SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 33
Baixar para ler offline
POLISSACARÍDEOS
Mestranda: Danielle Oliveira Borges
2Polissacarídeos – Danielle Borges
INTRODUÇÃO: DEFNIÇÃO
Polissacarídeos
Carboidratos + de 20 monômeros unidos através
da ligação glicosídica. Eles podem ser de origem vegetal
(celulose, amido e fibras) e animal (glicogênio). São a
forma predominante dos carboidratos na natureza.
3Polissacarídeos – Danielle Borges
INTRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA FISIOLÓGICA
4Polissacarídeos – Danielle Borges
DIFERÊNCIAÇÃO
 Pela unidade monomérica, comprimento e ramificação
das cadeias.
Características estruturais determinam suas
propriedades funcionais.
 Apenas um tipo de monossacarídeo:
homopolissacarídeo.
 Dois ou mais tipos de monossacarídeos:
heteropolissacarídeo.
5Polissacarídeos – Danielle Borges
DIFERÊNCIAÇÃO
 Unidos de forma linear (celulose, amilose) ou
 Ramificada (amilopectina, glicogênio, goma guar)
 Plantas : amido é a principal forma de estocagem,
seguido dos frutanos e dos polissacarídeos de reserva de
parede celular;
 Modificadores de textura, agentes gelificantes,
espessantes, estabilizantes nas áreas cosméticas,
farmacêuticas, alimentícias, biomédicas e têxteis.
6Polissacarídeos – Danielle Borges
Propriedades físico-químicas
Relacionadas às suas estruturas químicas (iônicos
ou neutros). Sempre ricos em grupos OH causando seu
caráter hidrofílico e formação de ligações cooperativas de
hidrogênio.
Dependendo das condições iônicas e
termodinâmicas do meio eles serão solúveis em água ou
formarão géis físicos.
7Polissacarídeos – Danielle Borges
CONFORMAÇÃO
A forma do resíduo de monossacarídeos, assim como a
posição e o tipo de ligação entre eles, determinam a
conformação da cadeia.
Conformação linear em forma de fita: típica das cadeias
formadas por restos de β-D-glucopiranose com ligações 1,4
como a celulose:
FIGURA 1: Estrutura molecular da
celulose
8Polissacarídeos – Danielle Borges
Conformação linear resultando em geometria em zig-
zag: devido a forma das pontes de oxigênio que unem os
monômeros. Esta cadeia pode-se encontrar retorcida pela
presença de ponte de H entre os grupos OH de
monossacarídeos vizinhos, que colaboram com a
estabilização. Assim pode-se apresentar formações em forma
de fitas mais dobrada, como a cadeia de pectina.
FIGURA 2. Estrutura de uma
cadeia de pectina
9Polissacarídeos – Danielle Borges
Ou uma cadeia de alginato, em que a estabilização
se consegue por meio de íons de cálcio que colocam as
cadeias unidas em uma forma que lembra uma caixa de
ovos
FIGURA 3. Estrutura de uma cadeia de alginato com cálcio.
10Polissacarídeos – Danielle Borges
Conformação dobrada: os polissacarídeos deste tipo tem
uma importância menor que os demais e esta geometria se
da mediante ponte de oxigênio entre os monômeros.
FIGURA 5: Estrutura de um polissacarídeo com conformação dobrada.
11Polissacarídeos – Danielle Borges
Conformação helicoidal: resultante da geometria em forma
de U das ligações de ponte de oxigênio entre os
monômeros, portanto uma conformações helicoidal. Ex:
amilose.
FIG. 4 - Cadeia de amilose
FIGURA 3: Estrutura da
amilose: polímero linear
composto por D-glicoses
unidas em α(1-4).
12Polissacarídeos – Danielle Borges
PROPRIEDADES
 Material estrutural (celulose, hemicelulose e pectia em
plantas, quitina e mucopolissacarídeos em animais)
 Substancia de reserva (amido, dextrinas e frutanos em
plantas, glicogênio em animais)
 Agentes capazes de reter água (Agar, pectinas e
alginatos em vegetais, mucopolissacarídeos em animais)
13Polissacarídeos – Danielle Borges
Utilizados (forma nativa ou modificados) como
espessantes, gelificantes, estabilizantes, material de
revestimento ou material de enchimento inerte dependendo
da sua relação com a água.
Ex: insolúveis (celulose); boa solubilidade (amido e goma
guar).
Uma série de polissacarídeos são capazes de formar géis.
14Polissacarídeos – Danielle Borges
Polissacarideos lineares perfeitos
 Homopolissacarídeos com só um tipo de ligação (celulose
e amilose), geralmente insolúveis ou pouco solúveis em
água e só podem ser dissolvidos com o uso de altas
temperaturas ou rupturas das pontes de H com reagentes
 Precipitam com mais facilidade nas soluções
(retrogradação do amido).
15Polissacarídeos – Danielle Borges
FIGURA 6 – Estrutura da celulose cm cadeia ligadas por pontes de hidogênio.
Ex:
16Polissacarídeos – Danielle Borges
Polissacarideos ramificados
 
 Mais solúveis que os lineares perfeitos (amilopectina,
glicogênio) pois diminuem as interações intercadeias e
portanto facilita a solvatação pela água.
 À mesma concentração e peso molecular, as soluções
são menos viscosas que dos lineares pois a viscosidade
depende do volume efetivo, o volume da esfera ideal cujo
diâmetro é igual a longitude máxima da molécula.
17Polissacarídeos – Danielle Borges
cont. Polissacarídeos ramificados
 
 A tendência à precipitação neste grupo é pequena.
 A altas concentrações tendem a formar pastas pegajosas,
provavelmente por entrelaçamento entre as cadeias laterais.
 Estes compostos podem ser usados portanto como
adesivos.
18Polissacarídeos – Danielle Borges
Estrutura ramificada do glicogênio
19Polissacarídeos – Danielle Borges
FIGURA 7: Estrutura da amilopectina: polímero ramificado composto
por D-glicoses unidas em α(1-4) e α(1-6).
20Polissacarídeos – Danielle Borges
Homopolissacarídeo
linear
Homopolissacarídeo
ramificado
21Polissacarídeos – Danielle Borges
Polissacarideos ramificados lineares
 
 Uma cadeia longa e várias cadeia laterais curtas.
 Reúnem as características dos lineares perfeitos e dos
ramificados (cadeias grandes e viscosidade alta, por causa
das numerosas ramificações curtas, as interações
intermoleculares ficam debilitadas)
Ex: goma guar e alquilceluloses.
22Polissacarídeos – Danielle Borges
FIGURA 8: Estrutura ramificada linear de goma guar.
23Polissacarídeos – Danielle Borges
24Polissacarídeos – Danielle Borges
Polissacarideos com grupamento carboxila
 
 Sais de metais alcalinos solúveis em meios neutros e
alcalinos.
 Moléculas relativamente esticadas por repulsão entre os
iões carboxilato e, por isso, não apresentam interações
intermoleculares.
 A viscosidade das soluções inicialmente é alta, mas
depende do pH do meio
Ex: pectina, alginatos, carboximetilcelulose.
25
Pectina: é um polissacarídeo indigerível, absorve água
formando gel, retarda o esvaziamento gástrico. Está
presente na casca de frutas. Utilizada em geléia,
marmelada, e como estabilizante em bebidas e sorvetes.
Polissacarídeos – Danielle Borges
26Polissacarídeos – Danielle Borges
Polissacarideos com grupamentos ácidos fortes
 
 São facilmente solúveis e formam soluções de alta
viscosidade, as quais ao contrario das que são formadas
pelos carboidratos com grupos carboxilas, são estáveis em
meio ácido.
Ex: ésteres sulfúrico e fosfórico, tipo carragenato e amidos
fosfatados.
27Polissacarídeos – Danielle Borges
FIGURA 9. Estrutura da carragena do tipo Kappa.
28Polissacarídeos – Danielle Borges
Polissacarideos modificados
 
•Introdução de grupos neutros: em polissacarídeos lineares
aumentam sua solubilidade, assim como a viscosidade e
estabilidade das soluções.
•Introdução de grupos ácidos: (grupos carboxilo, sulfato
ou fosfato) incrementa a solubilidade e a viscosidade das
soluções. Em condições de umidade adequadas, podem
construir sistemas com consistência parcialmente cremosa.
29Polissacarídeos – Danielle Borges
CARACTERÍSTICAS DE VISCOSIDADE
 Função do tamanho e da forma das moléculas e da
conformação que venham a adotar no solvente.
A forma das moléculas dos polissacarídeos em solução é
função das rotações em torno das ligações das uniões
glicosídicas. Quanto maior for a liberdade interna em cada
ligação glicosídica, maior o numero de conformações
disponíveis para cada seguimento.
30Polissacarídeos – Danielle Borges
CARACTERÍSTICAS DE VISCOSIDADE
 O movimento de polímeros lineares em solução aumenta
o espaço ocupado. Quando eles colidem entre si, criam
fricção, consomem energia e, produzem viscosidade, ainda
que em baixas concentrações.
 Um polissacarídeo muito ramificado pode ocupar menos
espaço do que um linear com mesma MM, assim, as
moléculas altamente ramificadas colidirão com menos
frequência e produzirão uma viscosidade menor.
31Polissacarídeos – Danielle Borges
FIGURA 10: Volumes relativos ocupados por um polissacarídeos linear e
um ramificado de mesma massa molecular.
32
 
CONCLUSÃO
Polissacarídeos – Danielle Borges
Polissacarídeos são carboidratos contendo mais de 20
unidades monoméricas, sua diferenciação e característica
tecnológica e função nas plantas e animais é dada pela
unidade constituinte, comprimento e ramificação das
cadeias, tipo de ligação e conformação espacial.
33
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
 
Belitz, H. D.; Grosch, W.; Quimica de los Alimentos, Acribia: 
Zaragoza, 1988.
Polissacarídeos – Danielle Borges

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Bioquímica Básica: Carboidratos
Bioquímica Básica: CarboidratosBioquímica Básica: Carboidratos
Bioquímica Básica: CarboidratosRodrigo Caixeta
 
1 quimica carboidratos
1   quimica carboidratos1   quimica carboidratos
1 quimica carboidratosRayIsabella22
 
Carboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicasCarboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicasMario Gandra
 
Quimica SoluçõEs
Quimica SoluçõEsQuimica SoluçõEs
Quimica SoluçõEsThiago
 
Carboidratos slideshare
Carboidratos   slideshareCarboidratos   slideshare
Carboidratos slideshareSid Siqueira
 
Meio de cultura em microorganismos
Meio de cultura em microorganismosMeio de cultura em microorganismos
Meio de cultura em microorganismosUERGS
 
Bioquímica de alimentos - Carboidrases
Bioquímica de alimentos - CarboidrasesBioquímica de alimentos - Carboidrases
Bioquímica de alimentos - CarboidrasesUERGS
 
Aula prática reações qualitativa par aminoácidos e proteínas
Aula prática   reações qualitativa par aminoácidos e proteínasAula prática   reações qualitativa par aminoácidos e proteínas
Aula prática reações qualitativa par aminoácidos e proteínasMauro Perez
 

Mais procurados (20)

Enzimas
EnzimasEnzimas
Enzimas
 
Bioquímica Básica: Carboidratos
Bioquímica Básica: CarboidratosBioquímica Básica: Carboidratos
Bioquímica Básica: Carboidratos
 
Carboidratos aula (2)
Carboidratos aula (2)Carboidratos aula (2)
Carboidratos aula (2)
 
1 quimica carboidratos
1   quimica carboidratos1   quimica carboidratos
1 quimica carboidratos
 
Carboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicasCarboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicas
 
Solução tampão
Solução tampãoSolução tampão
Solução tampão
 
Quimica SoluçõEs
Quimica SoluçõEsQuimica SoluçõEs
Quimica SoluçõEs
 
Carboidratos slideshare
Carboidratos   slideshareCarboidratos   slideshare
Carboidratos slideshare
 
Proteínas
Proteínas   Proteínas
Proteínas
 
Meio de cultura em microorganismos
Meio de cultura em microorganismosMeio de cultura em microorganismos
Meio de cultura em microorganismos
 
Ácidos e Bases
Ácidos e BasesÁcidos e Bases
Ácidos e Bases
 
Bioquímica de alimentos - Carboidrases
Bioquímica de alimentos - CarboidrasesBioquímica de alimentos - Carboidrases
Bioquímica de alimentos - Carboidrases
 
Cromatografia
CromatografiaCromatografia
Cromatografia
 
Lipidios
Lipidios Lipidios
Lipidios
 
Aminoácidos e proteínas
Aminoácidos e proteínasAminoácidos e proteínas
Aminoácidos e proteínas
 
Estudo das Soluções
Estudo das SoluçõesEstudo das Soluções
Estudo das Soluções
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
Carboidratos
 
Aula prática reações qualitativa par aminoácidos e proteínas
Aula prática   reações qualitativa par aminoácidos e proteínasAula prática   reações qualitativa par aminoácidos e proteínas
Aula prática reações qualitativa par aminoácidos e proteínas
 
Reação de saponificação
Reação de saponificaçãoReação de saponificação
Reação de saponificação
 
Polímeros
PolímerosPolímeros
Polímeros
 

Destaque

Destaque (20)

Polisacaridos
PolisacaridosPolisacaridos
Polisacaridos
 
Polisacáridos
PolisacáridosPolisacáridos
Polisacáridos
 
Polisacáridos
PolisacáridosPolisacáridos
Polisacáridos
 
2 carboidratos polissacarideos
2 carboidratos polissacarideos2 carboidratos polissacarideos
2 carboidratos polissacarideos
 
Glicidios
GlicidiosGlicidios
Glicidios
 
Aula 01 Química dos Processos
Aula 01 Química dos ProcessosAula 01 Química dos Processos
Aula 01 Química dos Processos
 
Polímeros, Polissacarídeos e Proteínas
Polímeros, Polissacarídeos e Proteínas Polímeros, Polissacarídeos e Proteínas
Polímeros, Polissacarídeos e Proteínas
 
Glicídios 3a3
Glicídios 3a3Glicídios 3a3
Glicídios 3a3
 
Monosacáridos y disacáridos
Monosacáridos y disacáridosMonosacáridos y disacáridos
Monosacáridos y disacáridos
 
Higroscopicidade
HigroscopicidadeHigroscopicidade
Higroscopicidade
 
Bioquímica_Carboidratos
Bioquímica_CarboidratosBioquímica_Carboidratos
Bioquímica_Carboidratos
 
Glicidios
GlicidiosGlicidios
Glicidios
 
CARBOHIDRATOS
CARBOHIDRATOSCARBOHIDRATOS
CARBOHIDRATOS
 
Glicidios 1
Glicidios 1Glicidios 1
Glicidios 1
 
Carbohidratos Disacaridos
Carbohidratos DisacaridosCarbohidratos Disacaridos
Carbohidratos Disacaridos
 
Bioquímica carboidratos e lipídios
Bioquímica   carboidratos e lipídiosBioquímica   carboidratos e lipídios
Bioquímica carboidratos e lipídios
 
Glicídios e lipídios
Glicídios e lipídiosGlicídios e lipídios
Glicídios e lipídios
 
Diapositivas de biologia
Diapositivas de biologiaDiapositivas de biologia
Diapositivas de biologia
 
Disacaridos
DisacaridosDisacaridos
Disacaridos
 
Disacáridos y polisacáridos 06 12-11
Disacáridos y polisacáridos 06 12-11Disacáridos y polisacáridos 06 12-11
Disacáridos y polisacáridos 06 12-11
 

Semelhante a Polissacarídeos: Definição, Estrutura e Propriedades

Hidratos de carbono
Hidratos de carbonoHidratos de carbono
Hidratos de carbonoLuis Ribeiro
 
Carboidratos slides da Fculdade Santa Maria
Carboidratos slides da Fculdade Santa MariaCarboidratos slides da Fculdade Santa Maria
Carboidratos slides da Fculdade Santa MariaOlavo Duarte
 
Aula 2. Estudo dos carbohidratos Quimica UNISAVE.pptx
Aula 2. Estudo dos carbohidratos Quimica UNISAVE.pptxAula 2. Estudo dos carbohidratos Quimica UNISAVE.pptx
Aula 2. Estudo dos carbohidratos Quimica UNISAVE.pptxCarlosMacuvele2
 
Aula top de carboidratos
Aula top de carboidratosAula top de carboidratos
Aula top de carboidratosWESLEYDE1
 
QuíM. De Alim. I Carboidratos I
QuíM. De Alim. I   Carboidratos IQuíM. De Alim. I   Carboidratos I
QuíM. De Alim. I Carboidratos IRicardo Stefani
 
Apresentação carboidratos
Apresentação carboidratosApresentação carboidratos
Apresentação carboidratosBruno Silva
 
Aula 6. Carboidratos_transparencias
Aula 6.  Carboidratos_transparenciasAula 6.  Carboidratos_transparencias
Aula 6. Carboidratos_transparenciasprimaquim
 
6. Carboidratos
6.  Carboidratos6.  Carboidratos
6. Carboidratosprimaquim
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
CarboidratosURCA
 
Trabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docx
Trabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docxTrabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docx
Trabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docxFidelMarciano
 
Trabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docx
Trabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docxTrabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docx
Trabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docxFidelMarciano
 

Semelhante a Polissacarídeos: Definição, Estrutura e Propriedades (20)

Aula - Carboidratos.pdf
Aula - Carboidratos.pdfAula - Carboidratos.pdf
Aula - Carboidratos.pdf
 
Hidratos de carbono
Hidratos de carbonoHidratos de carbono
Hidratos de carbono
 
Carboidratos slides da Fculdade Santa Maria
Carboidratos slides da Fculdade Santa MariaCarboidratos slides da Fculdade Santa Maria
Carboidratos slides da Fculdade Santa Maria
 
carboidratos2018.pptx
carboidratos2018.pptxcarboidratos2018.pptx
carboidratos2018.pptx
 
Aula 2. Estudo dos carbohidratos Quimica UNISAVE.pptx
Aula 2. Estudo dos carbohidratos Quimica UNISAVE.pptxAula 2. Estudo dos carbohidratos Quimica UNISAVE.pptx
Aula 2. Estudo dos carbohidratos Quimica UNISAVE.pptx
 
Aula top de carboidratos
Aula top de carboidratosAula top de carboidratos
Aula top de carboidratos
 
QuíM. De Alim. I Carboidratos I
QuíM. De Alim. I   Carboidratos IQuíM. De Alim. I   Carboidratos I
QuíM. De Alim. I Carboidratos I
 
Apresentação carboidratos
Apresentação carboidratosApresentação carboidratos
Apresentação carboidratos
 
Aula 6. Carboidratos_transparencias
Aula 6.  Carboidratos_transparenciasAula 6.  Carboidratos_transparencias
Aula 6. Carboidratos_transparencias
 
6. Carboidratos
6.  Carboidratos6.  Carboidratos
6. Carboidratos
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
Carboidratos
 
Trabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docx
Trabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docxTrabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docx
Trabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docx
 
Trabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docx
Trabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docxTrabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docx
Trabalho II de Bioquímica Ema Francisco Marciano.docx
 
Aula2 joao
Aula2 joaoAula2 joao
Aula2 joao
 
Carboidrato
CarboidratoCarboidrato
Carboidrato
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
Carboidratos
 
Ebook Bioquímica (2).pdf
Ebook Bioquímica (2).pdfEbook Bioquímica (2).pdf
Ebook Bioquímica (2).pdf
 
Biomoléculas
BiomoléculasBiomoléculas
Biomoléculas
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
Carboidratos
 
Carboidratos
CarboidratosCarboidratos
Carboidratos
 

Mais de DANIELLE BORGES

Lipídeos: antioxidantes
Lipídeos: antioxidantesLipídeos: antioxidantes
Lipídeos: antioxidantesDANIELLE BORGES
 
Enzimas óxidorredutases
Enzimas   óxidorredutasesEnzimas   óxidorredutases
Enzimas óxidorredutasesDANIELLE BORGES
 
Cinzas e minerais: elementos traço
Cinzas e minerais: elementos traçoCinzas e minerais: elementos traço
Cinzas e minerais: elementos traçoDANIELLE BORGES
 
ÁGUA: camada de solvatação
ÁGUA: camada de solvataçãoÁGUA: camada de solvatação
ÁGUA: camada de solvataçãoDANIELLE BORGES
 
Gestão da qualidade em laticínios
Gestão da qualidade em laticíniosGestão da qualidade em laticínios
Gestão da qualidade em laticíniosDANIELLE BORGES
 
Experiencia medidores de vazao
Experiencia medidores de vazaoExperiencia medidores de vazao
Experiencia medidores de vazaoDANIELLE BORGES
 
Estudos dos-efeitos-da-aplicacao-de-transglutaminase-em-bebida-lactea-ferment...
Estudos dos-efeitos-da-aplicacao-de-transglutaminase-em-bebida-lactea-ferment...Estudos dos-efeitos-da-aplicacao-de-transglutaminase-em-bebida-lactea-ferment...
Estudos dos-efeitos-da-aplicacao-de-transglutaminase-em-bebida-lactea-ferment...DANIELLE BORGES
 
Dimensionamento placa de orificio
Dimensionamento placa de orificioDimensionamento placa de orificio
Dimensionamento placa de orificioDANIELLE BORGES
 
Higiene na industria_de_alimentos
Higiene na industria_de_alimentosHigiene na industria_de_alimentos
Higiene na industria_de_alimentosDANIELLE BORGES
 

Mais de DANIELLE BORGES (11)

Lipídeos: antioxidantes
Lipídeos: antioxidantesLipídeos: antioxidantes
Lipídeos: antioxidantes
 
Enzimas óxidorredutases
Enzimas   óxidorredutasesEnzimas   óxidorredutases
Enzimas óxidorredutases
 
Cinzas e minerais: elementos traço
Cinzas e minerais: elementos traçoCinzas e minerais: elementos traço
Cinzas e minerais: elementos traço
 
Aminoacidos
AminoacidosAminoacidos
Aminoacidos
 
ÁGUA: camada de solvatação
ÁGUA: camada de solvataçãoÁGUA: camada de solvatação
ÁGUA: camada de solvatação
 
Gestão da qualidade em laticínios
Gestão da qualidade em laticíniosGestão da qualidade em laticínios
Gestão da qualidade em laticínios
 
Experiencia medidores de vazao
Experiencia medidores de vazaoExperiencia medidores de vazao
Experiencia medidores de vazao
 
Estudos dos-efeitos-da-aplicacao-de-transglutaminase-em-bebida-lactea-ferment...
Estudos dos-efeitos-da-aplicacao-de-transglutaminase-em-bebida-lactea-ferment...Estudos dos-efeitos-da-aplicacao-de-transglutaminase-em-bebida-lactea-ferment...
Estudos dos-efeitos-da-aplicacao-de-transglutaminase-em-bebida-lactea-ferment...
 
Dimensionamento placa de orificio
Dimensionamento placa de orificioDimensionamento placa de orificio
Dimensionamento placa de orificio
 
Cores
CoresCores
Cores
 
Higiene na industria_de_alimentos
Higiene na industria_de_alimentosHigiene na industria_de_alimentos
Higiene na industria_de_alimentos
 

Polissacarídeos: Definição, Estrutura e Propriedades

  • 2. 2Polissacarídeos – Danielle Borges INTRODUÇÃO: DEFNIÇÃO Polissacarídeos Carboidratos + de 20 monômeros unidos através da ligação glicosídica. Eles podem ser de origem vegetal (celulose, amido e fibras) e animal (glicogênio). São a forma predominante dos carboidratos na natureza.
  • 3. 3Polissacarídeos – Danielle Borges INTRODUÇÃO: IMPORTÂNCIA FISIOLÓGICA
  • 4. 4Polissacarídeos – Danielle Borges DIFERÊNCIAÇÃO  Pela unidade monomérica, comprimento e ramificação das cadeias. Características estruturais determinam suas propriedades funcionais.  Apenas um tipo de monossacarídeo: homopolissacarídeo.  Dois ou mais tipos de monossacarídeos: heteropolissacarídeo.
  • 5. 5Polissacarídeos – Danielle Borges DIFERÊNCIAÇÃO  Unidos de forma linear (celulose, amilose) ou  Ramificada (amilopectina, glicogênio, goma guar)  Plantas : amido é a principal forma de estocagem, seguido dos frutanos e dos polissacarídeos de reserva de parede celular;  Modificadores de textura, agentes gelificantes, espessantes, estabilizantes nas áreas cosméticas, farmacêuticas, alimentícias, biomédicas e têxteis.
  • 6. 6Polissacarídeos – Danielle Borges Propriedades físico-químicas Relacionadas às suas estruturas químicas (iônicos ou neutros). Sempre ricos em grupos OH causando seu caráter hidrofílico e formação de ligações cooperativas de hidrogênio. Dependendo das condições iônicas e termodinâmicas do meio eles serão solúveis em água ou formarão géis físicos.
  • 7. 7Polissacarídeos – Danielle Borges CONFORMAÇÃO A forma do resíduo de monossacarídeos, assim como a posição e o tipo de ligação entre eles, determinam a conformação da cadeia. Conformação linear em forma de fita: típica das cadeias formadas por restos de β-D-glucopiranose com ligações 1,4 como a celulose: FIGURA 1: Estrutura molecular da celulose
  • 8. 8Polissacarídeos – Danielle Borges Conformação linear resultando em geometria em zig- zag: devido a forma das pontes de oxigênio que unem os monômeros. Esta cadeia pode-se encontrar retorcida pela presença de ponte de H entre os grupos OH de monossacarídeos vizinhos, que colaboram com a estabilização. Assim pode-se apresentar formações em forma de fitas mais dobrada, como a cadeia de pectina. FIGURA 2. Estrutura de uma cadeia de pectina
  • 9. 9Polissacarídeos – Danielle Borges Ou uma cadeia de alginato, em que a estabilização se consegue por meio de íons de cálcio que colocam as cadeias unidas em uma forma que lembra uma caixa de ovos FIGURA 3. Estrutura de uma cadeia de alginato com cálcio.
  • 10. 10Polissacarídeos – Danielle Borges Conformação dobrada: os polissacarídeos deste tipo tem uma importância menor que os demais e esta geometria se da mediante ponte de oxigênio entre os monômeros. FIGURA 5: Estrutura de um polissacarídeo com conformação dobrada.
  • 11. 11Polissacarídeos – Danielle Borges Conformação helicoidal: resultante da geometria em forma de U das ligações de ponte de oxigênio entre os monômeros, portanto uma conformações helicoidal. Ex: amilose. FIG. 4 - Cadeia de amilose FIGURA 3: Estrutura da amilose: polímero linear composto por D-glicoses unidas em α(1-4).
  • 12. 12Polissacarídeos – Danielle Borges PROPRIEDADES  Material estrutural (celulose, hemicelulose e pectia em plantas, quitina e mucopolissacarídeos em animais)  Substancia de reserva (amido, dextrinas e frutanos em plantas, glicogênio em animais)  Agentes capazes de reter água (Agar, pectinas e alginatos em vegetais, mucopolissacarídeos em animais)
  • 13. 13Polissacarídeos – Danielle Borges Utilizados (forma nativa ou modificados) como espessantes, gelificantes, estabilizantes, material de revestimento ou material de enchimento inerte dependendo da sua relação com a água. Ex: insolúveis (celulose); boa solubilidade (amido e goma guar). Uma série de polissacarídeos são capazes de formar géis.
  • 14. 14Polissacarídeos – Danielle Borges Polissacarideos lineares perfeitos  Homopolissacarídeos com só um tipo de ligação (celulose e amilose), geralmente insolúveis ou pouco solúveis em água e só podem ser dissolvidos com o uso de altas temperaturas ou rupturas das pontes de H com reagentes  Precipitam com mais facilidade nas soluções (retrogradação do amido).
  • 15. 15Polissacarídeos – Danielle Borges FIGURA 6 – Estrutura da celulose cm cadeia ligadas por pontes de hidogênio. Ex:
  • 16. 16Polissacarídeos – Danielle Borges Polissacarideos ramificados    Mais solúveis que os lineares perfeitos (amilopectina, glicogênio) pois diminuem as interações intercadeias e portanto facilita a solvatação pela água.  À mesma concentração e peso molecular, as soluções são menos viscosas que dos lineares pois a viscosidade depende do volume efetivo, o volume da esfera ideal cujo diâmetro é igual a longitude máxima da molécula.
  • 17. 17Polissacarídeos – Danielle Borges cont. Polissacarídeos ramificados    A tendência à precipitação neste grupo é pequena.  A altas concentrações tendem a formar pastas pegajosas, provavelmente por entrelaçamento entre as cadeias laterais.  Estes compostos podem ser usados portanto como adesivos.
  • 18. 18Polissacarídeos – Danielle Borges Estrutura ramificada do glicogênio
  • 19. 19Polissacarídeos – Danielle Borges FIGURA 7: Estrutura da amilopectina: polímero ramificado composto por D-glicoses unidas em α(1-4) e α(1-6).
  • 20. 20Polissacarídeos – Danielle Borges Homopolissacarídeo linear Homopolissacarídeo ramificado
  • 21. 21Polissacarídeos – Danielle Borges Polissacarideos ramificados lineares    Uma cadeia longa e várias cadeia laterais curtas.  Reúnem as características dos lineares perfeitos e dos ramificados (cadeias grandes e viscosidade alta, por causa das numerosas ramificações curtas, as interações intermoleculares ficam debilitadas) Ex: goma guar e alquilceluloses.
  • 22. 22Polissacarídeos – Danielle Borges FIGURA 8: Estrutura ramificada linear de goma guar.
  • 24. 24Polissacarídeos – Danielle Borges Polissacarideos com grupamento carboxila    Sais de metais alcalinos solúveis em meios neutros e alcalinos.  Moléculas relativamente esticadas por repulsão entre os iões carboxilato e, por isso, não apresentam interações intermoleculares.  A viscosidade das soluções inicialmente é alta, mas depende do pH do meio Ex: pectina, alginatos, carboximetilcelulose.
  • 25. 25 Pectina: é um polissacarídeo indigerível, absorve água formando gel, retarda o esvaziamento gástrico. Está presente na casca de frutas. Utilizada em geléia, marmelada, e como estabilizante em bebidas e sorvetes. Polissacarídeos – Danielle Borges
  • 26. 26Polissacarídeos – Danielle Borges Polissacarideos com grupamentos ácidos fortes    São facilmente solúveis e formam soluções de alta viscosidade, as quais ao contrario das que são formadas pelos carboidratos com grupos carboxilas, são estáveis em meio ácido. Ex: ésteres sulfúrico e fosfórico, tipo carragenato e amidos fosfatados.
  • 27. 27Polissacarídeos – Danielle Borges FIGURA 9. Estrutura da carragena do tipo Kappa.
  • 28. 28Polissacarídeos – Danielle Borges Polissacarideos modificados   •Introdução de grupos neutros: em polissacarídeos lineares aumentam sua solubilidade, assim como a viscosidade e estabilidade das soluções. •Introdução de grupos ácidos: (grupos carboxilo, sulfato ou fosfato) incrementa a solubilidade e a viscosidade das soluções. Em condições de umidade adequadas, podem construir sistemas com consistência parcialmente cremosa.
  • 29. 29Polissacarídeos – Danielle Borges CARACTERÍSTICAS DE VISCOSIDADE  Função do tamanho e da forma das moléculas e da conformação que venham a adotar no solvente. A forma das moléculas dos polissacarídeos em solução é função das rotações em torno das ligações das uniões glicosídicas. Quanto maior for a liberdade interna em cada ligação glicosídica, maior o numero de conformações disponíveis para cada seguimento.
  • 30. 30Polissacarídeos – Danielle Borges CARACTERÍSTICAS DE VISCOSIDADE  O movimento de polímeros lineares em solução aumenta o espaço ocupado. Quando eles colidem entre si, criam fricção, consomem energia e, produzem viscosidade, ainda que em baixas concentrações.  Um polissacarídeo muito ramificado pode ocupar menos espaço do que um linear com mesma MM, assim, as moléculas altamente ramificadas colidirão com menos frequência e produzirão uma viscosidade menor.
  • 31. 31Polissacarídeos – Danielle Borges FIGURA 10: Volumes relativos ocupados por um polissacarídeos linear e um ramificado de mesma massa molecular.
  • 32. 32   CONCLUSÃO Polissacarídeos – Danielle Borges Polissacarídeos são carboidratos contendo mais de 20 unidades monoméricas, sua diferenciação e característica tecnológica e função nas plantas e animais é dada pela unidade constituinte, comprimento e ramificação das cadeias, tipo de ligação e conformação espacial.