O documento discute conceitos-chave como medo, risco, crise, conflitos e violência no contexto de gerenciamento de crises e desastres. Aborda definições de medo, risco e crise, além de exemplos de situações conflitivas e conceitos de conflito e violência. A disciplina faz parte de um curso de especialização internacional em segurança pública na Universidade do Estado da Bahia.
Aula -A construção inicial da pesquisa (Metodologia e Técnicas de Pesquisa em...
Aula
1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
Curso de Especialização Internacional em Segurança Pública
Disciplina: Gerenciamento Integrado de Crise e Desastres
Profa. Dra. Cleide Magáli
"Gerenciamento e Mediação de Crises e Conflitos"
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Disciplina Gerenciamento Integrado de Crise e Desastres
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Conceitos
Medo: Avaliação da situação
Risco: Percepção de risco. Análise de risco. Tipos de risco. Mapa de risco.
Antecipação e prevenção do risco. Evento adverso. Processos de intervenção
em eventos adversos. Processos de resolução de problemas aplicados aos
eventos adversos. Métodos, técnicas e ferramentas que possibilitem avaliar
cenários e riscos. Ocorrência de alto risco. Graus de riscos e níveis de resposta.
Crise. Crise de natureza criminal ou não-criminal. Tipos de crise. Gerenciamento
Integrado de Crises. Objetivos do Gerenciamento Integrado de Crises. Fases de
uma crise. Elementos operacionais essenciais: gerente de crise e negociador.
Equipe tática. Soluções de crise.
Conflitualidades e Violência: Tipos de conflito. Estilo e manejo de conflitos.
Meios de Resolução Pacífica de Conflitos . O mediador. A ética do mediador.
Aspectos operacionais: fases da mediação. Dimensão sociopsicológica da
violência. Mediação em contexto de violência. Segurança Cidadã.
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medo
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Medo
Conforme Baierl (2004), o medo se configura como um
sentimento natural, intrínseco aos seres viventes, racionais e
irracionais. O medo seria um sinal e alerta de que estamos
correndo algum risco, sendo que este risco pode ser real,
imaginário ou potencial. Portanto, medo e o sentido de risco se
correlacionam.
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Medo social
“resulta de uma intencionalidade, que se pode caracterizar por uma
maior ou menor intensidade junto daqueles que constituem o alvo
preferido de quem da sua insegurança pode beneficiar. Esta emoção
reflecte estados de insegurança que radicam naquilo que de mais
profundo existe no ser humano, e quem mais dela fizer uso maior
possibilidade terá de controlar a acção dos outros.” (DIAS, 2007)
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Vivemos cercados por grades de seguranças e câmeras que vigiam
nossos passos a todo instante. Temos medo de assaltos, medo das
drogas, medo do terrorismo, medo da natureza e de doenças. Temos
medo da crise. Para sobreviver temos que fugir de nós mesmos.
Afastamos todos os dias o pânico de nos sabermos mortais, nossa
própria consciência de que em algum ponto, num futuro breve, vai dar
errado. Mas será que temos mais medo hoje do que tínhamos no
passado? Ou será que o homem sempre foi este animal atormentado?
(OLIVA e LAUERTA, 2007)
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O medo social é hoje apontado como uma poderosa
ferramenta de dominação e controle, sendo usado
como tal pela mídia, pela religião e pela própria
política.
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Podemos afirmar que tal insegurança e ansiedade pela
solução incerta e pela transformação das circunstâncias
vigentes, solução essa ao mesmo tempo temida e desejada, é
matéria prima de uma universalização do medo e da
individualização, daí resulta um mundo vivido como
incerto,incontrolável e ameaçador.Sob a sombra do medo, e a
ameaça constante das incertezas do futuro trazidas pela crise
tentamos desvendar como a sociedade reage e se comporta
nesse ambiente crítico, numa busca quase insana e paradoxal
por segurança e liberdade, o que outrora foi a gênese da
Revolução Francesa e que hoje ainda permanece com a
solução incerta (OLIVA e LAUERTA, 2007)
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Risco
Vários autores vem desenvolvendo análises sobre
o fenômeno Risco, tais como: N. Luhmann (1992),
O. Malley (1992), D. Garlland (2003) e dentre eles,
destaca-se aqui alguns teóricos sociais no âmbito
da sociologia da modernidade reflexiva, tais como
Bauman (2001,2008) Beck (1996,1997,1998) e
Giddens (1991; 1997), que propuseram uma
reflexão sobre como a evolução tecno-científica e o
processo de globalização, legaram a vida humana,
aspectos intrinsecamente contraditórios: um certo
bem-estar e ao mesmo tempo, uma certa
imprevisibilidade e descontrole de suas reais
implicações.
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Ulrich Beck (1944-Stolp-Alemanha...)
1986
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Risco (cont.)
Para Ulrich Beck (2006), a compreensão do que seja
risco requer o entendimento de sua historicidade, por
isso em sua análise ele faz um acompanhamento dos
riscos desde o passado até a sociedade atual
Vive–se em meio a uma "sociedade de risco", tal como
teorizada por Beck. Riscos produzidos socialmente e,
por vezes, ironicamente depositados nas costas dos
indivíduos que são obrigados a tolerá–los. Essa
sociedade de risco exige que se pesquise as causas
sociais responsáveis pelos desafios emergentes na
sociedade líquida, favorecendo, assim, que os indivíduos
ingressem no processo reflexivo de elaborar "política–
vida"
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Crise
Segundo Pearson (1998) as crises podem ser olhadas de 3 diferentes perspecti
vas:
(i) uma perspectiva meramente técnica que nos remete para a dinâmica est
rutural, infraestrutural, técnica e operativa de um sistema, onde se salientam
e perspectivam os fenômenos, apelando às variáveis definidoras físicas e t
écnicas.
(ii)uma perspectiva psicológica pura: na qual
a análise se centra nos aspectos cognitivos individuais associados aos fe
nômenos, na análise psicológica das suas dimensões e na explicação
individualizada dos seus efeitos e consequências;
(iii)uma perspectiva socio-
política onde a crise é encarada como uma quebra coletiva do sentido parti
lhado e da estruturação dos papeis sociais e onde se verifica uma tra
nsformação, ainda que marginal da ordem social, da liderança e dos valores
e crenças tidas como comuns.
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Crise
A crise propõe, mas, a cultura dispõe
(Le Roy Ladurie, 1976)
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Uma Curiosidade:
Weiji = crise
Quando escrita em chinês, a palavra crise compõe-se de dois
caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade
Wei=perigo..........ji=oportunidade
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Conflitualidades e Violência
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Conflito
Situações conflitivas: caso
Índia Tuíra - Em 1989, a Eletronorte convocou uma audiência pública
para discutir a construção da usina Kararaô que, segundo os
índios da região e o movimento ambientalista, causaria um
grande impacto ambiental. Essa construção recebia na época
financiamento do Banco Mundial. Durante a audiência, enquanto
os guerreiros caiapós gritavam “Kararaô vai afogar nossos
filhos!!!”, a índia Tuíra tomou a iniciativa, avançou para cima do
então presidente da Eletronorte, José Muniz Lopes, e o advertiu
encostando a lâmina do facão em seu rosto. Essa ação
contribuiu para interromper o projeto da usina durante dez anos
e também fez com que o Banco Mundial suspendesse o
financiamento dessa construção.
Fontes: http://www.socioambiental.org/esp/bm/hist.asp /
http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=10496
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Situações conflitivas: caso
O caso da Marta - Marta, uma mulher negra, procura um
pronto-socorro por causa de uma queimadura leve, que
aconteceu durante o trabalho. A sala de espera estava
cheia e bastante movimentada. Após algum tempo de
espera, o médico apareceu na porta e chamou: “Milton
Araújo!”. Ninguém se levantou; o médico chamou de novo
“MILTON ARAÚJO!”, o que deixou as pessoas curiosas.
Marta, envergonhada, aproximou-se e disse ao médico em
voz baixa: “Sou eu! Eu havia pedido na recepção que me
chamasse pelo nome social, Marta”. O médico olhou-a
indignado e disse: “eu sei, te chamei pelo nome de registro
propositadamente”. As pessoas perceberam que Marta era
uma transexual, ficaram atônitas, começaram a cochichar
e dar risadinhas.
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Situações conflitivas: caso
Entrevista de Juan Pablo Lederach, especialista em
resolução de conflitos e construção da paz: Existen
condiciones en Colombia para la eventual firma de los
acuerdos entre las Farc y el gobierno?
https://www.youtube.com/watch?v=JjfWsmAWuCE
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Situações conflitivas: caso
"You can bomb the world to pieces... but you can't bomb it into peace" ("Você
pode explodir o mundo em pedaços ... mas você não pode bombardear-lo
em paz“)
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Conflito: conceitos
[Do lat. conflictu, choque’, ‘embate’, ‘peleja’, <lat. confligere, ‘lutar’] 1.
Embate dos que lutam. 2. Discussão acompanhada de injúrias e
ameaças; desavença. 3. Guerra (1). 4. Luta, combate. 5. Colisão,
choque In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário
Aurélio da língua portuguesa. 3ª edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1999.
“O conflito é luz e sombra, perigo e oportunidade, estabilidade e
mudança, fortaleza e debilidade. O impulso para avançar e o obstáculo
que se opõe a todos os conflitos contêm a semente da criação e da
desconstrução”. Sun Tzu (544-496 a.C.) In: A Arte da Guerra, século VI
a. C.
“Uma forma de interação entre indivíduos, grupos, organizações e
coletividades que implica choques para o acesso à distribuição de bens
escassos”. In: BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO,
Gianfranco. Dicionário de política. 12ª edição. Brasília: UnB, 2004.
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O conflito é: A violência é:
Natural e inevitável. Construída, aprendida e
evitável.
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“… o conflito em si só é potencialmente
transformativo: ou seja, a argúcia oferece aos
indivíduos a oportunidade de desenvolver e
integrar suas capacidades de força individual
e empatia pelos outros. (FOLGER & BUSH,
1999, p. 85)
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mediação
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Mediação
A mediação de conflitos é geralmente definida
como a interferência consentida de uma terceira
parte em uma negociação ou em um conflito
instalado, com poder de decisão limitado, cujo
objetivo é conduzir o processo em direção a um
acordo satisfatório, construído voluntariamente
pelas partes, e, portanto mutuamente aceitável
com relação às questões em disputa. (MOORE,
Christopher W. 1998)
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Objetivos da mediação de conflitos
De modo geral, podemos dizer que a mediação de
conflitos apresenta quatro principais objetivos:
A SOLUÇÃO DE CONFLITOS
A PREVENÇÃO DE CONFLITOS
A INCLUSÃO SOCIAL
A PAZ SOCIAL
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Meios de Resolução Pacífica de Conflitos
A análise do conflito ajudará a escolher o melhor caminho para tratar os pontos mais
sensíveis do conflito. Quando separamos as pessoas dos problemas e dos processos,
fica mais fácil visualizar o conflito e buscar soluções. A seguir, separamos os elementos
dos conflitos, e colocamos algumas perguntas básicas para nos ajudar a identificar esses
conflitos:
• Pessoas: Quem está envolvido no conflito? Existem outras pessoas que também
tenham interesse? Há alguém que possa ajudar na sua solução? Há alguém que
possa interferir positivamente? Quem tem capacidade para tomar as decisões?
• Problema: Qual é o motivo do conflito? Quais são os objetos da controvérsia?
Quais temas são negociáveis? Que postura adotaram as partes? O que querem?
O que pedem? Por que é importante o que pedem? Para que necessitam o que
pedem? Que benefícios obteriam com o que pedem? O que mais os preocupa
na situação?
• Processo: Em que fase se encontra o conflito? Houve alguma tentativa de
solução? Como se comunicam as partes? Como se desenvolve o processo de
comunicação? Quem tem mais poder nesse tema ou na relação? Em que se
baseia esse poder? Que interesse de solução têm as partes? Qual o seu
verdadeiro objetivo acerca do conflito?
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DIFERENÇA ENTRE NEGOCIAÇÃO E MEDIAÇÃO
A diferença básica entre estes dois métodos
alternativos para a solução de conflitos, é que na
negociação não há a participação de um terceiro, as
pessoas envolvidas buscam, por elas mesmas, a
solução do conflito (autocomposição).
Já na mediação é necessária à participação de um
terceiro que não tem o poder de decisão, mas,
orienta os mediados para a solução do conflito.
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DIFERENÇA ENTRE ARBITRAGEM E MEDIAÇÃO
Arbitragem e Mediação são processos parecidos que buscam resolver
conflitos fora do Poder Judiciário (extrajudicialmente). Geralmente,
tenta- se fazer a mediação antes de apelar para a arbitragem. Quando
a mediação não dá resultado, mas ainda desejamos resolver o conflito
de forma extrajudicial, podemos usar a arbitragem, que já é um
processo um pouco mais formal, parecido com a Justiça. O árbitro
trabalha de forma semelhante à de um juiz, e a sua decisão deve ser
respeitada como tal. É bem diferente da mediação, situação em que o
mediador não decide nada: ele apenas ajuda as pessoas a chegarem
a uma decisão conjunta.
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Etapas da mediação de conflitos
Pré-mediação (realizada com cada participante em separado)
Apresente-se como mediador; • Pergunte às pessoas envolvidas no
conflito se gostariam que você as ajudasse a resolver o problema; •
Encontre um lugar calmo para fazer a mediação; • Combine as regras
do processo de mediação.
Recepção
É preciso o acordo sobre as seguintes regras: Tentar solucionar o
problema de forma pacífica; • Não ofender verbalmente o outro; • Não
interromper, cada parte terá o mesmo tempo para falar; • Guardar
segredo.
Primeira parte da mediação: a escuta ativa
É função do mediador criar um ambiente em que as pessoas fiquem à
vontade para falar de maneira franca e honesta. Para isso, é preciso
deixar falar e não interromper, mas também é possível fazer algumas
perguntas para desenvolver a discussão de forma racional
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Etapas da mediação de conflitos (cont.)
“Mensagens-Eu”
Nesta primeira parte do processo de mediação, as “mensagens-eu” são
uma forma simples de dizer o que cada uma das pessoas envolvidas
está sentindo. As “mensagens-eu” ajudam a sensibilizar as pessoas a
compreender “o outro lado”, o ponto de vista da outra pessoa, e a abrir
o diálogo. Mensagens-eu são formas de expressar os sentimentos que
temos nas situações de conflito, de uma forma não-acusatória. O
contrário das mensagens-eu são as “mensagens-você”, quando nós
praticamente começamos a “acusar” injustamente as outras pessoas.
Procurar soluções
Firmar compromissos
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Estilo e manejo de conflitos
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MEDIAÇÃO PROCESSO JUDICIAL
RÁPIDO
Alguns conflitos podem ser resolvidos com apenas
uma reunião.
DEMORADO
Uma ação na justiça é sempre demorada. É possível
que se leve mais de 5 anos para chegar à sentença
final.
BOM CUSTO-BENEFÍCIO - Não tem custos, pois
pode ser feita por uma ONG ou mediadores da
Comunidade.
CARO - Pagamento de custas judiciais e em alguns
casos pagamento por perícias necessárias para o
andamento do processo.
EVITA RESSENTIMENTO ENTRE OS ENVOLVIDOS
O objetivo é que as partes cheguem a comum acordo,
evitando assim mágoas.
ESTIMULA RESSENTIMENTOS ENTRE AS PARTES
Competição entre as partes, ganha aquela que
derrotar a outra.
É VOLUNTÁRIO
As pessoas envolvidas têm o poder de decidir se a
Mediação é o procedimento mais adequado ao caso.
PODE TORNA-SE OBRIGATÓRIO
Dependendo do conflito, não resta alternativa senão a
via judicial.
ALTERNATIVAS Para a solução do conflito, as partes
podem adotar medidas que não estão na lei, desde
que não prejudiquem outros ou infrinjam a lei.
ATENDEM SOMENTE A LEI
A decisão judicial tem que seguir a legislação
brasileira.
DECISÃO DEMOCRÁTICA
“Garantia” do cumprimento do acordo
DECISÃO IMPOSITIVA
Não “garante” o cumprimento do acordo
ACOMPANHAMENTO DOS ACORDOS FIRMADOS
O Mediador pode acompanhar a implementação dos
acordos
NÃO MANTÉM CONTATO COM AS PARTES
Após a sentença, o Juiz não mantém contato com as
partes.
NÃO ATENDE TODOS OS CONFLITOS
Há conflitos que não podem ser mediados
ATENDE A TODOS OS CONFLITOS
Qualquer conflito pode ser resolvido na justiça,
observando os itens acima.
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O mediador. A ética do mediador
O Mediador pautará sua conduta nos seguintes princípios: Imparcialidade -
Credibilidade - Competência - Confidencialidade - Diligência
Imparcialidade - condição fundamental ao Mediador; não pode existir qualquer conflito
de interesses ou relacionamento capaz de afetar sua imparcialidade; deve procurar
compreender a realidade dos mediados, sem que nenhum preconceito ou valores
pessoais venham a interferir no seu trabalho.
Credibilidade - O Mediador deve construir e manter a credibilidade perante as partes,
sendo independente, franco e coerente.
Competência - a capacidade para efetivamente mediar a controvérsia existente. Por
isso, o Mediador somente deverá aceitar a tarefa quando tiver as qualificações
necessárias para satisfazer as expectativas razoáveis das partes.
Confidencialidade - os fatos, situações e propostas, ocorridas durante a Mediação,
são sigilosos e privilegiados. Aqueles que participarem do processo devem
obrigatoriamente manter o sigilo sobre todo conteúdo a ele referente, não podendo ser
testemunhas do caso, respeitado o princípio da autonomia da vontade das partes, nos
termos por elas convencionados, desde que não contrariem a ordem pública.
Diligência - cuidado e a prudência para a observância da regularidade, assegurando a
qualidade do processo e cuidando ativamente de todos os seus princípios
fundamentais.
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cidadã
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Segurança Cidadã
A perspectiva de Segurança Cidadã surgiu na América Latina, a
partir da segunda metade da década de 90, e tem como
princípio a implementação integrada de políticas setoriais no
nível local. O conceito de Segurança Cidadã começa a ser
aplicado na Colômbia, em 1995 e naquele momento, seguindo o
êxito obtido naquela região na prevenção e controle da
criminalidade, este passou a ser adotado por outros países da
região. (SANTOS, 2014, P 42)
O conceito de Segurança Cidadã parte da natureza multicausal
da violência e, nesse sentido, defende a atuação tanto no
espectro do controle como na esfera da prevenção, através de
políticas públicas integradas no âmbito local. Assim, uma
política pública de Segurança Cidadã envolve várias
dimensões, reconhecendo a multicausalidade da violência e a
heterogeneidade de suas manifestações. (SANTOS, 2014, P.42)
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Segurança ↔ Eliminação das ameaças
Entendida como um bem público, a segurança cidadã
refere-se a uma ordem cidadã democrática que elimina
as ameaças de violência na população e permite a
convivência segura e pacífica. Esse enfoque possui uma
série de implicações substanciais. Ao centrar-se na noção de
ameaça e, de maneira implícita nas noções de
vulnerabilidade e desproteção, a definição distancia-se de
determinadas concepções que definem a segurança cidadã
puramente em função da criminalidade e do delito e
apresenta explicitamente a dualidade objetiva/subjetiva do
conceito de segurança cidadã, que, como foi dito, converte-
se em um direito exigível perante o Estado. (VELÁSQUEZ,
2004, p.187)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BAUMAN, Zigmunt. Medo Líquido. Rio de Janeiro: Zahar ed., 2008
BASTIEN, Carlos. A noção de crise no senso comum e nas ciências sociais . Disponível em
https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/759/1/CBsenso.pdf. Acesso em 17/07/2007
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._______ A reinvenção da política: rumo a uma teoria da modernização reflexiva. In: GIDDENS, A.; BECK,
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do não saber relativo. In: BONI, L. Etica e genética. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998.
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DIAS,Fernando Nogueira .O Medo Social e os vigilantes da ordem emocional. Instituto Piaget, 2007.
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GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. Tradução de Raul Fiker. São Paulo: UNESP,
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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https://www.academia.edu/514135/MEDO_SOCIAL_EM_CONTEXTOS_DE_CRISE_UMA_REFLEXAO_S
OBRE_A_CRISE_DO_SECULO_XVIII_EO_CONTEXTO_ATUAL_SOCIAL_FEAR_IN_CRISIS_A_Acesso
em 17/07/2014
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Disponível em http://www.rolim.com.br/2002/_pdfs/seg_Hugo_Acero.pdf. Acesso 05/07/2014
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43. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
Curso de Especialização Internacional em Segurança Pública
Disciplina Gerenciamento Integrado de Crise e Desastres
Profa. Dra. Cleide Magáli
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