O documento discute o papel do editor no filme "Violação de Privacidade" e como ele recria as memórias de outra pessoa com base em registros sensoriais armazenados em um chip. O trabalho do editor envolve virtualização, desterritorialização e representação de imagens lógicas. Sua leitura dos dados no chip é não-linear e produz uma rememória individual a partir de referenciais pessoais.
Representação e Leitura do Editor no Filme Violação de Privacidade
1. Representação e Leitura: o editor no filme
“Violação de Privacidade
Cristina M. Pescador e Aline Silva De Bona
REPRESENTAÇÃO E LEITURA: O
EDITOR NO FILME « VIOLAÇÃO DE
PRIVACIDADE »
Cristina M. Pescador (UFRGS)
Aline Silva de Bona (UFRGS)
4º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação Recife
Comunidades e Aprendizagem em Rede Novembro/2012
2. Representação e Leitura: o editor no filme
“Violação de Privacidade
Cristina M. Pescador e Aline Silva De Bona
O Projeto Coletivo
Edição
• Processo colaborativo e cooperativo (Bona)
• Não-linear
• Se vale de representações
• Duas subjetividades (editor e portador)
Chip Zoe
• Vida Política (Zoe) x Vida Natural (Bio)
(Agamben)
• “Parte ciber [...] que aumenta o poder
potencial do corpo”. (Santaella)
•Humanos como seres híbridos (Tucherman)
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3. Representação e Leitura: o editor no filme
“Violação de Privacidade
Cristina M. Pescador e Aline Silva De Bona
Ações do Editor e o Processo de
Escolha
• Virtualização
• Desterritorialização
• Representação
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4. Representação e Leitura: o editor no filme
“Violação de Privacidade
Cristina M. Pescador e Aline Silva De Bona
A Representação Lógica da
Vida-Imagem no Chip
Graças à tecnologia disponível para a
edição do chip, o trabalho do editor
consiste em recriar, a cada instante,
uma metamorfose da imagem
matricial / original.
Essas imagens, entendidas como
representação de uma ação lógica –
com base em um conjunto de regras –
permitem que diferentes editores
criem diferentes rememórias, uma
vez que possuem referenciais
individuais.
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5. Representação e Leitura: o editor no filme
“Violação de Privacidade
Cristina M. Pescador e Aline Silva De Bona
A Não-Linearidade dos Registros
Virtuais
Leitura: é resultado das ligações não-
lineares que o leitor / editor faz dos dados
desterritorializados que tem diante de si.
(Xavier)
Assim, o papel do editor no filme consiste
em, a partir dessa leitura, reorganizar o
emaranhado de lembranças das
representações e emoções gravados no
chip, acionando nexos, percorrendo
labirintos, percebendo com seus sentidos os
registros sensoriais do outro para produzir
sua rememória.
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6. Representação e Leitura: o editor no filme
“Violação de Privacidade
Cristina M. Pescador e Aline Silva De Bona
Considerações Finais
• O trabalho colaborativo de escrita, permeado pelos
conceitos teóricos em teias individuais de lógicas de
representação, carregadas de valores, crenças, e outros
referenciais pessoais nos mostra que cada escritor exerce
também o papel de editor.
• A multiplicidade de olhares se faz presente na leitura e a
produção final da rememória no filme, bem como em nossa
trajetória por um labirinto de informações formando nosso
próprio individual e coletivo do hipertexto perceptível no
mundo que nos rodeia.
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7. Representação e Leitura: o editor no filme
“Violação de Privacidade
Cristina M. Pescador e Aline Silva De Bona
Referências
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Bonifácio, 1999. 190 p.
BONA, A.S.D.; FAGUNDES, L.C; BASSO, M.V.A. A cooperação e/ou a colaboração no Espaço
de Aprendizagem Digital da Matemática. In: RENOTE - Revista Novas Tecnologias na
Educação, v. 9, n. 2, 2011.
LÉVY, P. O que é o Virtual. Trad. de Paulo Neves. São Paulo: Ed. 34, 2009. 157 p.
PARENTE, A. (org.). Imagem-máquina: a era das tecnologias do virtual. RJ: Ed. 34,
1993/1999. 300 p.
SANTAELLA, L. Navegar no ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo. SP: Paulus,
2a. ed, 2007. 191 p.
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2003. 357 p.
TUCHERMAN, I. Entre anjos e cyborgs. In: Revista Comunicação e Linguagens, 28, Lisboa,
v.1, n.1, pag. 55-69, 2002.
XAVIER, A. Leitura, texto e hipertexto. In: MARCUSCHI, L.A. ; XAVIER, A.C. (orgs.).
Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção do sentido. 2a. ed., RJ:
Lucerna, 2005. 196 p.
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