Evolução da organização do pensamento na civilização cristã ocidental, distinguindo e enfatizando as duas mais importantes correntes de pensamentos: o positivismo e o materialismo histórico dialético.
4. Introdução – Ultrapassando a rotina do dia a dia; excedendo os
limites territoriais de sua existência; indo além da percepção
direta de seus sentidos os homens colocaram para si, em todos
os recantos da Terra, as questões fundamentais da vida e da
morte; da natureza e da sociedade; dos seres visíveis e invisíveis.
4
6. O que se deve observar é que inicialmente,
resolvidas as questões relativas à sua
sobrevivência material o que sem dúvida lhes dá
oportunidade de desenvolver os primeiros
conhecimentos técnicos, os homens colocam para
si as questões fundamentais da própria
existência.
6
7. Daí advindo, para a maioria dos autores, o
conhecimento mítico, o conhecimento religioso, o
conhecimento filosófico e o conhecimento científico.
O grande desafio atual é conciliar o chamado
conhecimento tradicional com o conhecimento
científico.
7
8. O CRISTIANISMO Iniciado com as pregações de Jesus
Cristo e de seus apóstolos, em
meados do século I, na região do
atual Estado de Israel e dos
Territórios Palestinos. Tem origem no
judaísmo e é a religião
mais difundida no
mundo.
8
9. A civilização cristã ocidental - A civilização cristã
ocidental percorreu um longo caminho até chegar à
forma atual da sua maneira de pensar e raciocinar.
9
10. Nesta caminhada tomaremos
como ponto de partida
espaço/temporal o momento em
que a civilização ocidental, viveu
o momento que ficou conhecido
como RENASCIMENTO.
Não se pode desvincular o
desenvolvimento técnico-
científico do desenvolvimento
político e sociocultural.
10
11. Aristóteles sistematizou a forma de organizar e
desenvolver o pensamento através do
silogismo. O que passou para a História como
a lógica formal aristotélica.
Na obra Organon, Aristóteles define a lógica
como um método do discurso demonstrativo,
que utiliza três operações da inteligência:
o conceito,
o juízo e
o raciocínio.
11
12. O conceito é a representação mental dos objetos.
O juízo é a afirmação ou negação da relação entre o
sujeito e seu predicado.
E o raciocínio que leva à conclusão
sobre os vários juízos
contidos no discurso.
12
13. Aristóteles estuda a estrutura lógica da
argumentação e descobre que alguns argumentos
podem ser convincentes, embora não sejam
corretos.
A lógica, segundo Aristóteles, é um instrumento
para atingir o conhecimento científico.
Só se pode chamar de ciência aquilo que é metódico
e sistemático, ou seja, lógico.
13
14. Os raciocínios podem ser analisados como
silogismos, nos quais uma conclusão decorre de
duas premissas.
"Todo homem é mortal. Sócrates é homem, logo,
Sócrates é mortal", diz ele, para exemplificar.
"Sócrates", "homem" e "mortal" são conceitos.
"Sócrates é mortal" e "Sócrates é homem" são
juízos.
14
15. O raciocínio é a progressão do pensamento que se
dá entre as premissas e, a conclusão, ou seja, é a
organização e disposição lógica das premissas de
forma a se chegar a uma conclusão:
"Todo homem é mortal",
Premissas
"Sócrates é homem“
Logo, "Sócrates é mortal". (Conclusão)
15
16. Como filósofo Aristóteles refletiu muito para entender
as causas de tudo que observava o que ainda hoje é a
razão de ser da maioria dos experimentos da ciência
moderna.
Por tudo isso, e por muito mais Aristóteles de Estagira
(como ficou conhecido) de fato colocou as bases e os
fundamentos da boa ciência ocidental que se
conservam até hoje: a lógica, o método e a observação
da natureza e da sociedade.
16
18. A Idade Média - a partir do século XI até o
Renascimento, nas questões relativas ao
conhecimento humano, no ocidente, prevalece o
que ficou conhecido como Escolástica.
.
18
19. A escolástica foi a tentativa de conciliar a fé cristã
com a razão, representada pelos princípios da
filosofia clássica grega, em especial os
ensinamentos de Platão e Aristóteles. Desenvolve-se
a partir da filosofia patrística, elaborada pelos padres
os Doutores da Igreja Católica, que fazem a primeira
aproximação entre o cristianismo e uma forma
racional de organizar a fé e seus princípios, baseada
no platonismo. Com a escolástica, a filosofia
medieval continua ligada à religião, uma vez que são
as questões teológicas que suscitam a discussão
filosófica.
19
20. A fase inicial da escolástica é
profundamente influenciada
pelo pensamento de Santo
Agostinho (354-430), o mais
importante nome da filosofia
patrística. Retomando os
princípios do platonismo,
entre eles o de que há uma
verdade absoluta acima das
verdades particulares, Santo
Agostinho vê na revelação
divina o meio pelo qual a
verdade é introduzida no
espírito humano.
20
21. O período mais
importante da
escolástica
corresponde ao do
desenvolvimento do
tomismo, doutrina
cristã criada no
século XIII por São
Tomás de Aquino
(1224-1274), com
base na filosofia
aristotélica.
21
22. Para São Tomás de Aquino
e para seus seguidores, há
duas ordens de
conhecimento: o sensível
e o intelectual, sendo que
o intelectual pressupõe o
sensível. A impressão que
um objeto deixa na alma é
chamada de conhecimento
sensível. O conhecimento
intelectual considera
apenas as características
comuns entre os objetos e
elabora o conceito.
22
23. A escolástica entra em crise no final
da Idade Média, por volta do século
XIV, período marcado pelo
surgimento do humanismo
renascentista, pelas novas
descobertas científicas e pela
Reforma Protestante. Entretanto,
sobrevive na era moderna como o
pensamento cristão tradicional o
neo-tomismo.
23
24. O Renascimento - A partir do Renascimento se começa
criticar a maneira como se procurava explicar os
fenômenos da natureza.
Usava-se muita razão, muita lógica,
muito sistema bem organizado,
mas se descuidaram da
observação e não se controlavam
os fatos que se queria explicar.
Galileu Galilei e
Francisco Bacon
que trabalharam para
nos dar um método
diferente e que
chamamos hoje de
método experimental.
24
25. Sucintamente este método consiste no
seguinte:
1º observar os fatos;
2º levantar hipóteses explicativas dos
mesmos;
3º retornar a experiência para
verificar se as hipóteses estão certas,
de acordo com os fatos.
25
26. Aos poucos vai se firmando como científico
somente aquilo que procurava as leis do mundo
físico e que prova suas afirmações com o
controle dos fatos. Com isso somente a física
adquiriu foros de ciência. Mas com a adoção do
método da física nas outras pesquisas também
estas outras pesquisas passam a ter o status de
ciências de tal forma que quando falamos hoje
de ciência entendemos o tipo de conhecimento
que de alguma forma usa o
método experimental.
26
27. As ciências humanas
procuraram então se
enquadrar em um método
semelhante ao da física para
serem chamadas ciências.
Neste contexto as ciências
adquiriram algumas
características.
27
28. Características da Ciência Moderna - A
primeira característica é a matematização
ou quantificação, ou seja, as qualidades e
propriedades da natureza passam a ser
medidas por uma linguagem simbólica muito
precisa, de compreensão universal unívoca:
50mm, 9km, 120 4kg e etc....
Uma outra característica da ciência moderna é
a funcionalidade, ao cientista interessa
relatar como esta sendo processado o
experimento e a quanto ou em que medida o
mesmo se processa em vista unicamente de
seus resultados. Não interessa ao cientista
buscar as causas últimas.
28
29. A terceira característica da ciência moderna é o
caráter seletivo. Isso quer dizer que para fazer
uma hipótese explicativa o cientista tem que
selecionar os elementos e variáveis com que
vai tratar, ou seja, tem que escolher as
variáveis que vão ficar sob controle. Por esse
procedimento do dado particular, pode o
cientista chegar a uma Lei Geral.
29
30. Uma outra característica da ciência
moderna é o seu caráter aproximativo.
Esta característica diz respeito a tentativas
de interpretar ou representar plasticamente
os fatos ou fenômenos estudados. Toda
vez que uma teoria científica cria uma
explicação para um fato ou fenômeno, na
sua linguagem simbólica inventa e
interpreta como se o símbolo substituísse a
realidade. São os chamados modelos
explicativos.
30
31. A ciência moderna, como não podia
deixar de ser, tem também um
caráter progressivo acumulativo,
os conhecimentos vão se
acumulando e se aperfeiçoando, e
as teorias vão sendo reelaboradas.
31
32. Existe ainda uma característica ligada ao
caráter quantitativo da ciência moderna que é
a exatidão. A ciência é exata precisamente na
sua formulação unívoca, e tem que ser
unívoca exatamente pela dependência dos
seus resultados. Este modelo de fazer ciência
ficou conhecido como positivismo.
32
33. Positivismo - Para o positivismo a ciência é a única
forma válida de conhecimento. As descobertas
científicas dando novas explicações sobre a natureza,
sobre a sociedade e sobre as homens justificaram a
conclusão de que a única filosofia verdadeira era a
própria ciência.
O positivismo considerando os fracassos da filosofia
propõe o domínio do homem sobre a natureza através
da ciência e que a ciência seja a base da organização
da sociedade humana.
33
34. Os positivistas tem uma concepção dinâmica
da natureza. Os fenômenos se sucedem num
processo evolutivo e ininterrupto do mundo
inferior, inorgânico, passando por uma série
progressiva de formações intermediárias, cada
vez mais complexas até atingir o mundo
superior, o mundo humano.
34
35. O positivismo trouxe para a sociedade
humana as mesmas leis encontradas no
mundo animal legitimando a supremacia dos
mais fortes sobre os mais fracos através da
concorrência. Daí advém uma série de outras
consequências perversas para a convivência
humana e para o funcionamento e
relacionamento das sociedades e nações
como, por exemplo, a legitimidade da
destruição e invasão do território dos mais
fracos se os mais fortes se sentirem
ameaçados.
35
36. Comparando o Positivismo com o Materialismo Histórico
e dialético, constatamos que eles possuem em comum a
concepção de que a matéria é o princípio supremo e a
causa de toda a realidade.
Além disso, tanto o materialismo como o positivismo
possuem uma preocupação com o homem. O
materialismo de Marx e seus seguidores procura libertar o
homem das alienações ideológicas, das sujeições e das
opressões políticas.
36
37. O materialismo positivista procura adquirir um
conhecimento exato do homem como ser social
empregando, para isso, o método das ciências
experimentais. Como as ciências são aptas para
formular as leis relativas ao desenvolvimento
dinâmico da realidade natural, devem ser aptas
também para formular a leis relativas ao
desenvolvimento social humano.
37
38. Na verdade Augusto Comte usou o termo POSITIVO,
em oposição ao que ele considerava NEGATIVO, isto
é, o iluminismo.
O positivista tem uma postura afirmativa no sentido da
ORDEM rejeitando as críticas românticas dos
conservadores feitas à sociedade propondo soluções
para os problemas presentes em alternativas
buscadas no passado.
Os positivistas rejeitam também o pensamento
critico progressista que propõe um projeto social
alternativo para o presente e o futuro da sociedade.
38
39. O paradigma da análise positivista - Os
positivistas lutam pela integração, pelo
consenso, e pela harmonia social analisando
a sociedade segundo o seguinte paradigma:
39
40. 1 - A sociedade é um organismo, regulado por leis
naturais, cujas partes são mutuamente dependentes,
como um organismo vivo,
2 - O funcionamento tranquilo de todo o corpo
depende do bom funcionamento de todas as partes
constitutivas. Qualquer patologia em uma das partes
pode levar todo o corpo à morte;
40
41. 3 - Cada órgão isolado desempenha uma função
específica, mas deve estar conectado e integrado para
o bom desempenho de todo o corpo social. O principio
integrador da sociedade positivista é definir
exatamente a função de cada parte ou órgão da
sociedade.
A normalidade da sociedade positivista é o
funcionamento ordeiro, integrado, harmonioso e
consensual das partes que compõem o corpo social.
Por fim,
41
42. 4 - Os positivistas consideram a importância que
todos têm para o funcionamento harmonioso do
corpo social e que, portanto cada um deve
aceitar resignado e naturalmente
desempenhar a própria função na sociedade.
42
43. Para as positivistas, os conflitos sociais, as
contradições da sociedade, são fenômenos marginais,
imperfeições - o natural é a saúde do corpo, não sua
doença.
Na comparação positivista entre a sociedade e o
organismo biológico, a tendência natural é que as
partes constitutivas do todo, ainda que diferenciadas,
cooperem no sentido da manutenção da saúde do
corpo.
Se é natural que o corpo tenda a normalidade, todos
os sintomas que possam comprometer sua saúde são
patologias, anormalidades.
43
44. Expressões do Positivismo - Para
Durkheim uma das maiores expressões do
Positivismo, a raiz dos problemas sociais não
é de natureza econômica, mas sim em
relação a fragilidade da moral e ao estado de
anomia, ou seja, a inexistência ou
insuficiência de regulamentação, uma
indeterminação jurídica. Daí a necessidade
de regulamentações.
44
45. O positivismo durkheimiano expressa um
elemento de continuidade com o objetivo
proposto por Augusto Comte de reconciliar
ORDEM e PROGRESSO. Sua preocupação
básica é o restabelecimento da saúde do
organismo social. Para isso pensava ser
necessário desenvolver novos hábitos e
comportamentos.
45
46. Durkheim remete a solução dos problemas
sociais para a moral e o direito. Se cada um
cumprir sua função de maneira apropriada, o
todo, a sociedade funcionará de forma
integrada: trata-se da solidariedade orgânica.
Isto, em termos políticos, se traduz na defesa
de uma proposta corporativa que nega a
sociedade como dividida em classes sociais.
46
47. Entre os positivistas tem lugar de destaque Charles
Darwin que em 1831, participa, como naturalista, de
uma expedição de volta ao mundo no navio Beagle,
promovida pela Marinha inglesa. Durante cerca de
cinco anos desta viagem, obtém informações para
fundamentar a Teoria da Evolução das Espécies,
publicada em 1859 no livro A Origem das Espécies, na
qual afirma que o meio ambiente seleciona os seres
mais aptos e elimina as menos dotados.
47
48. O principal teórico do
Positivismo é Augusto Comte
(1798-1856). Em 1830 publica o
"Curso de Filosofia Positivista",
onde desenvolve a nova ciência
da humanidade e cria uma nova
religião, a religião da
humanidade..
Objetivo principal de Augusto Comte era elaborar uma
filosofia da história baseada no princípio da evolução
espontânea e mecânica. Mas a parte da obra de Augusto
Comte que teve mais repercussão entre seus
contemporâneos e ainda hoje, foi a que trata do valor e da
função da ciência
48
49. Augusto Comte
admite que todo
universo procede da
matéria por via de
evolução e o homem é
produto da evolução
da matéria..
Quando a evolução atingiu o estágio humano
teve inicio a história. As fases da história
segundo Comte são: religiosa, filosófica e
científica
49
50. Na religião o homem explica os fenômenos
naturais pelas causas sobrenaturais.
Na fase filosófica, a fase crítica a explicação é
dada por princípios;
na fase positiva as explicações decorrem das leis
naturais que explicam por si sós os fenômenos.
50
51. A história do homem, segundo Comte
resume-se em ter sido
teólogo na infância,
metafísico na juventude e
físico na idade adulta.
51
52. Positivismo no Brasil - O positivismo teve uma
fortíssima influência nos ideais dos republicanos
brasileiros. Entre os quais se destacam Miguel
Lemos, Teixeira Mendes e Benjamin Constant.
Os governos de Deodoro da Fonseca e Floriano
Peixoto colocaram as marcas dos ideais positivistas
na República Brasileira que foram eternizados na
bandeira nacional: ordem e progresso.
52
53. A abordagem históricodialética - Outra maneira
de entender e fazer ciência é o materialismo
histórico e dialético. O materialismo histórico e
dialético parte da dimensão dinâmica da realidade
dos seres.
É uma forma de pensar a realidade em constante
mudança. Para o materialismo histórico e dialético
existe uma ligação intrínseca entre a sociedade e
a natureza de forma que é impossível entender a
vida da sociedade humana fora de sua ligação
com a natureza.
53
54. Foi no seu relacionamento com a natureza
através do trabalho produzindo e utilizando
ferramentas que o homem evoluiu, se separou e
se distinguiu dos outros animais desenvolvendo
o cérebro e adquirindo outras características
próprias.
Entre estas características se destacam a
comunicação articulada pela linguagem e a
sociabilidade. Dinstinguindo-se e separando-se
dos outros animais o homem se torna um ser
social.
54
55. O materialismo histórico e dialético
parte do princípio de que os fatos
humanos são historicamente
determinados e que estas
determinações cientificamente
observadas e analisadas permitem e
garantem a interpretação e o
conhecimento desses fatos podendo
até descobrir suas leis.
55
56. O materialismo é dialético porque
considera que o mundo é por sua
natureza material existindo
independentemente das sensações
humanas. O materialismo histórico e
dialético considera ainda que a
matéria se encontra em contínuo
movimento que se realiza no espaço
e no tempo.
56
57. O movimento, o espaço e o tempo
- são as formas fundamentais de
existência da matéria. Deve-se
observar que o materialismo
histórico e dialético entende o
movimento como todas as
transformações que ocorrem no
universo desde os mecanismos
mais simples da natureza aos
processos mais complexos do
pensamento humano.
57
58. Historicamente determinados
significa que os fatos sociais são
criados por pessoas que têm
interesses individuais e da classe a
que pertencem. São esses interesses
sociais, políticos, econômicos
conflitantes e divergentes entre as
classes sociais que fazem a
humanidade caminhar em direção ao
futuro.
58
58
59. É nesse caminhar coletivo onde ocorrem os processos
sociais econômicos e políticos que determinam as
transformações históricas. A história não se faz
individualmente.
O materialismo histórico e dialético demonstrou que os
fatos humanos são produzidos em condições objetivas
concretas onde os homens pensam e realizam suas
ações.
As primeiras ações humanas no sentido de prover a
própria sobrevivência colocam os homens em relação
com a natureza iniciando o processo de construção do
território humano através do trabalho.
59
59
60. É preciso enfatizar que a relação dos homens e das
mulheres com a natureza no sentido de prover a
própria sobrevivência não se dá de forma
individualizada e sim de forma coletiva, socializada.
Isso nos aponta que a sobrevivência atual dos seres
humanos, em face dos gravíssimos problemas criados
pelos processos produtivos, particularmente pelo
capitalismo exige soluções coletivas globais.
Procedimentos individuais, isolados podem até ajudar,
mas o tamanho do problema é de tal ordem que exige
soluções globais.
60
61. Nesse trabalho de construção da
própria territorialidade os homens
criam organizações, instituições,
(a família, por exemplo), ideias,
valores e símbolos que dão
sustentação e legitimidade a
essas instituições e práticas.
61
62. Portanto, o materialismo histórico e
dialético mostrou a alta correlação
positiva existente entre a base material
das edificações, construções e
instituições produzidas pelos homens e
as ideias, valores e práticas utilizados
para justificarem e legitimarem essas
instituições e situações.
62
63. Conclusão - A ciência se coloca na História
da Humanidade tentando dar explicações
verdadeiras aos fenômenos que envolvem
toda a existência humana e a natureza. È
nessa busca apaixonada e apaixonante que o
homem tenta libertar-se de todas as
alienações e entraves que o escravizam e o
impedem de encontrar a plena felicidade.
Não tenhamos dúvida ou temores:
“A VERDADE NOS LIBERTARÁ”.
63
64. Bibliografia
ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São
Paulo, Martins Fontes; Brasília: Editora da Universidade de Brasília,
1982.
CAPEL, Horacio. El positivismo y la geografia. In: Filosofia y
Ciencia en la Geografia Contemporánea. Barcelona, Editorial
Barcanova, 1981, cap. X, pag. 267-311.
GIANNOTTI, Jose Arthur. (Org.) DURKEHIM, Emile. São Paulo,
Abril cultural, 1983, 2a ed. (Coleção Os Pensadores).
MARCUSE, Herbert. Razão e Revolução. Rio de Janeiro, Paz e
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MONDIN. Batista. Os Positivistas. In: Curso de Filosofia. São
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MORAES FRANCISCO, Evaristo de. Comte - Sociologia. São
Paulo, Ática, 1989. (Coleção Grandes Cientistas Sociais).
E-mail: rm.deoliveira@uol.com.br
64