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Módulo 2 a arte

  1. MÓDULO 2: A Cultura do Senado
  2. As artes: influência e evolução
  3. Etapas cronológicas da arte romana • Origens: entre a formação da cidade e 509 a.C. a arte romana é fortemente influenciada pelos povos itálicos, principalmente os etruscos. • Esta cidade etrusca foi fundada no século VI a. C. • O plano urbanístico da cidade é semelhante ao esquema grego hipodâmico; • Segue os princípios religiosos e o ritualismo etruscos; as casas eram retangulares e tinham um vestíbulo. Marzabotto (Bolonha, Itália)
  4. Templo de Júpiter Capitolino, 509 a. C., maquete, planta e alçados frontal e lateral (reconstituição de um templo etrusco feita de acordo com a descrição de Vitrúvio). Influência ao nível da construção. Este templo possuía três celas, pois era dedicado a uma tríade de deuses: Júpiter, Juno e Minerva.
  5. • República: entre 509 a.C. e 27 a.C. – aparecimento de uma verdadeira arte romana, em que a influência grega é notória. Numa primeira fase, os romanos limitam-se a copiar com rigor os tipos gregos. A partir do séc. II a.C. surgem já aspetos inovadores: as primeiras tipologias arquitetónicas, os retratos realistas ou os relevos históricos.
  6. • O Alto Império: de 27 a.C. a 192 – período de ouro da arte romana. É a época das grandes obras públicas patrocinadas pelas famílias imperiais, como os Flávios, com o anfiteatro ou coliseu de Roma: • O Baixo Império: de 192 a 395 – fase da decadência da arte romana, muito pela interferência de influências orientais, bárbaras e, sobretudo, cristãs.
  7. A arquitetura romana: do belo ao útil
  8. A fixação de modelos artísticos A arte romana foi influenciada pela grega e pela etrusca. As grandes construções belas da Grécia deram lugar a grandes construções com fins úteis na Roma Antiga. Assim, as principais características são: • A monumentalidade e grandeza das construções; • A solidez e durabilidade; • A utilização de elementos de origem grega; • O carácter funcional das obras.
  9. A arquitetura • Características fundamentais: • Influenciada pela arte grega, mas com aspetos inovadores (podium, pilastras e frisos dedicatórios); • Adoção das três ordens arquitetónicas, com preferência para a Coríntia; • Monumentalidade das construções; • Subversão do sentido da proporção; • Valorização da imponência dos edifícios; • Introdução de novos materiais e técnicas de construção; • Construções com intenções comemorativas e propagandísticas.
  10. Materiais de construção • Materiais tradicionais como a pedra, o mármore ou o tijolo; • Materiais inovadores como a pozolana, de origem vulcânica, que era usada no fabrico do cimento; • Revestimentos exterior ou paramentos com recurso a almofadados de pedra, tijolo, mármore ou tesselas… Almofadados de pedra opus quadratum Paramento em mármore policromo – opus tectorium Pormenor do almofadado do arco da ponte de Bobadela
  11. • Desenvolvimento de um sistema de construção, o aparelho, termo que designa a técnica para a disposição ou forma pela qual as pedras e tijolos são assentados. Depois, ao serem dispostos em união uns com os outros, a sua ligação é aumentada, dando maior solidez e estabilidade à construção.
  12. • De todos, o mais importante e mais utilizado, pois era a base de todos, foi o opus caementicium, uma espécie de argamassa com pequenas pedras de calcário triturado, misturadas com a cal e areia o que formava uma massa mais grossa que, depois de apertada entre a cofragem ou taipais, formava uma espécie de parede:
  13. Técnicas e instrumentos • Os romanos aperfeiçoaram os conhecimentos adquiridos por etruscos e gregos e desenvolveram: • Técnicas de terraplanagem; • Conhecimentos de topografia; • Processos de embasamento e de suporte das construções; • Um dispositivo amovível em madeira para conter as massas de betão, a cofragem; • Os cimbres (caixas de madeira para envolver a argamassa enquanto secava) e os grampos de metal para fazer a ligação das juntas.
  14. Elementos arquitetónicos • Elementos de suspensão: - Muros, - Colunas, - Pilares e pilastras, - Uso dos elementos das ordens arquitetónicas gregas (mais a toscana e a compósita romanas). • Elementos sustentados: - cúpulas, - Arco de volta perfeita; - Abóbadas de berço…
  15. • O arco foi o elemento estrutural de toda a arquitetura romana. Os Romanos desenhavam-no igual à metade de uma circunferência, isto é, o chamado arco de volta perfeita ou arco redondo. • A sua construção era feita sobre o cimbre, colocado provisoriamente entre duas paredes ou pilares. Sobre ele se iam colocando as aduelas (pedras talhadas em forma de cunha) até à pedra de fecho no topo do arco, que sustentavam o arco.
  16. A. Abóbada de berço. Exerce uma pressão contínua, centrífuga e de cima para baixo, sobre todo o comprimento das paredes de suporte. B. Abóbada de arestas (resulta da interseção, ao mesmo nível, de duas abóbadas de berço). Era nos cantos que se concentrava o sistema de suporte (pilares com contrafortes adossados), libertando-se, assim, as paredes. C. Abóbada formada por uma sucessão de abóbadas de aresta. Permite projetar salas amplas, cheias de luz e bem ventiladas, como as das basílicas. A B C
  17. As colunas utilizadas pelos romanos • Os romanos conservaram as tradicionais ordens gregas (dórica, jónica e coríntia), mas inventaram outras duas: a toscana, uma espécie de ordem dórica sem estrias no fuste, e a compósita, com um capitel criado a partir da mistura de elementos jónicos e coríntios.
  18. Sistema construtivo em arco Termas de Acqua Marcia, sala central ou basílica (reconstituição) Variedade de materiais Amplitude do espaço Grande luminosidade Exagero decorativo Grandiosidade
  19. A arquitetura religiosa
  20. Edifícios comemorativos religiosos • Destinados ao culto (e comemoração) dos Deuses e do imperador. • Desempenhou simultaneamente funções religiosas, políticas e sociais. • Distinguem-se os Templos, santuários, aras ou mesmo sepulturas.
  21. Os Templos • Local de culto, é onde a influência grega é mais notória. • Apesar de influenciados, os romanos souberam deixar a sua marca neste edifício: tornam os edifícios mais altos e mais imponentes, criando um podium (estrado em pedra) onde estes assentavam. • Possuíam um caráter frontal, com fachada assinalada pelo pórtico e pelas escadarias de acesso ao templo. • Estavam orientados no terreno, de acordo com o eixo axial da cella. • Na maioria das vezes não possuíam peristilo, sendo pseudoperípteros. • Seguiam os moldes de construção formal gregos.
  22. (ex.: Pártenon, Atenas, séc. a. C.) 1. Pronaos; 2. Naos ou cella; 3. Estátua de Atena Partenos; 4. Opistódomo; 5. Peristilo. (ex.: Maison Carré, França, ano 16 a. C.) 1. Cella; 2. Pórtico; 3. Escadaria do pódio. Templo grego Templo romano 6 6 6 5 5
  23. • Mais sumptuosos que os templos, eram os santuários, formados por vários recintos abertos para a paisagem. Construídos como anfiteatros rodeados de arcadas, atrás das quais existiam alojamentos para sacerdotes e crentes. • Um dos melhores exemplos da arquitetura romana foi o Panteão (pág. 97). Construído no séc. II por encomenda de Adriano para honrar os deuses do Céu e da Terra, compunha-se de dois corpos distintos.
  24. • O edifício, circular, tem um pórtico (também denominado pelo termo grego "pronaos") com três filas de colunas com 8 colunas na fila frontal (16 ao todo), sob um frontão. • O interior é abobadado, sob uma cúpula que apresenta alvéolos (em forma de caixotões) no interior, em direção a um óculo, de nove metros de diâmetro, que se abre para o zénite. • Estes alvéolos foram pensados para tornar a estrutura mais leve. • Da base da rotunda até ao óculo vão 43 metros - a mesma medida do raio do círculo da base.
  25. A arquitetura pública
  26. • Os elementos da cidade distinguem-se de acordo com a sua função: - Edifícios de lazer: a cidade tinha a função de agradar aos seus cidadãos; - Edifícios comemorativos: com intenção de comemorar os grandes feitos romanos mas, simultaneamente, propagandear essa mesma grandeza; - Edifícios utilitários: com o fim de facilitar a administração da cidade.
  27. A Basílica • Inspirada na stoa grega, era o centro de reuniões, de caráter administrativo e comercial: podiam ter tribunal, cúria, termas, mercados, bolsa de mercadores e palácios imperiais. • Possuía uma planta retangular, de nave central com cobertura de abóbadas de berço e de arestas nas naves centrais, cúpulas e semicúpulas sobre as absides laterais, que permitiam criar compartimentos interiores mais amplos e iluminados, que abrigassem um grande número de pessoas.
  28. O Fórum • No início, era um espaço aberto e sem edifícios onde as pessoas se reunião em dias de mercado ou festas religiosas. • Com o tempo, converteu-se no centro político onde se localizavam os principais edifícios administrativos e religiosos.
  29. O Fórum de Trajano • Localizado na praça principal da cidade, centro político, religioso, económico e social; • Era formado por arcadas, com planta retangular. • Possuía a coluna de Trajano (monumento funerário e comemorativo) • Tinha um arco triunfal à entrada, basílica, templo, mercado e estatuária variada.
  30. O Aqueduto • Obra de engenharia com a função de transportar a água para abastecer a cidade. • No início e no fim, os aquedutos possuíam depósitos de decantação (piscina limariae) onde a água depositava as suas impurezas. Daí passavam para os tanques de distribuição (castella).
  31. Os esgotos • Fundamentais para a manutenção das condições higiénicas numa cidade muito povoada.
  32. As Pontes
  33. As estradas • Fundamentais na ligação entre os vários pontos do império.
  34. Edifícios de lazer
  35. Os Teatros • De planta semicircular, serviam para a realização de espetáculos teatrais de comédia e de tragédia. • Semelhantes aos anfiteatros na forma e na decoração exterior, mas de menor porte; • Apresentavam influências gregas na construção, mas não precisavam de locais apropriados: graças aos sistemas construtivos romanos, sustentavam-se a si próprios;
  36. • Embora fossem ao ar livre, eram fechados em torno de si mesmos, porque as paredes da cávea (estrutura onde, segundo a escala social, se sentavam os espectadores), em anfiteatro, uniam-se à cena. • A orquestra era semicircular e a cena, mais elaborada, possuía vários andares colunados até à altura da última bancada;
  37. Os Circos • Inspirado nos hipódromos gregos. • Usado para representações da grandeza de Roma: corridas de carros, animais…
  38. Os estádios • Edifícios com estrutura semelhante à dos circos, dotados de pistas fechadas, destinados à realização de jogos atléticos - importados da Grécia.
  39. As Termas • Espaços públicos dedicados ao prazer do corpo e do espírito. • Frequentados por homens e mulheres, separadamente.
  40. As termas de Caracala: • Continham piscinas de água fria, tépida e quente; sauna; ginásio, hipódromos, salas de reuniões, biblioteca, teatro, lojas e espaços verdes. • Planta simétrica, funcional, coberturas abobadadas;
  41. As termas possuíam: • funções sociais – eram centros de encontro e de convívio frequentados por ambos os sexos; • funções higiénicas – eram o local dos banhos públicos, com o frigidarium (piscinas de água fria), o tepidarium (piscinas de água morna) e o caldarium (piscinas de água quente); • funções desportivas/exercícios físicos – integrava estádios e ginásios; funções lúdicas – possuía lojas, livrarias, biblioteca, pinacoteca, museu, teatros, salas de jogos, salas de reunião, onde decorriam sessões de oratória, declamação e música; • funções terapêuticas – ofereciam águas com propriedades medicinais, óleos, massagens, saunas.
  42. Os Anfiteatros • Resultam da fusão de dois teatros. • De planta circular, serviam para a realização de espetáculos com feras e de gladiadores.
  43. O caso do Coliseu • A construção inicia-se no período de Vespasiano e terminou em 82 com Domiciano. • Foi o maior anfiteatro da antiguidade, comportava cerca de 70 mil espectadores; • Possuía uma altura de 4 andares, corredores e os vomitórios (escadas de acesso rápido ao espaço), nas bancadas ou gáveas distribuíam-se as populações por importância social; • Tem uma arena elíptica; por baixo tem inúmeras dependências, armazéns e corredores que forneciam os materiais aos espetáculos; • Exteriormente: sobreposição de colunas - dóricas, jónica e coríntia – intercalados por arcos de volta inteira; possuía entablamentos fingidos que separavam os andares; tinha um velário seguro por 280 mastros.
  44. Edifícios comemorativos
  45. Os Arcos do Triunfo • Testemunham a grandeza do império e do seu imperador. • Portas simbólicas por onde passam os vencedores na entrada da cidade. • Possuíam um ou três vãos, ornamentados com esculturas e relevos.
  46. • Este monumento, uma obra-prima da arquitetura romana, representa um dos mais significativos testemunhos da arte da época de Augusto e pretende simbolizar o período de paz e prosperidade vivido durante a Pax Romana. • A Ara Pacis propriamente dita estava dentro de um recinto de mármore, finamente decorado com cenas de devoção, nas quais o imperador e sua família foram retratados a oferecer sacrifícios aos deuses. A Ara Pacis
  47. As Colunas • Têm a mesma finalidade que o arco de triunfo. • O fuste é gravado, de forma helicoidal, com os momentos principais da história romana. • A mais importante é a coluna de Trajano (caso prático 1):
  48. A arquitetura privada
  49. A Domus • Casas de rés do chão, de planta retangular, segundo um eixo de simetria: a porta principal que conduzia à rua abria-se para um corredor (o vestíbulum) que continua até ao atrium (pátio retangular ou quadrado, composto por um peristilo ou pórtico, que rodeia o espaço vazío com uma abertura no teto - compluvium- inclinando desde o interior, para facilitar a recolha da água da chuva numa zona retangular (o implumvium). • Residências particulares urbanas dos cidadãos mais ricos.
  50. A Insulae • Residências coletivas urbanas da plebe. • Edifícios até cinco pisos, com balcões e varandas para o exterior. • De má qualiade, a maioria não possuía saneamento nem água.
  51. A padronização do urbanismo O urbanismo foi um dos pontos fundamentais na organização da civilização romana: o espaço urbano era pensado segundo as ideias pragmáticas romanas.
  52. A padronização do urbanismo Os edifícios eram todos construídos tendo por base a sua utilidade: pontes, aquedutos, fóruns, termas, estradas, saneamento, anfiteatros, teatros, circos… Ou então, por demonstrarem a importância do Império, como no caso dos Arcos de Triunfo.
  53. O URBANISMO ROMANO A CIDADE, CENTRO ECONÓMICO, SOCIAL E POLÍTICO DO IMPÉRIO ROMANO A INFRAESTRUTURA URBANA (solucionar os problemas que decorrem de viver na cidade) abastecimento de água transporte urbano defesa Forum: praças e espaços públicos mercados O EFEITO PSICOLÓGICO impressionar o resto do mundo, de quem se sentem donos FAVORECER A COLONIZAÇÃO HUMANA E MATERIAL DO IMPÉRIO E POSSIBILITAR O SEU DOMINIO POLÍTICO FUNDACÃO DE CIDADES REDE DE ESTRADAS
  54. TIPOLOGIAS LIGADAS ÀS ATIVIDADES RELIGIOSAS, COMERCIAIS, POLÍTICAS E JUDICIAIS TIPOLOGIAS RELACIONADAS COM A HABITAÇÃO, A HIGIENE E AS DIVERSÕES TIPOLOGIAS COM FINALIDADES COMEMORATIVAS E DECORATIVAS · Fóruns (Augusto) · Templos (Panteão) · Basílicas (Constantino) · Cúria – Senado · Mercado · Lojas · Pontes · Aquedutos · Termas · Teatros (Leptis Magna) · Circos (Circus Maximus) · Estádios (Domiciano) · Anfiteatros (Coliseu) · Pórticos · Bairros · Casas · Arcos de Triunfo (Tito) · Colunas de honra/honoríficas (Trajano) · Estátuas equestres (Marco Aurélio) · Altares (Altar da Paz) · Mausoléus (Adriano) · Fóruns (imperiais) Em resumo:
  55. A Escultura: o Homem enquanto indivíduo
  56. A escultura • Também influenciada pela escultura grega; • Os escultores romanos reproduziram as estátuas gregas; • Introdução de algumas alterações/inovações: - retrato: - realismo escultórico; - afirmação do indivíduo; - estilo oficial, usado para a glorificação do império; - propício à divinização do poder imperial. - relevo: - Caráter histórico-narrativo.
  57. • Vultos, quando as figuras esculpidas se projetam na totalidade sobre o espaço circundante, assumindo-se com uma realidade tridimensional. É de vulto redondo quando o espectador pode rodar à sua volta observando todos os pormenores de todos os lados; • Relevo, quando as figuras é esculpido numa superfície plana. Pode ser: • Alto-relevo se o relevo escultórico se projetar do suporte dando a sensação de que a figura quer sair do plano; • Médio-relevo quando a figura se projeta em metade do seu volume; • Baixo-relevo, quando a figura se projeta em menos de metade da superfície; • Anáglifo, quando o relevo é apenas superficial; • Relevo-negativo ou inscultura, quando a figura é escavada na superfície. Tipos de escultura
  58. • Retratos, normalmente em formato de busto. Os retratos do imperador eram o reflexo do seu poder e uma forma de manter a coesão do império. • Seguem a inspiração do realismo grego, mas reproduzindo fielmente o modelo. • Por volta do séc. I a.C., sofre a influência helenística, sobretudo no campo oficial. Eram representações mais clássicas, mais idealizadas, por forma a garantir a admiração e o respeito. • A partir da época dos Flávios, tornam-se mais realistas e acentuam um carácter quase fotográfico. Tipos de escultura
  59. • As estátuas equestres eram dedicadas aos imperadores e grandes figuras, pelo que detinham um carácter comemorativo e político. • Caracterizam-se pelo realismo, salientando a expressividade do olhar.
  60. • Escultura honorífica, quando se destina a homenagear alguém. Pode ser de estátua, estátua-equestre (a cavalo) e estátua-retrato. Feita em pedra ou em bronze e tratada de forma extremamente realista, chegando a exagerar as imperfeições do retratado; • Escultura tumular ou funerária, destinada a homenagear os mortos. Era executada em relevo, mas também em forma tridimensional; • Escultura oficial, quando se destina a identificar determinado Imperador ou governante, assumindo características particulares, representando-se quer as divindades tradicionais, quer figuras simbólicas da mitologia; • Escultura privada, quando mandada executar por particulares para seu gosto pessoal. Obedecia às mesmas representações que a anterior. Temática da escultura
  61. • O relevo esteve desde sempre subordinado à arquitetura, com fins ornamentais, comemorativos e narrativos. • Segue a técnica de narração em que a figura principal se encontra repetida e as secundárias são colocadas em planos mais recuados. • A decoração dos sarcófagos passou a ter importância relevante a partir de meados do séc. I. • Se, no início, apenas usavam um medalhão com a representação do morto, a decoração dos sarcófagos evoluiu para uma profusão de elementos, já com sentido religioso e mitológico.
  62. A pintura • À semelhança dos outros géneros artísticos, a pintura também sofreu a influência dos povos que mais marcaram o povo romano. Assim: • dos Etruscos recebeu a influência dos frescos narrativos; • dos Egípcios a arte do retrato; • dos Gregos a imitação de placas de mármore como as apresentadas no registo da Batalha de Isso, que celebra a vitória de Alexandre sobre Dário, rei da Pérsia, do período helenístico. • Partindo destas influências, os romanos como em todas as coisas, juntaram às realizações pictóricas, o seu génio criador, sentido prático e o realismo documental.
  63. • Decorativa, • De dois tipos: • Pintura mural - técnica do fresco; • Pintura móvel – sobre tábuas, por exemplo (têmpera) • Presente na decoração das casas e templos, bem como das cerâmicas ou nos vidros.
  64. • Pintura triunfal: a que incide em cenas históricas (as figuras principais são sucessivamente repetidas enquanto que as secundárias são colocadas lado a lado numa disposição paratática). • Pintura mitológica: que incide sobre os mitos e os mistérios da vida. Apresenta cenas de grande riqueza e colorido; • Pintura de paisagem: que se inspira na Natureza e no seu carácter bucólico; • Naturezas-mortas: que reproduzem frutos, flores, carne, peixe e outros objetos; • Retratos: feitos a fresco nas paredes ou em encáustica sobre painéis de madeira e ou metal. De acordo com os temas
  65. O mosaico • Intimamente ligado à pintura; • Feito com pequenas tesselas de materiais coloridos como mármores, pedras várias e vidro, aplicadas sobre a argamassa fresca; • Os temas foram os mesmos da pintura romana e desenvolveram-se em composições figurativas: episódios mitológicos, cenas de caça, jogos, cenas de género, naturezas-mortas e, por vezes, passagens humorísticas, com particular evidência para cenas em trompe-l'oeil; • A mais típica decoração em mosaico data dos sécs. III e II a.C. e é formada por uma espécie de "tapetes" que cobrem o chão de algumas divisões; • Atingiu o seu apogeu no séc. IV.
  66. Apesar de os estilos não se sucederem linearmente por ordem cronológica podemos considerar: 1. Estilo de Incrustações. Executada a fresco, estes imitam placas de mármore, numa influência grega do período helenístico. Teria surgido num período anterior ou contemporâneo de Augusto. Vestígios deste estilo foram encontrados na chamada “casa de Lívia” do século I antes de Cristo. Fases ou estilos da pintura
  67. 2. Perspetiva Arquitetónica. Simula- se na parede uma arquitetura jogando com as luzes e as sombras para criar um aspeto ilusório. As colunas simuladas parecem destacar- se da parede como se fossem tridimensionais. Entre os pórticos pintados surgem belas paisagens e janelas fingidas. Marca o tempo de Augusto.
  68. 3. Estilo Ornamental ou de candelabros. A parede apresenta toda ela a mesma cor de fundo, mas sobre ela sobressaem variados ornamentos em miniatura como: frisos de grinaldas, colunas, faixas verticais com entrelaçados, máscaras, pequenos cestos e tecidos pendentes drapeados. Aparecem também faixas com pequenos cúpidos e signos do Zodíaco.
  69. 4. Estilo Ilusionista ou Cenográfico. Junta as características dos dois estilos anteriores. Recorre à utilização ornamental com formas pseudo- arquitetónicas fantásticas, extremamente elaboradas como: pequenas colunas, frisos e janelas pintados de maneira fantasiosa, varandins e outros. Utiliza cores muito vivas representando elementos irreais e mágicos. Caso prático 2: frescos de Pompeia, pág. 113
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