriental e Europa Meridional. Sendo:
• Europa Ocidental: região que abrange alguns dos chamados
países atlânticos, ou seja, banhados pelo oceano Atlântico
(Reino Unido, Irlanda e França); os que mantêm relação direta
com o Atlântico através do mar do Norte: Países Baixos, Bélgica
e Alemanha; e os países sem saída para o mar, mas que estão
directa ou indirectamente vinculados ao Ocidente (Áustria,
Suíça, Luxemburgo e Liechtenstein).
• Europa Setentrional: região que engloba a Noruega e a
Suécia, localizadas na península Escandinava, além da
Finlândia, Islândia e Dinamarca; abrange também a Estônia,
Letônia e Lituânia, que a partir de 1990 se tornaram
independentes da então União Soviética. A inclusão desses
países na região justifica-se por motivos económicos e pela sua
proximidade étnica e cultural com os finlandeses.
• Europa Centro-Oriental: É formada pelo conjunto dos antigos
países socialistas do Leste - Polônia, República Checa,
Eslováquia, Hungria, Romênia, Bulgária, Albânia, Sérvia,
Montenegro, Kosovo, Eslovênia, Croácia, Bósnia e Herzegovina
e Macedônia - e pelas repúblicas que constituíam a antiga União
Soviética, em sua parte europeia: Bielorrússia, Ucrânia,
Moldávia, Geórgia, Armênia, Azerbaijão e Rússia Europeia.
• Europa Meridional: região que, também chamada de
mediterrânea, compreende os países situados no sul do
continente, quase todos banhados pelo mar Mediterrâneo:
Portugal, Espanha, Itália, Grécia e Turquia europeia, além de
vários micro-estados - Vaticano, San Marino, Mônaco, Malta e
Andorra.
Economia
A economia da Europa é a maior do mundo. Muitos de seus estados
pertencem ao primeiro mundo.
No século XIX se realiza a primeira integração moderna da economia
de vários estados europeus através da União Aduaneira da Alemanha.
A Alemanha é economicamente a nação mais poderosa de Europa,
seguida por França, o Reino Unido, Itália e Espanha, ainda que o país
mais rico, em renda per capita, é a República da Irlanda, o país que
quando entrou na União Europeia, era o mais pobre do grupo. Existe
uma grande disparidade na riqueza econômica dos diferentes países
europeus, assim, enquanto nas cinco principais economias o PIB
supera os 20 mil euros por pessoa, Moldávia mal ultrapassa os dois
mil.
Boa parte da dinâmica econômica do continente se emoldura dentro
do funcionamento da União Europeia. Desde 2007, treze estados
europeus (em 2007 uniu-se a Eslovênia) compartilham uma mesma
moeda, o euro (€).
A nova realidade da economia mundial, que se consolidou em
decorrência da última década, esta marcada principalmente pela
desintegração da União Soviética, o vertiginoso crescimento da
República Popular da China e a materialização da unidade econômica
de boa parte de Europa.
No meio destas mudanças surgiram novos pólos para a economia
mundial que impulsionaram o chamado processo de "Globalização".
Uma das particularidades da economia europeia é que vários estados
de pouca extensão territorial, sem maiores recursos naturais e sem
possuir costas, contam com economias prósperas e um elevado nível
de vida. Tal é o caso do Luxemburgo, da Suíça ou do Liechtenstein,
bem como do Mônaco, ainda que este último possui costas sobre o
Mediterrâneo.
As nações europeias segundo a sua renda per capita em 2002.
Moeda
O euro (€) é a moeda oficial dos países que compõe a União
Europeia. O código internacional do euro, de acordo com a norma ISO
4217, é denominado "EUR".
A palavra "euro" é derivada de "Euro-pa" - União Europeia. Este
nome foi a escolha vencedora de um plebiscito em 1996, inventado
por um grupo de estudantes espanhóis.
Os primeiros países que adotaram a moeda comum em 1 de Janeiro
de 2002 foram: Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia,
França, Grécia, Países Baixos, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal.
Alguns pequenos países europeus que não praticavam políticas de
moeda própria, logo no início de sua vigência também passaram a
utilizar o euro, foram: Andorra, Mônaco, São Marino e Vaticano.
Também em territórios, dependências, ou Regiões Autónomas, como
os Arquipélagos dos Açores e da Madeira (Portugal); e Guadalupe,
Martinica e Guiana Francesa (França).
Em 1 de Janeiro de 2002, 12 países aderiram à moeda única. Em
2007, a Eslovénia entrou para a Zona Euro, e o Chipre e Malta em
2008. A conversão de 1 Euro em relação à antiga moeda nacional
precedente de cada país foi:
Alemanha - 1,95583 marco alemão
Áustria - 13,7603 xelim austríaco
Bélgica - 40,3399 franco belga
Chipre - 0,585274 libra cipriota
Eslovênia - 239,640 tólar esloveno
Espanha - 166,386 peseta espanhola
Finlândia - 5,94573 marco finlandês
França - 6,55957 franco francês
Grécia - 340,750 dracma grego
Irlanda - 0,787564 libra irlandesa
Itália - 1936,27 lira italiana
Luxemburgo - 40,3399 franco luxemburguês
Malta - 0,429300 lira maltesa
Países Baixos - 2,20371 florim neerlandês
Portugal - 200,482 escudo português
Europa Ocidental
Os países da Europa Ocidental, de forma geral, são desenvolvidos e a
maioria de sua população dispõe de alto PIB per capita e de boas
condições de educação, moradia e saúde.
Londres, o Centro Financeiro da Inglaterra.
Apesar das diferenças entre as nações europeias ocidentais, as
características econômicas comuns mais importantes são: alta
mecanização e produtividade da agricultura, geralmente baseada no
uso de métodos intensivos e de rotação de culturas, prática do
extrativismo mineral em avançadas técnicas, garantindo proteção aos
recursos naturais; e industrialização suficiente para prover a
população de suas necessidades básicas e, em alguns casos, garantir
uma balança comercial extremamente favorável.
Apresentando uma importante e diversificada produção agrícola,
destaca-se por ser o continente que possui, em relação ao território,
a maior proporção de solos cultivados. A variedade de climas e de
tipos de solo, aliada à tecnologia desenvolvida, permite grande
produção de milho e de trigo, em áreas de estepes e pradarias; de
cevada, centeio e batata, nas áreas anteriormente ocupadas pelas
florestas temperadas; e de frutas cítricas, uvas e oliveiras, nas áreas
de clima mediterrânico.
Além disso, o continente, de maneira geral, desenvolve avançada
pecuária, praticada com métodos intensivos e seleção e
aprimoramento racial dos rebanhos. A Suíça, os Países Baixos e a
Dinamarca se destacam pela pecuária bovina, voltada para a
produção de leite, mas o gado ovino é também significativo.
A região às margens do rio Reno, que atravessa a Alemanha, é uma das mais
industrializadas da Europa.
Embora o subsolo europeu não possua recursos minerais em
quantidade comparável à de outras regiões da Terra, as jazidas nele
encontradas e exploradas foram suficientes para promover o primeiro
surto de industrialização ocorrido em nosso planeta, no Reino Unido
(século XVIII).
Com grandes reservas de ferro no Reino Unido, Suécia, Espanha e
França, a Europa Ocidental conta ainda com volumosa produção de
carvão na Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Luxemburgo e França e,
em menor escala, de petróleo bruto e gás natural na Alemanha,
Reino Unido, Países Baixos, Noruega, Itália e França.
A presença de energia relativamente abundante, associada à mão-de-
obra altamente qualificada, possibilitou um grande desenvolvimento
de indústrias modernas na Europa. Graças ao desenvolvimento desse
setor, houve o predomínio da população urbana sobre a rural e o
consequente surgimento de grandes cidades, comércio ativo e
complexas redes de circulação.
A beleza das paisagens naturais, a imponência e importância histórica
das cidades, os inúmeros museus e a grande efervescência cultural
constituem fortes atrativos para os habitantes das demais partes do
globo, fazendo do turismo outra fonte de recursos para os países
europeus ocidentais. Esse setor dispõe de uma sólida infraestrutura,
envolvendo transportes, hotelaria, restaurantes, roteiros de viagem,
etc.
A diversidade das paisagens europeias e também seus aspectos
históricos atraem grande número de turistas do mundo inteiro. Nas
fotos, o museu do Louvre, em Paris (França), e a Acrópole, em
Atenas (Grécia).
Os países da Europa Ocidental podem ser agrupados em três regiões
econômicas: a Europa Centro-Ocidental, a Europa Meridional e os
Países Nórdicos.
Europa Centro-Ocidental
A Europa Centro-Ocidental, à exceção da Irlanda, é bastante
industrializada, conta com uma rede de serviços muito desenvolvida e
é, em geral, densamente povoada e urbanizada.
Um dos países mais importantes dessa região é o Reino Unido da
Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, localizado nas ilhas Britânicas e
formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
Apesar de sua área relativamente reduzida, se comparada à de
outras grandes potências, esse país foi durante séculos o mais rico e
poderoso império colonial da Terra e ainda hoje ocupa posição de
destaque no cenário mundial.
Graças à grande riqueza acumulada e a seus recursos minerais,
principalmente ferro e carvão mineral, no século XVIII esse país foi
palco da Revolução Industrial. Desenvolveram-se primeiramente
manufaturas têxteis e mais tarde siderúrgicas.
Devido a diversos fatores - de origem política e econômica - o Reino
Unido tornou-se o berço da Revolução Industrial do século XVIII.
Foram as indústrias têxteis as primeiras a transformarem a paisagem
urbana britânica.
Nos últimos anos, a indústria britânica, apesar de bastante
diversificada e desenvolvida, tem sido abalada pela concorrência de
outras potências, como a Alemanha, o Japão e os Estados Unidos.
Graças à industrialização, o Reino Unido é um dos países mais
urbanizados do globo - mais de 90% de população urbana. Os
centros industriais e urbanos mais importantes, comandados pela
Grande Londres, são Birmingham, Glasgow, Liverpool, Manchester,
Leeds, Edimburgo e Belfast.
A República do Eire, ou Irlanda, hoje completamente independente,
fez parte do Reino Unido até 1937. Sua economia baseia-se na
agropecuária, ainda pouco mecanizada, e sua indústria é também
pouco desenvolvida.
Ainda que menos extensa do que Minas Gerais, a França é o maior
país da Europa Ocidental e apresenta uma das mais altas populações
absolutas do continente. Conta ainda com a grande vantagem de
possuir costas no oceano Atlântico e no mar Mediterrâneo.
Seu quadro natural colocou-a numa situação privilegiada para o
desenvolvimento das atividades econômicas: o litoral bastante
extenso sempre favoreceu a navegação, a pesca e o comércio e a
grande variedade de solos e climas perrmitiu-lhe alcançar posição de
potência agrícola. Finalmente, suas grandes jazidas de ferro foram
decisivas para que a França se configurasse também como
extraordinária potência industrial. Suas áreas industriais mais
importantes estão situadas nas regiões da Alsácia-Lorena e
Normandia e nos vales dos rios Ródano e Loire.
Na Europa, a França se destaca como principal produtora de gêneros
agrícolas, sobretudo frutas, legumes e vinhas, em grande parte
utilizadas na indústria vinícola.
A Alemanha é a primeira potência industrial da Europa Ocidental e
também uma das primeiras potências comerciais do mundo, dada a
grandeza de seu volume de exportações. Os ramos industriais mais
desenvolvidos são o de bens de produção (máquinas e utensílios
industriais) e as indústrias mecânica, automobilística (Volkswagen,
Mercedes-Benz, BMW, Porsche) e química (Hoechst, Basf, Bayer e
outras).
Menos de 8% da população economicamente ativa alemã dedica-se à
agricultura, mas a elevada tecnologia aí empregada faz do país um
dos maiores produtores europeus de centeio, trigo, aveia, beterraba,
cevada e batata.
Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo, uniram-se, em regime de
cooperação econômica, uma entidade chamada BENELUX (BE -
Bélgica, NE - Nederland (Países Baixos) e LUX - Luxemburgo).
Possuem uma área territorial bastante reduzida, mas são densamente
povoados (cerca de 342 habitantes por quilômetro quadrado).
Apresentam um parque industrial altamente desenvolvido, além de
contarem com importante setor agrícola e de explorarem
intensamente os recursos do mar.
A região conta, ainda, com importantes terminais marítimos, como o
de Amsterdã, Antuérpia e, especialmente Roterdã, o porto mais
movimentado do mundo. Graças às ligações fluviais com importantes
rios, como o Reno e o Mosa, esse porto escoa produtos da Europa
Central, como carvão e ítens industrializados, além de receber
importações, com destaque para o petróleo.
As línguas oficiais da Bélgica são o flamengo (dialeto do holandês) e o
francês. Do PIB do país, 24,2% são provenientes da atividade
industrial e apenas 1% da agricultura. Nos Países Baixos fala-se
holandês. De seu PIB, 24,4% vêm da indústria e 2% da agricultura.
Apesar de o francês e o alemão serem as línguas oficiais de
Luxemburgo, a língua cotidiana é o luxemburguês. Do PIB
luxemburguês, 13% vêm da indústria e 1% da agricultura.
Na região alpina, no centro-sul da Europa, encontram-se a Suíça e a
Áustria, que apresentam um alto nível de desenvolvimento,
garantindo estabilidade social para seus cidadãos.
A pecuária leiteira da Suíça, por exemplo, dá sustentação à produção
de laticínios e chocolates, fabricados com cacau importado, de fama
mundial. Igualmente renomados são os aparelhos de precisão, como
os relógios e máquinas em geral produzidos no país. Devido à sua
estabilidade social e neutralidade política, o país tem atraído capitais
do mundo inteiro, tornando-se um centro financeiro internacional.
Na Áustria, merecem destaque os cultivos de cereais, batatas,
beterrabas (para a produção de açúcar) e vinhas; são também
significativos seus rebanhos bovino e suíno. As reservas minerais do
país auxiliaram a implantação de industrias, destacando-se as
siderúrgicas e as áreas de produção de máquinas, tecidos e alimentos
em conserva.
A paisagem alpina é forte atrativo para o turismo, que constitui
importante fonte de renda para esses países.
Europa Meridional
Existe uma grande diferença econômica e, consequentemente, social
entre os países da Europa Meridional - Espanha, Portugal, Itália,
Grécia e a parte europeia da Turquia - e o restante do continente.
Nesses países, a agricultura é ainda uma atividade econômica de
peso, inclusive no setor exportador. Apesar das dificuldades naturais
apresentadas pelo solo, especialmente na Grécia e na Turquia,
cultivam-se vinhas, oliveiras e trigo; o azeite e o vinho que produzem
são conhecidas em todo o mundo. Espanha e Itália ainda produzem
frutas cítricas.
A industrialização desenvolveu-se tardiamente na península Ibérica e
na Grécia, mas já são significativas as indústrias químicas, têxteis,
alimentícias e siderúrgicas nessas regiões; também a produção
autombilística espanhola já tem projeção em toda a Europa.
O turismo, que tem se expandido bastante, representa outra grande
fonte de recursos para esses países.
O nível de desenvolvimento nesses países é menos expressivo que o
de outras partes da Europa e as condições de vida são materialmente
mais simples quando comparadas à dos demais países ocidentais do
continente.
A Itália, particularmente, é um país de agudos contrastes
econômicos; no norte, prosperidade material e industrial; no sul,
baixo padrão de vida e grande atraso social. É, entretanto, uma
grande potência industrial, cujos maiores centros são Milão, Turim,
Gênova e Trieste.
São famosas as marcas de automóveis de procedência italiana, como
Fiat, Ferrari, Maseratti. Destaca-se ainda a produção têxtil,
alimentícia, mecânica e naval.
Países Nórdicos
Os países nórdicos - Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia e Islândia
- são dominados por um clima bastante frio e apresentam muitas
características comuns, como a estabilidade política e o bem-estar
social. A população desses países é predominantemente urbana e
detém alto PIB per capita. Garantindo um dos mais elevados padrões
de vida do globo para seus habitantes, esses países mantêm boas
condições de educação, saúde e estabilidade profissional, além de um
sistema previdenciário altamente desenvolvido.
A atividade industrial é de alto nível e supre tanto as necessidades do
mercado interno quanto à procura externa, sustentando as
importações de manufaturados, que contrabalançam as importações
de alimentos.
Leste Europeu
A antiga Tchecoslováquia, desde meados de 1992, decidiu-se pela
separação em duas repúblicas, a República Tcheca e a Eslováquia. As
capitais são, respectivamente, Praga e Bratislava.
Carente de várias matérias-primas, a Tchecoslováquia, entretanto, se
destacava principalmente pelo perfil industrializado de sua economia.
O lado tcheco, formado pela Boêmia e pela Morávia, possui maior
área e população e é também mais rico e industrializado. Destacam-
se as indústrias siderúrgica, de cristais, de produtos de couro, de
cerveja e de tecidos. A Eslováquia, por sua vez, caracteriza-se pela
produção agrícola, com para os cereais, trigo, cevada e milho.
Na República Tcheca, destacam-se como centros industriais a capital,
Praga e Brno; e na Eslováquia, a capital Bratislava.
Em 1º de janeiro de 1993, a Tchecoslováquia foi desmembrada em dois novos
países: a República Tcheca e a Eslováquia. Na foto, imagem de satélite de Praga, a
capital Tcheca.
A Polônia possui considerável produção agrícola, mas a abundância
de recursos minerais impulsionou sua industrialização.
A Silésia no sudoeste do país, e os arredores da cidade de Cracóvia
são as áreas onde se concentram as reservas carboníferas, sendo
também a região mais industrializada do país. Nesses locais instalou-
se a maior parte das usinas siderúrgicas e produtoras de eletricidade,
que absorvem grande parcela da produção nacional de carvão
mineral, além do setor químico, que também se alimenta de grandes
reservas de enxofre e de sal.
Merecem ser citadas ainda as indústrias mecânicas de construção
naval, de máquinas agrícolas, de veículos, etc. Também a indústria
têxtil deve ser destacada, pois se acha fortemente instalada em todo
o país, sendo Lodz - segunda cidade da Polônia - seu principal centro
produtor.
O território da Hungria, caracteriza-se por uma vasta planície fluvial -
a planície húngara. A cultura intensiva praticada em terras férteis faz
da Hungria uma importante nação agrícola. As áreas de planícies
cobertas de pastagens naturais garantem ainda a criação de bovinos,
suínos e ovinos.
As riquezas minerais do país servem de apoio à industrialização. O
carvão mineral é produto essencial à produção de energia, e a
bauxita e o minério de ferro são a base das indústrias metalúrgicas e
garantem a produção de máquinas agrícolas, uma das especialidades
da Hungria.
Mesmo sob o domínio soviético, a economia húngara se destava pelo
dinamismo e busca de soluções novas. Com a democratização, sofre
o mesmo processo de adaptação à economia de mercado que os
demais países do Leste Europeu.
Existe um ligeiro predomínio de população urbana na Hungria (pouco
menos que 60% do total). O centro urbano mais importante do país é
Budapeste, a capital.
A Romênia, é banhada ao sul, na fronteira com a Bulgária, pelo rio
Danúbio, que em seguida desvia-se para o norte, desaguando no mar
Negro, junto à fronteira ucraniana. Assim, suas áreas agropastoris
acompanham o rio nas planícies do sul e do leste do país, as quais se
apresentam cobertas por formações vegetais naturais, propícias à
agricultura e à criação de bovinos e ovinos.
Suas reservas de minérios, aliadas à produção de energia,
contribuíram para a sustentação de seu processo industrial.
Destacam-se a siderurgia e a fabricação de máquinas, produtos
químicos e tecidos, além de uma forte indústria petroquímica baseada
na produção de petróleo e gás natural.
Bucareste, com cerca de dois milhões de habitantes, é a capital
principal cidade romena.
Na Bulgária, a atividade industrial representa 32% do Produto Interno
Bruto e justifica o fato de 70% da população búlgara encontrar-se em
áreas urbanas. O setor industrial mais forte é o mecânico, voltado
principalmente para atender às necessidades da modernização
agrícola. São importantes também as industrias química, metalúrgica
e têxtil, localizada principalmente em Sófia, a capital. A Bulgária
exporta produtos agrícolas, sobretudo cereais.
O sistema político da Albânia caracterizou-se, durante décadas, como
o mais fechado do mundo. Somente a partir dos movimentos de
liberalização econômica e política que atingiram o Leste Europeu no
final da década de 1980 é que teve início o intercâmbio econômico
entre essa nação e o restante do globo. Em 1990, o governo albanês
permitiu a entrada de empresas estrangeiras no país, ao mesmo
tempo chegaram as primeiras notícias de movimentos por maior
liberdade política na Albânia.
A Albânia sempre foi o país menos desenvolvido do Leste Europeu e,
atualmente, enfrenta enormes dificuldades de sobrevivência, com a
economia inteiramente desestruturada. Banhada pelo Adriático, sua
agricultura é tipicamente mediterrânea, destacando-se o cultivo de
trigo, oliveiras, algodão, tabaco e beterraba.
Suas indústrias de maior destaque foram a mecânica e a têxtil.
Atualmente, o país depende de ajuda financeira internacional.
Desde o começo do século, a antiga Iugoslávia era formada por seis
repúblicas e duas províncias autônomas, caracterizadas por grande
mistura de povos, línguas e religiões.
O processo de desmembramento, ocorrido a partir de 1990 foi o mais
radical e sangrento do Leste Europeu e ocasionou um grave conflito -
no qual milhares de pessoas já morreram -, que ainda parece de
difícil solução.
Croácia, Eslovênia, Macedônia e Bósnia e Herzegovina declararam-se
independentes no decorrer de 1991, obtiveram reconhecimento
internacional e foram admitidas na ONU. As restantes repúblicas -
Sérvia e Montenegro -, que não desejavam o desmembramento, e as
províncias de Voivodina e Kosovo proclamaram-se a nova Iugoslávia,
em abril de 1992. Em 3 de junho de 2006, Montenegro declarou sua
independência à Sérvia, e no dia 5 de junho, a Sérvia declarou
independência, pondo fim ao ex-estado europeu da Sérvia e
Montenegro. Em 17 de fevereiro de 2008, Rússia, República Popular
da China e Sérvia se opõem ao reconhecimento internacional da
independência do Estado do Kosovo, que seria declarada nesta data.
Demografia
Desde a Renascença e a Era dos Descobrimentos, a Europa teve
grande influência na cultura, economia e movimentos sociais
mundiais. A demografia da Europa é importante não apenas
historicamente, mas também na compreensão das relações
internacionais e da dinâmica populacional contemporâneas.
As questões demográficas de Europa, atuais e passadas, incluíram
emigração por motivos religiosos, relações raciais, imigração
econômica, declínio da taxa de natalidade e envelhecimento
populacional. Em alguns países, tal como a Irlanda e a Polónia, o
acesso ao aborto é atualmente limitado; no passado, tais restrições
era comuns em toda Europa, assim como a maioria dos métodos
contraceptivos. Ademais, três países europeus (Países Baixos, Bélgica
e Suíça) têm permitido uma forma limitada de eutanásia voluntária
para doentes terminais.
O crescimento da população nos países europeus.
Em 2005 a população da Europa era estimada em 728 milhões de
pessoas de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o
que perfaz pouco mais de 11% da população mundial. Um século
antes, a Europa tinha quase 25% da população de toda a Terra. A
população europeia cresceu nesses cem anos, mas em outras parte
do mundo, particularmente na África e na Ásia, o crescimento foi
muitas vezes mais acentuado. De acordo com a Organização das
Nações Unidas, a proporção da população mundial residindo na
Europa cairá para cerca de 7% em 2050, totalizando 653 milhões de
habitantes.
Densidade Demográfica
Mapa da densidade populacional europeia.
O relevo e os tipos de clima da Europa, aliados a condições históricas,
facilitaram a regular distribuição e fixação da população e seu
desenvolvimento econômico.
A população absoluta do continente é superior a 700 milhões de
habitantes, resultando numa densidade demográfica de
aproximadamente 68 habitantes por quilômetro quadrado.
Embora detentora de grande população absoluta, a Europa possui
atualmente um ritmo de crescimento populacional inferior a qualquer
outro no mundo. Certos países alcançaram o crescimento zero
(número de nascimentos igual ao número de mortes) e alguns outros
acusam até mesmo uma regressão populacional, isto é, a população
tem diminuído ao invés de aumentar. Embora não deva ser tomado
como regra, de maneira geral são os países mais desenvolvidos os
que apresentam crescimento vegetativo negativo. Dessa forma, o
déficit populacional tende a se acentuar em toda a Europa.
Os principais efeitos do decréscimo populacional são o aumento do
número de velhos na população total e a diminuição progressiva da
população ativa (carência de mão-de-obra). Nos países que
receberam muitos imigrantes estrangeiros, a tendência é que as suas
taxas de natalidade sejam superiores às da população de origem
européia.
Etnias
A Europa sempre constituiu um ponto de fixação e cruzamento de
povos. Por esse motivo, sua população é composta por um grande
número de etnias, que se distinguem pela diversidade linguística
(existem no continente mais de 100 línguas ou dialetos), religiosa
(cerca de 15 religiões diferentes) e também cultural.
A maior parte dos europeus é branca, dividida em pelo menos três
grandes grupos etnolinguísticos: latinos, germânicos e eslavos.
Os povos latinos habitam nações que integraram o antigo e poderoso
Império Romano, correspondendo principalmente às populações dos
países do Mediterrâneo Ocidental, entre as quais se destacam as dos
portugueses, espanhóis, italianos e franceses.
Os povos germânicos são encontrados na Europa Norte-Ocidental e
Central; são eles os alemães, austríacos, holandeses, escandinavos e
britânicos. Alguns países mesclam línguas e/ou povos de origem
latina e germânica, como Suíça e Bélgica, por exemplo.
Os povos eslavos, geralmente de cabelos e olhos claros, habitam os
países da Europa Oriental, entre eles figuram os russos, ucranianos,
poloneses, tchecos, eslovacos, sérvios, búlgaros, etc.
Além dos povos que enumeramos e dos resultados das misturas entre
eles, podemos destacar os finlandeses, os húngaros, os gregos as
minorias celtas, nas ilhas Britânicas, e bascas, na Espanha e na
França.
Embora a Europa apresente grande diversidade religiosa, de maneira
geral, predomina o catolicismo romano entre latinos e o catolicismo
ortodoxo entre os eslavos.
Dentre as minorias, destacam-se os judeus, numerosos até a
Segunda Guerra Mundial na Europa Central e Leste Europeu, e os
muçulmanos, na Península Balcânica.
Línguas
As línguas europeias estão dentro de três grupos linguísticos: as
línguas românicas, derivadas da língua latina do Império Romano; as
línguas germânicas, cujos ancestrais vieram de língua do sul da
Escandinávia; e as línguas eslavas.
As línguas românicas são faladas principalmente no sudoeste da
Europa, assim como na Roménia e na Moldávia, que estão situadas
na Europa Oriental. As línguas germânicas são faladas no noroeste da
Europa e algumas partes da Europa Central. As línguas eslavas são
faladas na Europa Central, Oriental e Sudeste da Europa.
Muitas outras línguas fora dos três principais grupos são faladas na
Europa. O idioma Inglês é única entre as línguas germânicas, tendo
grande parte do seu vocabulário descendente de línguas românicas.
O grupo de línguas célticas também é um grupo distinto, como os
restantes já referidos, e embora tenha desaparecido grande parte do
seu uso diário, ainda existem diferentes números de falantes de cada
uma das seis línguas célticas: irlandês, gaélico escocês e manx,
galês, córnico e bretão.
Multilinguismo e a protecção das línguas regionais e minoritárias são
objectivos políticos reconhecidoos na Europa de hoje. O Conselho da
Europa através da Convenção-Quadro para a Protecção das Minorias
Nacionais do Conselho da Europa e da Carta Europeia das Línguas
Regionais ou Minoritárias levou á criação de um quadro jurídico a
favor dos direitos linguísticos na Europa.
Religião
• Cristianismo
o Catolicismo romano, países ou áreas com populações
significativamente Católicas: Andorra, Áustria, oeste da
Bielorrússia, Bélgica, Bósnia e Herzegovina, Croácia,
República Checa, França, sul e oeste da Alemanha,
Hungria, Irlanda, Itália, Latgale (região da Letónia),
Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Monaco, Sul
da Holanda, Polónia, Portugal, Roménia, San Marino,
Eslováquia, Eslovénia, Espanha, centro e sul da Suíça,
oeste da Ucrânia, e Vaticano. Existem também grandes
minorias católicas no Reino Unido (especialmente na
Irlanda do Norte), e em outros países europeus. Na
Sérvia, os católicos são uma pequena minoria.
o Catolicismo Oriental - é encontrado no oeste da
Ucrânia, Bulgária, Chipre, Grécia, Arménia (possui Igreja
nacional e autocéfala), Hungria, Macedónia, Roménia,
Rússia, Sérvia, Eslováquia, sul da Itália (Sardenha e
Sicília) e Córsega, na França.
o Cristianismo ortodoxo , os países com populações
significativamente Ortodoxa são: Arménia, Bielorrússia,
Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Chipre, Geórgia, Grécia,
Macedónia, Moldávia, Montenegro, Roménia, Rússia,
Sérvia, Ucrânia, parte oriental da Hungria, e minorias no
Sul da Itália, Cazaquistão, Albânia, Letónia,Lituânia,
Polónia e Finlândia (Carélia).
o Protestantismo: países com populações
significativamente protestantes incluem Dinamarca,
Estónia, Finlândia, norte e leste da Alemanha, Islândia,
Letónia, Holanda, Noruega, Suécia; leste, norte e oeste
da Suíça e Reino Unido. Existem significativas minorias na
França, a noroeste Piemonte na região de Itália,
Eslováquia, República Checa, Hungria, e uma pequena
minoria na Polónia.
• Islão, países com significativa população muçulmana são:
Albânia, Azerbaijão, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Grécia,
Geórgia, Cazaquistão, Montenegro, várias repúblicas de Rússia,
Sérvia, Turquia, Crimeia na Ucrânia, e França.
Outras religiões são praticadas por grupos menores na Europa,
incluindo:
• Judaísmo principalmente em França, Alemanha, Reino Unido,
Rússia e Itália. Ao mesmo tempo, o judaísmo foi amplamente
praticado em todo o continente europeu, embora tenha
diminuído em números desde a expulsão e do extermínio, e o
êxodo do judeus durante parte do segundo milénio.
• Hinduísmo principalmente entre imigrantes da índia no Reino
Unido. Em 1998, havia uma estimativa de 1.382.000 hindus na
Europa.
• Budismo, fracamente espalhado por toda a Europa e em
rápido crescimento nos últimos anos, cerca de 3 milhões de
adeptos.
• Indígenas Europeus, seguidores das tradições e crenças
pagãs estão em muitos países (e em rápido crescimento no
movimento neopagão na França, Alemanha, Irlanda e Reino
Unido), e fé Asatru reconhecida como uma minoria religiosa na
Islândia (desde 1973), Noruega e Suécia.
• Rastafari , comunidades no Reino Unido, França, Espanha,
Portugal, Itália e noutros países.
• Sikhismo, quase 1 milhão de adeptos do Sikhismo na Europa.
A maioria da comunidade vive no Reino Unido (750.000) e
Itália (70.000). Cerca de 10.000 na Bélgica e França. Holanda e
Alemanha têm uma população de 12.000 adeptos. Todos os
outros países têm menos ou 5000 Sikhs.
• Jainismo, pequena adesão, principalmente entre os imigrantes
indianos no Reino Unido.
• Voodoo, principalmente entre pessoas de raça negra,
imigrantes de Caribe e da África Ocidental fixados no Reino
Unido e França.
• Religiões tradicionais africanas (incluindo Muti),
principalmente no Reino Unido e França.
• Outras religiões com poucos (ou ao abrigo de um milhão)
adeptos na Europa: Animismo, Igreja de Cristo, Eco-religião,
Gnose, Paganismo, Testemunhas de Jeová, Menonitas, Igreja
Moraviana, Mormonismo ou Os Santos dos Últimos Dias,
Panteísmo, Politeísmo, Relativismo Teológico, Cientologia,
Adventistas do Sétimo Dia, Igreja Universal, Unitarismo,
Wiccan, e Zoroastrianismo.
Milhões de europeus não professam nenhuma religião ou são ateus,
agnósticos ou humanistas. As maiores populações não confessionais
(em percentagem) são encontradas na República Checa, Dinamarca,
França, Alemanha, Holanda, Noruega, Suécia e nas antigas repúblicas
soviéticas como Bielorrússia, Estónia, Rússia e Ucrânia, embora a
maioria dos antigos países comunistas tenham populações
significativamente não confessionais.
Religiões com Estatuto Oficial
Um certo número de países da Europa têm religiões oficiais, incluindo
Liechtenstein, Malta, Mónaco, Vaticano (católica), Grécia (Ortodoxa
Oriental), Dinamarca, Islândia, e Noruega (Luterana). Na Suíça,
alguns cantões reconhecem oficialmente catolicismo, protestantismo
e outras religiões reformistas. Algumas aldeias suiças ainda têm a
sua própria religião.
A Geórgia não tem Igreja estabelecida, mas a Igreja Ortodoxa
Georgiana goza de facto de estatuto privilegiado desde a assinatura
de uma concordata em 2002 com o estado georgiano. Na Finlândia,
tanto a Igreja Ortodoxa Finlandesa e a Igreja Luterana são oficiais.
Na Inglaterra, uma parte do Reino Unido, tem o Anglicanismo como a
sua religião oficial. Na Escócia, uma outra parte do Reino Unido, tem
o Presbiterianismo como a sua igreja/religião nacional, mas já não é
"oficial". Na Suécia, o órgão da Igreja é o Luteranismo, mas também
deixou de ser "oficial". No Azerbaijão, França, Portugal, Roménia,
Rússia, Espanha e Turquia são oficialmente "seculares".
Distribuição Populacional
No continente europeu não existem regiões extensas que apresentem
vazios demográficos, como os que encontramos em desertos, áreas
florestais ou de altas latitudes. No entanto, a população européia não
apresenta distribuição uniforme, sendo bastante densa próxima às
grandes cidades e nas partes industrializadas do ocidente europeu
(vale do Ruhr, Amsterdã, Londres, norte da Itália). Mais ao norte
(península Escandinava), devido às baixas temperaturas, e nas áreas
montanhosas do sul (Alpes), o povoamento apresenta-se mais
esparso.
Por ser a porção menos desenvoolvida economicamente, a parte
meridional da Europa - que abrange as penínsulas, Ibérica, Itálica e
Balcânica - tem uma grande parcela da população ligada ao setor
agropecuário. Dessas saíram muitos emigrantes para as áreas mais
industrializadas do continente.
Atualmente, os países mais desenvolvidos, que receberam milhares
de imigrantes na década de 1970, declararam-se incapazes de
continuar acolhendo os estrangeiros, fecham suas fronteiras à
imigração e incentivam a reemigração. Por outro lado, o retorno dos
imigrantes gera dois graves problemas aos seus países de origem:
aumenta o desemprego, ao mesmo tempo que diminui a entrada de
divisas pela remessa de ganhos dos imigrantes às suas famílias.
Nos países nórdicos, devido aos obstáculos oferecidos pelo clima, a
população é pouco numerosa em relação ao grande território; as
maiores concentrações populacionais aparecem nas áreas urbanas do
centro-sul da região.
Esses países proporcionam aos cidadãos excelentes condições de
saúde, instrução e habitação, sendo o PIB per capita bastante alto e a
assistência social a mais completa do mundo. A cidade de
Copenhague, capital da Dinamarca, é a mais populosa da região.
O Leste Europeu, incluindo a Rússia, abriga uma população de
aproximadamente 323 milhões de habitantes, pertencentes a
diversas etnias. Na Rússia, a ocupação do espaço não é uniforme;
áreas extremamente povoadas, sobretudo a oeste, alternam com
outras praticamente vazias. Moscou e São Petersburgo são os mais
importantes centros urbanos.
Os países mais urbanizados da Europa localizam-se na porção centro-
ocidental do continente, como o Reino Unido, a França, a Bélgica, os
Países Baixos, a Alemanha e o norte da Itália. Na rede urbana desses
países, destacam-se as regiões metropolitanas de Londres,
Manchester e Birmingham, no Reino Unido; Paris, na França;
Bruxelas, na Bélgica; Berlim, Hamburgo, Munique, Frankfurt é Essen,
na Alemanha; e Roma, Milão e Nápoles, na Itália.
Estatísticas
• Número de países: 49
• Área: 10 498 000 km²
• População: 744 717 000
• Seis línguas mais faladas: russo, alemão, francês, inglês,
italiano e polaco
• Densidade demográfica: 70 h/km²
• Ponto mais alto: Monte Elbrus (5642), Rússia
• Ponto mais baixo: Mar Cáspio (-28m), Rússia
• Maior rio: Rio Volga (3688 km)
• Rio que atravessa a maior quantidade de países: Rio Danúbio
• Maior lago: Lago Ládoga (18 400 km²), Rússia
• Maior lago artificial: Barragem de Alqueva, rio Guadiana (250
km²), Alentejo, Portugal
• Ponto mais ocidental do Continente Europeu: (Cabo da Roca),
Portugal
• Ponto mais ocidental da Europa: (Ilhéu de Monchique), a
ocidente da Ilha das Flores, nos Açores, Portugal
• Maior ilha: Grã-Bretanha (229 885 km²), Reino Unido
• Maior vulcão: Etna (3.323 metros), Sicília, Itália
• Principal cascata: Gavarnie (422 metros), França
• País mais rico: Luxemburgo (42 930 dólares/hab. por ano)
• País mais pobre: Moldávia (410 dólares/hab. ao ano)
• País mais populoso: Rússia (141.377.000 habitantes)
• País menos populoso: Vaticano (890 habitantes)
• Maior país: Rússia (17.075.200 km²)
• Menor país: Vaticano (0,44 km²)
• País mais povoado: Mónaco (17.435,9 h/km²)
• País menos povoado: Islândia (2,74 h/km²)
• Maior IDH: Islândia, 0,968
• Menor IDH: Moldávia, 0,708
Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Europa