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1º Episódio

Aumentarás a 
produtividade!
A grande pergunta, aquela cuja 
  resposta vale 250 000 €, é:
Como podem as empresas portuguesas
  competir com empresas chinesas,
 indianas e eslovacas, com mão-de-
      obra ainda mais barata?
Não temos a veleidade de dar uma
 resposta completa, absolutamente
irrefutável e universal. No entanto,
 aqui, ao longo destes 5 episódios,
vamos expor o resultado das nossas
reflexões. Só isso, subsídios para que
cada um encontre as suas respostas.
Têxtil
                Calçado



Vale do
  Ave

Desemprego
Associamos as palavras têxtil e
calçado, e o nome de lugares como
Vizela, ou de regiões como o Vale do
        Ave, a desemprego.
Têxtil
                Calçado



Vale do
  Ave

Desemprego
E a mancha vai ficando cada vez mais
      negra, e parece alastrar
         imparavelmente.
Têxtil
                Calçado



Vale do
  Ave

Desemprego
Têxtil
                Calçado



Vale do
  Ave

Desemprego
Têxtil
                Calçado



Vale do
  Ave

Desemprego
Mas os países não se deslocalizam, só
 as empresas e as pessoas o podem
               fazer!
E agora???????????????
Há que aumentar a
 produtividade!!!
Como se mede a produtividade?
A produtividade é uma medida que
relaciona o que se ganha, com o que
          custa produzir.
O que se ganha, as vendas, é igual à
quantidade vendida a multiplicar pelo
          o preço unitário
Quant. x Preço
Produtividade =
                      Custo
Só há duas formas de aumentar a
  produtividade, aumentando o que se
ganha, ou reduzindo o que custa produzir


                        Quant. x Preço
      Produtividade =
                            Custo
Como se
reduzem
os custos?
Por pudor, não vou listar aqui todas as
   formas, legítimas, e sobretudo
    ilegítimas, de reduzir custos!
Qual o preço médio de
 um par de calçado
 chinês que entra em
      Portugal?
3€
     DN, 14.01.2008 (Fonte 1)
Como podem as empresas portuguesas
  competir com empresas chinesas,
 indianas e eslovacas, com mão-de-
obra ainda mais barata, electricidade
   mais barata, combustíveis mais
             baratos,…?
Há que
  aumentar a
produtividade!!!
Como se
reduzem
os custos?
Qual o preço médio de
  um par de sapatos
português exportado,
durante o ano de 2007?
18,0 €
    DN, 14.01.2008 (Fonte 1)
Qual será a
 consequência desta
diferença monumental?
quot;A Associação Portuguesa dos
Industriais de Calçado, Componentes
e Artigos de Pele e Seus Sucedâneos
(APICCAPS) salientou ontem, em
comunicado, que os dados de 2007
mostram que, pela primeira vez na
sua história, o sector exportou 90
por cento da sua produção global. A
União Europeia, no seu conjunto,
continua a absorver a parte de leão
das exportações portuguesas (65
milhões de pares).quot;
                         Público, 25.03.2008 (Fonte 2)
                         Público, 25.03.2008
Mas o que é que
    está a
acontecer???!!!
quot;Após cinco anos de contínua quebra nas vendas do
sector têxtil para o exterior, os dados de Janeiro a
Novembro do ano passado apontam para um
crescimento de 4,1% para 3.960 milhões de euros face
ao mesmo período de 2006.quot;

quot;... a retoma que se está a sentir no têxtil deve-se a uma
quot;clara aposta na internacionalizaçãoquot; das empresas
portuguesas, mas também a um novo posicionamento
da indústria. Embora assente no 'private label' (marcas
de terceiros), as fábricas portuguesas apostam agora na
produção de pequenas séries, em produtos e matérias-
primas mais inovadoras e na capacidade de garantirem
uma resposta rápida...quot;


                                        DE, 20.02.2008 (Fonte 3)
“Entre Fevereiro de 2007 e Fevereiro de 2008, as
exportações nacionais do sector registaram um
incremento de 6,8 por cento, para um total de 762,27
milhões de euros.

Segundo os dados provisórios do Instituto Nacional de 
Estatística, o vestuário de malha e de tecido foi a categoria de 
produtos que mais contribuiu para esta performance positiva e 
para a balança de pagamentos do sector. Pela primeira vez em 
vários anos, as vendas ao exterior cresceram a um ritmo
superior ao das importações, que, no mesmo período, 
tiveram até uma quebra de 5,3 por cento,”




                                           Público, 13.05.2008 (Fonte 4) 
Mas o que é que
    está a
acontecer???!!!
Um exemplo
 concreto:
quot;Percebendo que os grandes clientes iam começar a
apostar em mercados com custos de produção mais
baixos, José Armindo decidiu delinear uma nova
estratégia para a Inarbel.
quot;A determinada altura decidi que era preciso criar uma
marca ...quot; a Dr. Kid.
...
quot;O empresário começa então a estudar vários mercados
europeus, cria um departamento de marketing e
planeamento, contrata uma estilista e começa a fazer
colecções próprias.quot;
...
quot;Os resultados das apostas deste antigo jogador de
futebol estão à vista. Em 2007 a Inarbel facturou seis
milhões de euros, dos quais 40% são referentes à Dr. Kid.
Preponderante é também o peso das exportações:
cerca de 85% da produçãoquot;              DN, 22.03.2008 (Fonte 5) 
Gente que não espera que
aconteça, gente que não aguarda
 favores, gente que olha para o
caso concreto da sua organização,
e vai à luta, onde sente que pode
       fazer a diferença.
                  Jornal de Negócios, 13.10.2006 (Fonte 6) 
Quem não estiver a exportar tem os dias contadosquot;
.
quot;Não me surpreenderia se terminássemos 2008 com 60%
da produção dirigida aos mercados externosquot;
.
quot;a indústria de mobiliária portuguesa é dos sectores
tradicionais aquele que, nos últimos anos, mais cresceu
nos mercados internacionais e que conheceu uma
evolução mais significativa no desenvolvimento de
produto, estratégia de marketing e evolução na cadeia de
valorquot;
.
quot;Passámos a ter acesso a produtos de grandes
preocupações com o design, o que obrigou a repensar
todo o modelo de negócioquot;.

                                     Sol, 15.03.2008 (Fonte 7)
Já vamos no
calçado, no têxtil e
  no mobiliário…
O problema é o cuco normando que
      temos de alimentar…
Mas essa é outra
reflexão, adiante…
Voltando à produtividade e à sua
    equação, o truque não é
procurar, não é apostar tudo no
corte dos custos, algo que dará
 cada vez menos resultados e é
 limitado. Há sempre um limite
   para a redução de custos!
                       Inc.com 08.2002 (Fonte 8)
O truque é apostar onde não há
limites, no aumento dos preços!
Pois!!!


 Num mercado com tanta
concorrência como se pode
   aumentar o preço?
Só se pode aumentar o preço se
  se aumentar o valor que o
  cliente atribui à oferta do
         fornecedor.
Quant. x Preço
Produtividade =
                      Custo


Façamos a simplificação:

      Preço ≅ Valor
Valor = ƒ(Benefícios, Sacrifícios)



  O Custo está relacionado com
           os sacrifícios.
Valor = ƒ(Benefícios, Sacrifícios)



  A diferenciação, que concede
  margem, ou seja, preço, só é
      possível apostando nos
            benefícios!
De acordo com o artigo “Managing Price,
Gaining Profit” de Michael V. Marn & Robert
L. Rosiello, publicado pela Harvard Business
Review em Setembro-Outubro de 1992:
Ou seja,
 1% de melhoria no preço, gera uma
melhoria do lucro operacional de 11,1%
e
1% de melhoria nos custos fixos, gera uma
  melhoria do lucro operacional de 2,3%
Quantos gestores percebem a diferença
  entre mexer no numerador, ou no
     denominador da equação da
           proodutividade?
Quantos gestores percebem como é que se
pode enveredar pelos caminhos que levam a
            preços mais altos?
Conclusão
Como podem as empresas portuguesas competir
com empresas chinesas, indianas e eslovacas, com
        mão-de-obra ainda mais barata?



   Apostando no aumento do valor
oferecido aos clientes, apostando na
   diferenciação, na novidade, na
    flexibilidade, na rapidez, nas
             pequenas séries
2º Episódio

Não há mal que 
  sempre dure, 
 nem bem que 
nunca acabe, ou 
     como as 
 estratégias são 
     sempre 
  transitórias (e 
 duram cada vez menos)

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1º episódio

  • 3. Como podem as empresas portuguesas competir com empresas chinesas, indianas e eslovacas, com mão-de- obra ainda mais barata?
  • 4. Não temos a veleidade de dar uma resposta completa, absolutamente irrefutável e universal. No entanto, aqui, ao longo destes 5 episódios, vamos expor o resultado das nossas reflexões. Só isso, subsídios para que cada um encontre as suas respostas.
  • 5. Têxtil Calçado Vale do Ave Desemprego
  • 6. Associamos as palavras têxtil e calçado, e o nome de lugares como Vizela, ou de regiões como o Vale do Ave, a desemprego.
  • 7. Têxtil Calçado Vale do Ave Desemprego
  • 8. E a mancha vai ficando cada vez mais negra, e parece alastrar imparavelmente.
  • 9. Têxtil Calçado Vale do Ave Desemprego
  • 10. Têxtil Calçado Vale do Ave Desemprego
  • 11. Têxtil Calçado Vale do Ave Desemprego
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17. Mas os países não se deslocalizam, só as empresas e as pessoas o podem fazer!
  • 19. Há que aumentar a produtividade!!!
  • 20. Como se mede a produtividade?
  • 21. A produtividade é uma medida que relaciona o que se ganha, com o que custa produzir.
  • 22. O que se ganha, as vendas, é igual à quantidade vendida a multiplicar pelo o preço unitário
  • 24. Só há duas formas de aumentar a produtividade, aumentando o que se ganha, ou reduzindo o que custa produzir Quant. x Preço Produtividade = Custo
  • 26. Por pudor, não vou listar aqui todas as formas, legítimas, e sobretudo ilegítimas, de reduzir custos!
  • 27. Qual o preço médio de um par de calçado chinês que entra em Portugal?
  • 28. 3€ DN, 14.01.2008 (Fonte 1)
  • 29. Como podem as empresas portuguesas competir com empresas chinesas, indianas e eslovacas, com mão-de- obra ainda mais barata, electricidade mais barata, combustíveis mais baratos,…?
  • 30. Há que aumentar a produtividade!!!
  • 32. Qual o preço médio de um par de sapatos português exportado, durante o ano de 2007?
  • 33. 18,0 € DN, 14.01.2008 (Fonte 1)
  • 34. Qual será a consequência desta diferença monumental?
  • 35. quot;A Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS) salientou ontem, em comunicado, que os dados de 2007 mostram que, pela primeira vez na sua história, o sector exportou 90 por cento da sua produção global. A União Europeia, no seu conjunto, continua a absorver a parte de leão das exportações portuguesas (65 milhões de pares).quot; Público, 25.03.2008 (Fonte 2) Público, 25.03.2008
  • 36.
  • 37. Mas o que é que está a acontecer???!!!
  • 38. quot;Após cinco anos de contínua quebra nas vendas do sector têxtil para o exterior, os dados de Janeiro a Novembro do ano passado apontam para um crescimento de 4,1% para 3.960 milhões de euros face ao mesmo período de 2006.quot; quot;... a retoma que se está a sentir no têxtil deve-se a uma quot;clara aposta na internacionalizaçãoquot; das empresas portuguesas, mas também a um novo posicionamento da indústria. Embora assente no 'private label' (marcas de terceiros), as fábricas portuguesas apostam agora na produção de pequenas séries, em produtos e matérias- primas mais inovadoras e na capacidade de garantirem uma resposta rápida...quot; DE, 20.02.2008 (Fonte 3)
  • 39. “Entre Fevereiro de 2007 e Fevereiro de 2008, as exportações nacionais do sector registaram um incremento de 6,8 por cento, para um total de 762,27 milhões de euros. Segundo os dados provisórios do Instituto Nacional de  Estatística, o vestuário de malha e de tecido foi a categoria de  produtos que mais contribuiu para esta performance positiva e  para a balança de pagamentos do sector. Pela primeira vez em  vários anos, as vendas ao exterior cresceram a um ritmo superior ao das importações, que, no mesmo período,  tiveram até uma quebra de 5,3 por cento,” Público, 13.05.2008 (Fonte 4) 
  • 40. Mas o que é que está a acontecer???!!!
  • 42. quot;Percebendo que os grandes clientes iam começar a apostar em mercados com custos de produção mais baixos, José Armindo decidiu delinear uma nova estratégia para a Inarbel. quot;A determinada altura decidi que era preciso criar uma marca ...quot; a Dr. Kid. ... quot;O empresário começa então a estudar vários mercados europeus, cria um departamento de marketing e planeamento, contrata uma estilista e começa a fazer colecções próprias.quot; ... quot;Os resultados das apostas deste antigo jogador de futebol estão à vista. Em 2007 a Inarbel facturou seis milhões de euros, dos quais 40% são referentes à Dr. Kid. Preponderante é também o peso das exportações: cerca de 85% da produçãoquot; DN, 22.03.2008 (Fonte 5) 
  • 43. Gente que não espera que aconteça, gente que não aguarda favores, gente que olha para o caso concreto da sua organização, e vai à luta, onde sente que pode fazer a diferença. Jornal de Negócios, 13.10.2006 (Fonte 6) 
  • 44. Quem não estiver a exportar tem os dias contadosquot; . quot;Não me surpreenderia se terminássemos 2008 com 60% da produção dirigida aos mercados externosquot; . quot;a indústria de mobiliária portuguesa é dos sectores tradicionais aquele que, nos últimos anos, mais cresceu nos mercados internacionais e que conheceu uma evolução mais significativa no desenvolvimento de produto, estratégia de marketing e evolução na cadeia de valorquot; . quot;Passámos a ter acesso a produtos de grandes preocupações com o design, o que obrigou a repensar todo o modelo de negócioquot;. Sol, 15.03.2008 (Fonte 7)
  • 45. Já vamos no calçado, no têxtil e no mobiliário…
  • 46. O problema é o cuco normando que temos de alimentar…
  • 47. Mas essa é outra reflexão, adiante…
  • 48. Voltando à produtividade e à sua equação, o truque não é procurar, não é apostar tudo no corte dos custos, algo que dará cada vez menos resultados e é limitado. Há sempre um limite para a redução de custos! Inc.com 08.2002 (Fonte 8)
  • 49. O truque é apostar onde não há limites, no aumento dos preços!
  • 50. Pois!!! Num mercado com tanta concorrência como se pode aumentar o preço?
  • 51. Só se pode aumentar o preço se se aumentar o valor que o cliente atribui à oferta do fornecedor.
  • 52. Quant. x Preço Produtividade = Custo Façamos a simplificação: Preço ≅ Valor
  • 53. Valor = ƒ(Benefícios, Sacrifícios) O Custo está relacionado com os sacrifícios.
  • 54. Valor = ƒ(Benefícios, Sacrifícios) A diferenciação, que concede margem, ou seja, preço, só é possível apostando nos benefícios!
  • 55. De acordo com o artigo “Managing Price, Gaining Profit” de Michael V. Marn & Robert L. Rosiello, publicado pela Harvard Business Review em Setembro-Outubro de 1992:
  • 56.
  • 57. Ou seja, 1% de melhoria no preço, gera uma melhoria do lucro operacional de 11,1%
  • 58. e 1% de melhoria nos custos fixos, gera uma melhoria do lucro operacional de 2,3%
  • 59. Quantos gestores percebem a diferença entre mexer no numerador, ou no denominador da equação da proodutividade?
  • 60. Quantos gestores percebem como é que se pode enveredar pelos caminhos que levam a preços mais altos?
  • 62. Como podem as empresas portuguesas competir com empresas chinesas, indianas e eslovacas, com mão-de-obra ainda mais barata? Apostando no aumento do valor oferecido aos clientes, apostando na diferenciação, na novidade, na flexibilidade, na rapidez, nas pequenas séries
  • 63. 2º Episódio Não há mal que  sempre dure,  nem bem que  nunca acabe, ou  como as  estratégias são  sempre  transitórias (e  duram cada vez menos)