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Artes
Ensino Fundamental
7º ano
Apostila de Arte - 7º ano
22
HISTÓRIA DO CARNAVAL
O Carnaval teve origem nas festas em
que os gregos e os romanos comemoravam suas
colheitas. Muitos séculos depois, a celebração
acabou tornando-se uma brincadeira típica das
cidades.
No Brasil, o Carnaval foi introduzido
pelos portugueses. Seu nome era entrudo —
palavra que vem do latim introitus e que
designa as solenidades litúrgicas da Quaresma.
O Carnaval daqui foi, até a metade do
século XIX, uma festa de muita sujeira e
molhação. Os escravos a festejavam sujando-se
uns aos outros com polvilho e farinha de trigo,
ou espirrando água pelas ruas com o auxílio de
uma enorme bisnaga de lata (como pode ser
observado na pintura abaixo de Debret, que
retrata o carnaval no Brasil escravocrata).
As famílias brancas, refugiadas em
suas casas, brincavam o Carnaval fazendo
guerras de laranjinhas — pequenas bolas de
cera que se quebravam espalhando água
perfumada —, ou então, jogando de suas
janelas um líquido não tão cheiroso na cabeça
dos passantes.
Por isso as pessoas evitavam sair às
ruas durante os dias do entrudo. Isso fez com
que os bailes de máscara, realizados apenas
para a elite durante o Primeiro Império, e, a
partir da década de 1840, para a classe média,
fizessem muito sucesso.
Nesses bailes, que eram pagos e feitos
em teatros e hotéis do Rio de Janeiro, não se
dançava o samba, mas sim o schottische, as
mazurcas, as polcas, as valsas e o maxixe, que
era o único ritmo genuinamente nacional.
Somente em 1869, quando o ator Correia
Vasques adaptou a música de uma peça
francesa e deu para essa adaptação o nome de
Zé Pereira — mesma música que é cantada até
os dias de hoje—, apareceu a primeira música
de Carnaval. Até então, todas as músicas eram
instrumentais ou em outro idioma.
O carnaval da rua, entretanto, quase
não existia. Tudo à custa da violência que tinha
o entrudo [há no Recife, atualmente, uma
brincadeira sobrevivente do entrudo que se
chama mela-mela].
Alguns jornalistas da época
começaram a estimular a criação de carnavais
que imitassem os de Roma e de Veneza, onde
as pessoas saiam às ruas fantasiadas para
realizarem o corso ou as batalhas de flores.
Um dos jornalistas que defendia
ardorosamente esta forma de Carnaval era José
de Alencar, o qual escreveu na sua coluna do
"Jornal Mercantil" do Rio de Janeiro, às
vésperas do Carnaval de 1855, a seguinte frase:
"Confesso que esta idéia me sorri. Uma espécie
de baile mascarado, às últimas horas do dia, à
fresca da tarde, num belo e vasto terraço, com
todo o desafogo, deve ser encantador". Foi
assim, após uma campanha dos jornalistas
contra o violento entrudo e a favor do elegante
Carnaval veneziano, que os desfiles de rua
começaram a acontecer.
A partir daí o Carnaval pode ser
dividido em dois tipos distintos de
manifestação: um, feito pelas classes mais ricas
nos bailes de salão, nas batalhas de flores, nos
corsos e desfiles de carros alegóricos; outro,
feito pelas classes mais pobres nos maracatus,
cordões, blocos, ranchos, frevos, troças, afoxés
e, finalmente, nas escolas de samba.
Assim, caótico desde seu princípio, o
Carnaval brasileiro é também marcado pela
divisão das classes sociais.
Atualmente, tanto nos desfiles das
escolas de samba do Rio e de São Paulo como
nos festejos do nordeste, esta divisão ficou um
pouco mais sutil, o que tornou o carnaval mais
democrático, mas ainda há lugares em que ela
persiste. Na Bahia, por exemplo, só pode
desfilar em alguns dos blocos quem tem
dinheiro para pagar pelo abadá, ou nas escolas
de samba do Rio que passam por um processo
de embranquecimento e de comercialização, há,
vez por outra, lugares onde apenas aqueles que
tem dinheiro podem brincar — os camarotes
dos sambódromos do Rio e São Paulo são uma
demonstração clara dessa divisão.
Apostila de Arte - 7º ano
33
MOVIMENTO SURREALISTA
O surrealismo foi um movimento artístico que
surgiu na França na década de 1920. Este movimento foi
significativamente influenciado pelas teses psicanalíticas
de Sigmund Freud, que mostram a importância do
inconsciente na criatividade do ser humano.
De acordo com Freud, o homem deve libertar
sua mente da lógica imposta pelos padrões
comportamentais e morais estabelecidos pela sociedade
e dar vazão aos sonhos e as informações do inconsciente.
O pai da psicanálise, não segue os valores sociais
da burguesia como, por exemplo, o status, a família e a
pátria.
“Surrealismo” é uma palavra derivativa de surreal, logo
significa dizer aquele ou aquilo que está fora da
realidade por sua extravagância exagerada, maluquice
pura, mas no sentido positivo, genial. Os artistas
surrealistas desprezam os limites da razão e propõe a
criação artística por outros canais: os canais do
subconsciente.
O marco de início do surrealismo foi a
publicação do Manifesto Surrealista, feito pelo poeta e
psiquiatra francês André Breton, em 1924. Neste
manifesto, foram declarados os principais princípios do
movimento surrealista: ausência da lógica, adoção de
uma realidade "maravilhosa" (superior), exaltação da
liberdade de criação, entre outros.
O surrealismo procura expressar a ausência de
racionalidade humana e as manifestações do
subconsciente. Os surrealistas deslizam pelas águas
mágicas da irrealidade, desprezando a realidade
concreta e mergulhando na esfera da absoluta liberdade
de expressão, movida pela energia que emana da psique.
Eles almejam alcançar justamente o espaço no qual o
Homem se libera de toda a repressão exercida pela
Razão, escapando assim do controle constante do Ego,
criando obras repletas de humor, sonhos, utopias e
qualquer informação contrária a lógica.
O frottage, desenhos a partir de "decalques"
sobre superfícies irregulares e a colagem, montagens
predominantemente incongruentes, eram alguns
métodos utilizados pelos surrealistas para explorar suas
potencialidades inconscientes.
A FANTASIA E A IMAGINAÇÃO
“A persistência da Memória”, salvador Dali (1931)
O catalão Salvador Dali (1904-1989) e o belga
René Magritte (1898-1967) são dois dos principais
artistas do movimento surrealista.
Por que você acha que a obra apresentada se
chama "A persistência da memória"?
O relógio é utilizado para marcar o tempo.
Note que as ideias de tempo e memória estão bastante
ligadas. É como se, com o passar do tempo, a memória
fosse se apagando, escorrendo, assim como o tempo...
Agora imagine uma sereia...
René Magritte, Invenção Coletiva, 1934
Provavelmente, a imagem de sereia que veio à
sua cabeça não é exatamente essa que você viu no
quadro acima. A obra "Invenção Coletiva", é de outro
gênio do surrealismo, Magritte. O título da obra brinca
com o imaginário coletivo, povoado de seres que não
existem na realidade, mas que habitam a imaginação de
muitas pessoas por serem difundidos em nossa cultura.
Por trás dessas obras cheias de sonho, os
pintores surrealistas tinham um propósito bem real. O
surrealismo foi um movimento surgido num período
entre guerras, e tinha o propósito de rejeitar o
racionalismo e a lógica, que, usados ao extremo, haviam
levado a Europa a ser destruída por armas e bombas
construídas graças ao uso desmedido da ciência.
A década de 1930 é conhecida como o período
de expansão surrealista pelo mundo. Artistas, cineastas,
dramaturgos e escritores do mundo todo assimilam as
idéias e o estilo do surrealismo. Porém, no final da
década de 1960 o grupo entra em crise e acaba se
dissolvendo.
Apostila de Arte - 7º ano
44
EXPRESSIONISMO
Apostila de Arte - 7º ano
55
Apostila de Arte - 7º ano
66
CUIDADO! TINTA FRESCA!
Os artistas pintaram e continuam pintando temas variados, utilizando suporte e materiais diversos.
O tema é o assunto da obra.
O suporte é a base que recebe a pintura, que pode ser aplicada com diferentes meios e técnicas,
conforme a característica do suporte.
A técnica pode ser definida como a maneira de fazer algo e o meio como a maneira de empregar
determinado material.
Por exemplo: Você utiliza o papel como suporte e o lápis de cor como material para ilustrar um tema.
Você pode reproduzir a mesma imagem sobre outro suporte, utilizando outro material. Vamos tentar?
O Afresco, por exemplo, é uma técnica de pintura feita em paredes ou tetos cuja camada de
argamassa, nata de cal ou gesso, deve estar úmida para que a tinta penetre na superfície também úmida e
passe a integrá-las, garantindo durabilidade a pintura.
PESQUISA:
Apostila de Arte - 7º ano
77
Apostila de Arte - 7º ano
88
Apostila de Arte - 7º ano
99
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1111
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1212
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1313
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1414
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1515
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1717
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1818
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1919
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2020
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2121
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2222
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2323
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  • 2. Apostila de Arte - 7º ano 22 HISTÓRIA DO CARNAVAL O Carnaval teve origem nas festas em que os gregos e os romanos comemoravam suas colheitas. Muitos séculos depois, a celebração acabou tornando-se uma brincadeira típica das cidades. No Brasil, o Carnaval foi introduzido pelos portugueses. Seu nome era entrudo — palavra que vem do latim introitus e que designa as solenidades litúrgicas da Quaresma. O Carnaval daqui foi, até a metade do século XIX, uma festa de muita sujeira e molhação. Os escravos a festejavam sujando-se uns aos outros com polvilho e farinha de trigo, ou espirrando água pelas ruas com o auxílio de uma enorme bisnaga de lata (como pode ser observado na pintura abaixo de Debret, que retrata o carnaval no Brasil escravocrata). As famílias brancas, refugiadas em suas casas, brincavam o Carnaval fazendo guerras de laranjinhas — pequenas bolas de cera que se quebravam espalhando água perfumada —, ou então, jogando de suas janelas um líquido não tão cheiroso na cabeça dos passantes. Por isso as pessoas evitavam sair às ruas durante os dias do entrudo. Isso fez com que os bailes de máscara, realizados apenas para a elite durante o Primeiro Império, e, a partir da década de 1840, para a classe média, fizessem muito sucesso. Nesses bailes, que eram pagos e feitos em teatros e hotéis do Rio de Janeiro, não se dançava o samba, mas sim o schottische, as mazurcas, as polcas, as valsas e o maxixe, que era o único ritmo genuinamente nacional. Somente em 1869, quando o ator Correia Vasques adaptou a música de uma peça francesa e deu para essa adaptação o nome de Zé Pereira — mesma música que é cantada até os dias de hoje—, apareceu a primeira música de Carnaval. Até então, todas as músicas eram instrumentais ou em outro idioma. O carnaval da rua, entretanto, quase não existia. Tudo à custa da violência que tinha o entrudo [há no Recife, atualmente, uma brincadeira sobrevivente do entrudo que se chama mela-mela]. Alguns jornalistas da época começaram a estimular a criação de carnavais que imitassem os de Roma e de Veneza, onde as pessoas saiam às ruas fantasiadas para realizarem o corso ou as batalhas de flores. Um dos jornalistas que defendia ardorosamente esta forma de Carnaval era José de Alencar, o qual escreveu na sua coluna do "Jornal Mercantil" do Rio de Janeiro, às vésperas do Carnaval de 1855, a seguinte frase: "Confesso que esta idéia me sorri. Uma espécie de baile mascarado, às últimas horas do dia, à fresca da tarde, num belo e vasto terraço, com todo o desafogo, deve ser encantador". Foi assim, após uma campanha dos jornalistas contra o violento entrudo e a favor do elegante Carnaval veneziano, que os desfiles de rua começaram a acontecer. A partir daí o Carnaval pode ser dividido em dois tipos distintos de manifestação: um, feito pelas classes mais ricas nos bailes de salão, nas batalhas de flores, nos corsos e desfiles de carros alegóricos; outro, feito pelas classes mais pobres nos maracatus, cordões, blocos, ranchos, frevos, troças, afoxés e, finalmente, nas escolas de samba. Assim, caótico desde seu princípio, o Carnaval brasileiro é também marcado pela divisão das classes sociais. Atualmente, tanto nos desfiles das escolas de samba do Rio e de São Paulo como nos festejos do nordeste, esta divisão ficou um pouco mais sutil, o que tornou o carnaval mais democrático, mas ainda há lugares em que ela persiste. Na Bahia, por exemplo, só pode desfilar em alguns dos blocos quem tem dinheiro para pagar pelo abadá, ou nas escolas de samba do Rio que passam por um processo de embranquecimento e de comercialização, há, vez por outra, lugares onde apenas aqueles que tem dinheiro podem brincar — os camarotes dos sambódromos do Rio e São Paulo são uma demonstração clara dessa divisão.
  • 3. Apostila de Arte - 7º ano 33 MOVIMENTO SURREALISTA O surrealismo foi um movimento artístico que surgiu na França na década de 1920. Este movimento foi significativamente influenciado pelas teses psicanalíticas de Sigmund Freud, que mostram a importância do inconsciente na criatividade do ser humano. De acordo com Freud, o homem deve libertar sua mente da lógica imposta pelos padrões comportamentais e morais estabelecidos pela sociedade e dar vazão aos sonhos e as informações do inconsciente. O pai da psicanálise, não segue os valores sociais da burguesia como, por exemplo, o status, a família e a pátria. “Surrealismo” é uma palavra derivativa de surreal, logo significa dizer aquele ou aquilo que está fora da realidade por sua extravagância exagerada, maluquice pura, mas no sentido positivo, genial. Os artistas surrealistas desprezam os limites da razão e propõe a criação artística por outros canais: os canais do subconsciente. O marco de início do surrealismo foi a publicação do Manifesto Surrealista, feito pelo poeta e psiquiatra francês André Breton, em 1924. Neste manifesto, foram declarados os principais princípios do movimento surrealista: ausência da lógica, adoção de uma realidade "maravilhosa" (superior), exaltação da liberdade de criação, entre outros. O surrealismo procura expressar a ausência de racionalidade humana e as manifestações do subconsciente. Os surrealistas deslizam pelas águas mágicas da irrealidade, desprezando a realidade concreta e mergulhando na esfera da absoluta liberdade de expressão, movida pela energia que emana da psique. Eles almejam alcançar justamente o espaço no qual o Homem se libera de toda a repressão exercida pela Razão, escapando assim do controle constante do Ego, criando obras repletas de humor, sonhos, utopias e qualquer informação contrária a lógica. O frottage, desenhos a partir de "decalques" sobre superfícies irregulares e a colagem, montagens predominantemente incongruentes, eram alguns métodos utilizados pelos surrealistas para explorar suas potencialidades inconscientes. A FANTASIA E A IMAGINAÇÃO “A persistência da Memória”, salvador Dali (1931) O catalão Salvador Dali (1904-1989) e o belga René Magritte (1898-1967) são dois dos principais artistas do movimento surrealista. Por que você acha que a obra apresentada se chama "A persistência da memória"? O relógio é utilizado para marcar o tempo. Note que as ideias de tempo e memória estão bastante ligadas. É como se, com o passar do tempo, a memória fosse se apagando, escorrendo, assim como o tempo... Agora imagine uma sereia... René Magritte, Invenção Coletiva, 1934 Provavelmente, a imagem de sereia que veio à sua cabeça não é exatamente essa que você viu no quadro acima. A obra "Invenção Coletiva", é de outro gênio do surrealismo, Magritte. O título da obra brinca com o imaginário coletivo, povoado de seres que não existem na realidade, mas que habitam a imaginação de muitas pessoas por serem difundidos em nossa cultura. Por trás dessas obras cheias de sonho, os pintores surrealistas tinham um propósito bem real. O surrealismo foi um movimento surgido num período entre guerras, e tinha o propósito de rejeitar o racionalismo e a lógica, que, usados ao extremo, haviam levado a Europa a ser destruída por armas e bombas construídas graças ao uso desmedido da ciência. A década de 1930 é conhecida como o período de expansão surrealista pelo mundo. Artistas, cineastas, dramaturgos e escritores do mundo todo assimilam as idéias e o estilo do surrealismo. Porém, no final da década de 1960 o grupo entra em crise e acaba se dissolvendo.
  • 4. Apostila de Arte - 7º ano 44 EXPRESSIONISMO
  • 5. Apostila de Arte - 7º ano 55
  • 6. Apostila de Arte - 7º ano 66 CUIDADO! TINTA FRESCA! Os artistas pintaram e continuam pintando temas variados, utilizando suporte e materiais diversos. O tema é o assunto da obra. O suporte é a base que recebe a pintura, que pode ser aplicada com diferentes meios e técnicas, conforme a característica do suporte. A técnica pode ser definida como a maneira de fazer algo e o meio como a maneira de empregar determinado material. Por exemplo: Você utiliza o papel como suporte e o lápis de cor como material para ilustrar um tema. Você pode reproduzir a mesma imagem sobre outro suporte, utilizando outro material. Vamos tentar? O Afresco, por exemplo, é uma técnica de pintura feita em paredes ou tetos cuja camada de argamassa, nata de cal ou gesso, deve estar úmida para que a tinta penetre na superfície também úmida e passe a integrá-las, garantindo durabilidade a pintura. PESQUISA:
  • 7. Apostila de Arte - 7º ano 77
  • 8. Apostila de Arte - 7º ano 88
  • 9. Apostila de Arte - 7º ano 99
  • 10. Apostila de Arte - 7º ano 1010
  • 11. Apostila de Arte - 7º ano 1111
  • 12. Apostila de Arte - 7º ano 1212
  • 13. Apostila de Arte - 7º ano 1313
  • 14. Apostila de Arte - 7º ano 1414
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  • 16. Apostila de Arte - 7º ano 1616
  • 17. Apostila de Arte - 7º ano 1717
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  • 29. Apostila de Arte - 7º ano 2929