1. Brasília/DF, Novembro de 2015
Ano XIII - Edição 113
Publicação mensal
O Supremo é o
limite. Página 3
André Gustavo Stumpf
Brasília precisa
de uma nova fachada
Q
uem sugere uma nova cara para
Brasília, considerada uma das ci-
dades mais modernas do mundo,
é Heitor Reis um carioca bem humora-
do, habilidoso com as palavras, de uma
verve afiada e perfeitamente sintonizado
com o mundo a seu redor. Heitor está
em Brasília desde a década de 80, e de lá
para cá vivenciou mudanças na política,
na economia e no convívio social do País.
Homem de muitas histórias e vasta expe-
riência, Heitor Reis anuncia para ENTRE
LAGOS um projeto arrojado para mudar
a cara e vida do Setor Comercial Sul,
centro nervoso e confuso do Plano Piloto
da cidade. Leia nas páginas 26 e 27.
A
caça ao mosquito da dengue, o sanguinolento Aedes
Aegypti vem de longa data no Brasil, quase cem anos.
E, ao que parece, o mosquito sabe se defender, não
desiste. O Ministério da Saúde anuncia que mais de 200
municípios no Brasil lutam contra a degue, dado preocupante.
E mais: o mosquito também tem em sua conta mais duas
doenças perigosas. Leia nas páginas 25 e 26.
APragadoAedesAegypti
2. Diretor Responsável:
José Natal
Edição:
Kátia Maia
Projeto gráfico e diagramação:
Evaldo Gomes de Abreu
Impressão:
Gráfica e Editora Ideal Ltda.
Colaboradores:
Alexandre Garcia, Luís Natal,
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Sheila D´Amorim, Wilson Ibiapina,
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Mayrluce Vilella, Paulo Pestana,
Silvestre Gorgulho, Heraldo Pereira,
Gilnei Rampazzo, Fernando Guedes,
Christiane Samarco, Greicy Pessoa e
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André
Gustavo
Stumpf
Jornalista
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...É A LAMA
Novembro de 2015 será um mês difícil de
esquecer. Os mineiros da histórica cidade
de Mariana e vizinhos choram até hoje
a tragédia que se abateu sobre a região,
após o rompimento de uma barragem de
uma mineradoura. O Congresso Nacional,
e o País, assistiram atonitos, pela primeira
vez um Senador, com mandato ser preso
em flagrante pela Polícia Federal. Nas
duas tragédias um componente comun, e
assustador: muita lama, muita sujeira.
A
citação do poeta português é meio óbvia,
mas atual. Camões observou na jornada
de glórias portuguesas na África e na
Ásia que um valor maior se alevantou. Por essa
razão, cessou tudo que a antiga musa cantava.
Aconteceu um tsunami político nesta semana no
Brasil. Cinco ministros do Supremo Tribunal Federal
decidiram mandar prender o líder do governo no
Senado da República. A polícia foi até a residência
do parlamentar, efetuou a prisão e o colocou atrás
das grades.
O valor
mais altoNunca, antes, na história do Brasil, um sena-
dor, em pleno exercício de suas faculdades políticas,
foi preso. E pior: os senadores, que agiram numa ve-
locidade absolutamente incomum, foram levados a
confirmar a decisão dos ministros do STF. O Senado
conheceu um limite e os parlamentares, sem qual-
quer exceção, passaram a se sentir réus. Eles podem
ser presos a qualquer momento, desde que um ma-
gistrado da mais elevada esfera do Judiciário, entenda
que a restrição de liberdade é necessária. O Supremo
é o limite.
Acabou a farra. Deputados e senadores per-
ceberam que surgiu uma barreira. Afinal de contas, o
juiz federal Sérgio Moro já colocou gente da pesada
na cadeia, de que é o melhor exemplo Marcelo Ode-
brecht. E os cinco ministros do STF, que concorda-
ram com o relator Teori Zavascki, não hesitaram em
prender o líder do governo no Senado e o empresário
André Esteves, proprietário do maior banco de inves-
timentos do Brasil e da América Latina. A impunidade
está perdendo a batalha contra as investigações poli-
ciais e judiciais. Todos estão sujeitos aos rigores da lei.
Vários parlamentares estão denunciados junto
ao Supremo Tribunal Federal. A operação lava-jato
aponta agora na direção do Congresso Nacional. Os
senadores foram pressionados pela opinião pública
a adotar o voto aberto. E diante dessa circunstância
59 deles votaram a favor da manutenção da prisão.
Contra foram apenas treze, dentre eles nove petis-
tas. A direção do Partido dos Trabalhadores anuncia
que não deve solidariedade ao ainda senador Delcídio
Amaral (PT-MS), um boa-praça, simpático, bom de
conversa e melhor fonte para os jornalistas. Mas em
algum momento ele perdeu seus horizontes. Tentou
obstruir a ação da Justiça. Foi preso e deverá perder o
mandato, cedo ou tarde. Em São Paulo, Lula disse que
sua ação foi “coisa de imbecil”.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
lembrou que a existência de indícios fortes que apon-
tam o envolvimento do petista, a partir do registro e
divulgação de diálogos “sórdidos, chocantes, acabru-
nhantes”. Não havia escapatória. Delcídio Amaral quis
evitar a todo custo a delação premiada do ex-diretor
da Petrobras, Nestor Cerveró. O senador se mostrou
um bom conhecedor de rotas de fuga e dos equipa-
mentos necessários para atingir o objetivo. Primeiro
ele conseguiria um habeas corpus no STF para o indi-
ciado. Depois o levaria ao Paraguai, onde o acusado,
que possui também nacionalidade espanhola, pegaria
um avião, tipo Falcon 50, para Madri. Além disso, ele
garantiu o pagamento de R$ 4 milhões à vista para
aceitação do plano e R$ 50 mil mensais durante longo
período. Cerveró transformou-se, portanto, em ho-
mem bomba.
As consequências vão aparecer nos próximos
dias. O Congresso entrou numa espécie de recesso
branco, decorrente de profunda perplexidade. As
prerrogativas parlamentares foram seriamente afeta-
das. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tem
motivos para temer por seu futuro político imediato.
Outros que têm contas a ajustar na justiça estão com
dificuldade para dormir, todas as noites, no mesmo
endereço. As medidas do ajuste fiscal foram relega-
das a segundo plano. E não esquecer que, segundo
o advogado que participou da reunião, Edson Ribei-
ro – também com prisão decretada – Cerveró teria
incluído, na sua delação premiada, a presidente Dilma
Rousseff na controvertida aquisição da refinaria da Pe-
trobras em Pasadena, no Texas.
A decisão do Supremo vira uma página na po-
lítica brasileira. Os parlamentares não mais poderão
deixar de enxergar problemas e evitar resolve-los.
A velocidade com que decidiram sobre o futuro de
Delcídio Amaral é evidência de que os tempos muda-
ram. Não há como adiar soluções. A pressão popular,
verificável nas redes sociais, comanda a ação política.
O vento mudou. Inclusive para o Palácio do Planal-
to. Quem não entender que, além disso, o Judiciário
está vigilante, corre o risco de sair cena. É o que deve
ocorrer com Delcídio Amaral depois de sua desastra-
da manobra. Para ele, o jogo acabou.
2 3NOV - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos NOV - 2015
3. O
direito a
desaposentação,
ou troca de
aposentadoria, foi vetada
pela presidente Dilma
Rousseff, informou o Diário
Oficial da União desta
quinta. Contudo, mesmo
com o veto, o Supremo
Tribunal Federal (STF),
deverá retomar a votação
sobre o tema antes do fim do ano. No momento
o julgamento se encontra paralisado em função de
um pedido de vistas, mas a votação está empatada
com dois votos a favor a tese e dois contras, com
tendências favoráveis ao tema. Veja análise da G.
Carvalho Sociedade de Advogados sobre rumos que
o tema pode tomar:
O QUE FOI VETADO?
Para entender melhor a proposta vetada, o
conteúdo estava inserido na medida provisória que
altera a regra para aposentadoria, possibilitando a
progressivamente de acordo com a expectativa de
vida da população brasileira. Apesar de não admitir,
o veto a desaposentação se deu em função do grande
custo que causaria aos cofres públicos. Agora o veto
Dilma veta desaposentação
– mesmo assim luta pelo direito
terá continuidade!
A presidente Dilma
Rousseff veta a
desaposentação, contudo,
independentemente da
decisão a luta por esse
direito dos aposentados
continuará.
será avaliado pelo Congresso novamente.
A proposta aprovada no Congresso, já não era
a mais interessante. Isso pelo fato de que o projeto
só terá validade para o aposentado que continuou a
trabalhar e solicitou o “recálculo” do benefício depois
que realizou 60 contribuições ao INSS, ou 5 anos no
mínimo, posteriores à primeira aposentadoria. Enfim,
milhares de brasileiros terão que continuar a lutar
pelo direito na Justiça.
DESAPOSENTAÇÃO NO STF
No STF, o debate ainda está indefinido, com
dois votos favoráveis à questão e dois contrários. Na
sessão do dia 9 de outubro do ano passado, o ministro
Luís Roberto Barroso (relator dos REs 661256 – com
repercussão geral – e RE 827833) considerou válida
a desaposentação, argumentando, de forma correta,
ser nossa legislação omissa em relação ao tema, já que
não existe nenhuma proibição expressa aos aposen-
tados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS)
que continuem trabalhando. No dia anterior a esse
voto, o Ministro Marco Aurélio de Mello, também já
tinha se declarado favorável.
Contudo, os ministros Dias Toffoli e Teori Za-
vascki, demonstrando posições que seguem interes-
ses do governo e votaram contrários a tese, ambos
entendem que a legislação não assegura esse direito.
Na sequência a ministra Rosa Weber suspendeu o
julgamento com mais um pedido de vista dos autos.
Ainda não há data para continuidade da votação.
O QUE É DESAPOSENTAÇÃO?
A desaposentação é uma tese que busca na
Justiça do direito dos trabalhadores, que se aposenta-
ram e continuaram a trabalhar e contribuir, a obterem
novos valores de benefício mais vantajosos. São mui-
tos os brasileiros com esse dinheiro, pois ocorre em
diversas situações. Os principais casos ocorrem com
o segurado pretender renunciar de sua aposentadoria
proporcional para conseguir a aposentadoria integral
ou mais próxima do teto. Nesse caso, é obrigatório
apresentar os cálculos ao juiz, para comprovar a si-
tuação mais vantajosa.
Jornalista
Paulo
Pestana
Abaixo o fiu-fiu
C
onheço uma mocinha que quando está
deprimida ou desgostosa veste a calça
mais justa do armário e procura uma
obra – a maior que encontrar – para desfilar por
perto. Os gritos entusiasmados, assovios e uivos
dos trabalhadores a revigoram. Mas também
conheço quem odeie um fiu-fiu e acredita que o
comportamento é tão animalesco, ou mais, que o
dos cães que seguem desavergonhadamente uma
cadela na época do cio.
Eu assovio muito mal, portanto nem deveria
me meter num assunto como este. Mas descobri que
há um movimento denominado ‘chega de fiu-fiu’, na
internet. Não me surpreende, até porque nada na
rede de computadores me causa espanto; ali cabe
tudo – até o que não deveria caber em lugar nenhum.
O pessoal do movimento não acha a menor
graça no assovio e diz que trata-se de assédio sexual.
Cantada também não pode; nem aquelas gastas e
castas como “esta é a nora que mamãe pediu”. Ou
mesmo as poéticas: “seu pai certamente é um ladrão;
roubou duas estrelas para fazer seus olhos”. Muito
menos as de duplo sentido: “Seu namorado faz Direi-
to? Porque eu faço...”. Nem aquelas menos estúpidas:
“Se você não acredita em amor à primeira vista eu
volto já, já”.
Na adolescência, tive um amigo que fazia ano-
tações, no fundão da sala, tentando encontrar a me-
lhor cantada para disparar no recreio. Posso dizer que
dava certo. Até porque ele agia no atacado, espalhan-
do brasa; eram três foras para um acerto. Se fosse
hoje, estaria mofando numa cela ao lado daquela mãe
que filmou uma surra no filho, porque ele postou um
vídeo da namorada nua nas redes sociais. Vá entender
o que virou o mundo.
Acontece que dia desses fui à rodoviária do
Plano Piloto tirar um documento no Na Hora e passa-
va pelo calçadão quando ouvi o fiu-fiu. E ouvi de novo.
A curiosidade me fez virar a cabeça para ver quem
era o criminoso que estava a perturbar a paz com o
silvo; o átimo de segundo que durou o movimento
foi acompanhado daquele flash preconceituoso que
todos carregamos, embora poucos confessem – na
minha cabeça o sujeito tinha a cara do Zé Trindade
no corpo do Wilson Grey, meus velhacos favoritos do
cinema. E a explicação é que eu acredito piamente
na definição de Nelson Rodrigues: “Todo canalha é
magro”.
– E aí, gato; leva um guarda-chuva que vem
água aí – Olhei para os lados rapidamente, mas não
havia dúvida, era comigo. Não era uma mocinha, nem
uma senhora. Nos anos 60 seria classificada como
uma balzaquiana; cabelos tingidos de loiro, mas com
as raízes negras à mostra, sorriso largo e bonito, mas
com dentes tortos; parecia simpática. Sorri, agradeci,
mas segui em frente porque tinha hora marcada no
guichê. Mas foi só virar as costas para ouvir o fiu-fiu de
novo, desta vez, acompanhado de uma exclamação:
– Bundão lindo, heim! – Mas aí eu não virei
de novo. Impávido, embora um pouco enrubecido, fui
cuidar da vida e dei toda razão para a moça que quer
banir o fiu-fiu.
4 5NOV - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos NOV - 2015
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Senador (PMDB-
AL), presidente
do Congresso
Nacional
Renan
Calheiros
O
Brasil não tem guerra civil e nem conflitos
armados com outras nações. Diante
dessa realidade é inconcebível a taxa
de 21,9 mortes por arma de fogo a cada cem mil
habitantes. A cada hora quase cinco brasileiros
são vítimas fatais de disparos. O Brasil ocupa a
décima primeira posição no ranking de países mais
violentos do mundo.
É um dado que ameaça e envergonha a todos.
Com o sentimento da responsabilidade e com a cer-
teza de que um marco legal deveria ser instituído para
coibir o comércio de armas de fogo é que batalhei
arduamente pelo Estatuto do Desarmamento.
O Estatuto é uma conquista que reduziu os
indicadores de óbitos. Entre 2004 e 2012, mais de
160 mil vidas foram poupadas no Brasil. Os índices
de violência em nosso país persistem ainda altíssimos.
Qualquer descuido ou abrandamento sobre a aquisi-
ção de armas de fogo irá representar um retrocesso.
Há uma inciativa nesse sentido. Um texto que
permite a posse de armas em casa e no trabalho e
reduz de 25 para 21 anos a idade para a compra de
armas e amplia a validade do porte de três para dez
anos. Também autoriza que pessoas respondendo a
inquérito ou processo tenham porte de arma.
Adeus às armasPermitir tudo isso é o mesmo que rasgar o Es-
tatuto do Desarmamento. Entre nós, senadores, há
um consenso de que o desarmamento é fundamental
para que nós mantenhamos a redução da criminalida-
de no Brasil.
A ideia subjacente do projeto aprovado na Câ-
mara é que o cidadão armado tem mais chances de
se defender da violência; é uma falácia. Um engodo.
O cidadão de bem, além de não ter a destreza, será
sempre o surpreendido.
Propusemos um referendo para proibição da
venda de armas e munições aos cidadãos. Por 64% a
36%, a sociedade optou pela continuidade da venda.
Uma campanha que foi marcada pela desinformação e
distorções intencionais, onde o direito à propriedade,
à liberdade individual, foi confundido com o acesso
às armas.
Respeitamos o resultado, mas se for para rea-
brir este debate, que o façamos pelo lado bom, pela
perspectiva de preservar vidas, especialmente a dos
jovens. Se o Senado Federal for rediscutir o tema, o
fará pelo viés da proibição da venda de armas. Não
vamos nos associar aos mercadores da morte na ba-
nalização das armas de fogo. Vamos dar adeus às ar-
mas.
6 Revista Entre Lagos NOV - 2015
5. Engenheiro Civil
e Mestre em
Mecânica dos
Solos, Fundações
e Geotecnia e
fundador da Fral
Consultoria.
Francisco
Oliveira
N
unca produzimos tanto lixo como
atualmente. O Brasil está na quinta
posição entre os que mais produzem lixo
no mundo, atrás de Estados Unidos, China, União
Européia e Japão. Para termos uma ideia, por dia,
produzimos cerca de 192 mil toneladas de lixo.
Deste total, cerca de 41%, ou 79 mil toneladas,
não tem destinação correta.
Tanto lixo também é resultado do crescimen-
to da produção de produtos industrializados, em-
balagens (representa cerca de um terço do lixo do-
méstico) e do nosso ciclo de vida, onde consumimos
para sobreviver. O fato é que todo esse lixo gerado
vai para lixões e gera biogás, um dos principais causa-
dores do efeito estufa, além de gás carbônico, entre
outras impurezas. Todos esses gases são prejudiciais
para o meio ambiente.
Recentemente, observamos mudanças climá-
ticas e instabilidades ambientais em várias partes do
país. Por exemplo, a chuva forte que chegou a Porto
Alegre e alcançou mais da metade da média históri-
ca do mês de outubro, ou as catástrofes ambientais
registradas em Manaus, também com fortes chuvas e
alagamentos. Em São Paulo, não é possível definir em
que estação estamos. Um dia faz muito calor, em ou-
tro frio abundante. Segundo alguns meteorologistas,
o próximo verão promete ser um dos mais quentes
de todos os tempos no país, com temperaturas que
vão chegar aos 40ºC por vários dias seguidos.
Mas qual será a relação entre essa instabilidade
climática e o montante de lixo produzido? Total! As
mudanças climáticas têm ligação direta com a má des-
tinação e os efeitos que os gases gerados pelos lixos
causam na atmosfera, como o aquecimento global,
tema hoje tão discutido por entidades especialistas.
Claro que outros fatores contribuem para o aque-
cimento da Terra, como as queimadas e o contínuo
desflorestamento, mas a questão do lixo é algo que
podemos mudar. O estilo de vida do brasileiro con-
tribui para que produzamos cada vez mais lixo e que
todo esse ciclo se repita.
O impacto do lixo nas
mudanças
climáticas
Pequenas mudanças em nossos hábitos pode-
riam minimizar esses impactos. Claro que você pode
pensar: “minhas atitudes não vão comprometer o
futuro do planeta”. Esse é um engano comum. Pe-
quenas ações, como implantar um pequeno sistema
de reciclagem em casa, incentivando a família e até
amigos a também reciclarem, comprar de empresas
que têm essa visão sustentável, atuar contra o des-
perdício e repensar os produtos que você consome,
são importantes medidas que irão contribuir com o
meio ambiente.
Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econô-
mica Aplicada (Ipea), mostra que se todo o resíduo
reaproveitável atualmente enviado a aterros e lixões
em todo o país fosse reciclado, a riqueza gerada po-
deria chegar a R$ 8 bilhões anuais. Agora, pense nes-
se montante investido em iniciativas em prol do meio
ambiente e durante gerações. Claro que a discussão é
muito mais abrangente. É necessária uma mudança de
cultura. Porém, se ninguém se atentar para essas mu-
danças rapidamente, corremos o risco de não ver no
futuro o mundo que conhecemos hoje. Cabe a cada
um de nós decidir.
Luiz
Gonzaga
Bertelli
Presidente
do Conselho de
Administração
do CIEE/SP,
presidente
doConselho
Diretor do
CIEE Nacional,
Presidente da
Academia Paulista
de História –
APH e Diretor e
Conselheiroda
FIESP-CIESP
Formação mais sólida
A
prova do Enem – o Exame Nacional do
Ensino Médio – foi criada em 1998 pelo
Ministério da Educação (MEC) para
ser utilizada como parâmetro na avaliação da
qualidade de ensino da educação básica. Com os
dados nas mãos, o governo federal poderia adotar
mecanismos para fortalecer o ensino, criando
melhorias efetivas para a educação. Mas foi a partir
de 2009 que o exame ganhou um novo status,
transformando-se no segundo maior do mundo –
perdendo apenas para o exame de admissão do
ensino superior chinês – com mais de sete milhões
de jovens inscritos e realizado em mais de 1,6 mil
municípios. Hoje, seu resultado facilita o acesso ao
ensino superior, por meio do Sistema de Seleção
Unificada (Sisu) e para bolsas de estudo em escolas
particulares, nos programas governamentais de
financiamento estudantil Prouni e Fies. O Enem
tornou-se, então, o principal de inclusão de jovens
na educação superior.
Para a construção de uma carreira sólida, as-
sim que entrar na universidade os jovens já podem
procurar estágio. A capacitação prática facilita a in-
tegração dos alunos à carreira escolhida. Pelo treina-
mento prático, o estagiário vai conhecer o mercado
de trabalho na sua área específica, ver as vantagens e
desvantagens na carreira e optar pelo setor que mais
lhe agradar. O intercâmbio promovido entre o que
aprende na universidade e o que absorve no estágio
também tende a enriquecer ainda mais sua formação.
Em tempos de crise, a remuneração obrigatória tam-
bém é um fator preponderante.
O CIEE, maior agente de integração do país, que
há mais de 50 anos já encaminhou 15 milhões de jovens
para o mercado de trabalho, tem um banco de dados de
estudantes que alimentam as empresas, órgãos públi-
cos e entidades que abrem suas portas para receber os
jovens inexperientes. Fazendo um simples cadastro no
portal (www.ciee.org.br), o estudante já pode concor-
rer às vagas de estágio abertas. Além de inserir-se com
mais facilidade no mercado de trabalho, o jovem que faz
estágio enriquece o currículo e ganha mais confiança e
capacidade para enfrentar os novos desafios.
Após a Lei do Estágio, aprovada em 2008, foi
regulamentado também o estágio para estudantes do
ensino médio. Para isso, basta ter 16 anos ou mais
e estar regularmente matriculado, para concorrer às
vagas. Muitos estagiários, que recebem bolsa-auxílio,
conseguem manter seus estudos e, até mesmo, aju-
dar financeiramente suas famílias. Para aqueles que já
acabaram o ensino médio e não têm boas perspecti-
vas para os resultados do Enem, o programa Apren-
diz Legal pode ser solução de formação profissional
para inserção no mercado de trabalho. Com contrato
de até dois anos, o jovem de 14 a 24 anos, atua em
uma empresa e em um dia da semana recebe a capa-
citação teórica dos profissionais do CIEE, distribuídos
em polos de capacitação em várias modalidades.
Não há, portanto, desculpas para não se pre-
parar bem para os desafios que estão por vir no mun-
do do trabalho. Quem estiver bem formado, que
entende como funciona sua área de atuação e tem
conhecimentos técnicos e experiência prática em sua
função estará dando passos largos para uma carreira
de sucesso.
8 9NOV - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos NOV - 2015
6. O
s números são impressionantes: de acordo
com a Organização Mundial de AVC (WSO,
na sigla em inglês), uma a cada seis pessoas
no mundo terá um episódio de acidente vascular
cerebral (AVC) ao longo da vida. No Brasil, os dados
são ainda mais alarmantes: em média, a cada cinco
minutos um brasileiro morre em decorrência de um
AVC, totalizando mais de 100 mil mortes por ano.
Mesmo quando não provoca a morte, o aci-
dente vascular cerebral pode ser devastador na vida
da pessoa atingida. Segundo a Organização Mundial de
Saúde (OMS) o AVC é a maior causa de incapacida-
de em todo o mundo. Entre as sequelas que podem
ocorrer após um episódio de AVC estão a perda de
força de membros, alterações visuais, de equilíbrio, da
fala, declínio da atividade cognitiva, dor, espasticidade
e até mesmo depressão.
O acidente vascular cerebral ocorre quando
um vaso sanguíneo que leva sangue e nutrientes para
o cérebro para de funcionar, seja por obstrução (aci-
dente vascular cerebral isquêmico) ou por rotura cau-
sando hemorragia (acidente vascular cerebral hemor-
rágico). Quando isso acontece, uma parte do cérebro
não recebe mais o sangue e oxigênio que necessita e
células cerebrais começa a morrer. A extensão e lo-
calização do dano cerebral determina a gravidade do
AVC, que pode variar de leve a fulminante.
Qualquer pessoa está suscetível a um episódio
de acidente vascular cerebral, independente de idade
ou sexo. Poucas pessoas sabem mas mesmo crianças
podem sofrer um episódio de AVC. Os fatores de
risco são diferentes entre crianças e adultos, mas os
sinais de alerta são praticamente os mesmos.
“Poucas pessoas reconhecem os sintomas de
um AVC, que incluem dormência, fraqueza ou parali-
sia de um lado do corpo, fala arrastada ou dificuldade
em articular e compreender palavras, visão subita-
mente enublada ou perda de visão, instabilidade ou
desequilíbrio e dor de cabeça”, alerta o neurologista
Christian Naurath, médico neurologista e intensivista
AVC mataum brasileiro a cada
cinco minutos
do Hospital Barra D’Or.
A partir do início dos sintomas, o tempo para
tratamento do AVC é precioso. Milhões de células ce-
rebrais morrem a cada minuto em um AVC não tra-
tado. Por isso, quanto mais rápido for o atendimento
prestado à vítima, maior a probabilidade de se evitar
um AVC potencialmente fatal, bem como a de dimi-
nuir o risco de sequelas. “Quanto mais rápido a pessoa
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linhas ouvidos
vistas
tenimentosamigos
lagos
Entre outras
coisas, o
melhor!
O que você deve saber sobre AVC
• Qualquer pessoa pode ter um episódio de AVC,
independente de idade ou sexo;
• É possível reduzir o risco de sofrer um episódio de AVC por
meio do autoconhecimento de seus fatores de risco e da
manutenção de hábitos de vida saudáveis;
• É importante reconhecer os sinais de um possível AVC para
se ajudar e ajudar a familiares;
• Tempo é precioso! Quanto mais rápido o paciente for aten-
dido, menores os riscos de um episódio de AVC.
Principais Fatores de
risco para um AVC
• Pressão alta
• Diabetes
• Colesterol alto
• Obesidade
• Tabagismo
• Uso de drogas
• Arritmias e outras doenças cardíacas
Como reduzir o risco de um AVC
• Conheça os seus próprios fatores de risco e trate-os.
• Seja ativo e faça atividade física regularmente.
• Mantenha uma dieta saudável rica em frutas, vegetais e fibras
e com pouco sal, para se manter saudável e com pressão
arterial baixa.
• Limite o consumo de álcool.
• Evite o hábito de fumar. Se você é fumante, procure ajuda e
pare imediatamente.
• Aprenda a reconhecer os sinais de alerta do AVC.
Como reconhecer um AVC
A Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares orien-
ta que o teste abaixo é uma maneira fácil de lembrar e reco-
nhecer os primeiros sinais do AVC:
Sorriso – Peça para a pessoa sorrir e veja se sua boca está
torta.
Abraço – Veja se a pessoa consegue levantar os dois braços.
Música – Peça para a pessoa falar e veja se a fala está arrastada
ou complicada.
Urgente – Se você identificar qualquer um destes sinais, vá
com urgência para um hospital preparado para receber casos
de AVC e/ ou ligue imediatamente para o SAMU (192).
acometida chegar ao hospital maiores as chances do
tratamento ser bem sucedido”, ressalta Naurath.
A rapidez no atendimento é o fator que de-
termina a sobrevivência e a qualidade de vida após
um episódio de acidente vascular cerebral. Por isso,
conhecer seus fatores de risco de ter um AVC e sa-
ber reconhecer os sintomas é a principal arma para o
combate a este problema.
10 11NOV - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos NOV - 2015
7. Às margens do LagoJosé
Natal
jnatal@uol.com.br
WALMIR CAMPELLO
Pioneiro de Brasília,
administrador, sensível a
grandes causas e com vasta
experiência nos meios políticos
e jurídicos o ex-Ministro
TCU, Walmir Campello volta
a ter seu nome citado entre
aqueles que clamam por bons
administradores para a nossa
cidade. Claro que está muito
cedo para, sequer, especular-
se sobre candidaturas a esse
ou aquele cargo. Mas, como
dizia o saudoso João Saldanha,
quem mora na Vila conhece os
caboclos. Daí...
FIAT LUX
Virou moda, rotina. Qualquer chuvinha
que caia na cidade, por mais de meia
hora, pelo menos em algum ponto de Brasília
a luz se apaga. Tudo escuro. A CEB, que já
foi considerada empresa top de linha explica,
estrebucha, liga, desliga e faz o diabo. Mas não
convence ninguém. E tome escuridão.
CHAME O LADRÃO
Outra entidade, outrora alardeada como uma das
melhores do Brasil, também atravessa uma fase
de muita esparrela e pouco resultado. Trata-se da
nossa gloriosa polícia, filha querida da não tão gloriosa
Secretaria de Segurança. Tá feia a coisa por lá. Dia
desses o arranca rabo foi de tal ordem que quase que
o Chefe da corporação demitiu o Governador. Foi por
pouco.
FALTA DE HIGIENE
Entra ano e sai ano e ninguém consegue oferecer
pelo menos meia dúzia de banheiros em condições
razoáveis de uso no Parque da Cidade, um dos maiores
do Brasil. Hoje, o que se vê por lá, é deplorável. Onde
tem torneira que funcione, o vaso está quebrado. O onde
tem vazo a porta não fecha. As instalações sanitárias
são péssimas, e a comunidade, de nariz tapado, aceita
por que não adianta reclamar. Falta ao Parque uma coisa
chamada gestão administrativa. E faltando isso o resto
vem junto.
ORLA DO LAGO
Elogiável a medida do GDF em legalizar o uso das áreas verdes da Orla do Lago Paranoá. Erros do passado, tanto dos
governos como dos moradores, tornaram a região marginal e irregular. Agora, depois de acertar uma providência, o
GDF erra em outra. As áreas desocupadas estão sendo utilizadas por pessoas que fazem festa e pique-niques, sujam
o local e ainda incomodam os moradores. Área verde não é local de lazer, não é lugar de se acampar. E a fiscalização,
para evitar que isso aconteça, cabe ao GDF. E isso não está acontecendo.
ISENÇÃO DE VISTOS
OGoverno acertou a mão ao liberar o visto no
passaporte para visitantes de vários países que virão
ao Brasil durante os Jogos Olímpicos do ano que vem,
no Rio. Um dos incentivadores dessa ideia foi o Ministro
do Turismo, Henrique Eduardo Alves. Político moderno,
homem de visão e um gestor que conhece a comunidade,
Alves fez um gol de placa. E, em tempo; é bom que se
esclareça que liberar o visto para o visitante não significa
dar a ele salvo conduto para entrar no País da forma
como quiser. Passará pela fiscalização da
Policia Federal, pelos controles
eletrônicos de segurança e
tudo o mais que pede a
lei. Estará apenas livre
da burocracia penosa,
irritante, protocolar
e cansativa para
se obter uma
assinatura. E
também se livra
das filas enormes
das embaixadas. Que,
também é um saco.
CHICO BUARQUE
Quem ainda não viu corra, ainda há tempo.
Está no cinema um belo documentário sobre
a vida e a obra do nosso grande e insuperável
Chico Buarque de Holanda, o poeta das palavras,
um compositor incrível, um escritor de talento.
Critico social, sensível, sintonizado com todas as
gerações o artista, com bom humor e inteligência
encanta a todos que assistem a exibição da obra.
Faz a plateia rir e chorar. Imperdível...
12 13NOV - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos NOV - 2015
8. A foto, um registro
da rena foi realizado
em Gramado-RS- no
Parque do Papai Noel.
Sobre a autora: Gisele
Spessatto é a
primeira fotógrafa
gaúcha a levar as
belas paisagens do Rio
Grande do Sul para
um dos principais
centros culturais do
mundo, o Museu do
Louvre, na França.
O personagem que é a
própria história do
NatalA
figura mágica dos sonhos infantis, o
personagem mais esperado, vem com
barbas brancas, botas pretas, roupa e
gorros vermelhos e disposição para afagos e pose
para as fotos. Bonachão, carinhoso e presenteador
nato, renova a magia das festas que encerram o
ano e anunciam a chegada de um novo ano. Um
novo tempo, todos os anos.
As pequenas e grandes cidades se transfor-
mam com a iluminação noturna que faz brilhar os
sonhos de pequeninos e grandalhões que se deixam
embalar pela empolgação das confraternizações fami-
liares, empresariais e de amigos, mundo afora.
Ao mesmo tempo, para garantir a presença do
personagem em seus estabelecimentos, os comer-
ciantes fazem de tudo. Para se ter uma ideia, na ca-
pital federal, aumenta a procura por este profissional
muito especializado: o Papai Noel. Requisitos como
a barba branca autêntica, os olhos claros e o estilo
bonachão e carinhoso são essenciais para a função.
Como para o comércio não há fim de ano
sem essa figura, não há crise para quem quer e
tem as condições exigidas para interpretar o per-
sonagem. Os salários vão de R$ 3 mil a R$ 30 mil.
Apesar da crise econômica, a maioria dos shoppings,
de todo o país, não abre mão de ter um Papai Noel,
de forma a garantir a presença das crianças que esti-
mulam os pais a fazerem suas vontades de ganhar um
forte abraço do bom velhinho e a escolha do presente
especial, para alegria geral da família.
Coach pela
Sociedade
Brasileira de
Coaching e
Behavioral
Coaching Institute,
Practitioner em
Programação
Neurolinguística
(PNL), Mestre em
Sociologia/UNB,
Recordista do
GUINNESS BOOK
98, Tetracampeã
Mundial de karate e
Campeã Mundial de
Kickboxing. Email:
carla@carlaribeiro.
com.br
Carla
Ribeiro
V
ocê já teve a sensação, ao final do dia, de
não ter feito nada? Acha que patina, mas
não sai do lugar? Sente que trabalha muito,
mas o resultado do esforço é muito pequeno? Sente-
se esgotado e não vê a hora das férias chegarem?
Você se acha produtivo? Perceba que você
pode até ser muito ocupado, mas a má notícia é que
ser ocupado não significa ser produtivo. Quando se
é produtivo, caminha-se em direção a realização dos
Os 5 errosque te impedem de ser
produtivo
sonhos. Quando se é ocupado, muitas vezes, ao tér-
mino de um longo dia de trabalho tem-se a percepção
de desperdício de tempo e as questões postas acima
são uma realidade cruel e desgastante.
A boa notícia é que é possível ser muito produ-
tivo. Sem neurose, mas com disciplina porque sem esta
consegue-se muito pouco resultado positivo na vida.
Existem alguns comportamentos que frustram
a alta produtividade. Anote-os e discipline-se para
não adotá-los:
1- COMEÇAR O DIA SEM UMA AGENDA CLARA DAS PRIORIDADES. Não se iluda achando que ao final do dia todas as tarefas que
precisam ser realizadas serão concluídas. Muitas delas sequer serão iniciadas. Mas se você não tem definido, de preferência
por escrito, a ordem que elas devem ser realizadas, suas chances de não realizá-las ou gastar mais tempo para resolvê-las
aumentam muito.
2- NÃO ESTABELECER OBJETIVOS ANTES DE COMEÇAR UMA TAREFA. Quando começar uma tarefa estabeleça exatamente o
tempo que vai se dedicar a ela e só inicie outra depois que essa foi concluída. Só se levante da cadeira, se for o caso, depois
de finalizada.
3- TRABALHAR SEM ESTAR COM A ENERGIA NECESSÁRIA PARA REALIZAR A TAREFA. Todos nós temos relógio biológico que vai
determinar a melhor hora para realizar as rotinas diárias, inclusive a melhor hora para atividades intelectuais, etc. Não adianta
ficar caindo de sono em cima do livro. Melhor tirar um cochilo e depois voltar ao estudo. Pode ser que o seu repouso noturno
não esteja suficiente em qualidade. Portanto, leve em conta seus picos de energia antes decidir trabalhar em alguma atividade.
Temos durante o dia picos de elevada atenção, alternando com períodos de menor atenção ou até sonolência, a duração des-
ses ciclos é de aproximadamente 90 minutos.
4- NÃO DEFINIR PERÍODOS DE TEMPO ININTERRUPTOS PARA TRABALHO. Quando você define um tempo, cumpre. Por exemplo,
você pode estabelecer trabalhar durante 90 minutos sem distração, depois descansar por 20 minutos. Nesse tempo pode
se dedicar a responder mensagens ou tomar um café. Ou pode adotar ciclos de 120 minutos. É importante focar durante o
período programado de trabalho.
5- NÃO BUSCAR SER EFICAZ COM O TEMPO. Ser eficaz é realizar as tarefas determinadas de forma rápida e com qualidade. Portan-
to, seja pró-ativo com a velocidade. Ande mais rápido, fale mais rápido, digite mais rápido, arrume-se para sair de casa mais
rápido e, ao final, volte para a casa mais rápido.
É isso aí! Seja mais produtivo para ter tempo disponível para se
dedicar mais ao lazer, aos seus amigos e aos seus familiares.
Seja Feliz e Viva apaixonadamente!
Artur
Hugen
Jornalista
14 15NOV - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos NOV - 2015
9. M
inha filha está
completando seis anos
de idade. Esta é uma das
mais incontestáveis provas de que o
tempo voa. Afinal, ainda me recordo
dela como um bebê engatinhando,
pronunciando suas primeiras
palavras, comemorando seu primeiro aniversário.
Já notou como nossas vidas parecem seguir
orientadas por um piloto-automático? Acordamos em
horários regulares, tomamos um café da manhã parecido
e seguimos para nossas atividades pelos mesmos cami-
nhos, enfrentando o trânsito-nosso-de-cada-dia. Quer
você seja um estudante, um atleta ou um profissional, no
seu destino a rotina (do francês routine, o caminho muito
frequentado) lhe aguarda: uma sequência de aulas para
assistir, treinos extenuantes para cumprir, reuniões ou
ações operacionais para realizar. No decorrer do dia, um
almoço talvez insípido no mesmo restaurante ou refeitó-
rio, alguns momentos fugazes de prazer por telefone ou
pessoalmente com um colega ou familiar, fechando o dia
em companhia da TV, do celular ou da internet, jantando
e indo dormir, para recomeçar tudo na manhã seguinte.
Faça uma breve pausa, por favor. Coloque-se de-
fronte ao espelho e observe como a vida está passando
rápido diante de seus olhos. Cabelos embranquecem ou
começam a rarear, rugas instalam-se em sua face, algu-
mas dores ocupam partes de seu corpo. Agora olhe ao
redor e perceba o mesmo em relação aos seus pares:
pais, irmãos, filhos, amigos.
Minha filha me proporciona ao menos dois mo-
mentos muito felizes todos os dias: quando a desper-
to e quando a coloco para dormir. Ao acordá-la, com
pequenos beijos e abraços, sinto o calor de seu corpo
ainda pequeno e o aroma de sua pele. Ao abrir os olhos
e receber seu carinho, ouço o som de sua voz e toda
sua disposição por iniciar mais um dia. Ela faz questão de
descer as escadas em meu colo, o que ainda é possível,
e exige minha companhia ao seu lado enquanto faz seu
desjejum.
À noite, após o banho e o jantar, aquela pequena
mocinha, agora com longos cabelos cacheados e
trajando sua ainda infantil camisolinha, sobe as escadas
novamente em meu colo e por alguns minutos, antes de
Celebre sua vida
Tom
Coelho
“A vida é muito
curta para ser
pequena.”
(Benjamin Disraeli)
adormecer, conversa comigo sobre suas
ideias, sobre seu sonho de um dia poder
voar como uma fada, sobre como ela
julga sua “vida perfeita”.
Então, termino meu dia envolvi-
do pela alegria e tomado por reflexões.
É impressionante como a pureza e a ino-
cência de uma criança têm muito a ensinar a nós adultos
sobre como valorizar e celebrar cada novo dia. Neste
momento, lembro-me de Shakespeare, que dizia: “O
tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido
para os que têm medo, muito longo para os que lamentam,
muito curto para os que festejam. Mas, para os que amam,
o tempo é eterno”.
Educador,
palestrante em
gestão de pessoas
e negócios,
escritor com
artigos publicados
em 17 países e
autor de oito
livros. E-mail:
tomcoelho@
tomcoelho.com.
br. Visite: www.
tomcoelho.com.br
e www.setevidas.
com.br.
I
magine uma pessoa bem-
sucedida. Para chegar nesse
estado, provavelmente ela tenha
se esforçado e feito alguns sacrifícios.
É com esse pensamento que todas
as pessoas se cobram diariamente,
em busca de conseguir as melhores
conquistas em suas vidas. Porém, a auto cobrança
excessiva pode ser muito prejudicial.
O exagero da cobrança se dá pelo verbo ter.
Muitos precisam ter uma boa casa, um bom emprego,
um bom salário, uma boa imagem e uma boa famí-
lia. Assim, o psicólogo e coach João Alexandre Borba
afirma que o mundo está mais acelerado e as pessoas
seguem esse ritmo. “Hoje todos temos nossas obri-
gações diárias e corremos porque achamos que não
vai dar tempo de fazer nada. As pessoas devem parar
e relaxar mais, mas não conseguem porque ficam em
um estado psicológico muito desconfortável, já que
se sentem mal e sem aquela sensação de dever cum-
prido”, analisa.
Dessa forma, as pessoas procuram realizar
cada vez mais coisas para conquistar as suas metas.
Mas essa pressão que todos colocam sob si mesmos
não resolve nada. Afinal, não é a cobrança que vai ace-
lerar uma melhora, seja ela pessoal ou profissional.
“As pessoas não entendem que essa autocobrança só
vai gerar mais estresse. Se uma mulher se cobra por
não ter filhos, alimentar essa pressão não vai fazer
com que ela tenha filhos. Ela vai acabar dando foco
Serviço
JoãoAlexandre Borba
Co-CEO do Instituto Internacional Japonês de Coaching e
Psicólogo Desportivo
joao.alexandre@live.com
https://www.facebook.com/joaoalexandre.c.borba
Você se cobra
demais? Saiba o porquê
que pessoas devem
diminuir a pressão
sobre si mesmas.
apenas para isso e esquecer dos outros fatores para
isso acontecer. Ou seja, vai acabar se frustrando e
com a autoestima baixa”.
É claro que devem existir algumas cobranças
internas, mas o ideal é não deixar que elas tomem
conta da sua cabeça. Por isso, Borba conta que existe
uma diferença entre ser disciplinado e ter uma grande
pressão em si mesmo. “Existem várias situações na
vida que é preciso entregar um trabalho em um prazo
ou trabalhar x horas por dia. Aprendemos a lidar com
isso desde crianças. Mas a auto exigência em excesso
nos coloca em um estado de ansiedade e tristeza por
não conseguir realizar o que gostaríamos, podendo
causar até mesmo algum tipo de transtorno mais sé-
rio”, revela.
Mas como então fugir disso? Para Borba, é ne-
cessário parar em alguns momentos pensar em quais
são seus planos para o futuro. “Saber identificar como
você está se sentindo no momento pode te motivar
a querer algo mais e mudar em direção a novos obje-
tivos. Muitas pessoas têm receios de sair da sua zona
de conforto, mas isso pode fazer muito bem e fazer
com que o indivíduo alcance grande parte da felicida-
de que tanto procurava”, conclui ele.
16 17NOV - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos NOV - 2015
10. N
a onda do terror, ouço falar que soa toque
de recolher ora aqui, ora acolá. Trata-se
de uma notícia por ouvir dizer, isto porque
a Polícia contradiz aquilo que é reverberado pela
imprensa local, e com a velocidade da luz pela rede
social.
Se não fosse pela ordem cronológica dos acon-
tecimentos, diria que os ataques ocorridos em Paris
na última sexta-feira treze foram o marco de viriliza-
ção dessa onda de terror, mas as ações baianas teriam
tido início há mais de uma semana, culminando com o
desencarne de uma jovem Policial que tirava plantão
em um posto de saúde localizado no bairro de Pitua-
çu. Que dor, meu Deus!! Mais um tiro na nossa cabe-
ça que se recusa a aceitar a própria vulnerabilidade.
Em matéria de mídia e comunicação, até a cri-
se econômica arrochada cede espaço ao tema violên-
cia que, como ventania uivante, assobia por todos os
meios; individuais, em massa, locais e internacionais.
Pelos quatro cantos, não se fala em outra coisa. Na
Bahia, território que está no topo do ranking mundial
de estatísticas de violência, o clima é agravado pelas
ações do crime organizado que se impõe ostensiva-
mente através de glamourosos toques de recolher
e assassinato de mais um membro da Policia Militar,
aliados aos ataques terroristas ocorridos em Paris.
Tudo junto e misturado.
Um mister faz-se necessário nesse momen-
to estupefaciente, de consternação geral e guerra
declarada: identificar as diferenças entre essas duas
manifestações de violência grotesca, o terrorismo e a
violência urbana.
O Terrorismo não apresenta um conceito am-
pla e internacionalmente estabelecido, comportando
centenas de definições que são tonalizadas por dife-
rentes matizes de aspectos, dependendo inclusive do
pais em que é abordado. Pode-se dizer, entretanto,
que se encontram na área intercessão as ações de ex-
trema violência que transcendem a vítima ou o alvo,
realizadas como modo de controle social em nome
de uma causa; ações que objetivam repercussão e co-
moção mundial a fim de provocar reações impulsivas
que atendam às conveniências do grupo ou organi-
zação por elas responsável; abomináveis e repulsivas
Terrorismo
e violência urbana
ações que extrapolam os limites de aceitação e com-
preensão da razão humana e são assim conduzidas
ao campo de entendimento de atos animalescos sel-
vagens, grotescos. Vale ressaltar que uma ação ter-
rorista é o ápice de um longo processo que envolve
planejamento intelectual, determinação de objetivos
em foco, planejamentos e tratativas, captação de re-
cursos financeiros, cooptação e preparação de guer-
reiros, bem como a declaração de autoria que se dá
logo em seguida, na oportunidade da mídia gratuita.
Quanto mais calorosa a sensação, maior o poder de
barganha. O criminoso terrorista busca, portanto, um
respaldo político, cultural, econômico ou religioso.
Os grupos terroristas mais conhecidos da atualidade
são: Al-Qaeda , EIIS, Boko-Haram, Hamas, Farc, Ira,
e ETA.
Paris foi atacada na última sexta feira 13 pelo
grupo EIIS. O Presidente Francois Holland delarou
guerra contra o terrorismo Jihadista num discurso
pautado de emoção. Ele pediu apoio ao Conselho de
Segurança das Nações Unidas, bem como à Russia,
solicitando colaboração inclusive com recursos finan-
ceiros e de pessoal. No plano interno, pretende pro-
mover revisão legal que adote medidas mais duras e
adequadas para o tema, suspender qualquer corte no
orçamento das Forças Armadas, garantindo fortaleci-
mento dos serviços de segurança e inteligência.
Por outro lado, temos a violência urbana, tema
muito abrangente e pouco elucidativo. Antes de mais
nada, quero fazer uma observação em relação aos
índices de violência na Bahia, especificamente em re-
lação ao crime de homicídio, que conforme relató-
rio Diagnóstico dos Homicídios no Brasil: Subsídios
para o Pacto Nacional pela Redução de Homicídios,
divulgado este ano pela Secretaria Nacional de Se-
gurança Pública, do Ministério da Justiça , apresenta
em números absolutos 5.450 casos (36 por 100 mil
habitantes), seguida pelo Rio de Janeiro (4.610) e
São Paulo (4.294), com taxas de 28 e 9,8 por grupos
de 100 mil habitantes, índices referentes ao ano de
2014. Ora, o secretário-geral do Fórum Brasileiro de
Segurança Pública, Renato Lima, responsável pela pu-
blicação do Anuário Brasileiro de Segurança Pública,
manifesta-se sobre a falta de uma metodologia nacio-
nal, em reportagem da revista carta capital de 2011,
com o título Os números nunca mentem? A falta de um
padrão nacional abala a confiança nas estatísticas crimi-
nais, dizendo que “isso torna inviável a comparação
de dados estatísticos entre os estados”. Reforçando
este argumento, a secretária nacional de Segurança
Pública, Regina Miki, reconhece a precariedade dos
dados afirmando na mesma matéria que “nosso siste-
ma depende das informações dos estados, que usam
critérios diferentes, normalmente aqueles que mais
interessam aos respectivos governos”. Urge, portan-
to, a estruturação e sistematização de uma metodo-
logia nacional, a fim de dirimir as possíveis discrepân-
cias. Sendo assim, peço vênia para me eximir de tecer
comentários sobre índices estatísticos da nossa Bahia,
que ainda não está no padrão desejado, como nenhu-
ma outra unidade da federação. Na oportunidade,
reconheço os esforços empreendidos pelas nossas
Polícias no trabalho de reduzir os índices de crimes
contra a vida. Particularmente confio nos comandan-
tes atuais, porque conheço e sei do seu compromisso
com a missão, e da sua capacidade para realizar um
grande trabalho.
Fecho parênteses e parto para as entranhas
Patrícia
Nuno
Delegada da
Polícia Civil de
Salvador/BA
sociais, onde as feridas sangrentas estão instaladas há
muito tempo, com perspectivas mínimas de estanca-
mento, enquanto não houver ampla reflexão, cons-
cientização e atitude de cada um de nós. A violência
urbana é coisa nossa, é expurgo da nossa falta de ur-
banidade, falta de cultura, educação, amor ao próxi-
mo, passando pelos nossos lares, pela corrupção, pela
ganancia, pelo racismo. A violência urbana é retorno
do que absorvemos, portanto, é reação; fruto dos
nossos conceitos e preconceitos, discriminação; fruto
do que gostamos e apoiamos, do que achamos nor-
mal enquanto alheio, do nosso modo de conduzir a
vida, do modo de pensar.
Pois é, somos píxeis da obra urbis, que expõe
com toda fidelidade o nosso quadro de saúde men-
tal. Enquanto não houver um clarão de consciência
que nos faça alcançar o verdadeiro sentido de paz
enquanto indivíduos e sujeitos, ficaremos empacados,
produzindo o mal.
Segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos.
A cada um de nós, muita paz, saúde e respon-
sabilidade.
18 19NOV - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos NOV - 2015
11. Pela Orla do LagoCarla
Alessandra
A Lenovo, líder em computadores no
mundo, lançou, em Brasília, no último dia 24
de novembro, o YOGA 500, um note-
book híbrido com quatro modos de uso
(notebook, tenda, tablet e apresentação).
O evento reuniu cerca de 25 pessoas na Pri-
metek, parceira da Lenovo na região e fechou a
agenda de lançamento no Brasil – o notebook
também foi mostrado nas cidades de São Paulo,
Florianópolis, Recife e Fortaleza.
“Estamos entusiasmados em trazer para
o portfólio brasileiro da Lenovo um produto ino-
vador como o YOGA 500, que combina per-
formance e design, com a qualidade pelo
qual somos reconhecidos internacio-
nalmente”, afirma Hilton Mendes,
diretor de produto da Lenovo Brasil.
Lenovo lança YOGA 500 em Brasília
BRASÍLIA FOI ESPECIALMENTE PLA-
NEJADA PARA SER O CORAÇÃO PO-
LÍTICO DO BRASIL. Porém, não é só de
política que vive a cidade.
Até o belo lado Paranoá é artificial.
Porém nada disso, diminui a sua importân-
cia e beleza. Ainda mais quando se pensa
que não foram simples mãos humanas que
a ergueram, mas sim, o talento genial de
Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, chefiados
pelo visionário Juscelino Kubitschek.
Brasília possui um grande potencial
turístico. Desfrutar um dia de diversão no
Lago Paranoá é um programa e tanto. Ao
longo da margem, há trilhas ecológicas,
ciclovias, pistas para caminhada. Na água
pode-se praticar esportes, como esqui, pa-
raglyder, jet ski e Wake surf. Ou simples-
mente admirar os veleiros, escunas, iates
e lanchas.
A dica é experimentar um dos vários
restaurantes da orla. E para isso nada me-
lhor do que aliar a boa culinária à vista do
lago. E com um detalhe que é um charme a
mais: o visitante não precisa chegar de car-
ro. Vindo de barco, haverá sempre um anco-
radouro `a disposição.
LEON CORREIA, conhecido como “O VINGA-
DOR”, nasceu na capital federal e desde mui-
to cedo, seus dons artísticos vieram à tona, aos
14 anos já fazia parte de uma banda de Axé e
hoje com seus 26 anos, levanta, traz Garra, fãs
e admiradores por todo o Brasil.
Lançou seu primeiro CD em janeiro de
2014 no carnaval da Bahia e o segundo no últi-
mo dia 14 de novembro em Goiânia. Tem como
seus principais sucessos: “Isso aqui tudo
é seu”, “Apenas um lance”, “Rebola” ,
“Mexe o Bumbum” e “Se vinga comigo.”
O brasiliense atravessou fronteiras, rea-
lizando shows na Bahia, Pará, Goiás, Amazo-
nas, Tocantins, Minas Gerais, Distrito Federal e
agora se prepara para turnê nos EUA, onde se
apresentará dia 29/12 em Boston, 30/12 em
Atlanta e 31/12 no réveillon em Miami.
“Brasília, foi o
meu berço, onde me pro-
jetou para a música. E
agora um sonho está para
acontecer. Não passava na
minha cabeça sair do Bra-
sil por agora para mostrar
o meu trabalho. Agradeço
a Deus, a todos os envol-
vidos nesse projeto e fãs,
que estão comigo nesse
sonho.” Leon Correia.
O tetra campeão mundial de boxe,
Acelino Freitas, deixou no mês de no-
vembro sua marca na Rua da Cal-
çada da Fama do shopping Pier 21,
por onde já passaram grandes nomes do
showbizz do Brasil e do mundo.
O lutador adiantou que, após ficar
14 anos sem lutar em Brasília, pretende
fazer isso o quanto antes e demostrou
a sua admiração pela cidade. “Prova-
velmente eu lutarei em Brasília em
abril, estou acertando detalhes. Bra-
sília é a cidade do esporte, corridas
noturnas, lazer,clubes e de lugares
incríveis como o Pontão do Lago
Sul.” Acelino Freitas.
O tetra campeão, é também ex
deputado federal pelo PRB-BA, e em-
preendedor, dono de uma rede de fran-
quia de academias de lutas, o Centro de
Treinamento Popó Fight Club, tendo
como a principal sede em Brasília com
vista privilegiada das águas do Lago Para-
noá no Minas Tênis Clube.
Cantor sertanejo de
Brasília, tem feito
bastante sucesso
por onde passa, com
seu estilo ímpar,
pra cima, quente,
interativo e muito
dançante.
Popó na calçada
das estrelas
no Pier 21
20 21NOV - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos NOV - 2015
12. A
discussão sobre a concessão de aumento
no rendimento de aposentado que
necessita do auxílio de outra pessoa
vem de longa data. O acréscimo de 25% na
remuneração dos inativos era aplicado apenas
nos casos de aposentadoria por invalidez. Mas o
debate sobre o princípio da isonomia tem dividido
juristas a respeito do tema, que tem sido motivo de
demandas judiciais.
Conforme prevê o artigo 45 da Lei 8.213/91,
o acréscimo de 25% no rendimento dos aposenta-
dos deve ser garantido ao segurado que necessitar
da assistência permanente de outra pessoa mediante
a comprovação de sua aposentadoria por invalidez.
Este acréscimo é baseado na Constituição Federal e
tem por base a garantia da dignidade mediante o aces-
so a todos os direitos sociais fundamentais.
Entretanto, a Turma Nacional de Uniformiza-
ção de Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais
(TNU) está em revisita ao tema, o que tem causado
polêmica entre magistrados acerca do assunto. Para
a Turma, a concessão do aumento no recebimento
também deve ser garantido aos aposentados por ida-
de e por tempo de contribuição, mas que necessitam
da ajuda de outrem.
Segundo Lígia Pascote, advogada da Associa-
ção Brasileira de Benefícios aos Aposentados Pensio-
nistas e Servidores Públicos, a ASBAP, o entendimen-
to da TNU garante o princípio da isonomia para todos
os casos em que o aposentado necessita da ajuda de
terceiros.
“Na verdade, este é um adicional previsto para
assistir aqueles que necessitam de auxílio de outra
pessoa, não importando se a invalidez é decorrente
de fato anterior ou posterior à aposentadoria”, de-
clara a jurista.
REFORÇO
Diversos especialistas na área do Direito Pre-
Acréscimodeaposentadoria
para quem depende de
terceiros ainda divide juristas
Especialista da
ASBAP explica
parecer da TNU
sobre aumento de
25% no benefício
videnciário, assim como a drª Lígia já reconhecem o
direito do acréscimo de 25% para as aposentadorias
por tempo de contribuição, por idade e
também as aposentadorias especiais.
Segundo a advogada da ASBAP, um
dos argumentos mais utilizados pelos juristas
favoráveis à decisão da TNU é que o valor
a mais seja aplicado a todas as aposentado-
rias do Regime Geral. Para a especialista,
além da igualdade como direito fundamen-
tal constante na Constituição, é freqüente-
mente citado o exemplo da regra constante na Lei
8.112/90, artigo 190, onde existe a previsão de majo-
ração dos proventos proporcionais para integrais pela
superveniência de moléstia grave comenta a doutora.
“Desta forma, qualquer aposentado que tiver
acometido de enfermidade grave que o impossibilite
de realizar as suas atividades elementares do cotidia-
no, necessita ter tratamento igualitário pela Previdên-
cia Social, em relação aos aposentados por invalidez,
uma vez que esta igualdade está prevista na Constitui-
ção Federal”, finaliza a juris
M
uitos profissionais da saúde defendem
que ter e cuidar de um jardim em casa
pode fazer muito bem para saúde.
O exercício de cuidar de plantas, regando-as e
adequando a terra para suas necessidades pode
ajudar na diminuição do estresse, além de prevenir
como a depressão e outras doenças mentais.
Entretanto, nem todos podem ter um jardim
externo, por morarem em apartamentos ou casas
com pouco espaço.
E para quem sofre com esses problemas, os
mini jardins e terrários se tornaram
aliados para aproveitar as vanta-
gens que os vegetais podem pro-
porcionar. A diferença do mini jar-
dim para o terrário é que o terrário
é um bioma construído em um vi-
dro transparente, que ao receber
a luz solar, indispensável para o
processo de fotossíntese, faz dele
um ecossistema autossuficiente
em ar, água e nutrientes. “Os mini
jardins são construídos geralmente
em material opaco, como por
exemplo, uma bacia de cerâmica,
uma xícara de porcelana, um mini
regador, etc. O inglês, David Latimer construiu seu
próprio bioma em 1960, ficou doze anos sem preci-
sar abrir para regar as plantas. E esse terrário existe
até hoje”, revela a bióloga e especialista em educação
ambiental e paisagismo Lilian Ribeiro.
Mas como saber qual a planta mais indicada
para você cuidar? De acordo com Lilian, essa é uma
dúvida frequente. “Muitas pessoas não tem noção de
qual planta escolher para cultivar em casa
e muitas vezes, até por esse motivo, de-
sistem de ter um terrário para cuidar. Mas
é só pesquisar um pouco que cada pessoa
pode identificar qual a melhor planta para
si mesma”, afirma.
Assim, Lilian listou três principais
plantas que poderão formar o seu jardim:
Cuidar de plantar
é um ótimo exercício mental e físico
SUCULENTAS
Geralmente, elas são as mais utilizadas em ter-
rários e representam a beleza na simplicidade. Além
disso, elas precisam de luz indireta e são capazes de
realizar o ciclo da água por si mesmas. Ou seja, os ter-
rários de suculentas podem durar até anos se forem
feitos e organizados de maneira correta.
CACTOS
O cacto é muito reconhecido por ser a planta
do deserto. E é por sobreviver em temperaturas tão
altas que podem ser interessantes em casa. Muitas
pessoas se esquecem de regar as plantas, mas com o
cacto não existe esse problema de ficar sem água por-
que ela é mais resistente nesse sentido. Existem até
mais de 3000 tipos de cactos, pois eles variam muito
de comprimento e largura. Por isso, para se ter em
casa, os menores são mais indicados pelo espaço que
ocupam.
Assim, é interessante que elas tenham luz solar
indireta, mas não existirão problemas caso essa planta
pegue luz direta do sol por algumas horas. Uma dica
valiosa é que, tanto as suculentas quanto cactos, não
se devem regar as plantas, mas sim o ambiente do
terrário.
RASTEIRINHAS
A planta rasteira mais conhecida é o musgo,
que não cresce a partir de sementes. Mas, caso se-
jam bem cuidadas, elas dão um toque excelente na
decoração por se tornarem robustas e vistosas. Além
disso, elas podem servir em um terrário onde tenham
também suculentas por elas servirem para forrar o
terrário.
Lilian diz que, independente da planta, a aten-
ção é indispensável. “Observar regularmente como
as plantas estão é essencial. Algumas plantas podem
estar morrendo e atrair infecções de mofo e bolor.
Caso aconteça isso, remova a planta o mais rápido
possível para que o ambiente permaneça sadio e
charmoso”, conclui.
22 23NOV - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos NOV - 2015
13. O
resultado do Levantamento Rápido de
Índices para Aedes aegypti (LIRAa) indica
199 municípios brasileiros em situação de
risco de surto de dengue, chikungunya e zika. Isso
significa que mais de 4% das casas visitadas nestas
cidades continham larvas do mosquito. Os dados
do novo LIRAa foram divulgados pelos ministro da
Saúde, Marcelo Castro, nesta terça-feira (24), em
Brasília. Além do levantamento, também foram
divulgados a campanha de combate ao mosquito,
o balanço da dengue e chikungunya, além da
investigação dos casos de microcefalia.
LISTA DOS MUNICÍPIOS
PARTICIPANTES DO LIRAa
Durante a apresentação, o ministro destacou
que a principal preocupação, neste momento, é infor-
mar a população, com esclarecimentos sobre como
prevenir novos casos. "Nós temos uma situação po-
tencializada, com um problema de grande dimensão.
Para enfrentar esta situação, precisamos de uma ação
conjunta do governo federal, estadual e municipal,
além de especialistas. A sociedade também deve estar
envolvida neste processo, ficando atenta às medidas
para combater o Aedes aegypti, que agora, passa a
ser é uma ameaça ainda maior", destacou o minstro.
Marcelo Castro informou que o Ministério da
Saúde acompanha as novas iniciativas de combate à
dengue e ao mosquito Aedes aegypti que estão sendo
desenvolvidas no país. Citou, como exemplo, o uso
de mosquito transgênico, que é infectado com bacté-
ria, além das vacinas contra a dengue. “São iniciativas
novas que devem ser estudas antes de ser disponibi-
lizadas à população. No momento, devemos atacar,
de maneira efetiva, o mosquito da dengue. Não po-
demos perder o foco. Essa é uma luta que sozinhos
não seremos vitoriosos, portanto precisamos da par-
ticipação de toda a sociedade brasileira”, reforçou o
ministro.
VIGILÂNCIAVIGILÂNCIAVIGILÂNCIAVIGILÂNCIAVIGILÂNCIAVIGILÂNCIA VIGILÂNCIAVIGILÂNCIA VIGILÂNCIAVIGILÂNCIAVIGILÂNCIAVIGILÂNCIA
Levantamento do Ministério da Saúde aponta 199 municípios em situação de
risco para dengueRealizado em outubro e novembro, o LIRAa
teve adesão recorde para este período do ano, com
1.792 cidades participantes, aumento de 22,4% se
comparado ao número de municípios em 2014. A
pesquisa é um instrumento fundamental para o con-
trole do Aedes aegypti. Com base nas informações
coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde
estão concentrados os focos de reprodução do mos-
quito, bem como o tipo de depósito onde as larvas
foram encontradas.
Além das cidades em situação de risco, o LI-
RAa identificou 665 municípios em alerta, com 1%
a 3,9% dos imóveis com focos do mosquito, e 928
com índices satisfatórios, com menos de 1% das resi-
dências com larvas do mosquito em recipientes com
água parada. O levantamento identificou a presença
do mosquito Aedes albopictus, que pode também
transmitir a chikungunya, em 262 municípios.
Entre as 18 capitais que o Ministério da Saú-
de recebeu informações sobre o LIRAa, apenas Rio
Branco está em situação de risco. São sete as capitais
em alerta (Aracaju, Recife, São Luís, Rio de Janeiro,
Cuiabá, Belém e Porto Velho) e dez com índices sa-
tisfatórios (Boa Vista, Palmas, Fortaleza, João Pessoa,
Teresina, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Campo
Grande e Curitiba). As cidades de Macapá, Manaus,
Maceió, Natal, Salvador, Vitória, Goiânia, Florianópo-
lis e Porto Alegre não encaminharam os resultados.
O secretário de Vigilância em Saúde do Minis-
tério da Saúde, Antônio Nardi, explicou que o mapea-
mento é um retrato da situação das áreas endêmicas
em cada município e deve ser usado para desenca-
dear ações de combate ao mosquito. "O estudo pode
orientar as ações de controle de infestação do mos-
quito Aedes aegypti." Segundo o secretário, a ideia é
que todo sábado seja dia D de combate ao mosquito à
dengue. "Queremos colocar na consciência da popu-
lação que todos nós somos responsáveis nesta luta”,
afirmou Nardi.
CRIADOUROS
A metodologia permite identificar onde estão
concentrados os focos do mosquito em cada mu-
nicípio, além de revelar quais os principais tipos de
criadouros, por região. Os resultados reforçam a ne-
cessidade de intensificar imediatamente as ações de
prevenção contra a dengue, em especial nas cidades
em risco e em alerta.
O armazenamento de água, como tonel e cai-
xa d’água, foi o principal tipo de criadouro na região
Nordeste. Já o depósito domiciliar, categoria em que
se enquadram vasos de plantas e garrafas, predomi-
nou nas regiões Sudeste e Centro-oeste. Nas regiões
Norte e Sul, o lixo foi o depósito com maior número
de focos encontrados.
BALANÇO
O Ministério da Saúde registrou, até 14 de
novembro, 1,5 milhão casos prováveis de dengue no
país. O aumento é de 176%, comparado ao mesmo
período do ano passado, quando foram registrados
555,4 mil casos. Nesse período, a região Sudeste
apresentou 63,6% do total de casos (975.505), se-
guida das regiões Nordeste (278.945 casos), Centro-
-Oeste (198.555 casos), Sul (51.784 casos) e Norte
(30.143 casos).
O estado de Goiás registrou a maior incidência
de dengue, com 2.314 casos por 100 mil habitantes,
seguido por São Paulo, com 1.615 casos por 100 mil
habitantes, e Pernambuco, com incidência de 901 ca-
sos por 100 mil habitantes. Até a semana epidemio-
lógica 45, o número de óbitos aumentou 79%, pas-
sando de 453 mortes, em 2014, para 811, em 2015.
No Brasil,
também foram re-
gistrados em 2015,
até 14 de novembro,
17.146 casos suspei-
tos de febre chikun-
gunya, sendo 6.726
confirmados. Outros
8.929 estão em inves-
tigação. Em 2014, fo-
ram notificados 3.657
casos suspeitos da
doença. Em relação
ao Zika, até esta terça-feira (24), 18 estados tiveram
confirmação laboratorial do vírus: RR, PA, AM, RO,
TO, MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, BA, RJ, SP, ES, MT
e PR.
AÇÕES
As ações contra dengue devem ser perma-
nente durante todo o ano. Como preparação para o
período de maior circulação da dengue, que vai de ja-
neiro a maio, o Ministério da Saúde distribuiu insumos
estratégicos, como larvicidas, inseticidas e kits para
diagnóstico. A pasta também está fortalecendo a revi-
são, atualização e divulgação dos planos de contingên-
cia nacional para febre chikungunya, dengue e zika, e
assessoria a estados na criação dos planos locais, além
da divulgação dos guias de vigilância. O Piso Fixo de
Vigilância e Promoção da Saúde, que, em 2015, será
de R$ 1,25 bilhão e se destina ao custeio de todas as
ações de vigilância em saúde, inclusive da dengue.
Na área de assistência ao paciente, a página
da Secretaria de Vigilância em Saúde disponibiliza
aos profissionais de saúde os guias de manejo clínico
e protocolo de classificação de risco para dengue e
chikungunya. O material, também disponível em apli-
cativos para celular, orienta o profissional sobre sinais
de agravamento da doença. O portal da Universidade
Aberta do SUS oferece um curso de capacitação a dis-
tância sobre assistência a pacientes com dengue e um
módulo sobre chikungunya está sendo preparado. Os
profissionais de saúde da atenção básica também têm
a disposição o serviço de telessaúde para esclarecer
dúvidas sobre a doença.
CAMPANHA
A nova campanha do Ministério da Saúde de
conscientização contra a dengue chama a atenção para
importância da limpeza para eliminação dos focos do
mosquito da dengue. “Sábado da faxina. Não dê folga
para o mosquito da dengue”, apresenta a campanha.
O material alerta “Se o mosquito da dengue pode ma-
tar, ele não pode nascer”, reforçando que o mesmo
mosquito também transmite os vírus chikungunya e
Zika. A campanha será veiculada na TV, rádio, internet
e redes sociais. Em 15 minutos, é possível fazer uma
vistoria nas casas e eliminar os locais que podem se
transformar em criadouros do Aedes aegyti.
24 25NOV - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos NOV - 2015
14. D
a efervescência cultural, acadêmica
e política do Rio de Janeiro, para o
dinamismo de um futuro democrático
ainda incerto em Brasília. Essa foi a transição de
Heitor Reis ao se mudar para a capital federal em
meados dos anos oitenta
Simpático e cheio de estórias dos momentos
mais importantes da cena política carioca e nacio-
nal, Reis nos conta um pouco da sua trajetória. Do
momento em que recebeu uma carta assinada pelo
ex-presidente Jânio Quadros, ao desejo de ver uma
Brasília moderna, com a revitalização total do Setor
Comercial Sul.
“Saí da maternidade e fui para faculdade” brin-
ca, ao comentar que seu pai era o administrador da
Faculdade Largo do Carmo, mais conhecida como Fa-
culdade Nacional de Direito, escola dos mais conhe-
cidos e respeitados juristas e catedráticos nacional.
Morava na Faculdade e sua casa era freqüentada por
professores e estudantes que atualmente são grandes
nomes da cena jurídica brasileira. Heitor e o avô fa-
ziam política no campus.
Com a vida universitária arraigada nas veias e
tendo como amigo da família o então deputado fe-
deral Carlos Lacerda, foi trabalhar no jornal Tribuna
da Imprensa. “fui criado dentro da política universi-
tária e política nacional, o cenário da política nacional
acontecia ali, entre a Faculdade Nacional de Filosofia,
a Faculdade Nacional de Direito, o Palácio do Catete
e o Colégio Militar”, lembra.
Amigo e admirador de Carlos Lacerda a quem
atribui ser o maior orador desse país. Assistiu o movi-
mento de 64 de dentro do palácio do Catete, ao lado
de Carlos Lacerda. Acompanhou ainda greves e mani-
festações históricas. Valoriza os preceitos éticos e de
cidadania, e acredita que o grande problema hoje no
Brasil é a educação, que, segundo ele, oferece a base
para uma sociedade que pretende ser organizada.
Inquieto, escreveu uma carta ao ex-presidente
Janio Quadros, manifestando a sua indignação com a
renúncia. Para sua surpresa, recebeu a resposta de
Jango explicando os motivos e com a célebre frase “As
vitorias definitivas, também são feitas com derrotas
parciais. Mantenha a fé nas ideias que acredita”.
Se no Rio de Janeiro consumia toda a cena cul-
tural e política que a cidade oferecia, ao chegar em
Brasília, na década de 80, esse turbilhão de aconteci-
mentos foi exacerbado, pois, a cena cultural/política
brasiliense também estava em pleno vapor.
Chegou em Brasília para acompanhar o es-
critório de uma agência de publicidade que atendia
diversas empresas nacionais, multinacionais e órgãos
governamentais, com a missão de abrir canais com
novos clientes.
Foi em Brasília que Heitor Reis se dedicou ao
movimento e ao marketing político, atuou na transi-
ção da Arena para o PDS; conviveu com os militares
e o seu regime; participou ativamente do movimento
das Diretas e da Campanha de Tancredo Neves, onde
foi o criador da marca do Partido da Frente Liberal
(PFL).
Com a criação do PFL, veio a filiação, foi se-
cretário geral do partido e presidente do Instituto
Tancredo neves. Para Reis, uma marca jamais deve
ser alterada pelas circunstâncias e foi contra a união
do PFL ao PMDB.
Ainda no PFL disputou uma vaga de deputa-
do federal mesmo sabendo que não se elegeria, mas
conheceria melhor toda a engrenagem política como
candidato, tendo em vista que a parte estratégia já
dominava. Em outra disputa eleitoral ficou como
suplente do senador eleito Walmir Campelo. Atual-
mente é filiado e participa do Conselho Nacional do
Democratas.
De acordo com Reis, “Sem educa-
ção, não há ética”, e acredita que o
problema da ética em nosso país
passa pela falta da educação não
só das autoridades, mas do pró-
prio cidadão e completa que
sem a reforma dos valores éti-
cos, não há política, mas para
isso, é necessário coragem.
SETOR
COMERCIAL SUL
Quem visita Sidney na
Austrália, ou Nova Iorque
nos EUA, não imagina que
o coração dessas cidades,
já foi um lugar precário,
perigoso e sem estrutura turística. Com base nisso,
Reis acredita e visualiza um momento melhor para o
já degradado Setor Comercial Sul (SCS), em Brasília.
“Brasília é uma hoje uma cidade de crateras”,
diz. Para ele, o SCS é a síntese de Brasília, está próxi-
mo de todos os poderes da república, porém é uma
cidade cercada de miséria, onde os trabalhadores e
empresários não tem segurança para trabalhar duran-
te o dia, muito menos, após as 18h.
Heitor Reis lembra com orgulho dos bons
tempos do SCS, onde a prática política era exercida
naquele quadrilátero, “era uma cidade empresarial,
porém, onde todos os escritórios políticos partidá-
rios se reuniam”, comenta.
A melhoria do SCS passa pela revitalização
dos prédios, com a conscientização dos condômi-
nos, pela valorização do espaço. Precisa também
de um novo desenho do local, que possibilite as
mudanças sem quebrar a estrutura do Setor,
preservando a segurança de todos.
O projeto é audacioso, pois são muitos
os fatores que afastam o brasiliense do SCS,
problemas que passam principalmente pela
falta de segurança, infra-estrutura saturada das
Brasília precisa melhorar a sua fachada
vias, estacionamento, pelos problemas sociais, enfim,
é preciso uma força-tarefa para fazer a engrenagem
da região voltar a funcionar a favor do cidadão.
Para isso, Reis garante que apenas o poder
público não pode assumir essa revitalização, está nas
mãos dos empresários, que precisam se unir e cada
um lutar pelo coletivo “Tem que haver menos gover-
no e mais iniciativa privada”, explica.
Porém, Reis enfatiza que também é preciso
ter vontade política para um projeto tão grandioso,
daí, sugere que o governo ofereça treinamentos ade-
quados às necessidades da região, aí englobando as
secretarias de segurança, saúde e defesa civil.
Conhecedor das burocracias que emperram
o crescimento sustentável brasileiro, Heitor Reis ga-
rante que é bom sonhar acordado e esclarece que
é preciso melhorar a qualidade dos gastos, “ninguém
nasce com 1,80m”, diz.
O Setor Comercial Sul já foi símbolo de orgu-
lho para Brasília, precisamos resgatar esse sentimen-
to. Quem sabe, as futuras gerações, quando sentar
em uma praça, após as 20h, apreciem as fachadas de
um local moderno, marcado pela história.
Heitor Reis
26 27NOV - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos NOV - 2015
15. A
té agora não deu para a Dilma, mas é
possível continuar tentando. Enquanto
isso, surge outro candidato ao processo
de impeachment do ano. Desta vez a escolha dos
interessados pode recair no presidente da Câmara
dos Deputados, Eduardo Cunha, alguém que está
tentando fazer os brasileiros de bestas.
Enquanto não se encontrou ainda um fato
verdadeiramente ilegal que tenha sido praticado pela
presidente, vários outros já apareceram contabiliza-
dos nas costas do Eduardo Cunha, mas ele cada vez
mais se apresenta como ingênuo e inocente. Burro
certamente não é, nem descansado. Trata-se de um
pilantra ativo, inteligente, decidido, cínico e habituado
a fazer pouco da inteligência alheia.
Já disse e avisou várias vezes que não deixa-
rá a presidência da Câmara dos Deputados. Claro
que não deixará. Ele será dela retirado, pela vota-
ção e desejo de seus colegas parlamentares. Cunha
não terá problemas de sobrevivência se perder o
emprego. Além das contas bancárias recheadas
na Suíça, trata-se um extraordinário vendedor de
carne enlatada, conforme ele próprio afirmou ao país,
que ficou estupefato.
Quem sabe, já que a China demonstrou in-
teresse, poderia coletar jumentos pelo Nordeste e
mandar para aquele gigantesco país onde os habitan-
tes adoram carne de mula. Vendida pela Cunha Food
Export Inc., empresa especializada em carnes exóti-
cas. Assim como exótico, diferente e presunçoso tem
sido ele na Presidência da Câmara.
O brasileiro acha que tendo um país cheio de
políticos de péssimo gabarito, a melhor forma de aca-
bar com eles é tacar-lhes um impeachment em cima.
Dessa forma já tiraram um aventureiro da vida pública
há alguns anos, embora ele tenha sobrevivido e vol-
tado, agora como senador e colecionador de carrões
importados. Com a mesma empáfia de antes.
O curioso é que nenhum deles – ou ela – dei-
Jornalista
José
Fonseca
Filho
Impeachment
de Cunhaxará saudades. Ao con-
trário, mais de 80% dos
brasileiros prefeririam que
todos eles fossem levados
por uma enxurrada de ho-
nestidade e lá ficassem por
uma longa temporada. O
mais expedito de todos,
o tal do Cunha, resiste a
entregar o cargo e con-
ta histórias mirabolantes
para justificar suas falca-
truas e as contas na Suíça.
Um péssimo exemplo para
a juventude brasileira, que já tem de aturar outros pi-
lantras que frequentam o mesmo covil.
Enquanto a moralização não vem e os (as)
pilantras não se entregam, querem permanecer em
seus cargos e funções, a cidadania brasileira cada
vez mais deles se distancia. Os tempos são efetiva-
mente novos, com a Polícia Federal agindo de forma
competente, a despeito de serem os presos podero-
sos. Diretores, presidentes de algumas das maiores
empreiteiras do Brasil estão em cana na PF de Curi-
tiba, como diria o povão. Daria até para fazer uma
reunião de classe. Não da classe de empreiteiros, mas
da classe dos ladrões.
Se fosse fácil promover o processo de impea-
chment muito pilantra que assola a política brasileira
seria posto para fora do campo. Mas o mecanismo
jurídico pode ser aperfeiçoado gradativamente. A
presidente Dilma, que há meses tentam envolver, po-
deria ser alcançada se incapacidade e incompetência
fossem também motivo para impeachment. Aliás, se
fosse o caso, muitos responsáveis pela administração
iriam ser postos em disponibilidade.
O campeão entre os possíveis candidatos
ao impeachment, por enquanto, é o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha. Não lhe faltam atributos.
Péssimos atributos.
O
câncer de próstata é atualmente a segunda
doença que mais afeta os homens atrás
apenas do câncer de pele. A oncologista
do Grupo São Cristóvão Saúde Dra. Walkiria
Tamelini explica um pouco mais sobre a doença. A
próstata é uma glândula que existe somente nos
homens e envolve a primeira porção da uretra e dai
os sintomas relacionados, com sistema reprodutor
e urinário.
Atualmente a doença representa 10% de to-
dos os cânceres no mundo e sua incidência aumenta
em pacientes mais velhos lem-
bra Dra. Walkiria, “Existe uma
previsão no Brasil de 68 mil no-
vos casos de homens com cân-
cer de próstata em 2015, tendo
maior prevalência aos 64 anos”.
A oncologista explica
que a patologia pode ser silen-
ciosa no inicio e que normal-
mente, neste período, o pa-
ciente queixa dificuldade para
urinar, aumento da frequência
com que se vai ao banheiro e
alteração do jato urinário, com
o tempo e o não diagnóstico
precoce da doença os outros
sintomas mais agressivos come-
ças a surgir como dores ósseas, presença de sangue
na urina e no esperma. “Um dos principais fatores de
risco deste tipo de câncer é a idade do paciente, além
da obesidade e hábitos alimentares ricos em gorduras
animais, tabaco e também o histórico familiar do pa-
ciente.” Segundo a médica do São Cristóvão Saúde,
“Homens que tem e pai ou irmão que desenvolveram
o câncer antes dos 60 anos, aumentam as chances de
desenvolver o câncer de 3 a 10 vezes”. “É observado
também uma maior incidência de casos em homens
negros”, lembra a Dra. Walkiria.
Segundo a médica uma das melhores maneiras
de prevenção para o câncer de próstata é realizando
regularmente os exames que ajudam no diagnóstico
da doença, o que auxilia as chances de cura “Geral-
Câncer de Próstata
Saiba mais sobre a segunda doença
que mais atinge homens no Brasil
mente é realizado um exame de toque retal pelo uro-
logista que avaliará o tamanho, a consistência e a pre-
sença de nódulos na próstata”, diz. Porém existem
outras formas de se ajudar no diagnostico do câncer
como o exame de sangue PSA (antígeno prostático
específico) que em 15% dos casos diagnosticados
pode apresentar valores normais, que faz com que
haja necessidade de outros exames, como ultrassono-
grafia e biopsia da área para confirmação.
O seu tratamento pode ser feito de quatro
maneiras quando diagnosticado: a cirurgia prosta-
tectómica radical; a radioterapia por irradiação na
glândula; terapia endócrina que é o bloqueio hormo-
nal- da testosterona - que pode ser feita por medica-
mentos ou pelo bloqueio da produção do hormônio e
a quimioterapia sistêmica. “Esta última é indicada para
casos de metástase óssea e também quando o tumor
se torna refratário aos tratamentos principalmente
hormonais”, explica a oncologista do São Cristóvão
Saúde.
Dra. Walkiria lembra que o tratamento hor-
monal realizado na terapia endócrina pode afetar o
desempenho sexual do paciente, “Já a radioterapia
atualmente tem menos efeitos adversos, mas é pos-
sível apresentarem cistite actínica ou retite actínica e
incontinência urinária. A cirurgia também apresenta
riscos do paciente desenvolver incontinência urinária
e impotência sexual, podendo ser temporária ou de-
finitiva”.
A especialista reforça que o melhor remédio é
a prevenção para o câncer que matou 13.772 homens
em 2013, “Culturalmente existem preconceitos mas-
culinos ao exame de toque retal o que muitas vezes
leva o paciente a procurar atendimento médico tardio
com doença avançada,” lembra a Dra. Walkiria Tame-
lini. A médica ainda lembra que após os 45 anos os
homens devem fazer, ao menos uma vez por ano o
exame PSA e o de toque retal “Manter uma alimenta-
ção saudável, com dietas pobres em gorduras e ricas
em frutas verduras e legumes, evitar o sedentarismo
e a obesidade realizando atividades físicas regulares e
mudar o hábito de consumo de álcool e cigarros aju-
dam na prevenção da doença”, finaliza a Oncologista
do Grupo São Cristóvão.
28 29NOV - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos NOV - 2015
16. Historinhas do VinilRoberto
Nogueira
robertonogueira@
terra.com.br
Consultor da
Presidência da
CNC. Presidente
de RN Consultores
e de RN &
Marini Editora e
Comunicação. Autor
de nove livros.
Poeta. Membro
da Academia de
Ciência, Letras e
Artes de
Rio Pomba (MG).
D
epois de assistir “The Voice Brasil”,
sempre acordo a fim de ouvir música boa.
A disputa de egos é um caso a parte.
Desta feita resolvi compensar a noite anterior
ouvindo dois gênios da música popular brasileira.
Cartola e Noel Rosa. Como todos sabem, e o
Nelson Sargento disse-o muito bem, “Cartola não
existiu, foi um sonho que a gente teve”. Tenho
vários LPs do gênio. Escolhi “Cartola, Bate Outra
vez”, de 1988, oito anos depois de sua morte.
De Caetano Veloso a Cazuza, passando por Beth
Carvalho, Nelson Gonçalves, Luiz Melodia, Gal
Costa e outros bambas cantam Cartola. Numa
quinta-feira dessas de “The Voice”, uma candidata
foi escalada para cantar “O mundo é um moinho”.
Muitos já tentaram interpretá-la e a interpretaram,
mas ninguém jamais chegou próximo da verdade
que é Cartola botando para fora sua própria poesia.
Neste LP, “O mundo é um moinho” é interpretada
por Cazuza, acompanhando de Rafael Rabello
no violão e Rildo Hora na gaita. Três craques! A
interpretação de Cazuza talvez seja a que mais se
aproxima da verdade que Cartola exprime com sua
própria voz.
Ainda é cedo, amor/Mal começaste a conhe-
cer a vida/Já anuncias a hora de partida/Sem saber
mesmo o rumo que irás tomar.
Preste atenção, querida/Embora eu saiba que
estás resolvida/Em cada esquina cai um pouco a tua
Delete “The Voice Brasil”,
Ouça Cartolavida/Em pouco tempo não serás mais o que és.
Ouça-me bem, amor/Preste atenção, o mun-
do é um moinho/Vai triturar teus sonhos, tão mesqui-
nho/Vai reduzir as ilusões a pó.
Preste atenção, querida/De cada amor tu her-
darás só o cinismo/Quando notares estás à beira do
abismo/Abismo que cavaste com os teus pés.
Nenhum grito, nenhum falsete, nenhuma firu-
la. Nada da Cláudia Leite gritando
“ui”, nem Lulu interpretando uma
emoção fingida e o sertanejo di-
zendo “Cara, foi demais”. Já estava
a me esquecer porque decidi ouvir
Cartola e o “O mundo é um moinho”. É que dia des-
ses uma candidata do “The Voice”, com uma voz ho-
nesta, afinada, interpretou essa melodia e, seguindo
a orientação de seu treinador, assassinou a canção e
recebeu elogios emocionados dos técnicos.
Depois de Cartola exagerei e pus Noel na vi-
trola. Um “Songbook” produzido por Almir Chediak,
em 1991, com dois LPs maravilhosos, por onde des-
filam 25 do que há de melhor na cantoria brasileira,
de Jobim a Chico Buarque, de Gilberto Gil e Caetano
a Nelson Gonçalves, passando por Luiz melodia, Os
Cariocas, João Bosco, João Nogueira, Francis Hime,
etc. interpretando 22 obras imortais, de Palpite Infeliz
a Último Desejo.
Noel Rosa, diz Jobim, era um gênio. Errou no
tempo do verbo, Noel é um gênio. Morreu aos 26
anos de idade, fez mais de duas dezenas de músicas,
todas de alta qualidade, tudo isso em apenas sete anos
de carreira. Só um gênio faz tanto em tão pouco tem-
po. Os gênios são assim, como o baiano Castro Alves
que morreu aos 24 anos de idade. A tuberculose ma-
tava mais que a ignorância.
Em “Feitio de Oração”, Noel (em parceria com
Vadico) sentencia logo no primeiro verso “Quem acha
vive se perdendo”. Veio em minha cabeça, agora, a
possibilidade de juntar “Quem acha vive se perdendo”
com “O mundo é um moinho, vai triturar seus sonhos
tão mesquinho” em homenagem (Perdão Noel e Car-
tola) à classe política brasileira atolada nesse lamaçal de
escárnios, demagogias e desprezo ao país e ao povo
brasileiro. Faltou alguém dizer a esse novo persona-
gem das sombras, “Quando notares estás à beira do
abismo/Abismo que cavaste com os teus pés.”.
Sorry, Noel e Cartola, esses políticos não sa-
bem de nada!
30 31NOV - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos NOV - 2015
17. A
presidenta da República, Dilma Rousseff
sancionou o projeto de Lei 149/15,
que estabelece que os ministérios do
Turismo, da Justiça e das Relações Exteriores
poderão definir, por meio de portaria conjunta, a
isenção excepcional e unilateral de vistos de países
com forte tradição olímpica, que já realizaram
jogos e que não oferecem riscos migratórios e
ameaça à segurança nacional, durante o período da
Olimpíada.
“Agradeço à presidenta Dilma que, de manei-
ra responsável, aprovou esse projeto tão importante
para o turismo brasileiro. O próximo passo agora é
elaborar a portaria. Nossa proposta é incluir os Es-
tados Unidos, Canadá, Austrália e Japão, países com
forte tradição olímpica”, comemorou o ministro do
Turismo, Henrique Eduardo Alves.
De acordo com o texto, a dispensa unilateral
da exigência de visto de turismo é válida por 90 dias
e atenderá estrangeiros que entrarem em território
nacional até 18 de setembro de 2016.
A medida pode resultar em um incremento de
20% no número de turistas internacionais esperados
no país no período de janeiro até setembro de 2016,
segundo estimativas do Ministério do Turismo. Os
cálculos do MTur têm como base estudos da Orga-
nização Mundial de Turismo (OMT) e do Conselho
Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), órgão que
reúne as principais redes hoteleiras e companhias aé-
reas do mundo. As entidades internacionais avaliaram
Da redação
Presidente da República sanciona lei que isenta
vistos de estrangeiros
para a Olimpíada
o impacto da facilitação de vistos no aumento dos flu-
xos de turistas entre países e a geração de empregos
nas economias do G-20, grupo que reúne as maiores
economias do mundo.
O
Mundo do Marketing está
licenciando suas reportagens,
entrevistas, casos de sucesso
e estudos para a Euromoney. Esta é a
terceira parceria nesta área. O primeiro
cliente foi a Dow Jones, por meio de sua
ferramenta Factiva. Já o segundo é uma
indústria farmacêutica, listada entre as
maiores do mundo e com forte presença
no Brasil.
A parceria com a Euromoney é
por meio de sua empresa EMIS, especiali-
zada na inteligência de empresas, setores
e países com foco nos mercados emergentes. A fer-
ramenta conta com uma cobertura abrangente tanto
com conteúdo próprio quanto de parceiros renoma-
Mundo do Marketing
licencia conteúdo para Dow
Jones e Euromoney
Conteúdo sobre
Marketing e
Negócios está
disponível nas
plataformas
Factiva e EMIS.
Veículo também
cria para indústria
farmacêutica
dos no mercado que suportam a tomada de decisões
estratégicas.
Já a Factiva conta com mais de 32.000 fontes
de praticamente todos os países do mundo e é de pro-
priedade da Dow Jones, grupo que também publica
o The Wall Street Journal. No mundo, marcas como
The New York Times, Forbes, Reuters e Bloomberg
também licenciam suas propriedades na plataforma
Factiva. No Brasil, há parceiros como Exame, O Esta-
do de São Paulo, O Globo e Época Negócios.
Com esses três acordos comerciais em 2015,
o Mundo do Marketing planeja expandir a sua divisão
de conteúdo para o próximo ano, tanto o licenciado
como a própria criação, restrita a clientes do veículo.
Ainda em planejamento, espera-se que a nova linha
de negócio tenha representatividade de dois dígitos
no faturamento de 2016.
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32 33NOV - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos NOV - 2015
18. Eventos que agitaram BrasíliaOswaldo
Rocha
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oswaldorochamundovip@terra.com.br
Cel.: 9977-7999 / 33661696
O melhor meio de não ser descoberto é não fazer a coisa.
Quem não tem pêso na consciência não se sobressalta
quando alguém lhe bate à porta à meia-noite.
Provérbios populares chineses
Comemoração entre amigas
Ana Maria Gontijo, mais uma vez, brilhou na
arte de bem receber. O almoço que ofereceu
ao renomado maquiador Luiz Carlos Alvarenga,
que aniversariava, em sua casa no Lago Sul, foi um
ode ao bom gosto, com o requinte, em todos os
detalhes. Uma homenagem muito merecida para
quem sabe viver e realçar com sua competência as
mulheres mais glamourosas e elegantes de Brasília.
O aniversariante entre a anfitriã e suas filhas Isabela e Melissa Luiz Carlos entre Lilian Gurgulino e Lisane Távora
Valéria Leão Bittar , Luiz Carlos e Anna
Christina Kubitschek Pereira
Silvinha Adriano e Mara
Amaral
Cleuci Oliveira com sua mãe Elci Meireles e
Miranda Castro
Mônica Fonseca, Mônica Oliveira, Bia Koffes, Ana Maria Gontijo, Tereza Neves, Ana Luiza Mansur e Joyce Cardoso
Com um requintado coquetel, Jorge
Ohara Miranda e Verônica Salinas
receberam no salão Ohara Hair Make
Up, da QI 9 do Lago Sul, seus seletos
clientes para a inauguração do novo
espaço Baconnet, centro de massagens
terapêuticas que irá agregar mais beleza
e bem estar aos seus clientes, com um
cuidado especial para o dia das noivas.
Ohara Jorge e Verônica Salinas com as atendentes do novo
espaço terapêutico
Ohara, Eva W. Pereira, Denise Pereira, Verônica e
Celso Kaufman
Ludmila Gomide, Ohara e
Elizabete Maranini
Maria José Barros com os anfitriões
Eugênia Matos, Ohara Jorge
e Beatriz Araújo
Marina Rizzati, Ana Luiza Teixeira Martins
e Verônica Salinas
SPA Baconnet agora no Lago Sul
Cleuci Oliveira, Ohara Jorge Miranda
e Verônica Salinas
Maria Vitória
Tamer, Mahora
Vincent com
sua mãe
Verônica
Salinas, Lúcia
Garofalo e Rui
Coutinho do
Nascimento
Verônica Salinas, Suely Paes e
Jobeniva Melo
34 35NOV - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos NOV - 2015
19. J
á é um costume com a chegada do final de
ano as empresas realizarem seus encontros
para confraternização, na festa de fim de ano
ou ‘festa da firma’, como alguns brincam. Contudo
existem diversas dúvidas sobre esse tema, dentre
os quais destaco: como se comportar, horário de
chegada e saída, como se vestir, limites de ingestão
de bebidas alcoólicas, dentre outras. Assim, reforço,
esses fatos podem sim afetar sua imagem perante
aos colegas e gestores.
IR OU NÃO IR?
A confraternização é o momento em que a
empresa agradece seus colaboradores, estreita a par-
ceria, comemora as conquistas e a conclui mais um
ano de trabalho, além de propiciar um encontro des-
contraído. Mas, lembro que esses momentos também
são grandes canais de relacionamentos “networking”,
onde há uma aproximação entre todos, independen-
temente dos níveis hierárquicos.
Festa da firma
- como se comportar?
Portanto, estar presente nesses eventos tor-
na-se importante e elegante, mesmo para os gesto-
res, pois além de melhorar a amizade, demonstra seu
interesse pelas realizações da empresa, evitando as-
sim a taxação de pessoa não sociável ou que não gosta
do ambiente de trabalho.
EVITE PROBLEMAS
Apesar de ser importante a ida, há relatos de
excessos cometidos pelos participantes, levando a si-
tuações não comuns ou vexatórias. Isso pode causar
transtornos futuros para a imagem da pessoa perante
os colegas de trabalho.
Além disso, hoje os smartphones e as redes
sociais, fazer com que muito do que é feito nessas
ocasiões se perpetuem exercendo uma grande in-
fluência na vida pessoal e profissional, aumentando
a vulnerabilidade da imagem perante o meio que se
relaciona e causando uma má impressão não apenas
para seus colegas de trabalho, mas a outras pessoas
que possam ter acesso essas informações.
10 CUIDADOS A SEREM TOMADOS
Algumas atitudes devem ser evitadas como fazer declarações românticas para colegas de trabalho aos olhos de todos ou
dançar de forma sensual causando constrangimentos aos participantes, dentre outras ações. Assim, apresento algumas dicas para que
esses momentos sejam apenas de alegria e de descontração:
1. Aceite o convite da empresa e participe da confraternização, pois isto poderá ajudar a criar um ambiente de relaciona-
mento saudável;
2. Não sendo possível comparecer, agradeça e informe o motivo pelo qual não poderá estar presente;
3. Chegue no horário para que possa ter tempo de cumprimentar a todos, lembre-se não se trata de uma balada;
4. Não exagere em bebidas alcoólicas durante a festa, beba com responsabilidade e não dirija após o término da festa;
5. Crie um ambiente de igualdade e procure se relacionar com todos os presentes, misture-se e evite grupinhos;
6. Use roupas discretas e condizentes com o ambiente, procure utilizar roupas alegres respeitando seu visual. As mulheres
devem evitar roupas curtas ou com decotes e aos homens camisas abertas ou fora do padrão local;
7. Seja cordial com todos os presentes independente se não tiver contato próximo e buscar falar de temas neutros que não
prejudiquem a imagem da empresa ou das pessoas;
8. Caso perceba que algum colega esteja exagerando, ajude-o retirando de forma sutil da situação e desviando a atenção
para outros temas ou postura;
9. Sugiro não ser o último a sair da festa, não é uma regra, mas evita exageros;
10. Evite sair junto com os superiores, para que não passe a impressão que estava na festa apenas por causa do mesmo.
Enfim, é importante participar das festas comemorativas da empresa, mas fique alerta para evitar situações desagradáveis que
poderá marcar sua imagem e causar transtornos momentâneos e brincadeiras futuras.
Consultor
em recursos
humanos e diretor
executivo da BAZZ
Estratégia e
Operação de RH.
Celso
Bazzola
N
ão é possível senão provável que
cometa erros crassos nessa trajetória
de reflexão sobre uma hipótese que vai
se concretizando com inevitável êxito no campo
da matéria: o envelhecimento. Ainda estou no
processo, mas penso muito nisso e contemplo o
tempo.
Costumo dizer que o problema está na falta de
organização. Problema de que? De tudo, ora bolas!!
Da lista do supermercado, da arrumação das gavetas
de casa, dos exames de saúde, da agenda de compro-
missos, dos projetos, de toda a vida!!
Na correria própria da juventude, organiza-
mo-nos para o próximo final de semana, o que temos
para fazer, trabalho e lazer, almoço de família, missa,
cinema, leitura ou dar conta do relatório atrasado.
São as coisinhas do dia a dia que preenchem a mente
e vão nos impulsionando para frente.
Com muito esforço nos preparamos para a
próxima estação, principalmente quando chega o ve-
rão e traz passeios, viagens, a descontração extra que
torna mais pesado o orçamento.
Em raras oportunidades em que a correria
cede à previsão, voilá, conseguimos!! Sobra mais tem-
po para fazer as coisas com calma, elaborar melhor,
disfrutar mais, conquistar mais. Entretanto somos
imediatistas e deixamos tudo para a última hora.
Quando se trata da conta em atraso, das férias
mal programadas, até do relatório pendente, tudo
bem porque as consequências são superáveis; só não
tem jeito para a morte. Mas aí é que vem a questão.
Imediatistas, não nos programamos para o desgaste
generalizado que o tempo nos impõe porque sim-
plesmente não aceitamos e assim evitamos pensar na
morte.
Desta forma seguimos caminhando pelos cam-
pos do improviso, que as vezes dá certo conduzin-
Patricia
Nuno
Envelhecer.
Prever e escolher.
do-nos a um final feliz. Que sorte! Mas alguém está
preparado para lidar com a aproximação da morte?
Primeiro passo é aceitar, com serenidade, as mudan-
ças que não logramos conter ao envelhecer. Segundo,
é identificar e escolher as circunstancias que estão ao
nosso alcance programar. Onde queremos estar, ao
lado de quem, amores, amigos, fazendo o que, em
que estado de saúde física e mental? Respondidas, em
linhas gerais, as questões traçadas pelo livre arbítrio,
é tempo de arregaçar as mangas e perseverar na or-
ganização da nossa felicidade e bem-estar futuros; ter
coragem para renunciar o que possa significar adorno
por breves instantes em prol da qualidade que aquilo
lhe venha trazer no final, como essencial ou neces-
sário.
É difícil cuidar da saúde, adotar dieta regrada
e livrar-se de vícios, hábitos negativos e conceitos en-
gessados? Sim! Também é difícil cuidar das relações,
ter paciência; cuidar do orçamento, previdência; do
desenvolvimento de capacidades que possam nos
garantir sustento até o ultimo folego de vida, fonte
de renda e gratificação pessoal. Mas quanto antes pla-
nejar e começar a empreender esforços efetivos em
prol do projeto velhice, melhor! O certo é que com
previsão e organização sobra mais tempo para fazer
as coisas com calma, elaborar melhor, disfrutar mais,
conquistar mais e começar tudo outra vez se assim o
desejar.
Vale a pena viver e pensar bem adiante, por-
que vale a pena envelhecer com alegria!
Paz a todos, serenidade, coragem e sabedoria.
Dedico esse texto a minha fonte de inspiração,
Marcela Nuno, uma determinada menina de 16 anos,
que meteu na cabeça fazer faculdade na Califórnia e
está absolutamente preocupada com a alta do dólar,
empenhando-se dia após dia para compor o seu cur-
riculum de apresentação com obras sociais muita de-
dicação aos estudos a fim de conquistar uma bolsa.
36 37NOV - 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos NOV - 2015