UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
Ricardo reis maria_ricardo
1. CONHECER RICARDO REIS
Maria Estrelo Nº 12
Ricardo Guerreiro Nº17
12º C ES de Pinheiro e Rosa
– Faro, 2012/2013
2. A GÉNESE DE RICARDO REIS
• “O Dr. Ricardo Reis nasceu dentro da minha alma no dia
29 de Janeiro de 1914, pelas 11 horas da noite.”
Segundo o texto de Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação
• “Aí por 1912, salvo erro (que nunca pode ser grande), (…)Tinha nascido, sem que
eu soubesse, o Ricardo Reis.” –Carta a Adolfo Casais Monteiro.
• “ (…) pus em Ricardo Reis toda a minha disciplina mental, vestida da música que
lhe é própria (…).” – Carta a Adolfo Casais Monteiro.
3. BIOGRAFIA
• “Ricardo Reis nasceu em 1887 (não me lembro do dia e mês, mas tenho-os
algures), no Porto, é medico e está presentemente no Brasil . “
• “ Ricardo Reis é um pouco, mas muito pouco ,mais baixo, mais forte e mais seco.”
• “ Cara rapada todos (…) Reis de um vago moreno mate. “
• “ Ricardo Reis, educado num colegio de jesuitas é ,como disse medico ; vive num
Brasil desde de 1919, pois se expatriou espontaneamente por ser monarquico.“
• “ É latinista por educação alheia e semi-helenista por educação própria. ”
5. NEOPAGANISMO E LIBERDADE
Só esta liberdade nos concedem
Os deuses: submetermo-nos
Ao seu domínio por vontade nossa.
Mais vale assim fazermos
Porque só na ilusão da liberdade
A liberdade existe.
Nem outro jeito os deuses, sobre quem
O eterno fado pesa,
Usam para seu calmo e possuído
Convencimento antigo
De que é divina e livre a sua vida.
Nós, imitando os deuses,
Tão pouco livres como eles no Olimpo,
Como quem pela areia
Ergue castelos para encher os olhos,
Ergamos nossa vida
E os deuses saberão agradecer-nos
O sermos tão como eles.
Ricardo Reis, in "Odes"
6. EPICURISMO E ESTOICISMO
Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassossegos grandes.
Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.
(…)
Ricardo Reis, in "Odes
7. CARACTERÍSTICAS FORMAIS ESTILÍSTICAS
E LINGUÍSTICAS
• Verso branco;
• Recurso frequente à assonância e à aliteração;
• Predomínio da subordinação;
• Uso frequente do gerúndio e do modo imperativo;
• Recursos estilísticos como metáforas, eufemismos, comparações;
• Linguagem erudita alatinada, quer no vocabulário (latinismos), quer na construção
de frase (hipérbato);
• Preferência pela Ode de estilo Horácio;
• Estilo poético trabalhado, elegante e pesado;