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Da Giscalia a Tarso, a Jerusalém
                            •   Saulo nasce na
                                Giscalia, norte
                                da Galiléia, vai
                                para Tarso
                                com os pais.
                            •   Vai a
                                Jerusalém.
                            •   Estuda com
                                Gamaliel;
                            •   Recebe os
                                espólios de
                                Estevão (At
                                7,58)
                            •   Concorda com
                                a perseguição
                                aos hereges e a
                                pena de morte
                                de Estevão At
                                8,1
Cronologia de Paulo
 • Apesar de tantos escritos, não temos dados concretos. Só os grandes
   personagens, depois de sua morte, tinham a biografia descrita e a data
   de nascimento determinada; nem mesmo Jesus teve registro de
   nascimento.
 • 05-10 d.C. * nascimento, em Tarso (Hebreu, filho de Hebreus, da
   tribo de Benjamim – Fl 3,5 (* na Giscaglia, Galiléia)
 • Cidadão romano de nascimento – passaporte do Império At 16,37-38
 • Circuncidado ao oitavo dia Fl 3,5
 • Conhece e convive com a cultura helenística, em Tarso
 • Enviado a Jerusalém, à escola de Gamaliel At 22,3
 • Testemunha e aprova a morte de Estevão 34 ou 36 (At 7,58-8,1
 • Cultiva o ódio contra os cristãos At 9,1ss
 • Encontro com JC, no caminho de Damasco At 9,3-6 (36-37)
 • Estranho à fé, por ignorância, mas a graça o convida 1Tm 1,13
 • 37-40 Arábia (Gl 1,15-19); 41 = passagem por Jerusalém
 • 41-45 Tarso; 46 Chamado por Barnabé para a Antioquia da Síria At
   11,19-26
Etapas da conversão
•   Primeira etapa – morte de Estevão. Nenhum relato bíblico se pronuncia sobre o conhecimento de Jesus. Não
    obstante estar em Jerusalém, Paulo não tomou conhecimento de Jesus de Nazaré, mas se faz presente, logo no
    início do cristianismo. No apedrejamento de Estevão, Saulo (seu nome hebraico) recebe os espólios de Estevão,
    colocados por testemunhas do assassinato (At 7,58). Saulo estava de acordo com a perseguição aos cristãos e a sua
    execução (At 8,1). Alguns estudiosos afirmam que Estevão e Saulo eram amigos. Para aprovar deliberativamente
    era preciso ter autoridade e alguns afirmam que ambos seriam membros do Sinédrio. Ao receber os espólios de
    Estevão, Saulo deve ter entrado em crise. Enquanto os apedrejados eram estranhos, não havia nada de novo, mas
    no momento em que um amigo, um colega é assassinado e tal era necessária sua aprovação, Saulo deve ter sentido
    algo estranho consigo mesmo. O fato de receber as vestes do amigo, depositadas pelas testemunhas, marcou a vida
    de Paulo em dois aspectos: 1. Mérito – Paulo poderia estar sendo homenageado pelo seu esforço de combate aos
    cristãos e com isso alcançar uma honra diante dos seus colegas. 2. Ameaça – pelo fato de serem conhecidos, as
    vestes de Estevão poderiam ser uma ameaça, querendo apontar para o mesmo destino, caso ele hesitasse em
    cumprir seus deveres com a lei e perseguição aos hereges. A morte de Estevão abala as convicções de Saulo, e
    mesmo em seu ardor farisaico, entra em crise e busca afastar-se de Jerusalém.
•   Segunda etapa – Damasco. A carta para Damasco não pode ser outra coisa que a estratégia de Saulo em buscar
    seu distanciamento de Jerusalém. Ele foi tocado pela morte de Estevão, mas caso desistisse de perseguir, seria
    morto também. Muito inteligente e sábio, Saulo cria uma situação demonstrando seu zelo pela lei e intenção de
    buscar hereges (os cristãos eram tratados como tal pelos judeus) que estavam em Damasco. O cristianismo mal
    havia chegado na capital da Síria, mas isto foi o suficiente para que ele tivesse a aprovação para deixar Jerusalém e
    afastar-se do centro do perigo. A crise foi aumentando à medida que ele se aproximava da cidade e no auge da
    mesma, Deus o chama para o serviço de seu Filho, o Caminho (At 9,1-5).
•   Na crise acontece a cegueira. Esta é a metáfora da escuridão. Saulo sabia que aquilo que fazia como judeu estava
    errado, mas também não tinha nenhum projeto claro pela frente. Para trás não dava mais para ir, e para frente não
    havia por onde ir. A luz conduz Saulo a um discípulo que, não obstante o conhecimento do perseguidor, acredita
    que pode transformá-lo em aliado, e assim Ananias vai ao encontro de Saulo e inicia o seu processo de conversão.
    Assim que os judeus de Damasco tomam conhecimento do ato traidor de Saulo, tomam a resolução de matá-lo, a
    qualquer custo. Os discípulos precisaram fazer uma aventura singular e perigosa: de noite, colocá-lo num cesto e
    descê-lo pela muralha, a fim de que pudesse fugir (At 9,23-25).
Etapas da conversão 2
•   Terceira etapa – A Arábia Como não poderia voltar para Jerusalém, sem que
    levasse consigo um bom número de cristãos aprisionados para o flagelo, ou
    explicasse por que voltava de mãos vazias e com certeza sofreria o
    apedrejamento, necessita encontrar um lugar no “exílio”. Para Tarso, sua terra
    natal, seria mais complicado, por que fora enviado para voltar rico e nobre, e
    agora estava fracassado. Ainda que o relato dos Atos dos Apóstolos não
    mencione este tempo de silêncio, a referência de (Gl 1,13-18) e os estudos
    arqueológicos atuais sustentam que ele não apenas busca refúgio na Arábia,
    mas seria o primeiro evangelizador destas terras.
•   A quarta etapa – Tarso. Depois de três anos na Arábia (Gl 1,17-18), Saulo
    retorna a Jerusalém, acreditando que o fracasso de sua missão em Damasco não
    fosse julgado. Ao chegar em Jerusalém, ele encontra apenas Tiago, ele encontra
    apenas Tiago (Gl 1,18-19), com o qual fica quinze dias. Mas o ódio contra ele
    se acende de imediato e ele precisou ser conduzido pelos discípulos para a
    Cesaréia e de lá para Tarso (At 9,26-30). Levando em consideração a sua
    chegada na Antioquia para auxiliar Barnabé, Saulo teria trabalhado no silêncio,
    mas com grande eficácia, durante cinco anos em Tarso. Assim, o tempo da
    conversão e da sua manifestação em público, desde Damasco até a missão na
    Antioquia da Síria, somaria oito anos.
O Evangelho de Paulo
•   Os grandes temas do Evangelho Paulino abordam as questões mais pertinentes ao
    relacionamento humano e ao compromisso com o Evangelho de Jesus Cristo. Paulo
    estrutura o pensamento e a teologia de Jesus.
•   A ressurreição de Cristo e a nossa ressurreição 1Cor 15,13
•   Não há outro Evangelho senão o de Jesus Cristo Gl 1,8-9
•   Evangelizar é a missão do Apóstolo (Ai de mim se não ev.) 1Cor 9,16
•   A fé passa de Abraão a Jesus (Moisés, com a Lei...) Rm 4,13
•   O batismo em Cristo Rm 6,4
•   A Lei e a liberdade no Espírito Gl 2,21; 5,1; Rm 7,1
•   Os escravos da Lei: Os que dependem dos ritos são fracos Gl 3,10-11
•   Como creriam sem ouvir? Como ouviriam se ninguém anuncia Rm 10,14-15
•   Anunciar o Evangelho por porfia, inveja, rivalidade ou amor ao povo Fl 1,15-17; 2Cor
    10,12
•   Não há mais diferenças entre homem- mulher, escravo-livre... Gl 3,28
•   Ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo Fl 2,5-11
•   O amor é não-hipócrita Rm 12,9
•   Há muitos dons, o que importa é a unidade na diversidade 1Cor 12-14
•   A Ceia do Senhor com aliança com o mundo 1Cor 11,28-32
•   Acolher os fracos na fé e os escravos da lei, prisioneiros dos ritos e mitos Rm 14,1; 15,1
•   A alegria e a esperança em todas as circunstâncias Fl 4,4
As grandes linhas da teologia de Paulo
•   1. A dikaiosunh,– A justiça. (92x no NT, 32 só em Rm). Deus é justo e paga
    a cada um segundo as suas obras.
•   2. A evleuqeri,a–A liberdade (28x em Paulo). Os cristãos foram chamados
                       
    para viver a liberdade dos filhos de Deus e não a escravidão.
•   3. A ca,rij – a graça é um tema predileto, pois Deus nos amou primeiro, nos
    amou quando estávamos no pecado, longe d’Ele.
•   4. A evirhnh, - a paz é a irmã da graça. A paz quebra o ódio, a violência e a
    vingança. A graça e a paz são a saudação a todos.
•   5. A não dia,stolh, - Deus não faz distinção ou diferença de pessoas, sexo,
    cor, raça ou língua (Gl 3,28; Rm 10,12; 13,14; Ef 4,24).
•   6. Um só euvaggeli,on – não há dois evangelhos, mas um só (Gl 1,6-9;
    2Cor 11,4)
•   7. A parousi,a – A vinda de Jesus será um momento de vitória ou de
    derrota, mas será diferenciado para os que praticaram o bem ou mal (1Ts
    2,19; 3,13).
•   8. A u[pomonh – (6x Rm; 3x 2Cor) Aos que lutam com perseverança, na
    incorruptibilidade, ser-lhe-á dada a vida eterna, Rm 2,7
•   9. O avga,ph = A três grandes virtudes: fé, esperança e amor, no entanto, o
    que sobra mesmo é o amor (1Cor 13,13)
•   10. A avna,stasij = A ressurreição de Cristo justifica a luta pelo evangelho,
    pela transformação e redenção (1Cor 15)
Paulo, aos pés de Gamaliel?

            • Ainda hoje, nas ruas
              de Jerusalém antiga
              ou nos bairros dos
              Sefaradim, os
              anciãos
              “catequizam” as
              crianças
Paulo e as Cartas
O mundo de Paulo
Viagem para Roma


                   •   A viagem
                       para
                       Roma,
                       depois de
                       dois anos
                       de prisão
                       em
                       Jerusalé
                       m
Principais cidades


                     •   Paulo trabalha
                         com muito
                         vigor, na Ásia
                         Menor, Acáia
                         e Macedônia
Canal de Corinto


•   Já no
    VII
    século a
    tentativa
    de
    abertura
    do canal
    entre o
    Adriátic
    o e Egeu
Cidades e bases


                  •   A
                      Antioqui
                      a da Síria
                      como
                      base para
                      a Igreja
                      de Paulo
Geografia de Paulo


•   O
    cristianis
    mo
    primitivo
    se
    alicerçava
    nestas
    regiões
Segunda viagem
O cristianismo primitivo


                           •   Os Atos
                               dos
                               Apóstolos
                               nos
                               contam a
                               história
                               destas
                               igrejas
Mapa dos Atos


                •   Os
                    Atos e
                    a Igreja
                    de
                    Pedro e
                    Paulo
                    marca
                    esses
                    locais
Datas da missão

                  •   As
                      prováveis
                      datas da
                      missão de
                      Paulo
Terceira Viagem
A quarta viagem

•   Depois do
    fim do
    processo, em
    Roma, Paulo
    cumpre seu
    desejo de ir
    até à Espanha
    (Rm
    15,24.28),
    Chega à Ilíra,
    escreve Rm
    16 e volta
    para Roma
    em 64 ou 67
As cartas


• Autênticas
• 1Tessalonicenses (51,
  desde Corinto)
• 1,2 Coríntios (54 e
  56, desde Éfeso)
• Filipenses (56, de
  Éfeso, ou 63 de
  Roma.)
• Gálatas (56, de Éfeso
  ou da Antioquia)
• Romanos 1-15 (57,
  da Macedônia)
• Filemon (62, da
  Cesaréia)
• Discutidas
• 2Ts; Col, Ef
• Não aceitas
Relatos auto-biográficos
• 2Cor 11,16-32 – Cinco vezes 40 golpes menos um (a carta das
  lágrimas 2Cor 2,4; o tesouro em vaso de argila 2Cor 4,7; a tribulação
  2Cor 4,8-11; despojou outras igrejas p/ ev. em Corinto 2Cor 11,7-10)
• Fl 1,12-26 – Gente invejosa odeia e persegue, acrescenta sofrimento.
• Fl 3,1-6 – Falsos circuncisos, hebreu, da tribo de Benjamim
• Fl 4,10-11 – Aprendeu adaptar-se na abundância ou necessidade
• Gl 1,13-24 – De devastador é chamado para evangelizador dos
  gentios. De Jerusalém a Damasco, à Arábia e Síria
• Gl 2,1-10 – Quatorze anos depois, o desabafo na Assembléia de
  Jerusalém, com as argüições dos “notáveis”
• 2Cor 1,12-24 – Os coríntios não confiavam nele e no seu test.
• 1Cor 2,1-3,18 – A carta das lágrimas e a oposição daqueles que lêem
  o AT com um véu no coração (2,Cor 3,15).
• At 20,18-35 – Desp. de Éfeso: O amargor das ciladas dos judeus
• At 22,1-21 – Relata toda sua vida, em língua hebraica, aos anciãos
  (At 22,3 – a única informação do seu nascimento em Tarso).
• At 24,10b-21 – Diante de Félix: Não provam aquilo do qual me
  acusam.
• At 26,2-23 – C/ Herodes Agripa e Berenice: Não foi rebelde a Deus.
O movimento de Paulo


                       • Paulo quer
                         levar o
                         Evangelho
                         aos confins
                         do mundo
                         At 19,21;
                         Rm 1,10.15;
                         15,28;
                       • Mc 16,15;
                         Mt 28,19
Cidadão e urbano
• Paulo, grego e
  judeu, faz pós-
  graduação em
  Jerusalém:
  Gamaliel At 22,3.
• Um
  Evangelizador
  das capitais e
  metrópoles.
• Dialoga com
  gregos, romanos e
  judeus =
  Qualificação e fé.
Afec


•   Por sentir o
    perigo da
    traição dos
    judeus, Paulo
    apela para
    César, como
    cidadão
    romano;
•   Os judeus não
    querem deixá-
    lo ir, e ele fica
    2 anos preso na
    fortaleza do
    procurador
    romano. At
    25,1-26-32
Anfiteatro de Cesaréia

•   Os romanos
    construíram
    um anfiteatro
•   O rei
    acompanhav
    a espetáculos
    no estilo
    grego.
Cronologia das Cartas

•   1Ts (2Ts) desde Corinto, entre 50-51
•   1Cor, de Éfeso, antes de Pentecostes de 53
•   2Cor, de Éfeso, entre 55-56
•   Gl, de Éfeso, entre 55-56
•   Fl, Éfeso -55-56? Roma 62?
•   Rm, da Macedônia, antes do retorno a Jerusalém, 57
•   2Ts (?) de Corinto (57?)
•   Fm (?) de Cesaréia, entre 58-59; Roma 62
•   Cl e Ef (?) consideradas deuteropaulinas ou pastorais
•   1.2 Tm e Tt deuteropaulinas ou pastorais
Experiência existencial e de Fé
• Paulo vive intensamente seu ideal judaico, como fariseu.
• Aprova a morte de Estevão (amigo de Senédrio) e recebe os
  espólios (prêmio ou ameaça?) At 7,58; 8,1
• Este fato coloca-o em crise: estrategicamente pede cartas para
  buscar “hereges” em Damasco At 9,2
• À medida que Damasco se aproxima, a crise aumenta. A visão
  apaga o passado, mas não há caminho pela frente – O papel de
  Ananias é fundamental At 9,10ss
• Para evitar ser morto pelos judeus, se exila três anos na Arábia
  (Gl 1,15-19), depois tenta voltar para Damasco, mas os judeus
  pedem a cabeça At 9,23-25
• Parte escondido para Jerusalém At 9,26-30: Os discípulos têm
  medo e não acreditam; os judeus querem matá-lo; fala aos
  helenistas (volta ao berço)
• Ciúme, inveja, ódio ou prudência? Mandam-no para sua terra
  natal, Tarso, onde continua a pregação (cinco anos)
• Conversão: 3 anos na Arábia e 5 anos em Tarso
De Jerusalém a Roma
O método de evangelização de Paulo
• 1 Visitar as comunidades;
• 2 Preparar, instituir e estabelecer líderes locais;
• 3 Escrever cartas e manter contatos e notícias;
• 4 Rever as comunidades, solidificar o evangelho;
• 5 Enviar discípulos como embaixadores,
  representantes legítimos e autorizados a falar em
  seu nome, como visitadores e apóstolos seus para
  as igrejas.
• 6 Uma vez plantado o evangelho num lugar,
  partir para outros...
Relatos autobiográficos 1
•   Fl 1,12-26 “Quero ainda, irmãos, cientificar-vos de que as coisas que me aconteceram têm, antes, contribuído para o progresso
    do evangelho; 13 de maneira que as minhas cadeias, em Cristo, se tornaram conhecidas de toda a guarda pretoriana e de todos os
    demais; 14 e a maioria dos irmãos, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar com mais desassombro a palavra de
    Deus. 15 Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade; 16 estes, por
    amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho; 17 aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia,
    insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias. 18 Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer
    modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei. 19
    Porque estou certo de que isto mesmo, pela vossa súplica e pela provisão do Espírito de Jesus Cristo, me redundará em
    libertação, 20 segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia,
    como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte. 21 Porquanto, para mim,
    o viver é Cristo, e o morrer é lucro. 22 Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de
    escolher. 23 Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente
    melhor. 24 Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne. 25 E, convencido disto, estou certo de que ficarei e
    permanecerei com todos vós, para o vosso progresso e gozo da fé, 26 a fim de que aumente, quanto a mim, o motivo de vos
    gloriardes em Cristo Jesus, pela minha presença, de novo, convosco.”
•   Fl 3,1-17 “Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor. Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança
    para vós. 2 Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão; 3 Porque a circuncisão somos nós,
    que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne. 4 Ainda que também podia confiar
    na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu: 5 Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da
    tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu; 6 Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que
    há na lei, irrepreensível. 7 Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. 8 E, na verdade, tenho também por perda
    todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as
    considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, 9 E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a
    que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; 10 Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à
    comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte; 11 Para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição
    dentre os mortos. 12 Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui
    também preso por Cristo Jesus. 13 Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que,
    esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, 14 Prossigo para o alvo, pelo prêmio
    da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. 15 Por isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis
    alguma coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará. 16 Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma
    regra, e sintamos o mesmo. 17 Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós,
    pelos que assim andam.”
•   Gl 1,13-24 “Ouvistes, certamente, da minha conduta de outrora no judaísmo, de como perseguia sobremaneira e devastava a
    Igreja de Deus e progredia no judaísmo mais do que muitos compatriotas da minha idade, distinguindo-me no zelo pelas
    tradições paternas. Quando, porém, aquele que me separou desde o seio materno e me chamou por sua graça, houve por bem,
    revelar em mim o seu Filho para que eu o evangelizasse entre os gentios, não consultei carne nem sangue, nem subi a Jerusalém
    aos que eram apóstolos antes de mim, mas fui à Arábia e voltei novamente a Damasco. Em seguida, após três anos, subi a
    Jerusalém para avistar-me com Cefas e fiquei com ele quinze dias. Não vi nenhum apóstolo, mas somente Tiago, o irmão do
    Senhor. Isso vos escrevo e quero que conste diante de Deus que não minto. Mais tarde me dirigi à região da Síria e da Cilícia. As
    igrejas cristãs da Judéia não me conheciam pessoalmente; só tinham ouvido contar: aquele que antes nos perseguia, agora
    anuncia a boa notícia da fé que antes tentava destruir, e por minha causa davam glória a Deus”.
Relatos autobiográficos 2
•   1Cor 4,9-13 “Julgo que Deus nos expôs, a nós, apóstolos, em último lugar, como condenados à morte: fomos dados em espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. Somos loucos
    por causa de Cristo, vós, porém sois prudentes em Cristo; somos fracos, vós, porém sois fortes; vós sois bem considerados, nós, porém, somos desprezados. Até o momento presente
    ainda sofremos fome, sede e nudez; somos maltratados, não temos morada certa e fatigamo-nos trabalhando com nossas mãos. Somos amaldiçoados e bendizemos; somos perseguidos
    e suportamos; somos caluniados e consolamos. Até o presente somos considerados o lixo do mundo e a escória do universo”.
•   2Cor 11,21-33 “Digo-o, pois, para a vossa vergonha: poder-se-ia crer que nós é que fomos fracos. Aquilo que os outros ousam apresentar – falo como insensato – ouso-o também eu.
    São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. São descendentes de Abraão? Também eu. São ministros de Cristo? Como insensato, digo: muito mais eu. Muito mais pelas
    fadigas, muito mais pelas prisões, infinitamente mais pelos açoites. Muitas vezes vi-me em perigo de morte. Dos judeus recebe cinco vezes os quarenta golpes menos um.[1] Três
    vezes fui flagelado. Uma vez, apedrejado. Três vezes naufraguei. Passei um dia e uma noite em alto-mar. Fiz numerosas viagens. Sofri perigos nos riso, perigos por parte dos ladrões,
    perigos por parte dos meus irmãos de estirpe, perigos por parte dos gentios, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos por parte dos falsos irmãos. Mais ainda:
    fadigas e duros trabalhos, numerosas vigílias, fome e sede, múltiplos jejuns, frio e nudez. E isto sem contar o mais: a minha preocupação quotidiana, a solicitude que tenho por todas as
    Igrejas. Quem fraqueja, sem que eu também me sinta fraco? Quem cai, sem que eu também fique febril? Se é preciso gloriar-se, de minha fraqueza é que me gloriarei. O Deus e Pai do
    Senhor Jesus, que é bendito pelos séculos, sabe que não minto. Em Damasco, o etnarca do rei Aretas guardava a cidade dos damascenos no intuito de me prender. Mas por uma janela
    fizeram-me descer em um cesto ao longo da muralha e escapei das suas mãos”.
•   At 20,17-38 “17 De Mileto, mandou a Éfeso chamar os presbíteros da igreja. 18 E, quando se encontraram com ele, disse-lhes: Vós bem sabeis como foi que me conduzi entre vós
    em todo o tempo, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, 19 servindo ao Senhor com toda a humildade, lágrimas e provações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram, 20
    jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa, 21 testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento
    para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo. 22 E, agora, constrangido em meu espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que ali me acontecerá, 23 senão que o Espírito
    Santo, de cidade em cidade, me assegura que me esperam cadeias e tribulações. 24 Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira
    e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus. 25 Agora, eu sei que todos vós, em cujo meio passei pregando o reino, não vereis mais o
    meu rosto. 26 Portanto, eu vos protesto, no dia de hoje, que estou limpo do sangue de todos; 27 porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus. 28 Atendei por vós e
    por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. 29 Eu sei que, depois da
    minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. 30 E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os
    discípulos atrás deles. 31 Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, por três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, a cada um. 32 Agora, pois, encomendo-vos ao
    Senhor e à palavra da sua graça, que tem poder para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados. 33 De ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes; 34 vós
    mesmos sabeis que estas mãos serviram para o que me era necessário a mim e aos que estavam comigo. 35 Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os
    necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber. 36 Tendo dito estas coisas, ajoelhando-se, orou com todos eles. 37 Então, houve
    grande pranto entre todos, e, abraçando afetuosamente a Paulo, o beijavam, 38 entristecidos especialmente pela palavra que ele dissera: que não mais veriam o seu rosto. E
    acompanharam-no até ao navio.”
•   At 21,37-22,24 Diante do Tribuno: “37 E, quando Paulo ia sendo recolhido à fortaleza, disse ao comandante: É-me permitido dizer-te alguma coisa? Respondeu ele: Sabes o grego?
    38 Não és tu, porventura, o egípcio que, há tempos, sublevou e conduziu ao deserto quatro mil sicários? 39 Respondeu-lhe Paulo: Eu sou judeu, natural de Tarso, cidade não
    insignificante da Cilícia; e rogo-te que me permitas falar ao povo. 40 Obtida a permissão, Paulo, em pé na escada, fez com a mão sinal ao povo. Fez-se grande silêncio, e ele falou em
    língua hebraica, dizendo:
•   22,1 Irmãos e pais, ouvi, agora, a minha defesa perante vós. 2 Quando ouviram que lhes falava em língua hebraica, guardaram ainda maior silêncio. E continuou: “Eu sou judeu.
    Nasci em Tarso, da Cilícia, mas criei-me nesta cidade, educado aos pés de Gamaliel na observância exata da Lei de nossos pais, cheio de zelo por Deus, como vós todos no dia de hoje.
    Persegui de morte este Caminho, prendendo e lançando à prisão homens e mulheres, como o podem testemunhar o sumo sacerdote e todos os anciãos. Deles Cheguei a receber cartas
    de recomendação para os irmãos em Damasco e para lá me dirigi, a fim de trazer algemados para Jerusalém os que lá estivessem, para serem aqui punidos”
•   Ora, aconteceu que, indo de caminho e já perto de Damasco, quase ao meio-dia, repentinamente, grande luz do céu brilhou ao redor de mim. Então, caí por terra, ouvindo uma voz que
    me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Perguntei: quem és tu, Senhor? Ao que me respondeu: Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu persegues. Os que estavam comigo viram a
    luz, sem, contudo, perceberem o sentido da voz de quem falava comigo. Então, perguntei: que farei, Senhor? E o Senhor me disse: Levanta-te, entra em Damasco, pois ali te dirão
    acerca de tudo o que te é ordenado fazer. Tendo ficado cego por causa do fulgor daquela luz, guiado pela mão dos que estavam comigo, cheguei a Damasco. Um homem, chamado
    Ananias, piedoso conforme a lei, tendo bom testemunho de todos os judeus que ali moravam, veio procurar-me e, pondo-se junto a mim, disse: Saulo, irmão, recebe novamente a
    vista. Nessa mesma hora, recobrei a vista e olhei para ele. Então, ele disse: O Deus de nossos pais, de antemão, te escolheu para conheceres a sua vontade, veres o Justo e ouvires uma
    voz da sua própria boca, porque terás de ser sua testemunha diante de todos os homens, das coisas que tens visto e ouvido. E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo
    e lava os teus pecados, invocando o nome dele.
•   (esquece aqui a informação de Gl 1,18-19, concorde com At 9,25-26)
•   17 Depois, tendo eu voltado a Jerusalém, e orando no Templo, sucedeu-me entrar em êxtase. 18 E vi o “Senhor, que me dizia: - Apressa-te, sai logo de Jerusalém, porque não
    acolherão o teu testemunho a meu respeito. – 19 Retruquei então: Mas Senhor, eles sabem que era eu quem andava prendendo e vergastando, de sinagoga em sinagoga, os que criam
    em ti. 20 E quando derramavam o sangue de Estevão, tua testemunha, eu próprio estava presente, apoiando aqueles que o matavam, e mesmo guardando suas vestes (At 7,58; 8,1;
    22,20). 21 Ele mesmo me disse: - Vai, porque é para os gentios , para longe, que quero enviar-te!
•   22 Escutaram-no até esse momento. A estas palavras, porém, começaram a gritar: - Tira da terra este indivíduo! Não convém que ele viva! 23 E esbravejavam, arremessavam seus
    mantos e atiravam poeira aos ares. 24 O tribuno mandou então recolhê-lo à fortaleza, ordenando também que o interrogassem sob os açoites, a fim de averiguar o motivo por que
    gritavam tanto contra ele.”
•   Esquece ou não refere intencionalmente a ida para a Arábia Gl 1,18-19?
Relatos autobiográficos 3
•   At 23,1-9 Diante do sinédrio “Fitando Paulo os olhos no Sinédrio, disse: Varões, irmãos, tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência até ao dia de hoje. 2 Mas o sumo sacerdote, Ananias,
    mandou aos que estavam perto dele que lhe batessem na boca. 3 Então, lhe disse Paulo: Deus há de ferir-te, parede branqueada! Tu estás aí sentado para julgar-me segundo a lei e, contra a lei, mandas
    agredir-me? 4 Os que estavam a seu lado disseram: Estás injuriando o sumo sacerdote de Deus? 5 Respondeu Paulo: Não sabia, irmãos, que ele é sumo sacerdote; porque está escrito: Não falarás mal de
    uma autoridade do teu povo. 6 Sabendo Paulo que uma parte do Sinédrio se compunha de saduceus e outra, de fariseus, exclamou: Varões, irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus! No tocante à esperança
    e à ressurreição dos mortos sou julgado! 7 Ditas estas palavras, levantou-se grande dissensão entre fariseus e saduceus, e a multidão se dividiu. 8 Pois os saduceus declaram não haver ressurreição, nem
    anjo, nem espírito; ao passo que os fariseus admitem todas essas coisas. 9 Houve, pois, grande vozearia. E, levantando-se alguns escribas da parte dos fariseus, contendiam, dizendo: Não achamos neste
    homem mal algum; e será que algum espírito ou anjo lhe tenha falado?”
•   At 24,10-27 Diante de Félix “10 Paulo, tendo-lhe o governador feito sinal que falasse, respondeu: Sabendo que há muitos anos és juiz desta nação, sinto-me à vontade para me defender, 11 visto poderes
    verificar que não há mais de doze dias desde que subi a Jerusalém para adorar; 12 e que não me acharam no templo discutindo com alguém, nem tampouco amotinando o povo, fosse nas sinagogas ou na
    cidade; 13 nem te podem provar as acusações que, agora, fazem contra mim. 14 Porém confesso-te que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao Deus de nossos pais, acreditando em
    todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas, 15 tendo esperança em Deus, como também estes a têm, de que haverá ressurreição, tanto de justos como de injustos. 16 Por
    isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens. 17 Depois de anos, vim trazer esmolas à minha nação e também fazer oferendas, 18 e foi nesta prática que alguns
    judeus da Ásia me encontraram já purificado no templo, sem ajuntamento e sem tumulto, 19 os quais deviam comparecer diante de ti e acusar, se tivessem alguma coisa contra mim. 20 Ou estes mesmos
    digam que iniqüidade acharam em mim, por ocasião do meu comparecimento perante o Sinédrio, 21 salvo estas palavras que clamei, estando entre eles: hoje, sou eu julgado por vós acerca da ressurreição
    dos mortos. 22 Então, Félix, conhecendo mais acuradamente as coisas com respeito ao Caminho, adiou a causa, dizendo: Quando descer o comandante Lísias, tomarei inteiro conhecimento do vosso caso.
     23 E mandou ao centurião que conservasse a Paulo detido, tratando-o com indulgência e não impedindo que os seus próprios o servissem. 24 Passados alguns dias, vindo Félix com Drusila, sua mulher,
    que era judia, mandou chamar Paulo e passou a ouvi-lo a respeito da fé em Cristo Jesus. 25 Dissertando ele acerca da justiça, do domínio próprio e do Juízo vindouro, ficou Félix amedrontado e disse: Por
    agora, podes retirar-te, e, quando eu tiver vagar, chamar-te-ei; 26 esperando também, ao mesmo tempo, que Paulo lhe desse dinheiro; pelo que, chamando-o mais freqüentemente, conversava com ele. 27
    Dois anos mais tarde, Félix teve por sucessor Pórcio Festo; e, querendo Félix assegurar o apoio dos judeus, manteve Paulo encarcerado.”
•   At 26,2-23 Diante de Agripa “Considero-me feliz, ó rei Agripa, por poder hoje, diante de ti, defender-me de todas as coisas de que, pelos judeus, sou acusado. Tanto mais porque estás ao corrente de
    todos os costumes e controvérsias dos judeus, razão também pela qual te peço que me escutes com paciência. O que foi o meu modo de viver, desde a mocidade, como transcorreu desde o início, no meio
    do meu povo e em Jerusalém, sabem-no todos os judeus. Eles me conhecem de longa data e podem atestar, se quiserem, que tenho vivido segundo a seita mais severa de nossa religião, como fariseu. E
    agora, estou sendo aqui julgado por causa da esperança na promessa feita por Deus aos nossos pais, à qual esperam chegar as nossas doze tribos, que servem a Deus noite e dia, com toda a diligência. É por
    causa dessa esperança, ó rei, que pelos judeus sou acusado. Entretanto, por que se julga incrível, entre vós, que Deus ressuscite os mortos?
•   Quanto a mim, parecia-me necessário fazer muitas coisas contra a nome de Jesus, o Nazareno. Foi o que fiz em Jerusalém: a muitos dentre os santos eu mesmo encerrei nas prisões, recebia autoriza;ao dos
    chefes dos sacerdotes; e, quando eram mortos, eu contribuía com o meu voto. Muitas vezes, percorrendo todas as sinagogas, por meio de torturas quis forçá-los a blasfemar; e, no excesso do meu furor,
    cheguei a persegui-los até em cidades estrangeiras.
•   Com este intuito encaminhei-me a Damasco, com a autoridade e a permissão dos chefes dos sacerdotes. No caminho, pelo meio-dia, eu vi, ó rei, vinda do céu e mais brilhante que o sol, uma luz que me
    circundou a mim e aos que me acompanhavam. Caímos todos por terra, e ouvi uma voz que me falava em língua hebraica: Saul, Saul, porque me persegues? É duro para ti recalcitrar contra o aguilhão.
    Perguntei: Quem és, Senhor? E o Senhor respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo. Mas levanta-te e fica firme em pé, porque este é o motivo por que te apareci: para constituir-te servo e
    testemunha da visão na qual me viste e daquelas nas quais ainda te aparecerei. Eu te livrarei do povo e das nações gentias, ,às quais te envio para lhes abrires os olhos e assim se converterem das trevas à
    luz e da autoridade de Satanás para Deus. De tal modo receberão, pela fé em mim, a remissão dos pecados e a herança entre os santificados. Quanto a mim, rei Agripa, não me mostrei rebelde ,a visão
    celeste. Ao contrário, primeiro aos habitantes de Damasco, aos de Jerusalém e em toda a região da Judéia, e depois aos gentios, anunciei o arrependimento e a conversão a Deus com a prática de obras
    dignas deste arrependimento. É por causa disso que os judeus, tendo-se apoderado de mim no Templo, tentaram matar-me. Tendo alcançado, porém, o auxílio que vem de Deus, até o presente dia
    continuo a dar o meu testemunho diante de pequenos e grandes, nada mais dizendo senão o que os Profetas e Moisés disseram que havia de acontecer: que o Cristo devia sofrer e que, sendo o primeiro a
    ressuscitar dentro os mortos, anunciaria a luz ao povo e aos gentios”.
•   1Tm 1,12-16 “Sou agradecido para com aquele que me céu força, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me julgou fiel, tomando-me para seu serviço, a mim que outrora era blasfemo, perseguidor e insolente.
    Mas obtive misericórdia, porque agi por ignorância, na incredulidade. Superabundou, porém, para mim, a graça de nosso Senhor, com a fé e o amor que há em Cristo Jesus. Fiel é esta palavra e digna de
    toda a aceitação: Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o primeiro. Se me foi feita misericórdia, foi para que em mim primeiro, Cristo Jesus demonstrasse toda a sua
    longanimidade, como exemplo para todos quantos nele hão de crer pra a vida eterna”.
•   2Tm 1,12-18 “Eis por que sofro estas coisas. Todavia não me envergonho, porque eu sei em quem depositei a minha fé, e estou certo de que ele tem poder para guardar o meu depósito, até aquele Dia. ...
    Tu sabes que todos os da Ásia me abandonaram, dentre eles Figelo e Hermógenes. Que o Senhor conceda misericórdia à família de Onesíforo, por que ele muitas vezes me confortou e não se envergonhou
    de minhas cadeias; ao contrário, quando chegou a Roma, me procurou solicitamente até me encontrar. Que o Senhor lhe conceda achar misericórdia junto ao Senhor naquele Dia. Tu sabes, melhor do que
    eu, de todos os serviços que me prestou em Éfeso”.
•   2Tm 2,8-10 “Lembra-te de Jesus Cristo ressuscitado dentre os mortos, da descendência de Davi, segundo o meu Evangelho, pelo qual sofro, até às cadeias, como malfeitor. Mas a Palavra de Deus não está
    algemada! É por isso que tudo suporto, por causa dos eleitos, a fim de que também eles obtenham a salvação que está em Cristo Jesus, com a glória eterna”.
•   2Tm 4,6-18 “Quanto a mim, já fui oferecido em libação e chegou o tempo da minha partida. Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Desde já me está reservada a coroa da justiça,
    que me dará o ‘senhor, justo Juiz, naquele Dia; e não somente a mim, mas a todos os que tiverem esperado com amor sua Aparição. Procurai vir me encontrar o mais depressa possível. Pois Demas me
    abandonou por amor ao mundo presente. Ele partiu para Tessalônica. Crescente para a Galácia, Tito para a Dalmácia. Somente Lucas está comigo. Toma contigo Marcos, e traze-o, pois me é útil no
    ministério. Enviei Tíquico a Éfeso. Traze-me, quando vieres, o manto que deixei em Trôade, na casa de Carpo, e também os livros, especialmente os pergaminhos. Alexandre, o fundidor, deu provas de
    muita maldade para comigo. O Senhor lhe retribuirá segundo suas obras. Tu, guarda-te também dele, porque se opôs fortemente às nossas palavras.
•   Na primeira vez em que apresentei minha defesa ninguém me assistiu, todos me abandonaram. Que isto não lhes seja imputado. Mas o Senhor me assistiu e me revestiu de forças, a fim de que por mim a
    mensagem fosse plenamente proclamada e ouvida por todas as nações. E eu fui libertado da boca do leão. O Senhor me libertará de toda obra maligna e me guardará para o seu Reino celeste. A ele a glória
    pelos séculos! Amém!”
Relatos do Narrador (At)
•   At 7,58b-8,1 “As testemunhas tinham deposto as vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. Enquanto o apedrejavam, Estevão pronunciou esta invocação: - Senhor,
    não lhes leves em conta este pecado! – E a essas palavras, morreu. Ora, Saulo era um dos que aprovavam este tipo de execução”.
•   At 8, 3 “Saulo, no entanto, devastava a Igreja; penetrava nas casas e arrancava de lá homens e mulheres e os lançava na prisão.”
•   At 9,1-7 “Saulo, que respirava contínuas ameaças e morticídios contra os discípulos do Senhor, foi pedir ao Sumo Sacerdote cartas para as sinagogas de Damasco. Se
    encontrasse lá adeptos do Caminho, ele os traria presos a Jerusalém. Seguindo o Caminho, ele se aproximava de Damasco, quando, de repente, um luz vinda do céu o
    envolver com o seu brilho. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: “Saul! Saul! por que me persegues? – Quem és tu, perguntou ele – Eu sou Jesus, é a mim que
    persegues. Mas levanta-te, entra na cidade e ser-te-á mostrado o que deves fazer.”
•   At 9,19b-30 “Então, permaneceu em Damasco alguns dias com os discípulos. 20 E logo pregava, nas sinagogas, a Jesus, afirmando que este é o Filho de Deus. 21 Ora,
    todos os que o ouviam estavam atônitos e diziam: Não é este o que exterminava em Jerusalém os que invocavam o nome de Jesus e para aqui veio precisamente com o
    fim de os levar amarrados aos principais sacerdotes? 22 Saulo, porém, mais e mais se fortalecia e confundia os judeus que moravam em Damasco, demonstrando que
    Jesus é o Cristo. 23 Decorridos muitos dias, os judeus deliberaram entre si tirar-lhe a vida; 24 porém o plano deles chegou ao conhecimento de Saulo. Dia e noite
    guardavam também as portas, para o matarem. 25 Mas os seus discípulos tomaram-no de noite e, colocando-o num cesto, desceram-no pela muralha. 26 Tendo
    chegado a Jerusalém, procurou juntar-se com os discípulos; todos, porém, o temiam, não acreditando que ele fosse discípulo. 27 Mas Barnabé, tomando-o consigo,
    levou-o aos apóstolos; e contou-lhes como ele vira o Senhor no caminho, e que este lhe falara, e como em Damasco pregara ousadamente em nome de Jesus. 28 Estava
    com eles em Jerusalém, entrando e saindo, pregando ousadamente em nome do Senhor. 29 Falava e discutia com os helenistas; mas eles procuravam tirar-lhe a vida. 30
    Tendo, porém, isto chegado ao conhecimento dos irmãos, levaram-no até Cesaréia e dali o enviaram para Tarso.”
•   At 18,12-17 “Quando, porém, Gálio era procônsul da Acaia, levantaram-se os judeus, concordemente, contra Paulo e o levaram ao tribunal, 13 dizendo: Este persuade
    os homens a adorar a Deus por modo contrário à lei. 14 Ia Paulo falar, quando Gálio declarou aos judeus: Se fosse, com efeito, alguma injustiça ou crime da maior
    gravidade, ó judeus, de razão seria atender-vos; 15 mas, se é questão de palavra, de nomes e da vossa lei, tratai disso vós mesmos; eu não quero ser juiz dessas coisas!
    16 E os expulsou do tribunal. 17 Então, todos agarraram Sóstenes, o principal da sinagoga, e o espancavam diante do tribunal; Gálio, todavia, não se incomodava com
    estas coisas. 18 Mas Paulo, havendo permanecido ali ainda muitos dias, por fim, despedindo-se dos irmãos, navegou para a Síria, levando em sua companhia Priscila e
    Áqüila, depois de ter raspado a cabeça em Cencréia, porque tomara voto.”
•   At 19,8-10 – Em Éfeso “Durante três meses, Paulo freqüentou a sinagoga, onde falava ousadamente, dissertando e persuadindo com respeito ao reino de Deus. 9 Visto
    que alguns deles se mostravam empedernidos e descrentes, falando mal do Caminho diante da multidão, Paulo, apartando-se deles, separou os discípulos, passando a
    discorrer diariamente na escola de Tirano. 19,10 Durou isto por espaço de dois anos, dando ensejo a que todos os habitantes da Ásia ouvissem a palavra do Senhor,
    tanto judeus como gregos.”
•   At 19, 21-22 – De Éfeso “Assim, a palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente. 21 Cumpridas estas coisas, Paulo resolveu, no seu espírito, ir a Jerusalém,
    passando pela Macedônia e Acaia, considerando: Depois de haver estado ali, importa-me ver também Roma. 22 Tendo enviado à Macedônia dois daqueles que lhe
    ministravam, Timóteo e Erasto, permaneceu algum tempo na Ásia. 23 Por esse tempo, houve grande alvoroço acerca do Caminho.”
•
    [1] A lei (Dt 25,2-3) permitia que um culpado fosse açoitado com quarenta golpes (40) num só flagelo. Paulo apanhou cinco vezes. Muitos eram torturados por
    diferentes verdugos e a contagem iniciava sempre do “zero”. Para evitar de que houvesse uma transgressão da lei, isto é, que fossem aplicados mais de quarenta, por erro
    de contagem, aplicavam trinta e nove (39), com isso, caso o açoitado viesse a falecer, não seria por descumprimento da lei. Alguns historiadores acreditam que essa lei
    valia apenas para os judeus, e que os outros condenados ao flagelo recebiam nos açoites uma quantidade de golpes equivalente ao ódio dos seus verdugos e não raro,
    morriam. Muitas vezes eram considerados os golpes de um único verdugo, permitindo que, por diferentes torturadores, cada qual aplicasse uma soma de trinta e nova,
    fazendo com que o condenado recebesse além de uma centena de açoites.
Paulo e o Helenismo 1
• Princípios da Cultura helênica:
• 1. o cosmopolitismo (quem é livre, é cidadão do universo,
  sem distinção de raça, cultura ou sexo)
• 2. o individualismo (cada um recebe talentos suficientes
  para superar todos os obstáculos)
• 3. o realismo (o que importa é o real, pois a sombra passa
  – o mito da caverna de Platão)
• 4. a teocracia (o destino da vida humana está nas mãos da
  divindade – o ser humano precisa alcançar o conhecimento
  e o seu desenvolvimento pleno – a “teleiosis”)
Paulo e o Helenismo 2
• As cosmogonias
• 1. as teorias sobre o começo do universo: os quatro
  elementos fundamentais dos seres.
• 2. o Princípio (O lógos = Heráclito: é o princípio da
  razão, o princípio da vida – a “dynamis” em si
  mesmo, como liberdade e como ação)
• 3. os mythoy (mitos = discurso, homilia, diálogo –
  narrativa da obviedade, discurso com um escopo
  psicológico, catequético ou persuasivo)
• HERMES, o grande mytho da divindade
  benevolente, compassiva e solidária, mas não se
  encarna, não sofre e volta – de onde veio -sem
  deixar marcas.
Paulo e o Helenismo 3
• Os esquemas filosófico-antropológicos
• 1. A harmonia cósmica (kosmos = perfeição,
  sincronia, harmonia – a vida é um todo e cada um
  é uma parte)
• 2. A cosmovisão (a vida interior e a exterior
  necessitavam de integração – a beleza das
  cidades, os jogos, a educação...)
• 3. A cosmologia (a natureza alimenta os animais,
  os animais os seres humanos, os humanos
  voltados para as divindades superiores)
• 4. A gnôsis (caminho do aperfeiçoamento)
Paulo e o Helenismo 4
• A escatologia (o fim último da vida)
• 1. O fim último esperado é a felicidade;
• 2. A recompensa vem como resultado do
  aperfeiçoamento progressivo;
• 3. Os sacrifícios e as lutas contra o mal trazem
  benefícios para a perfeição (estóicos);
• 4. O sábio é sempre feliz por que vive e ama o fim
  último da vida (Cícero);
• 5. O ser humano foi criado por Deus para a
  felicidade plena (estóicos)
Paulo e o Helenismo 5
• A mulher, na cultura grega:
• 1. As nobres, cultas e livres;
• 2. As plebéias, incultas e escravas;
• 3. As prisioneiras de guerras;
• 4. A mulher grega teve períodos de maior liberdade
  e outros de restrições quanto ao uso e posse de
  bens e dinheiro;
• No mundo de Paulo: Lídia é comerciante;
• Cloé (de Cencréia) envia notícias a Paulo, em
  Éfeso, através de seus empregados;
• Em Tessalônica, muitas mulheres ricas aderem ao
  Evangelho (At 17,4)
Paulo e o Helenismo 6
• Os princípios da ética helenística:
• 1. O princípio do ser humano é ser bom,
  éticamente correto;
• 2. A perfeição decorre de quatro virtudes:
• a. A inteligência;
• b. A fortaleza;
• c. A circunspecção;
• d. A justiça;
• 3. A “arêtê” é a capacidade do desenvolvimento
  integral do ser humano, em todas as suas
  potencialidades e forças.
Paulo e o Judaismo 1
• As proibições da Lei:
• 1. No Pentateuco encontram-se, cerca, de 248
  orientações positivas e 365 preceitos negativos
  (proibitivos);
• 2. Na literatura rabínica existem 341 perícopes
  que tratam do comportamento e pureza dietética;
• 3. Destas 431 (acima), 229 falam da participação
  às refeições e alimentos puros e impuros;
• 4. No dia a dia era quase impossível não incorrer
  em alguma maldição.
Paulo e o judaísmo 2
• A maldição da Lei:
• 1. No Dt 27,15-26 estão explicitadas 11 maldições;
• 2. A última maldição Dt 27,26 é para todo aquele que
  não observa todos os ditames da Lei;
• 3. No Lv 20,9-21 encontram-se sete casos de pena de
  morte;
• 4. No Decálogo Ex 20,13; Dt 5,17 = “Não matarás”!
• 6. O sábado: Ex 20,8; Lv 23,3; Dt 5,12 = O judeu não
  trabalha, mas faz o escravo trabalhar no sábado e no
  domingo;
• 7. Lv 11 legisla sobre animais puros e impuros;
• 8. Lv 12-14 – Estabelece juízos sobre doenças e causas
Paulo e o judaísmo 3
• As leis sociais:
• 1. O estrangeiro Ex 20,20; Lv 19,33-34 – Não poderia ser
  discriminado – “Lembra-te que foste escravo, no Egito!
• 2. O assalariado Dt 24,14-15 – Não deve ser oprimido,
  explorado ou seu salário retido para o dia seguinte (juros
  na aplicação dos salários dos operários)
• 3. O órfão e a viúva Dt 24,19-21 – O cuidado de deixar
  sobras para eles, quer no campo, quer na mesa
  consagrada – Dt 25, 12-15 = deixar de pagar o dízimo
  para dar comida ao órfão, à viúva, ao levita e ao
  estrangeiro.
Paulo e o judaísmo 4

• As leis judaicas:           • O Decálogo:
• 1. Puro e impuro como       • 1. Não faz menção ou
  algo que contamina            distinção de alimentos;
• 2. Doenças são castigos     • 2. Não associa doenças
  pelos pecados (mitos);        com pecado ou castigo;
• 3. A pena de morte a todo   • 3. Interdita a pena de
  o infrator da lei;            morte, em qualquer
                                circunstância.
Paulo e o Romanismo 1
• O Direito Civil Romano:
• A origem exata é desconhecida – alguns
  historiadores apontam o império etrusco como a
  fonte primária (751 a.C), mas foi no V séc. (451)
  a.C., que os romanos enviaram estudiosos a
  Atenas para copiar as leis de Sólon. Inicia-se
  assim o Direito do cidadão de Roma.
• O Novo Código civil teria sido escrito em 10
  tábuas, mas os plebeus teriam exigido uma
  complementação, e acrescentaram mais duas=12.
• Os Celtas, no entanto, destruíram tudo em 387.
Paulo e o Romanismo 2
• O Direito Civil Romano:
• 1. De 451 a 201 a.C. o código vai sendo
  reformulado e adaptado aos conceitos e tempos;
• 2.De 201 a 27 a.C. recebe uma elaboração mais
  flexível e mais voltada para os direitos sociais;
• 3. No início da era cristã o direito alcança seu
  período áureo – nasce a função dos juristas para
  aconselhar e orientar os pretores nos processos;
• 4. Em 160 d.C. o jurista Caio cria o direito
  privado em personae; res e actiones, base dos
  códigos posteriores.
Paulo e o Romanismo 3

•   No Ocidente          •   No Oriente
•   1. Consul            •   1. Edil
•   2. Pretor            •   2. Tribuno
•   3. Questor           •   3. Censor
•   4. Protomagister     •   4. Governador

• Título máximo:         • Título máximo
• Pontifex maximus       • Magister Militum
Paulo e o Romanismo 4
• Dos princípios do Direito Romano:
• 1. O sujeito: pessoa física ou jurídica, desde que tenha
  capacidade de ação;
• 2. A pessoa física: a. Que ela exista; b. Que tenha
  capacidade jurídica, i.é., capacidade de contrair
  obrigações e direitos;
• 3. A existência: o feto não é pessoa, mas tem sua
  existência garantida desde a concepção;
• 4. Da capacidade jurídica: a. Ser livre; b. ser cidadão
  romano; c. independente do pátrio poder;
• 5. Da cidadania: a. Filho de mãe romana; b.
  Naturalização romana; c. Determinação do magistrado;
  d. Determinação do imperador.
Paulo e Jesus Cristo 1
• De Damasco à Antioquia:
• 1. Saulo é alcançado por Jesus Cristo, no caminho de
  Damasco (At 9);
• 2. Jesus Cristo mostra a Saulo que tudo o que ele fazia,
  como fariseu, era skybala (Fl 3,8);
• 3. A mudança se torna um processo doloroso. Ainda não
  era convertido e já é odiado (At 9,23-25);
• 4. Foge para a Arábia, onde evangeliza por 3 anos (Gl
  1,17-19);
• 5. Não pode testemunhar em Jerusalém (At 9,26-30);
• 6. Evangeliza sua terra, Tarso, por 5 anos, até ser
  incluído no grupo dos discípulos por Barnabé (At 11,25)
Paulo e Jesus Cristo 2
• 1. A ressurreição: Paulo não conheceu Jesus de Nazaré;
• 2. O arrebatamento: O evangelho de Paulo não dependia
  da convivência com os discípulos, mas da revelação que
  recebera (Onde? Quando? De que forma? – 2Cor 12,1-7;
• 3. A imitação de Jesus Cristo: Paulo não inventa e não
  cria nada, mas imita Jesus e pede que os seus
  evangelizados imitem Jesus Cristo, como ele, Fl 3,17;
• 4. O exemplo de Jesus é fundamental para qualquer
  cristão, Fl 2,6-8;
• 5. Jesus não consultou a sinagoga para sua missão (Lc
  4,18-19); Paulo não consulta os discípulos (Gl 1,16);
Paulo e o Cristianismo 3
• Religião e questões sociais:
• 1. A pedagogia de Jesus na multiplicação dos
  pães, nas curas e nas instruções;
• 2. As coletas para a Igreja falida de Jerusalém (At
  11,27-30; Tt 1,5; 1Cor 16,1-9);
• 3. O trabalho como compromisso comunitário
  (1Ts 5,12-22; 2Ts 3,10-12);
• 4. A solidariedade e o amor sem hipocrisia (Rm
  12,3-21);
• 5. O amor (agápê) é a plenitude da Lei (1Cor
  13,13; Rm 13,10).
Paulo e o Cristianismo 4
• A ressurreição como resposta aos mitos e como
  alicerce da Nova Religião 1Cor 15;
• A cruz (loucura para os gregos e escândalo para
  os judeus 1Cor 1,23) como opção de cada dia (Lc
  9,23)
• A pedagogia da inclusão – no caminho de Jesus
  estavam pagãos, pecadores, impuros, mulheres –
  em Cristo não há diferença de raça, cor, sexo (Gl
  3,28; Rm 10,12);
• A liberdade em Cristo (Gl 5,1);
Paulo e o Cristianismo 5
• A maldição da lei (Dt 27,26) – Maldito o que for
  suspenso no madeiro (Dt 21,23) – Cristo nos resgatou da
  maldição da Lei (Gl 3,13);
• A ecologia da ressurreição: Todo o cosmos foi atingido e
  transformado pela ressurreição Rm 8,22.
• A liberdade: Foi para a liberdade que Cristo nos libertou
  (Gl 5,1);
• A tolerância: por inveja, por porfia ou por amor
  autêntico, desde que anunciem, que o façam (Fl 1,15-17)
• A radicalidade: não há dois evangelhos, nisso não há
  negociação (Gl 1,6-9).
Propostas de solução de Paulo
•   AS METRÓPOLIS GREGAS
•   Os problemas de Filipos
•   1. A arrogância e o status de alguns;
•   2. A distância dos pobres;
•   3. Os conflito de Evódia e Síntique;
•   4. Os que anunciavam por inveja de Paulo;
•   5. Os cães, falsos circuncisos e maus
    trabalhadores;
Propostas de solução para Filipos
• 1. A tolerância com os invejosos Fl 1,15-18;
• 2. O exemplo dele no seguimento Fl 3,17;
• 3. Cristo como exemplo para ele 2,6-8;
• 4. O orgulho tem como solução a humildade,
  assim aquilo que era o máximo vira estrume 3,8;
• 5. Aquilo que havia em Cristo deve estar no
  cristão 2,5;
• 6. Tudo deve ser feito sem murmurações e com
  sinceridade 2,14-18; 4,4
• 7. Tudo o que é bom, honesto, sensato,
  virtuoso… isto praticai 4,8.
Propostas de solução para Tessalônica
• 1. Para os teóricos da Salvação, o Evangelho de Paulo
  não foi apenas de palavras, mas com obras, no Espírito
  Santo 1,5; 2,1-4;
• 2. Aos acomodados ficou o exemplo do trabalho e das
  fadigas, noite e dia do Apóstolo 2,9;
• 3. Os pagãos, no seu edonismo, não conhecem a Deus,
  por isso, o cristão precisa abster-se daquilo que destrói a
  vida da comunidade 4,4-8;
• 4. Os corruptos não acreditam na “parousia” (vinda de
  Jesus Cristo), mas na ressurreição é ele quem julga
  4,13-5,12
Propostas de solução para Corinto 1
• Sacramentalização x evangelização
• Os mitos = A ressurreição, Jesus não é mito, não é Hermes ou
  outro avatar – Se encarnou (Jo 1,14)
• O sacrifício x comodismo = a cruz como escândalo ou como
  loucura. O hedonismo não constrói
• Os mestres e partidos = ninguém se considere dono, mas todos
  são ministros, servidores que devem prestar contas (1Cor 4,1ss)
• O liberalismo total (1Cor 6,12) = proposta de responsabilidade e
  compromisso com as consequencias;
• Celibato x casamento – as duas vocações são importantes, cada
  um escolhe a que for capaz de assumir (1Cor 7)
Propostas de solução para Corinto 2
• A estrutura da comunidade: os gregos eram individualistas, mas o
  cristianismo é comunitário 1Cor 12;
• Os adeptos de Pedro não gostavam de Paulo, mas ele argumenta que
  “viu o Senhor” e por isso, mesmo não tendo convivido com Jesus, o
  Ressuscitado lhe apareceu e sua autoridade era igual (1Cor 9,1-3);
• Os dois altares da Ceia: muitos eram corruptos, injustos e ideólogos,
  mas participavam da Ceia sem se comprometer e sem se converter;
• Aos esotéricos gregos: falar línguas não edifica a comunidade, mas
  a profecia 1Cor 14;
• Tudo é importante, mas o que interessa é o agápê;
• A mitologia não prova a encarnação dos deuses; o cristianismo
  prova a ressurreição do Homem, Jesus de Nazaré, 1Cor 15;
Propostas de solução para a Galácia 1
• 1. Os manipuladores da verdade querem distorcer o evangelho,
  mas outro evangelho não existe, é ideologia 1,6-9;
• 2. O evangelho anunciado por Paulo não procede de homem
  algum, mas da Revelação de Jesus C. 1,12-19 (Cf. 1Cor 15;
  2Cor 12,1-4);
• 3. A rejeição à autoridade de Paulo por não ter ido consultar a
  autoridade em Jerusalém (1,17; 2,1; 1Cor 9,1-3; cf. Lc 4,18-19;
  Is 61,1-2);
• 4. Os apóstolos de Jerusalém ainda estavam apegados à
  circuncisão, e Tito, grego, foi obrigado, para evitar conflitos
  2,3;
• 5. Os falsos irmãos expiam a liberdade dos outros 2,4;
• 6. O Evangelho não pode ser submetido à escravidão da Lei
  2,5;
Propostas de solução para a Galácia 2
• 1. O conflito da Antioquia, desatinos e pacto
  fechado, com aceitação dos “dokountes” para dois
  modelos: Pedros aos circuncisos; Paulo aos gentios
  (2,7-10) ; Rm 4 = Abraão, chamado incircunciso;
• 2. O ser humano não é justificado pelas obras da
  Lei, mas pela fé em JC 2,16; cf. 2,21;3,8; Rm 4;
• 3. Os que praticam a fé são abençoados em Abraão
  3,12-16;
• 4. Os ideólogos “enfeitiçam” 3,1-4;
• 5. A inclusão da mulher, … 3,28;
Propostas de solução para os Gálatas 3
• 1. Existem duas alianças: Uma livre e outra para
  escravos (Sara e Agar) para o AT. Os que
  continuam conservadores (escravos); os que crêem
  = livres 4,24-31 – Em Cristo, todos estão livres;
• 2. Quem se deixa circuncidar (conservador) anula
  Jesus Cristo 5,2;
• 3. O cristão é chamado à liberdade, mas ela exige a
  prática do amor 5,13.
Propostas de solução para Roma 1
• 1. A “ira” de Deus será manifesta dos céus contra os
  praticantes da injustiça e iniquidade 1,18;
• 2. A lista de vícios que representa o abandono de Deus e o
  pacto com o pecado no próprio corpo 1,22-32; (o corpo é o
  templo do ES, 1Cor 6,19);
• 3. Do ponto de vista jurídico, quem julga, sabe que tem um
  agravante quando julga 2,1ss;
• 4. O judeu que peca não tem desculpa, porque conhece a
  Lei; pecar conhecendo significa um castigo maior 2,14-29;
• 5. Qual é a vantagem do judeu? 3,1ss
Propostas de solução para Roma 2
• 1. Abraão foi chamado antes da Lei, sem a circuncisão e
  ele é o pai da fé – de que serve Moisés? 4,1ss
• 2. Adão trouxe o pecado, Jesus trouxe a graça 5,13ss; cf.
  Jo 1,17-19;
• 3. O batizado está sepultado para o pecado e lavado em
  Cristo 6,1-33;
• 4. Libertos do pecado, não estão livres de pecar, mas
  devem ser instrumentos da justiça 6,18; Mt 5,20; Is 1,17;
• 5. O desejo da carne é a morte, mas o desejo do Espírito é
  a vida, cada um escolhe 8,1-9; cf. Dt 30,15-20;
Propostas de solução para Roma 3
• 1. As tensões entre a carne e o Espírito são constitutivas da
  dialética humana, mas o Espírito deve governar a carne
  8,7-14;
• 2. O Espírito permite a herança, nele chamamos a Deus de
  Pai, Abbá 8,15;
• 3. A ressurreição afeta a criação inteira, por isso, a ecologia
  e a cristologia se encontram 8,22;
• 4. Ser anáthêma para Cristo e não sofrer da parte dos irmãos
  de carne (9,3; cf. 2Cor 11); ou ser anáthêma dos irmãos e
  sofrer por Cristo, como estava acontecendo? (cf, Mc 10,29);
Propostas de solução para Roma 4
• 1. Aos conservadores judaizantes: Moisés descreve a
  justiça da Lei; Jesus a justiça da fé 10,4-6;
• 2. Quem crê em Cristo, estará salvo 10,8-10;
• 3. A comunidade não pode admitir diferenças de cultura,
  de privilégios… 10,12 (cf. Gl 3,28; Dt 10,17);
• 4. O anti-judaísmo? Deus rejeitou Israel? Se Israel pecou
  (2,1ss) é ele que rejeitou Deus 11,1ss;
• 5. Quem entende de lei, sabe 7,1;
• 6. O amor não se faz de palavras, mas de solidariedade e
  justiça 12,1ss;
Propostas de solução para Corinto 3
• Os desmandos dos Coríntios e a severidade de
  Paulo: a carta das lágrimas 2Cor 2,3ss;
• As imoralidades esquecem que o corpo é o templo
  do Espírito Santo 2Cor 4,7;
• A falta de fé na escatologia: Paulo propões uma
  reflexão sobre a transitoriedade dessa vida e o
  valor da vida para além da vida 2Cor 5,1ss;
• O egoísmo destrói as esperanças no depois, e
  Paulo afirma que quem ama não vive para si, mas
  para aquele que morreu por seu amor 2Cor
  5,11-17;
Propostas de solução para Corinto 4
• O cristão é um cooperador de Cristo com as armas da
  justiça, na palavra da Verdade e no amor a Deus 2Cor 6,7
• O exemplo Cristo: Ele era rico e se fez pobre, assim os
  ricos, orgulhosos e orgulhosos tinham um modelo
  concreto de vida 2Cor 8,9;
• Assim como a serpente enganou Eva, o mal continua
  seduzindo os cristãos 2Cor 11,3;
• O preço do evangelho e da conversão 2Cor 11,21ss;
• A mitologia x a experiência de Paulo: a autoridade que
  procede do arrebatamento 2Cor 12,1ss
Site

• www.mazzarolo.pro.br
• mazzarolo.isidoro@gmail.com

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O Evangelho De Paulo1

  • 1. Da Giscalia a Tarso, a Jerusalém • Saulo nasce na Giscalia, norte da Galiléia, vai para Tarso com os pais. • Vai a Jerusalém. • Estuda com Gamaliel; • Recebe os espólios de Estevão (At 7,58) • Concorda com a perseguição aos hereges e a pena de morte de Estevão At 8,1
  • 2. Cronologia de Paulo • Apesar de tantos escritos, não temos dados concretos. Só os grandes personagens, depois de sua morte, tinham a biografia descrita e a data de nascimento determinada; nem mesmo Jesus teve registro de nascimento. • 05-10 d.C. * nascimento, em Tarso (Hebreu, filho de Hebreus, da tribo de Benjamim – Fl 3,5 (* na Giscaglia, Galiléia) • Cidadão romano de nascimento – passaporte do Império At 16,37-38 • Circuncidado ao oitavo dia Fl 3,5 • Conhece e convive com a cultura helenística, em Tarso • Enviado a Jerusalém, à escola de Gamaliel At 22,3 • Testemunha e aprova a morte de Estevão 34 ou 36 (At 7,58-8,1 • Cultiva o ódio contra os cristãos At 9,1ss • Encontro com JC, no caminho de Damasco At 9,3-6 (36-37) • Estranho à fé, por ignorância, mas a graça o convida 1Tm 1,13 • 37-40 Arábia (Gl 1,15-19); 41 = passagem por Jerusalém • 41-45 Tarso; 46 Chamado por Barnabé para a Antioquia da Síria At 11,19-26
  • 3. Etapas da conversão • Primeira etapa – morte de Estevão. Nenhum relato bíblico se pronuncia sobre o conhecimento de Jesus. Não obstante estar em Jerusalém, Paulo não tomou conhecimento de Jesus de Nazaré, mas se faz presente, logo no início do cristianismo. No apedrejamento de Estevão, Saulo (seu nome hebraico) recebe os espólios de Estevão, colocados por testemunhas do assassinato (At 7,58). Saulo estava de acordo com a perseguição aos cristãos e a sua execução (At 8,1). Alguns estudiosos afirmam que Estevão e Saulo eram amigos. Para aprovar deliberativamente era preciso ter autoridade e alguns afirmam que ambos seriam membros do Sinédrio. Ao receber os espólios de Estevão, Saulo deve ter entrado em crise. Enquanto os apedrejados eram estranhos, não havia nada de novo, mas no momento em que um amigo, um colega é assassinado e tal era necessária sua aprovação, Saulo deve ter sentido algo estranho consigo mesmo. O fato de receber as vestes do amigo, depositadas pelas testemunhas, marcou a vida de Paulo em dois aspectos: 1. Mérito – Paulo poderia estar sendo homenageado pelo seu esforço de combate aos cristãos e com isso alcançar uma honra diante dos seus colegas. 2. Ameaça – pelo fato de serem conhecidos, as vestes de Estevão poderiam ser uma ameaça, querendo apontar para o mesmo destino, caso ele hesitasse em cumprir seus deveres com a lei e perseguição aos hereges. A morte de Estevão abala as convicções de Saulo, e mesmo em seu ardor farisaico, entra em crise e busca afastar-se de Jerusalém. • Segunda etapa – Damasco. A carta para Damasco não pode ser outra coisa que a estratégia de Saulo em buscar seu distanciamento de Jerusalém. Ele foi tocado pela morte de Estevão, mas caso desistisse de perseguir, seria morto também. Muito inteligente e sábio, Saulo cria uma situação demonstrando seu zelo pela lei e intenção de buscar hereges (os cristãos eram tratados como tal pelos judeus) que estavam em Damasco. O cristianismo mal havia chegado na capital da Síria, mas isto foi o suficiente para que ele tivesse a aprovação para deixar Jerusalém e afastar-se do centro do perigo. A crise foi aumentando à medida que ele se aproximava da cidade e no auge da mesma, Deus o chama para o serviço de seu Filho, o Caminho (At 9,1-5). • Na crise acontece a cegueira. Esta é a metáfora da escuridão. Saulo sabia que aquilo que fazia como judeu estava errado, mas também não tinha nenhum projeto claro pela frente. Para trás não dava mais para ir, e para frente não havia por onde ir. A luz conduz Saulo a um discípulo que, não obstante o conhecimento do perseguidor, acredita que pode transformá-lo em aliado, e assim Ananias vai ao encontro de Saulo e inicia o seu processo de conversão. Assim que os judeus de Damasco tomam conhecimento do ato traidor de Saulo, tomam a resolução de matá-lo, a qualquer custo. Os discípulos precisaram fazer uma aventura singular e perigosa: de noite, colocá-lo num cesto e descê-lo pela muralha, a fim de que pudesse fugir (At 9,23-25).
  • 4. Etapas da conversão 2 • Terceira etapa – A Arábia Como não poderia voltar para Jerusalém, sem que levasse consigo um bom número de cristãos aprisionados para o flagelo, ou explicasse por que voltava de mãos vazias e com certeza sofreria o apedrejamento, necessita encontrar um lugar no “exílio”. Para Tarso, sua terra natal, seria mais complicado, por que fora enviado para voltar rico e nobre, e agora estava fracassado. Ainda que o relato dos Atos dos Apóstolos não mencione este tempo de silêncio, a referência de (Gl 1,13-18) e os estudos arqueológicos atuais sustentam que ele não apenas busca refúgio na Arábia, mas seria o primeiro evangelizador destas terras. • A quarta etapa – Tarso. Depois de três anos na Arábia (Gl 1,17-18), Saulo retorna a Jerusalém, acreditando que o fracasso de sua missão em Damasco não fosse julgado. Ao chegar em Jerusalém, ele encontra apenas Tiago, ele encontra apenas Tiago (Gl 1,18-19), com o qual fica quinze dias. Mas o ódio contra ele se acende de imediato e ele precisou ser conduzido pelos discípulos para a Cesaréia e de lá para Tarso (At 9,26-30). Levando em consideração a sua chegada na Antioquia para auxiliar Barnabé, Saulo teria trabalhado no silêncio, mas com grande eficácia, durante cinco anos em Tarso. Assim, o tempo da conversão e da sua manifestação em público, desde Damasco até a missão na Antioquia da Síria, somaria oito anos.
  • 5. O Evangelho de Paulo • Os grandes temas do Evangelho Paulino abordam as questões mais pertinentes ao relacionamento humano e ao compromisso com o Evangelho de Jesus Cristo. Paulo estrutura o pensamento e a teologia de Jesus. • A ressurreição de Cristo e a nossa ressurreição 1Cor 15,13 • Não há outro Evangelho senão o de Jesus Cristo Gl 1,8-9 • Evangelizar é a missão do Apóstolo (Ai de mim se não ev.) 1Cor 9,16 • A fé passa de Abraão a Jesus (Moisés, com a Lei...) Rm 4,13 • O batismo em Cristo Rm 6,4 • A Lei e a liberdade no Espírito Gl 2,21; 5,1; Rm 7,1 • Os escravos da Lei: Os que dependem dos ritos são fracos Gl 3,10-11 • Como creriam sem ouvir? Como ouviriam se ninguém anuncia Rm 10,14-15 • Anunciar o Evangelho por porfia, inveja, rivalidade ou amor ao povo Fl 1,15-17; 2Cor 10,12 • Não há mais diferenças entre homem- mulher, escravo-livre... Gl 3,28 • Ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo Fl 2,5-11 • O amor é não-hipócrita Rm 12,9 • Há muitos dons, o que importa é a unidade na diversidade 1Cor 12-14 • A Ceia do Senhor com aliança com o mundo 1Cor 11,28-32 • Acolher os fracos na fé e os escravos da lei, prisioneiros dos ritos e mitos Rm 14,1; 15,1 • A alegria e a esperança em todas as circunstâncias Fl 4,4
  • 6. As grandes linhas da teologia de Paulo • 1. A dikaiosunh,– A justiça. (92x no NT, 32 só em Rm). Deus é justo e paga a cada um segundo as suas obras. • 2. A evleuqeri,a–A liberdade (28x em Paulo). Os cristãos foram chamados  para viver a liberdade dos filhos de Deus e não a escravidão. • 3. A ca,rij – a graça é um tema predileto, pois Deus nos amou primeiro, nos amou quando estávamos no pecado, longe d’Ele. • 4. A evirhnh, - a paz é a irmã da graça. A paz quebra o ódio, a violência e a vingança. A graça e a paz são a saudação a todos. • 5. A não dia,stolh, - Deus não faz distinção ou diferença de pessoas, sexo, cor, raça ou língua (Gl 3,28; Rm 10,12; 13,14; Ef 4,24). • 6. Um só euvaggeli,on – não há dois evangelhos, mas um só (Gl 1,6-9; 2Cor 11,4) • 7. A parousi,a – A vinda de Jesus será um momento de vitória ou de derrota, mas será diferenciado para os que praticaram o bem ou mal (1Ts 2,19; 3,13). • 8. A u[pomonh – (6x Rm; 3x 2Cor) Aos que lutam com perseverança, na incorruptibilidade, ser-lhe-á dada a vida eterna, Rm 2,7 • 9. O avga,ph = A três grandes virtudes: fé, esperança e amor, no entanto, o que sobra mesmo é o amor (1Cor 13,13) • 10. A avna,stasij = A ressurreição de Cristo justifica a luta pelo evangelho, pela transformação e redenção (1Cor 15)
  • 7. Paulo, aos pés de Gamaliel? • Ainda hoje, nas ruas de Jerusalém antiga ou nos bairros dos Sefaradim, os anciãos “catequizam” as crianças
  • 8. Paulo e as Cartas
  • 9. O mundo de Paulo
  • 10. Viagem para Roma • A viagem para Roma, depois de dois anos de prisão em Jerusalé m
  • 11. Principais cidades • Paulo trabalha com muito vigor, na Ásia Menor, Acáia e Macedônia
  • 12. Canal de Corinto • Já no VII século a tentativa de abertura do canal entre o Adriátic o e Egeu
  • 13. Cidades e bases • A Antioqui a da Síria como base para a Igreja de Paulo
  • 14. Geografia de Paulo • O cristianis mo primitivo se alicerçava nestas regiões
  • 16. O cristianismo primitivo • Os Atos dos Apóstolos nos contam a história destas igrejas
  • 17. Mapa dos Atos • Os Atos e a Igreja de Pedro e Paulo marca esses locais
  • 18. Datas da missão • As prováveis datas da missão de Paulo
  • 20. A quarta viagem • Depois do fim do processo, em Roma, Paulo cumpre seu desejo de ir até à Espanha (Rm 15,24.28), Chega à Ilíra, escreve Rm 16 e volta para Roma em 64 ou 67
  • 21. As cartas • Autênticas • 1Tessalonicenses (51, desde Corinto) • 1,2 Coríntios (54 e 56, desde Éfeso) • Filipenses (56, de Éfeso, ou 63 de Roma.) • Gálatas (56, de Éfeso ou da Antioquia) • Romanos 1-15 (57, da Macedônia) • Filemon (62, da Cesaréia) • Discutidas • 2Ts; Col, Ef • Não aceitas
  • 22. Relatos auto-biográficos • 2Cor 11,16-32 – Cinco vezes 40 golpes menos um (a carta das lágrimas 2Cor 2,4; o tesouro em vaso de argila 2Cor 4,7; a tribulação 2Cor 4,8-11; despojou outras igrejas p/ ev. em Corinto 2Cor 11,7-10) • Fl 1,12-26 – Gente invejosa odeia e persegue, acrescenta sofrimento. • Fl 3,1-6 – Falsos circuncisos, hebreu, da tribo de Benjamim • Fl 4,10-11 – Aprendeu adaptar-se na abundância ou necessidade • Gl 1,13-24 – De devastador é chamado para evangelizador dos gentios. De Jerusalém a Damasco, à Arábia e Síria • Gl 2,1-10 – Quatorze anos depois, o desabafo na Assembléia de Jerusalém, com as argüições dos “notáveis” • 2Cor 1,12-24 – Os coríntios não confiavam nele e no seu test. • 1Cor 2,1-3,18 – A carta das lágrimas e a oposição daqueles que lêem o AT com um véu no coração (2,Cor 3,15). • At 20,18-35 – Desp. de Éfeso: O amargor das ciladas dos judeus • At 22,1-21 – Relata toda sua vida, em língua hebraica, aos anciãos (At 22,3 – a única informação do seu nascimento em Tarso). • At 24,10b-21 – Diante de Félix: Não provam aquilo do qual me acusam. • At 26,2-23 – C/ Herodes Agripa e Berenice: Não foi rebelde a Deus.
  • 23. O movimento de Paulo • Paulo quer levar o Evangelho aos confins do mundo At 19,21; Rm 1,10.15; 15,28; • Mc 16,15; Mt 28,19
  • 24. Cidadão e urbano • Paulo, grego e judeu, faz pós- graduação em Jerusalém: Gamaliel At 22,3. • Um Evangelizador das capitais e metrópoles. • Dialoga com gregos, romanos e judeus = Qualificação e fé.
  • 25. Afec • Por sentir o perigo da traição dos judeus, Paulo apela para César, como cidadão romano; • Os judeus não querem deixá- lo ir, e ele fica 2 anos preso na fortaleza do procurador romano. At 25,1-26-32
  • 26. Anfiteatro de Cesaréia • Os romanos construíram um anfiteatro • O rei acompanhav a espetáculos no estilo grego.
  • 27. Cronologia das Cartas • 1Ts (2Ts) desde Corinto, entre 50-51 • 1Cor, de Éfeso, antes de Pentecostes de 53 • 2Cor, de Éfeso, entre 55-56 • Gl, de Éfeso, entre 55-56 • Fl, Éfeso -55-56? Roma 62? • Rm, da Macedônia, antes do retorno a Jerusalém, 57 • 2Ts (?) de Corinto (57?) • Fm (?) de Cesaréia, entre 58-59; Roma 62 • Cl e Ef (?) consideradas deuteropaulinas ou pastorais • 1.2 Tm e Tt deuteropaulinas ou pastorais
  • 28. Experiência existencial e de Fé • Paulo vive intensamente seu ideal judaico, como fariseu. • Aprova a morte de Estevão (amigo de Senédrio) e recebe os espólios (prêmio ou ameaça?) At 7,58; 8,1 • Este fato coloca-o em crise: estrategicamente pede cartas para buscar “hereges” em Damasco At 9,2 • À medida que Damasco se aproxima, a crise aumenta. A visão apaga o passado, mas não há caminho pela frente – O papel de Ananias é fundamental At 9,10ss • Para evitar ser morto pelos judeus, se exila três anos na Arábia (Gl 1,15-19), depois tenta voltar para Damasco, mas os judeus pedem a cabeça At 9,23-25 • Parte escondido para Jerusalém At 9,26-30: Os discípulos têm medo e não acreditam; os judeus querem matá-lo; fala aos helenistas (volta ao berço) • Ciúme, inveja, ódio ou prudência? Mandam-no para sua terra natal, Tarso, onde continua a pregação (cinco anos) • Conversão: 3 anos na Arábia e 5 anos em Tarso
  • 30. O método de evangelização de Paulo • 1 Visitar as comunidades; • 2 Preparar, instituir e estabelecer líderes locais; • 3 Escrever cartas e manter contatos e notícias; • 4 Rever as comunidades, solidificar o evangelho; • 5 Enviar discípulos como embaixadores, representantes legítimos e autorizados a falar em seu nome, como visitadores e apóstolos seus para as igrejas. • 6 Uma vez plantado o evangelho num lugar, partir para outros...
  • 31. Relatos autobiográficos 1 • Fl 1,12-26 “Quero ainda, irmãos, cientificar-vos de que as coisas que me aconteceram têm, antes, contribuído para o progresso do evangelho; 13 de maneira que as minhas cadeias, em Cristo, se tornaram conhecidas de toda a guarda pretoriana e de todos os demais; 14 e a maioria dos irmãos, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar com mais desassombro a palavra de Deus. 15 Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade; 16 estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho; 17 aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias. 18 Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei. 19 Porque estou certo de que isto mesmo, pela vossa súplica e pela provisão do Espírito de Jesus Cristo, me redundará em libertação, 20 segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte. 21 Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. 22 Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. 23 Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. 24 Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne. 25 E, convencido disto, estou certo de que ficarei e permanecerei com todos vós, para o vosso progresso e gozo da fé, 26 a fim de que aumente, quanto a mim, o motivo de vos gloriardes em Cristo Jesus, pela minha presença, de novo, convosco.” • Fl 3,1-17 “Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor. Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós. 2 Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão; 3 Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne. 4 Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu: 5 Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu; 6 Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. 7 Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. 8 E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, 9 E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; 10 Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte; 11 Para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dentre os mortos. 12 Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. 13 Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, 14 Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. 15 Por isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará. 16 Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e sintamos o mesmo. 17 Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam.” • Gl 1,13-24 “Ouvistes, certamente, da minha conduta de outrora no judaísmo, de como perseguia sobremaneira e devastava a Igreja de Deus e progredia no judaísmo mais do que muitos compatriotas da minha idade, distinguindo-me no zelo pelas tradições paternas. Quando, porém, aquele que me separou desde o seio materno e me chamou por sua graça, houve por bem, revelar em mim o seu Filho para que eu o evangelizasse entre os gentios, não consultei carne nem sangue, nem subi a Jerusalém aos que eram apóstolos antes de mim, mas fui à Arábia e voltei novamente a Damasco. Em seguida, após três anos, subi a Jerusalém para avistar-me com Cefas e fiquei com ele quinze dias. Não vi nenhum apóstolo, mas somente Tiago, o irmão do Senhor. Isso vos escrevo e quero que conste diante de Deus que não minto. Mais tarde me dirigi à região da Síria e da Cilícia. As igrejas cristãs da Judéia não me conheciam pessoalmente; só tinham ouvido contar: aquele que antes nos perseguia, agora anuncia a boa notícia da fé que antes tentava destruir, e por minha causa davam glória a Deus”.
  • 32. Relatos autobiográficos 2 • 1Cor 4,9-13 “Julgo que Deus nos expôs, a nós, apóstolos, em último lugar, como condenados à morte: fomos dados em espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. Somos loucos por causa de Cristo, vós, porém sois prudentes em Cristo; somos fracos, vós, porém sois fortes; vós sois bem considerados, nós, porém, somos desprezados. Até o momento presente ainda sofremos fome, sede e nudez; somos maltratados, não temos morada certa e fatigamo-nos trabalhando com nossas mãos. Somos amaldiçoados e bendizemos; somos perseguidos e suportamos; somos caluniados e consolamos. Até o presente somos considerados o lixo do mundo e a escória do universo”. • 2Cor 11,21-33 “Digo-o, pois, para a vossa vergonha: poder-se-ia crer que nós é que fomos fracos. Aquilo que os outros ousam apresentar – falo como insensato – ouso-o também eu. São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. São descendentes de Abraão? Também eu. São ministros de Cristo? Como insensato, digo: muito mais eu. Muito mais pelas fadigas, muito mais pelas prisões, infinitamente mais pelos açoites. Muitas vezes vi-me em perigo de morte. Dos judeus recebe cinco vezes os quarenta golpes menos um.[1] Três vezes fui flagelado. Uma vez, apedrejado. Três vezes naufraguei. Passei um dia e uma noite em alto-mar. Fiz numerosas viagens. Sofri perigos nos riso, perigos por parte dos ladrões, perigos por parte dos meus irmãos de estirpe, perigos por parte dos gentios, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos por parte dos falsos irmãos. Mais ainda: fadigas e duros trabalhos, numerosas vigílias, fome e sede, múltiplos jejuns, frio e nudez. E isto sem contar o mais: a minha preocupação quotidiana, a solicitude que tenho por todas as Igrejas. Quem fraqueja, sem que eu também me sinta fraco? Quem cai, sem que eu também fique febril? Se é preciso gloriar-se, de minha fraqueza é que me gloriarei. O Deus e Pai do Senhor Jesus, que é bendito pelos séculos, sabe que não minto. Em Damasco, o etnarca do rei Aretas guardava a cidade dos damascenos no intuito de me prender. Mas por uma janela fizeram-me descer em um cesto ao longo da muralha e escapei das suas mãos”. • At 20,17-38 “17 De Mileto, mandou a Éfeso chamar os presbíteros da igreja. 18 E, quando se encontraram com ele, disse-lhes: Vós bem sabeis como foi que me conduzi entre vós em todo o tempo, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, 19 servindo ao Senhor com toda a humildade, lágrimas e provações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram, 20 jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa, 21 testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo. 22 E, agora, constrangido em meu espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que ali me acontecerá, 23 senão que o Espírito Santo, de cidade em cidade, me assegura que me esperam cadeias e tribulações. 24 Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus. 25 Agora, eu sei que todos vós, em cujo meio passei pregando o reino, não vereis mais o meu rosto. 26 Portanto, eu vos protesto, no dia de hoje, que estou limpo do sangue de todos; 27 porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus. 28 Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. 29 Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. 30 E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles. 31 Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, por três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, a cada um. 32 Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à palavra da sua graça, que tem poder para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados. 33 De ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes; 34 vós mesmos sabeis que estas mãos serviram para o que me era necessário a mim e aos que estavam comigo. 35 Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber. 36 Tendo dito estas coisas, ajoelhando-se, orou com todos eles. 37 Então, houve grande pranto entre todos, e, abraçando afetuosamente a Paulo, o beijavam, 38 entristecidos especialmente pela palavra que ele dissera: que não mais veriam o seu rosto. E acompanharam-no até ao navio.” • At 21,37-22,24 Diante do Tribuno: “37 E, quando Paulo ia sendo recolhido à fortaleza, disse ao comandante: É-me permitido dizer-te alguma coisa? Respondeu ele: Sabes o grego? 38 Não és tu, porventura, o egípcio que, há tempos, sublevou e conduziu ao deserto quatro mil sicários? 39 Respondeu-lhe Paulo: Eu sou judeu, natural de Tarso, cidade não insignificante da Cilícia; e rogo-te que me permitas falar ao povo. 40 Obtida a permissão, Paulo, em pé na escada, fez com a mão sinal ao povo. Fez-se grande silêncio, e ele falou em língua hebraica, dizendo: • 22,1 Irmãos e pais, ouvi, agora, a minha defesa perante vós. 2 Quando ouviram que lhes falava em língua hebraica, guardaram ainda maior silêncio. E continuou: “Eu sou judeu. Nasci em Tarso, da Cilícia, mas criei-me nesta cidade, educado aos pés de Gamaliel na observância exata da Lei de nossos pais, cheio de zelo por Deus, como vós todos no dia de hoje. Persegui de morte este Caminho, prendendo e lançando à prisão homens e mulheres, como o podem testemunhar o sumo sacerdote e todos os anciãos. Deles Cheguei a receber cartas de recomendação para os irmãos em Damasco e para lá me dirigi, a fim de trazer algemados para Jerusalém os que lá estivessem, para serem aqui punidos” • Ora, aconteceu que, indo de caminho e já perto de Damasco, quase ao meio-dia, repentinamente, grande luz do céu brilhou ao redor de mim. Então, caí por terra, ouvindo uma voz que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Perguntei: quem és tu, Senhor? Ao que me respondeu: Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu persegues. Os que estavam comigo viram a luz, sem, contudo, perceberem o sentido da voz de quem falava comigo. Então, perguntei: que farei, Senhor? E o Senhor me disse: Levanta-te, entra em Damasco, pois ali te dirão acerca de tudo o que te é ordenado fazer. Tendo ficado cego por causa do fulgor daquela luz, guiado pela mão dos que estavam comigo, cheguei a Damasco. Um homem, chamado Ananias, piedoso conforme a lei, tendo bom testemunho de todos os judeus que ali moravam, veio procurar-me e, pondo-se junto a mim, disse: Saulo, irmão, recebe novamente a vista. Nessa mesma hora, recobrei a vista e olhei para ele. Então, ele disse: O Deus de nossos pais, de antemão, te escolheu para conheceres a sua vontade, veres o Justo e ouvires uma voz da sua própria boca, porque terás de ser sua testemunha diante de todos os homens, das coisas que tens visto e ouvido. E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele. • (esquece aqui a informação de Gl 1,18-19, concorde com At 9,25-26) • 17 Depois, tendo eu voltado a Jerusalém, e orando no Templo, sucedeu-me entrar em êxtase. 18 E vi o “Senhor, que me dizia: - Apressa-te, sai logo de Jerusalém, porque não acolherão o teu testemunho a meu respeito. – 19 Retruquei então: Mas Senhor, eles sabem que era eu quem andava prendendo e vergastando, de sinagoga em sinagoga, os que criam em ti. 20 E quando derramavam o sangue de Estevão, tua testemunha, eu próprio estava presente, apoiando aqueles que o matavam, e mesmo guardando suas vestes (At 7,58; 8,1; 22,20). 21 Ele mesmo me disse: - Vai, porque é para os gentios , para longe, que quero enviar-te! • 22 Escutaram-no até esse momento. A estas palavras, porém, começaram a gritar: - Tira da terra este indivíduo! Não convém que ele viva! 23 E esbravejavam, arremessavam seus mantos e atiravam poeira aos ares. 24 O tribuno mandou então recolhê-lo à fortaleza, ordenando também que o interrogassem sob os açoites, a fim de averiguar o motivo por que gritavam tanto contra ele.” • Esquece ou não refere intencionalmente a ida para a Arábia Gl 1,18-19?
  • 33. Relatos autobiográficos 3 • At 23,1-9 Diante do sinédrio “Fitando Paulo os olhos no Sinédrio, disse: Varões, irmãos, tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência até ao dia de hoje. 2 Mas o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam perto dele que lhe batessem na boca. 3 Então, lhe disse Paulo: Deus há de ferir-te, parede branqueada! Tu estás aí sentado para julgar-me segundo a lei e, contra a lei, mandas agredir-me? 4 Os que estavam a seu lado disseram: Estás injuriando o sumo sacerdote de Deus? 5 Respondeu Paulo: Não sabia, irmãos, que ele é sumo sacerdote; porque está escrito: Não falarás mal de uma autoridade do teu povo. 6 Sabendo Paulo que uma parte do Sinédrio se compunha de saduceus e outra, de fariseus, exclamou: Varões, irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus! No tocante à esperança e à ressurreição dos mortos sou julgado! 7 Ditas estas palavras, levantou-se grande dissensão entre fariseus e saduceus, e a multidão se dividiu. 8 Pois os saduceus declaram não haver ressurreição, nem anjo, nem espírito; ao passo que os fariseus admitem todas essas coisas. 9 Houve, pois, grande vozearia. E, levantando-se alguns escribas da parte dos fariseus, contendiam, dizendo: Não achamos neste homem mal algum; e será que algum espírito ou anjo lhe tenha falado?” • At 24,10-27 Diante de Félix “10 Paulo, tendo-lhe o governador feito sinal que falasse, respondeu: Sabendo que há muitos anos és juiz desta nação, sinto-me à vontade para me defender, 11 visto poderes verificar que não há mais de doze dias desde que subi a Jerusalém para adorar; 12 e que não me acharam no templo discutindo com alguém, nem tampouco amotinando o povo, fosse nas sinagogas ou na cidade; 13 nem te podem provar as acusações que, agora, fazem contra mim. 14 Porém confesso-te que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao Deus de nossos pais, acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas, 15 tendo esperança em Deus, como também estes a têm, de que haverá ressurreição, tanto de justos como de injustos. 16 Por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens. 17 Depois de anos, vim trazer esmolas à minha nação e também fazer oferendas, 18 e foi nesta prática que alguns judeus da Ásia me encontraram já purificado no templo, sem ajuntamento e sem tumulto, 19 os quais deviam comparecer diante de ti e acusar, se tivessem alguma coisa contra mim. 20 Ou estes mesmos digam que iniqüidade acharam em mim, por ocasião do meu comparecimento perante o Sinédrio, 21 salvo estas palavras que clamei, estando entre eles: hoje, sou eu julgado por vós acerca da ressurreição dos mortos. 22 Então, Félix, conhecendo mais acuradamente as coisas com respeito ao Caminho, adiou a causa, dizendo: Quando descer o comandante Lísias, tomarei inteiro conhecimento do vosso caso. 23 E mandou ao centurião que conservasse a Paulo detido, tratando-o com indulgência e não impedindo que os seus próprios o servissem. 24 Passados alguns dias, vindo Félix com Drusila, sua mulher, que era judia, mandou chamar Paulo e passou a ouvi-lo a respeito da fé em Cristo Jesus. 25 Dissertando ele acerca da justiça, do domínio próprio e do Juízo vindouro, ficou Félix amedrontado e disse: Por agora, podes retirar-te, e, quando eu tiver vagar, chamar-te-ei; 26 esperando também, ao mesmo tempo, que Paulo lhe desse dinheiro; pelo que, chamando-o mais freqüentemente, conversava com ele. 27 Dois anos mais tarde, Félix teve por sucessor Pórcio Festo; e, querendo Félix assegurar o apoio dos judeus, manteve Paulo encarcerado.” • At 26,2-23 Diante de Agripa “Considero-me feliz, ó rei Agripa, por poder hoje, diante de ti, defender-me de todas as coisas de que, pelos judeus, sou acusado. Tanto mais porque estás ao corrente de todos os costumes e controvérsias dos judeus, razão também pela qual te peço que me escutes com paciência. O que foi o meu modo de viver, desde a mocidade, como transcorreu desde o início, no meio do meu povo e em Jerusalém, sabem-no todos os judeus. Eles me conhecem de longa data e podem atestar, se quiserem, que tenho vivido segundo a seita mais severa de nossa religião, como fariseu. E agora, estou sendo aqui julgado por causa da esperança na promessa feita por Deus aos nossos pais, à qual esperam chegar as nossas doze tribos, que servem a Deus noite e dia, com toda a diligência. É por causa dessa esperança, ó rei, que pelos judeus sou acusado. Entretanto, por que se julga incrível, entre vós, que Deus ressuscite os mortos? • Quanto a mim, parecia-me necessário fazer muitas coisas contra a nome de Jesus, o Nazareno. Foi o que fiz em Jerusalém: a muitos dentre os santos eu mesmo encerrei nas prisões, recebia autoriza;ao dos chefes dos sacerdotes; e, quando eram mortos, eu contribuía com o meu voto. Muitas vezes, percorrendo todas as sinagogas, por meio de torturas quis forçá-los a blasfemar; e, no excesso do meu furor, cheguei a persegui-los até em cidades estrangeiras. • Com este intuito encaminhei-me a Damasco, com a autoridade e a permissão dos chefes dos sacerdotes. No caminho, pelo meio-dia, eu vi, ó rei, vinda do céu e mais brilhante que o sol, uma luz que me circundou a mim e aos que me acompanhavam. Caímos todos por terra, e ouvi uma voz que me falava em língua hebraica: Saul, Saul, porque me persegues? É duro para ti recalcitrar contra o aguilhão. Perguntei: Quem és, Senhor? E o Senhor respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo. Mas levanta-te e fica firme em pé, porque este é o motivo por que te apareci: para constituir-te servo e testemunha da visão na qual me viste e daquelas nas quais ainda te aparecerei. Eu te livrarei do povo e das nações gentias, ,às quais te envio para lhes abrires os olhos e assim se converterem das trevas à luz e da autoridade de Satanás para Deus. De tal modo receberão, pela fé em mim, a remissão dos pecados e a herança entre os santificados. Quanto a mim, rei Agripa, não me mostrei rebelde ,a visão celeste. Ao contrário, primeiro aos habitantes de Damasco, aos de Jerusalém e em toda a região da Judéia, e depois aos gentios, anunciei o arrependimento e a conversão a Deus com a prática de obras dignas deste arrependimento. É por causa disso que os judeus, tendo-se apoderado de mim no Templo, tentaram matar-me. Tendo alcançado, porém, o auxílio que vem de Deus, até o presente dia continuo a dar o meu testemunho diante de pequenos e grandes, nada mais dizendo senão o que os Profetas e Moisés disseram que havia de acontecer: que o Cristo devia sofrer e que, sendo o primeiro a ressuscitar dentro os mortos, anunciaria a luz ao povo e aos gentios”. • 1Tm 1,12-16 “Sou agradecido para com aquele que me céu força, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me julgou fiel, tomando-me para seu serviço, a mim que outrora era blasfemo, perseguidor e insolente. Mas obtive misericórdia, porque agi por ignorância, na incredulidade. Superabundou, porém, para mim, a graça de nosso Senhor, com a fé e o amor que há em Cristo Jesus. Fiel é esta palavra e digna de toda a aceitação: Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o primeiro. Se me foi feita misericórdia, foi para que em mim primeiro, Cristo Jesus demonstrasse toda a sua longanimidade, como exemplo para todos quantos nele hão de crer pra a vida eterna”. • 2Tm 1,12-18 “Eis por que sofro estas coisas. Todavia não me envergonho, porque eu sei em quem depositei a minha fé, e estou certo de que ele tem poder para guardar o meu depósito, até aquele Dia. ... Tu sabes que todos os da Ásia me abandonaram, dentre eles Figelo e Hermógenes. Que o Senhor conceda misericórdia à família de Onesíforo, por que ele muitas vezes me confortou e não se envergonhou de minhas cadeias; ao contrário, quando chegou a Roma, me procurou solicitamente até me encontrar. Que o Senhor lhe conceda achar misericórdia junto ao Senhor naquele Dia. Tu sabes, melhor do que eu, de todos os serviços que me prestou em Éfeso”. • 2Tm 2,8-10 “Lembra-te de Jesus Cristo ressuscitado dentre os mortos, da descendência de Davi, segundo o meu Evangelho, pelo qual sofro, até às cadeias, como malfeitor. Mas a Palavra de Deus não está algemada! É por isso que tudo suporto, por causa dos eleitos, a fim de que também eles obtenham a salvação que está em Cristo Jesus, com a glória eterna”. • 2Tm 4,6-18 “Quanto a mim, já fui oferecido em libação e chegou o tempo da minha partida. Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Desde já me está reservada a coroa da justiça, que me dará o ‘senhor, justo Juiz, naquele Dia; e não somente a mim, mas a todos os que tiverem esperado com amor sua Aparição. Procurai vir me encontrar o mais depressa possível. Pois Demas me abandonou por amor ao mundo presente. Ele partiu para Tessalônica. Crescente para a Galácia, Tito para a Dalmácia. Somente Lucas está comigo. Toma contigo Marcos, e traze-o, pois me é útil no ministério. Enviei Tíquico a Éfeso. Traze-me, quando vieres, o manto que deixei em Trôade, na casa de Carpo, e também os livros, especialmente os pergaminhos. Alexandre, o fundidor, deu provas de muita maldade para comigo. O Senhor lhe retribuirá segundo suas obras. Tu, guarda-te também dele, porque se opôs fortemente às nossas palavras. • Na primeira vez em que apresentei minha defesa ninguém me assistiu, todos me abandonaram. Que isto não lhes seja imputado. Mas o Senhor me assistiu e me revestiu de forças, a fim de que por mim a mensagem fosse plenamente proclamada e ouvida por todas as nações. E eu fui libertado da boca do leão. O Senhor me libertará de toda obra maligna e me guardará para o seu Reino celeste. A ele a glória pelos séculos! Amém!”
  • 34. Relatos do Narrador (At) • At 7,58b-8,1 “As testemunhas tinham deposto as vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. Enquanto o apedrejavam, Estevão pronunciou esta invocação: - Senhor, não lhes leves em conta este pecado! – E a essas palavras, morreu. Ora, Saulo era um dos que aprovavam este tipo de execução”. • At 8, 3 “Saulo, no entanto, devastava a Igreja; penetrava nas casas e arrancava de lá homens e mulheres e os lançava na prisão.” • At 9,1-7 “Saulo, que respirava contínuas ameaças e morticídios contra os discípulos do Senhor, foi pedir ao Sumo Sacerdote cartas para as sinagogas de Damasco. Se encontrasse lá adeptos do Caminho, ele os traria presos a Jerusalém. Seguindo o Caminho, ele se aproximava de Damasco, quando, de repente, um luz vinda do céu o envolver com o seu brilho. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: “Saul! Saul! por que me persegues? – Quem és tu, perguntou ele – Eu sou Jesus, é a mim que persegues. Mas levanta-te, entra na cidade e ser-te-á mostrado o que deves fazer.” • At 9,19b-30 “Então, permaneceu em Damasco alguns dias com os discípulos. 20 E logo pregava, nas sinagogas, a Jesus, afirmando que este é o Filho de Deus. 21 Ora, todos os que o ouviam estavam atônitos e diziam: Não é este o que exterminava em Jerusalém os que invocavam o nome de Jesus e para aqui veio precisamente com o fim de os levar amarrados aos principais sacerdotes? 22 Saulo, porém, mais e mais se fortalecia e confundia os judeus que moravam em Damasco, demonstrando que Jesus é o Cristo. 23 Decorridos muitos dias, os judeus deliberaram entre si tirar-lhe a vida; 24 porém o plano deles chegou ao conhecimento de Saulo. Dia e noite guardavam também as portas, para o matarem. 25 Mas os seus discípulos tomaram-no de noite e, colocando-o num cesto, desceram-no pela muralha. 26 Tendo chegado a Jerusalém, procurou juntar-se com os discípulos; todos, porém, o temiam, não acreditando que ele fosse discípulo. 27 Mas Barnabé, tomando-o consigo, levou-o aos apóstolos; e contou-lhes como ele vira o Senhor no caminho, e que este lhe falara, e como em Damasco pregara ousadamente em nome de Jesus. 28 Estava com eles em Jerusalém, entrando e saindo, pregando ousadamente em nome do Senhor. 29 Falava e discutia com os helenistas; mas eles procuravam tirar-lhe a vida. 30 Tendo, porém, isto chegado ao conhecimento dos irmãos, levaram-no até Cesaréia e dali o enviaram para Tarso.” • At 18,12-17 “Quando, porém, Gálio era procônsul da Acaia, levantaram-se os judeus, concordemente, contra Paulo e o levaram ao tribunal, 13 dizendo: Este persuade os homens a adorar a Deus por modo contrário à lei. 14 Ia Paulo falar, quando Gálio declarou aos judeus: Se fosse, com efeito, alguma injustiça ou crime da maior gravidade, ó judeus, de razão seria atender-vos; 15 mas, se é questão de palavra, de nomes e da vossa lei, tratai disso vós mesmos; eu não quero ser juiz dessas coisas! 16 E os expulsou do tribunal. 17 Então, todos agarraram Sóstenes, o principal da sinagoga, e o espancavam diante do tribunal; Gálio, todavia, não se incomodava com estas coisas. 18 Mas Paulo, havendo permanecido ali ainda muitos dias, por fim, despedindo-se dos irmãos, navegou para a Síria, levando em sua companhia Priscila e Áqüila, depois de ter raspado a cabeça em Cencréia, porque tomara voto.” • At 19,8-10 – Em Éfeso “Durante três meses, Paulo freqüentou a sinagoga, onde falava ousadamente, dissertando e persuadindo com respeito ao reino de Deus. 9 Visto que alguns deles se mostravam empedernidos e descrentes, falando mal do Caminho diante da multidão, Paulo, apartando-se deles, separou os discípulos, passando a discorrer diariamente na escola de Tirano. 19,10 Durou isto por espaço de dois anos, dando ensejo a que todos os habitantes da Ásia ouvissem a palavra do Senhor, tanto judeus como gregos.” • At 19, 21-22 – De Éfeso “Assim, a palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente. 21 Cumpridas estas coisas, Paulo resolveu, no seu espírito, ir a Jerusalém, passando pela Macedônia e Acaia, considerando: Depois de haver estado ali, importa-me ver também Roma. 22 Tendo enviado à Macedônia dois daqueles que lhe ministravam, Timóteo e Erasto, permaneceu algum tempo na Ásia. 23 Por esse tempo, houve grande alvoroço acerca do Caminho.” • [1] A lei (Dt 25,2-3) permitia que um culpado fosse açoitado com quarenta golpes (40) num só flagelo. Paulo apanhou cinco vezes. Muitos eram torturados por diferentes verdugos e a contagem iniciava sempre do “zero”. Para evitar de que houvesse uma transgressão da lei, isto é, que fossem aplicados mais de quarenta, por erro de contagem, aplicavam trinta e nove (39), com isso, caso o açoitado viesse a falecer, não seria por descumprimento da lei. Alguns historiadores acreditam que essa lei valia apenas para os judeus, e que os outros condenados ao flagelo recebiam nos açoites uma quantidade de golpes equivalente ao ódio dos seus verdugos e não raro, morriam. Muitas vezes eram considerados os golpes de um único verdugo, permitindo que, por diferentes torturadores, cada qual aplicasse uma soma de trinta e nova, fazendo com que o condenado recebesse além de uma centena de açoites.
  • 35. Paulo e o Helenismo 1 • Princípios da Cultura helênica: • 1. o cosmopolitismo (quem é livre, é cidadão do universo, sem distinção de raça, cultura ou sexo) • 2. o individualismo (cada um recebe talentos suficientes para superar todos os obstáculos) • 3. o realismo (o que importa é o real, pois a sombra passa – o mito da caverna de Platão) • 4. a teocracia (o destino da vida humana está nas mãos da divindade – o ser humano precisa alcançar o conhecimento e o seu desenvolvimento pleno – a “teleiosis”)
  • 36. Paulo e o Helenismo 2 • As cosmogonias • 1. as teorias sobre o começo do universo: os quatro elementos fundamentais dos seres. • 2. o Princípio (O lógos = Heráclito: é o princípio da razão, o princípio da vida – a “dynamis” em si mesmo, como liberdade e como ação) • 3. os mythoy (mitos = discurso, homilia, diálogo – narrativa da obviedade, discurso com um escopo psicológico, catequético ou persuasivo) • HERMES, o grande mytho da divindade benevolente, compassiva e solidária, mas não se encarna, não sofre e volta – de onde veio -sem deixar marcas.
  • 37. Paulo e o Helenismo 3 • Os esquemas filosófico-antropológicos • 1. A harmonia cósmica (kosmos = perfeição, sincronia, harmonia – a vida é um todo e cada um é uma parte) • 2. A cosmovisão (a vida interior e a exterior necessitavam de integração – a beleza das cidades, os jogos, a educação...) • 3. A cosmologia (a natureza alimenta os animais, os animais os seres humanos, os humanos voltados para as divindades superiores) • 4. A gnôsis (caminho do aperfeiçoamento)
  • 38. Paulo e o Helenismo 4 • A escatologia (o fim último da vida) • 1. O fim último esperado é a felicidade; • 2. A recompensa vem como resultado do aperfeiçoamento progressivo; • 3. Os sacrifícios e as lutas contra o mal trazem benefícios para a perfeição (estóicos); • 4. O sábio é sempre feliz por que vive e ama o fim último da vida (Cícero); • 5. O ser humano foi criado por Deus para a felicidade plena (estóicos)
  • 39. Paulo e o Helenismo 5 • A mulher, na cultura grega: • 1. As nobres, cultas e livres; • 2. As plebéias, incultas e escravas; • 3. As prisioneiras de guerras; • 4. A mulher grega teve períodos de maior liberdade e outros de restrições quanto ao uso e posse de bens e dinheiro; • No mundo de Paulo: Lídia é comerciante; • Cloé (de Cencréia) envia notícias a Paulo, em Éfeso, através de seus empregados; • Em Tessalônica, muitas mulheres ricas aderem ao Evangelho (At 17,4)
  • 40. Paulo e o Helenismo 6 • Os princípios da ética helenística: • 1. O princípio do ser humano é ser bom, éticamente correto; • 2. A perfeição decorre de quatro virtudes: • a. A inteligência; • b. A fortaleza; • c. A circunspecção; • d. A justiça; • 3. A “arêtê” é a capacidade do desenvolvimento integral do ser humano, em todas as suas potencialidades e forças.
  • 41. Paulo e o Judaismo 1 • As proibições da Lei: • 1. No Pentateuco encontram-se, cerca, de 248 orientações positivas e 365 preceitos negativos (proibitivos); • 2. Na literatura rabínica existem 341 perícopes que tratam do comportamento e pureza dietética; • 3. Destas 431 (acima), 229 falam da participação às refeições e alimentos puros e impuros; • 4. No dia a dia era quase impossível não incorrer em alguma maldição.
  • 42. Paulo e o judaísmo 2 • A maldição da Lei: • 1. No Dt 27,15-26 estão explicitadas 11 maldições; • 2. A última maldição Dt 27,26 é para todo aquele que não observa todos os ditames da Lei; • 3. No Lv 20,9-21 encontram-se sete casos de pena de morte; • 4. No Decálogo Ex 20,13; Dt 5,17 = “Não matarás”! • 6. O sábado: Ex 20,8; Lv 23,3; Dt 5,12 = O judeu não trabalha, mas faz o escravo trabalhar no sábado e no domingo; • 7. Lv 11 legisla sobre animais puros e impuros; • 8. Lv 12-14 – Estabelece juízos sobre doenças e causas
  • 43. Paulo e o judaísmo 3 • As leis sociais: • 1. O estrangeiro Ex 20,20; Lv 19,33-34 – Não poderia ser discriminado – “Lembra-te que foste escravo, no Egito! • 2. O assalariado Dt 24,14-15 – Não deve ser oprimido, explorado ou seu salário retido para o dia seguinte (juros na aplicação dos salários dos operários) • 3. O órfão e a viúva Dt 24,19-21 – O cuidado de deixar sobras para eles, quer no campo, quer na mesa consagrada – Dt 25, 12-15 = deixar de pagar o dízimo para dar comida ao órfão, à viúva, ao levita e ao estrangeiro.
  • 44. Paulo e o judaísmo 4 • As leis judaicas: • O Decálogo: • 1. Puro e impuro como • 1. Não faz menção ou algo que contamina distinção de alimentos; • 2. Doenças são castigos • 2. Não associa doenças pelos pecados (mitos); com pecado ou castigo; • 3. A pena de morte a todo • 3. Interdita a pena de o infrator da lei; morte, em qualquer circunstância.
  • 45. Paulo e o Romanismo 1 • O Direito Civil Romano: • A origem exata é desconhecida – alguns historiadores apontam o império etrusco como a fonte primária (751 a.C), mas foi no V séc. (451) a.C., que os romanos enviaram estudiosos a Atenas para copiar as leis de Sólon. Inicia-se assim o Direito do cidadão de Roma. • O Novo Código civil teria sido escrito em 10 tábuas, mas os plebeus teriam exigido uma complementação, e acrescentaram mais duas=12. • Os Celtas, no entanto, destruíram tudo em 387.
  • 46. Paulo e o Romanismo 2 • O Direito Civil Romano: • 1. De 451 a 201 a.C. o código vai sendo reformulado e adaptado aos conceitos e tempos; • 2.De 201 a 27 a.C. recebe uma elaboração mais flexível e mais voltada para os direitos sociais; • 3. No início da era cristã o direito alcança seu período áureo – nasce a função dos juristas para aconselhar e orientar os pretores nos processos; • 4. Em 160 d.C. o jurista Caio cria o direito privado em personae; res e actiones, base dos códigos posteriores.
  • 47. Paulo e o Romanismo 3 • No Ocidente • No Oriente • 1. Consul • 1. Edil • 2. Pretor • 2. Tribuno • 3. Questor • 3. Censor • 4. Protomagister • 4. Governador • Título máximo: • Título máximo • Pontifex maximus • Magister Militum
  • 48. Paulo e o Romanismo 4 • Dos princípios do Direito Romano: • 1. O sujeito: pessoa física ou jurídica, desde que tenha capacidade de ação; • 2. A pessoa física: a. Que ela exista; b. Que tenha capacidade jurídica, i.é., capacidade de contrair obrigações e direitos; • 3. A existência: o feto não é pessoa, mas tem sua existência garantida desde a concepção; • 4. Da capacidade jurídica: a. Ser livre; b. ser cidadão romano; c. independente do pátrio poder; • 5. Da cidadania: a. Filho de mãe romana; b. Naturalização romana; c. Determinação do magistrado; d. Determinação do imperador.
  • 49. Paulo e Jesus Cristo 1 • De Damasco à Antioquia: • 1. Saulo é alcançado por Jesus Cristo, no caminho de Damasco (At 9); • 2. Jesus Cristo mostra a Saulo que tudo o que ele fazia, como fariseu, era skybala (Fl 3,8); • 3. A mudança se torna um processo doloroso. Ainda não era convertido e já é odiado (At 9,23-25); • 4. Foge para a Arábia, onde evangeliza por 3 anos (Gl 1,17-19); • 5. Não pode testemunhar em Jerusalém (At 9,26-30); • 6. Evangeliza sua terra, Tarso, por 5 anos, até ser incluído no grupo dos discípulos por Barnabé (At 11,25)
  • 50. Paulo e Jesus Cristo 2 • 1. A ressurreição: Paulo não conheceu Jesus de Nazaré; • 2. O arrebatamento: O evangelho de Paulo não dependia da convivência com os discípulos, mas da revelação que recebera (Onde? Quando? De que forma? – 2Cor 12,1-7; • 3. A imitação de Jesus Cristo: Paulo não inventa e não cria nada, mas imita Jesus e pede que os seus evangelizados imitem Jesus Cristo, como ele, Fl 3,17; • 4. O exemplo de Jesus é fundamental para qualquer cristão, Fl 2,6-8; • 5. Jesus não consultou a sinagoga para sua missão (Lc 4,18-19); Paulo não consulta os discípulos (Gl 1,16);
  • 51. Paulo e o Cristianismo 3 • Religião e questões sociais: • 1. A pedagogia de Jesus na multiplicação dos pães, nas curas e nas instruções; • 2. As coletas para a Igreja falida de Jerusalém (At 11,27-30; Tt 1,5; 1Cor 16,1-9); • 3. O trabalho como compromisso comunitário (1Ts 5,12-22; 2Ts 3,10-12); • 4. A solidariedade e o amor sem hipocrisia (Rm 12,3-21); • 5. O amor (agápê) é a plenitude da Lei (1Cor 13,13; Rm 13,10).
  • 52. Paulo e o Cristianismo 4 • A ressurreição como resposta aos mitos e como alicerce da Nova Religião 1Cor 15; • A cruz (loucura para os gregos e escândalo para os judeus 1Cor 1,23) como opção de cada dia (Lc 9,23) • A pedagogia da inclusão – no caminho de Jesus estavam pagãos, pecadores, impuros, mulheres – em Cristo não há diferença de raça, cor, sexo (Gl 3,28; Rm 10,12); • A liberdade em Cristo (Gl 5,1);
  • 53. Paulo e o Cristianismo 5 • A maldição da lei (Dt 27,26) – Maldito o que for suspenso no madeiro (Dt 21,23) – Cristo nos resgatou da maldição da Lei (Gl 3,13); • A ecologia da ressurreição: Todo o cosmos foi atingido e transformado pela ressurreição Rm 8,22. • A liberdade: Foi para a liberdade que Cristo nos libertou (Gl 5,1); • A tolerância: por inveja, por porfia ou por amor autêntico, desde que anunciem, que o façam (Fl 1,15-17) • A radicalidade: não há dois evangelhos, nisso não há negociação (Gl 1,6-9).
  • 54. Propostas de solução de Paulo • AS METRÓPOLIS GREGAS • Os problemas de Filipos • 1. A arrogância e o status de alguns; • 2. A distância dos pobres; • 3. Os conflito de Evódia e Síntique; • 4. Os que anunciavam por inveja de Paulo; • 5. Os cães, falsos circuncisos e maus trabalhadores;
  • 55. Propostas de solução para Filipos • 1. A tolerância com os invejosos Fl 1,15-18; • 2. O exemplo dele no seguimento Fl 3,17; • 3. Cristo como exemplo para ele 2,6-8; • 4. O orgulho tem como solução a humildade, assim aquilo que era o máximo vira estrume 3,8; • 5. Aquilo que havia em Cristo deve estar no cristão 2,5; • 6. Tudo deve ser feito sem murmurações e com sinceridade 2,14-18; 4,4 • 7. Tudo o que é bom, honesto, sensato, virtuoso… isto praticai 4,8.
  • 56. Propostas de solução para Tessalônica • 1. Para os teóricos da Salvação, o Evangelho de Paulo não foi apenas de palavras, mas com obras, no Espírito Santo 1,5; 2,1-4; • 2. Aos acomodados ficou o exemplo do trabalho e das fadigas, noite e dia do Apóstolo 2,9; • 3. Os pagãos, no seu edonismo, não conhecem a Deus, por isso, o cristão precisa abster-se daquilo que destrói a vida da comunidade 4,4-8; • 4. Os corruptos não acreditam na “parousia” (vinda de Jesus Cristo), mas na ressurreição é ele quem julga 4,13-5,12
  • 57. Propostas de solução para Corinto 1 • Sacramentalização x evangelização • Os mitos = A ressurreição, Jesus não é mito, não é Hermes ou outro avatar – Se encarnou (Jo 1,14) • O sacrifício x comodismo = a cruz como escândalo ou como loucura. O hedonismo não constrói • Os mestres e partidos = ninguém se considere dono, mas todos são ministros, servidores que devem prestar contas (1Cor 4,1ss) • O liberalismo total (1Cor 6,12) = proposta de responsabilidade e compromisso com as consequencias; • Celibato x casamento – as duas vocações são importantes, cada um escolhe a que for capaz de assumir (1Cor 7)
  • 58. Propostas de solução para Corinto 2 • A estrutura da comunidade: os gregos eram individualistas, mas o cristianismo é comunitário 1Cor 12; • Os adeptos de Pedro não gostavam de Paulo, mas ele argumenta que “viu o Senhor” e por isso, mesmo não tendo convivido com Jesus, o Ressuscitado lhe apareceu e sua autoridade era igual (1Cor 9,1-3); • Os dois altares da Ceia: muitos eram corruptos, injustos e ideólogos, mas participavam da Ceia sem se comprometer e sem se converter; • Aos esotéricos gregos: falar línguas não edifica a comunidade, mas a profecia 1Cor 14; • Tudo é importante, mas o que interessa é o agápê; • A mitologia não prova a encarnação dos deuses; o cristianismo prova a ressurreição do Homem, Jesus de Nazaré, 1Cor 15;
  • 59. Propostas de solução para a Galácia 1 • 1. Os manipuladores da verdade querem distorcer o evangelho, mas outro evangelho não existe, é ideologia 1,6-9; • 2. O evangelho anunciado por Paulo não procede de homem algum, mas da Revelação de Jesus C. 1,12-19 (Cf. 1Cor 15; 2Cor 12,1-4); • 3. A rejeição à autoridade de Paulo por não ter ido consultar a autoridade em Jerusalém (1,17; 2,1; 1Cor 9,1-3; cf. Lc 4,18-19; Is 61,1-2); • 4. Os apóstolos de Jerusalém ainda estavam apegados à circuncisão, e Tito, grego, foi obrigado, para evitar conflitos 2,3; • 5. Os falsos irmãos expiam a liberdade dos outros 2,4; • 6. O Evangelho não pode ser submetido à escravidão da Lei 2,5;
  • 60. Propostas de solução para a Galácia 2 • 1. O conflito da Antioquia, desatinos e pacto fechado, com aceitação dos “dokountes” para dois modelos: Pedros aos circuncisos; Paulo aos gentios (2,7-10) ; Rm 4 = Abraão, chamado incircunciso; • 2. O ser humano não é justificado pelas obras da Lei, mas pela fé em JC 2,16; cf. 2,21;3,8; Rm 4; • 3. Os que praticam a fé são abençoados em Abraão 3,12-16; • 4. Os ideólogos “enfeitiçam” 3,1-4; • 5. A inclusão da mulher, … 3,28;
  • 61. Propostas de solução para os Gálatas 3 • 1. Existem duas alianças: Uma livre e outra para escravos (Sara e Agar) para o AT. Os que continuam conservadores (escravos); os que crêem = livres 4,24-31 – Em Cristo, todos estão livres; • 2. Quem se deixa circuncidar (conservador) anula Jesus Cristo 5,2; • 3. O cristão é chamado à liberdade, mas ela exige a prática do amor 5,13.
  • 62. Propostas de solução para Roma 1 • 1. A “ira” de Deus será manifesta dos céus contra os praticantes da injustiça e iniquidade 1,18; • 2. A lista de vícios que representa o abandono de Deus e o pacto com o pecado no próprio corpo 1,22-32; (o corpo é o templo do ES, 1Cor 6,19); • 3. Do ponto de vista jurídico, quem julga, sabe que tem um agravante quando julga 2,1ss; • 4. O judeu que peca não tem desculpa, porque conhece a Lei; pecar conhecendo significa um castigo maior 2,14-29; • 5. Qual é a vantagem do judeu? 3,1ss
  • 63. Propostas de solução para Roma 2 • 1. Abraão foi chamado antes da Lei, sem a circuncisão e ele é o pai da fé – de que serve Moisés? 4,1ss • 2. Adão trouxe o pecado, Jesus trouxe a graça 5,13ss; cf. Jo 1,17-19; • 3. O batizado está sepultado para o pecado e lavado em Cristo 6,1-33; • 4. Libertos do pecado, não estão livres de pecar, mas devem ser instrumentos da justiça 6,18; Mt 5,20; Is 1,17; • 5. O desejo da carne é a morte, mas o desejo do Espírito é a vida, cada um escolhe 8,1-9; cf. Dt 30,15-20;
  • 64. Propostas de solução para Roma 3 • 1. As tensões entre a carne e o Espírito são constitutivas da dialética humana, mas o Espírito deve governar a carne 8,7-14; • 2. O Espírito permite a herança, nele chamamos a Deus de Pai, Abbá 8,15; • 3. A ressurreição afeta a criação inteira, por isso, a ecologia e a cristologia se encontram 8,22; • 4. Ser anáthêma para Cristo e não sofrer da parte dos irmãos de carne (9,3; cf. 2Cor 11); ou ser anáthêma dos irmãos e sofrer por Cristo, como estava acontecendo? (cf, Mc 10,29);
  • 65. Propostas de solução para Roma 4 • 1. Aos conservadores judaizantes: Moisés descreve a justiça da Lei; Jesus a justiça da fé 10,4-6; • 2. Quem crê em Cristo, estará salvo 10,8-10; • 3. A comunidade não pode admitir diferenças de cultura, de privilégios… 10,12 (cf. Gl 3,28; Dt 10,17); • 4. O anti-judaísmo? Deus rejeitou Israel? Se Israel pecou (2,1ss) é ele que rejeitou Deus 11,1ss; • 5. Quem entende de lei, sabe 7,1; • 6. O amor não se faz de palavras, mas de solidariedade e justiça 12,1ss;
  • 66. Propostas de solução para Corinto 3 • Os desmandos dos Coríntios e a severidade de Paulo: a carta das lágrimas 2Cor 2,3ss; • As imoralidades esquecem que o corpo é o templo do Espírito Santo 2Cor 4,7; • A falta de fé na escatologia: Paulo propões uma reflexão sobre a transitoriedade dessa vida e o valor da vida para além da vida 2Cor 5,1ss; • O egoísmo destrói as esperanças no depois, e Paulo afirma que quem ama não vive para si, mas para aquele que morreu por seu amor 2Cor 5,11-17;
  • 67. Propostas de solução para Corinto 4 • O cristão é um cooperador de Cristo com as armas da justiça, na palavra da Verdade e no amor a Deus 2Cor 6,7 • O exemplo Cristo: Ele era rico e se fez pobre, assim os ricos, orgulhosos e orgulhosos tinham um modelo concreto de vida 2Cor 8,9; • Assim como a serpente enganou Eva, o mal continua seduzindo os cristãos 2Cor 11,3; • O preço do evangelho e da conversão 2Cor 11,21ss; • A mitologia x a experiência de Paulo: a autoridade que procede do arrebatamento 2Cor 12,1ss