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O BARROCO
1580 a 1680 ± ( favorável à Contra-Reforma)
- Cultismo: jogo de palavras, de imagens, de construções.
- Conceptismo: jogo de conceitos.
- A arte pela arte: provocar o fervor das multidões, criar surpresa e deslumbramento é
o objectivo fundamental.
A arquitectura é colossal.
A pintura é de composição diagonal e de perspectiva.
A escultu ra é com linhas curvas.
A literatura é com imagens empolgantes, retórica de expressão e o patético.
O Barroco confia no Homem e considera a prosperidade adquirida pelo trabalho um
sinal de aprovação e benção divina. (A ostentação, o fausto e a Contra-Reforma). Não
existiria Barroco sem a contribuição da Península Ibérica (situação política e religiosa:
Santo Ofício + Companhia de Jesus). É uma arte que apela para as sensações, a
ostentação, o esplendor; existe abundância de elementos decorativos, magnificência.
A REFORMA - Causas Político-Religiosas
A Igreja vinha sofrendo de males profundos: o papado perdera grande parte do
seu prestígio devido à corrupção dos seus membros. Alguns Papas envolveram-se em
questões políticas para se engrandecerem, desviaram rendimentos da Igreja, cercaram-se
de luxo. No resto do clero, a desonestidade, ambição de riquezas e poder, os abusos de
toda a espécie levantavam ondas de protestos. O povo sentia-se defraudado e perdeu a
confiança.
A Igreja reconhecia os abusos, mas não actuava.
Estes excessos deram origem a uma guerra religiosa que eclodiu na Alemanha e
se propagou ao resto da Europa.
É Martinho Lutero (1517), teólogo, da Ordem de Santo Agostinho, que
publicamente põe em causa a doutrina da Igreja em vários pontos. É a Reforma. O Papa
Leão X condena as doutrinas de Lutero que não se retrata. Os reformados protestam
contra as exigências dos católicos e ficam a ser conhecidos por protestantes.
O Papado alia-se aos estados italianos contra Carlos V (1526).
Carlos V derrota os estados italianos, invade Roma e saqueia o Vaticano(1527).
Alemanha, França e Inglaterra tinham-se unido contra Roma.
O “Auto da Feira” de Gil Vicente é o produto do conflito de consciências da
época.
O BARROCO (A arte pela arte)
O Barroco foi um estilo nascido a favor da Contra-Reforma e que se
desenvolveu nos séculos XVI, XVII e XVIII, primeiro em Itália e depois em toda a
Europa.
O Barroco manifestou-se pelo gosto dos efeitos de massa, de movimento,
principalmente em arquitectura pelo emprego do colossal, da linha curva, em escultura,
pelo gosto das figuras tomadas em movimento, em pintura pelas composições em
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diagonal e os efeitos de perspectiva. Em literatura existe uma tendência barroca
caracterizada pelo gosto do patético, uma retórica expressiva, o emprego de imagens
empolgantes.
Padre António Vieira é barroco.
Origem do movimento barroco
O Renascimento fundava-se na crença de que não existia conflito entre a ordem
divina e a ordem humana; entre a razão e a natureza, entre a fé e a razão.
Ora,
a) a Europa dos fins do século XVI sofre uma série de calamidades, guerras, epidemias
(a peste), fomes;
b) o comércio do Mediterrâneo para o Atlântico = descobrimentos dos portugueses cria
condições sociais novas e a mentalidade modifica-se;
c) o comércio caminha até ao NE da Europa, o que vai gerar capitalismo comercial;
nasce o espírito protestante e calvinista;
o clero cometia abusos;

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O Barroco

  • 1. 1 O BARROCO 1580 a 1680 ± ( favorável à Contra-Reforma) - Cultismo: jogo de palavras, de imagens, de construções. - Conceptismo: jogo de conceitos. - A arte pela arte: provocar o fervor das multidões, criar surpresa e deslumbramento é o objectivo fundamental. A arquitectura é colossal. A pintura é de composição diagonal e de perspectiva. A escultu ra é com linhas curvas. A literatura é com imagens empolgantes, retórica de expressão e o patético. O Barroco confia no Homem e considera a prosperidade adquirida pelo trabalho um sinal de aprovação e benção divina. (A ostentação, o fausto e a Contra-Reforma). Não existiria Barroco sem a contribuição da Península Ibérica (situação política e religiosa: Santo Ofício + Companhia de Jesus). É uma arte que apela para as sensações, a ostentação, o esplendor; existe abundância de elementos decorativos, magnificência. A REFORMA - Causas Político-Religiosas A Igreja vinha sofrendo de males profundos: o papado perdera grande parte do seu prestígio devido à corrupção dos seus membros. Alguns Papas envolveram-se em questões políticas para se engrandecerem, desviaram rendimentos da Igreja, cercaram-se de luxo. No resto do clero, a desonestidade, ambição de riquezas e poder, os abusos de toda a espécie levantavam ondas de protestos. O povo sentia-se defraudado e perdeu a confiança. A Igreja reconhecia os abusos, mas não actuava. Estes excessos deram origem a uma guerra religiosa que eclodiu na Alemanha e se propagou ao resto da Europa. É Martinho Lutero (1517), teólogo, da Ordem de Santo Agostinho, que publicamente põe em causa a doutrina da Igreja em vários pontos. É a Reforma. O Papa Leão X condena as doutrinas de Lutero que não se retrata. Os reformados protestam contra as exigências dos católicos e ficam a ser conhecidos por protestantes. O Papado alia-se aos estados italianos contra Carlos V (1526). Carlos V derrota os estados italianos, invade Roma e saqueia o Vaticano(1527). Alemanha, França e Inglaterra tinham-se unido contra Roma. O “Auto da Feira” de Gil Vicente é o produto do conflito de consciências da época. O BARROCO (A arte pela arte) O Barroco foi um estilo nascido a favor da Contra-Reforma e que se desenvolveu nos séculos XVI, XVII e XVIII, primeiro em Itália e depois em toda a Europa. O Barroco manifestou-se pelo gosto dos efeitos de massa, de movimento, principalmente em arquitectura pelo emprego do colossal, da linha curva, em escultura, pelo gosto das figuras tomadas em movimento, em pintura pelas composições em
  • 2. 2 diagonal e os efeitos de perspectiva. Em literatura existe uma tendência barroca caracterizada pelo gosto do patético, uma retórica expressiva, o emprego de imagens empolgantes. Padre António Vieira é barroco. Origem do movimento barroco O Renascimento fundava-se na crença de que não existia conflito entre a ordem divina e a ordem humana; entre a razão e a natureza, entre a fé e a razão. Ora, a) a Europa dos fins do século XVI sofre uma série de calamidades, guerras, epidemias (a peste), fomes; b) o comércio do Mediterrâneo para o Atlântico = descobrimentos dos portugueses cria condições sociais novas e a mentalidade modifica-se; c) o comércio caminha até ao NE da Europa, o que vai gerar capitalismo comercial; nasce o espírito protestante e calvinista; o clero cometia abusos;