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Mídia e democracia: uma análise
comparativa - Universidade
Metodista de São Paulo
Dra. Carolina Matos
Professora em Mídia e Sociologia
Departamento de Sociologia
City University London
Principais pontos
• Trabalho e pesquisa atual
• Mídia e política na América Latina: uma perspectiva contemporânea
• Trabalho empírico e metodologia
• A mídia pública e a regulação em perspectiva comparativa
• O caso da BBC e seu futuro incerto
• A mídia na Europa do Sul e na América Latina
• A comunicação pública e a regulação
• A mídia no Brasil e a democratização
• O jornalismo de qualidade e o profisisonalismo
• Conclusões
• Futura pesquisa e desafios
Pesquisa e aulas: um pequeno resumo
• Ex-jornalista com passagens pelos principais jornais no Brasil,
formada na Goldsmiths, tendo trabalhado no LSE, Essex e agora City
• Departamento de Sociologia da City University London
• Graduação e pos-graduação: História da Mídia, Sociedade e
Notícias, Assuntos Contemporâneos da Mídia (UG), Comunicação
Política e Communicação, Cultura e Desenvolvimento (PG)
• Pesquisa na area de mídia e desenvolvimento, jornalismo
internacional, comunicação política e gênero, globalização, mídia e
desenvolvimento
• Último trabalho:
• Mídia e politica na América Latina: globalização, democracia e
identidade (Editora Civilização Brasileira, 2013)
• Futuro projeto:
• Globalização, política de gênero e mídia
Quatro linhas de pesquisa em Mídia e Política
na América Latina
 Uma análise da evolução histórica da tradição de
mídia pública na Inglaterra e no Brasil;
 O relacionamento entre a mídia pública com o
Estado, a esfera pública e o interesse público;
 Os debates em relação à ‘qualidade’ da programação
e a informação tanto na mídia pública como privada;
 Um exame da “crise” das formas cívicas de
comunicação, e como elas ainda podem ser
relevantes.
Partes de Mídia e Política na América Latina
• Parâmetros de comparação para o serviço de mídia pública
• Comunicação pública e regulação na América Latina
• A esfera pública e o interesse público: o papel do Estado no serviço de
mídia pública
• Televisão, entretenimento, e o interesse público
• Percepções da audiência da qualidade da programação e da mídia pública
• Televisão, cultura popular e identidade latino-americana e brasileira
• A internet para o interesse público
• Política midiatizada nas eleições brasileiras de 2010
• Em direção a um novo parâmetro regulatório para a mídia e reformas da
midia
Trabalho empírico
• Método sofisticado de triangulação
• Pesquisa online aplicada a 149 estudantes de comunicação da
UFRJ
• Entrevistas com 12 jornalistas, assessores e especialistas
• Discussão de programas da mídia pública, principalmente a TV
Brasil, em contraste com a TV Globo
• Análise do uso da Internet em campanhas políticas e blogging nas
eleições de 2010
• a) novas mídias como uma contra-esfera pública;
• b) política de gênero e representação
• Semelhante aos resultados dos estudos que eu observei da Ofcom, a
sondagem da UFRJ destacou como as audiências dão importância a
qualidade dos programas. Em relação à questão sobre o que atraiu
mais a atenção na TV, a resposta foi “a qualidade do programa”
(58%), e em segundo lugar foi a “informação” (22%).
• As expectativas em torno da TV, seja na Inglaterra ou Brasil, são de
que ela seja capaz tanto de entreter como de informar.
Alguns resultados da pesquisa empírica
• Pesquisa revelou uma falta de conhecimento sobre a mídia pública
• Maioria ainda assiste a TV Globo e canais a cabo e satélite e
também usam muito a Internet
• 71% dos estudantes no entanto defenderam a mídia pública,
afirmando que ela pode exercer um papel de reversão das “falhas
de mercado”, contribuindo para a democratização
• A maioria no entanto viu pouca diferença em relação ao tipo de
informação vinculada na TV comercial e na TV pública
• As diferenças detectadas foram sutis, relacionadas ao estilo e
escolha de programas, como a ênfase em programas “sérios” em
detrimento do excesso de entretenimento
• Quando perguntados sobre o que entendem por “qualidade”,
muitos responderam “o roteiro e o fornecimento de informações
aprofundadas” (53%), bem como a criatividade e a originalidade
de um programa (27%).
• Nem todos viram a mídia pública como necessariamente com mais
capacidade de ser imparcial, mas a maioria viu um papel de
democratização propocionado pela mídia pública.
Perspectivas internacionais sobre o
papel da mídia no desenvolvimento
nacional
 Como diz Norris (2004), sistemas de mídia podem fortalecer a boa
governança e promover o desenvolvimento se houver uma imprensa
livre capaz de realizar a função de cão-de-guarda, investigando o
poder e agindo como um forum cívico de debate entre os interesses
conflitantes da sociedade
 Uma mídia independente mais balançeada e livre só pode operar se
esta não estiver sujeita às pressões políticas e/ou econômicas (i.e.
Hallin e Mancini, 2004)
• Voltmer e Schmitt-Beck (2006) afirmam que alguns países da
Europa do Leste no entanto conseguiram implementar a mídia
pública com algum grau de independência tanto do Estado como do
mercado
Perspectivas internacionais sobre o papel da
mídia no desenvolvimento nacional
• Voltmer (2006) assinala ainda que a informação de qualidade e a
necessidade de orientação são ainda mais significativas nas novas
democracias num contexto de colapso de antigos regimes autoritários.
• Os cidadão nas novas e transitórias democracias precisam procurar
entender todas as informações provenientes de vários setores, que não
só contêm ligações com determinadas orientações políticas, mas que
também estão sujeitas ao legado autoritário histórico e cultural do país
em questão.
• As estruturas dos meios de comunicação e o relacionamento que os
mesmos tem com o projeto democrático, com os políticos e com a
opinião pública, são pertinentes tanto para as sociedades em
desenvolvimento como para as sociedades desenvolvidas.
Mídia publica na Europa e na Grã-
Bretanha em crise
• Na Grã-Bretanha, a mídia pública, com canais como a BBC e C4,
tem sido um veículo de fortalecimento do debate
• BBC e o seu papel democrático – contribuiu para melhorar a
conversação, tornando-a mais espontânea e menos constrangida
(Scannell, 1989)
• Serviu como um veículo de emancipação cultural e educacional;
estímulo à diversidade política
• Funciona como uma contra-ponto à mídia de mercado
• Ataques de conservadores e/ou defensores da mídia de mercado
questionam:
• 1) a necessidade da mídia pública;
• 2) o pagamento da “licence fee”;
• 3) “dar ao público o que ele quer”.
A qualidade na mídia pública: o caso da
BBC
A dicotomia do público versus o privado
Privado Publico
Direita/Conservador/Centro/Esquerda –
o consumidor
Centro/Esquerda/Liberal/alguns
conservadores – o cidadão
‘Objetividade’, com jornalismo
informativo
‘Objetivo’/’público’/jornalismo “sério”
Talk shows/sit-coms/reality TV –
Programação dos EUA, com algum
conteúdo proveniente de outros países
Realismo nos
filmes/documentários/reality TV –
filmes de arte e programação européia,
algum material dos EUA
Publicidade/esteéica do consumo – o
ser/intimidade/a esfera privada (ex. Sci-fi,
terror)
Estética da qualidade/Material
inovador - coletivo/a esfera pública
Fantasia/Textos ’escapistas’ –
occasionalmente material mais “sério”
Material histórico/análises
aprofundadas – algum entretenimento
(ex. Novelas, drama, sci-fi, terror).
O futuro incerto da BBC
• A licença da BBC expira no final de 2016
• Re-eleito em maio de 2015, o governo conservador britânico no
momento está sendo acusado de estar em guerra com a BBC
• O “Green paper” (documento verde) esta sendo elaborado pelo
ministério de Cultura, Mídia e Esporte. O ministro John Whittingdale
esta consultando o público e a indústria com o objetivo de discutir o
futuro da BBC
• As propostas incluem a redução da programação da BBC a um
serviço básico, com a cobrança de assinatura para pacotes premium.
• Os mais idosos acima de 75 anos já foram dispensados de pagar a
licença, provocando uma redução de 10% a 15% no orçamento do
grupo de mídia, que é de 4.8 bilhões.
• Murdoch diz que a dominação da mídia financiada pelo Estado
impede a diversidade
O futuro incerto da BBC
• Mas a BBC tem uma tradição democrática na Grã-Bretanha, tendo
contribuído para levar programas educativos, culturais e grandes
clássicos da literatura britânica (i.e. Charles Dickens) para um grande
público independentemente do poder acquisitivo
• Jornalismo de qualidade e debates políticos:
• Britânicos da classe trabalhadora conseguirem ser inseridos dentro
do debate público, conversar e entender sobre política
• E Rupert Murdoch é conhecido como o magnata da mídia que se
envolveu no escândalo dos grampos há 4 anos, quando o jornal News
of the World invadiu telefones de celebridades
• Ataques à BBC são vistos como um revanchismo dos conservadores,
que consideram que a BBC não deu uma cobertura favorável a eles
nas eleições de 2015
• Acham ainda que a organização possui muito poder.
A regulação na Grã-Bretanha e o mercado de
mídia
• O mercado de mídia na Inglaterra e considerado “misto” (público e
comercial), e dividido entre os jornais de “qualidade” (i.e. Financial
Times, The Times, The Guardian, etc) e os tablóides (i.e. The Sun, Daily
Mail)
• Os jornais britânicos operam com um sistema de autorregulação (i.e. a
Press Complaints Commission e um corpo de autorregulação
independente), enquanto que a radiodifusão britânica tém sido
fortemente regulada pelo Estado desde os anos 70
• A regulação na Grã-Bretanha é apoiada por orgãos regulatórios que
estabeleceram códigos de conduta.
• Dunleavy (1987) argumenta que a regulação da radiodifusão pública na
Inglaterra tem servido de contra-ponto à imprensa, neutralizando os
preconceitos dos tablóides ingleses;
A regulação da radiodifusão e a Ofcom
• Criado por um projeto de lei de 2003, o orgão de regulação da Grã-
Bretanha, a Ofcom, tem sido um exemplo de referência de regulação
da mídia na Europa.
• A Ofcom afirma em seu site que entre as suas principais funcões
estão o avanço dos interesses dos cidadãos e dos consumidores, que
não e afetada pela competição partidària e que quer a competição
justa.
• A Ofcom é responsável por limitar a publicidade, criando quotas de
genero, produção independente, a proteção a privacidade e o
combate ao conteúdo ofensivo, bem como o estabelecimento de
critérios de imparcialidade.
• O orgão ainda se reúne com setores do público para analisar o
conteúdo, permitindo que a população possa expressar uma visão
critica da mídia. A Ofcom deixa claro que tem “preconceito” contra
a intervenção.
• A Ofcom realiza constantemente estudos de audiência com o
público para discutir a mídia, e os últimos estudos têm apontado
como o público ainda acredita na BBC e na importância da mídia
pública para o pais
A regulação da radiodifusão na Grã-Bretanha:
princípios democráticos e de interesse público
• A participação do Estado no controle e na regulação da radiodifusão
nas democracias liberais européias tem se baseado no compromisso
com padrões de “neutralidade”, minimizando o preconceito político.
• O escândalo dos grampos telefônicos no Reino Unido suscitou o
debate sobre os limites da autorregulação dos jornais britânicos, e do
Press Complaints Commission
• Os tres principais partidos no Reino Unido concordaram em criar um
orgão independente de regulação para jornais, revistas com o poder de
multar em até 1 milhão de libras e obrigar jornais a imprimir desculpas.
• A proposta prevê um organismo de autorregulação com compromissos
e financiamento independentes, um código de normas e um serviço de
arbitragem livre para as vítimas.
O jornalismo de qualidade
• Jornalismo de qualidade versus jornalismo de entretenimento:
• Historicamente, o mercado dos jornais tem se desenvolvido desde os
século 18 (i.e. Habermas e a esfera pública)
• Os jornais, antes partidários, deram espaço para o jornalismo
comercial e dos grandes grupos de mídia
• Uma imprensa popular e ligada à classe trabalhadora inglesa deu
lugar para o jornalismo tablóide, cujo maior representante é o jornal
Daily Mail
• O jornal Financial Times, do grupo editorial britânico Pearson, foi
recentemente vendido para o serviço de notícias japonês Nikkei no
valor de 844 milhões de dólares
• Jornais britânicos estão enfrentando dificuldades devido à
competição proporcionada pelas novas tecnologias e ao aumento da
pressao econômica sobre o jornalismo (i.e. “de entretenimento”).
Declínio na circulação dos jornais
britânicos
Jornalismo na América Latina e no Brasil
Comparação entre os sistemas de mídia: a América
Latina e a Europa do Sul (Hallin e Papathanassopoulos
(2002, 3)
• Hallin e Mancini (2004) apresentaram quatro dimensões para se
analisar os sistemas de mídia de forma comparativa:
• 1) o desenvolvimento do mercado de mdia – a evolução de uma
imprensa escrita fraca ou forte (i.e. de massa);
• 2) O paralelismo político – o grau e a natureza das ligações entre a
mídia e os atores políticos, ou a forma como a mídia reflete as
divisões políticas da sociedade;
• 3) o desenvolvimento do jornalismo profissional – que se refere às
normas e aos códigos da profissão jornalística, como a tradição de
neutralidade
• 4) o grau e a natureza da intervenção do Estado nos sistemas de
mídia – o papel por exemplo do Estado e a sua relação com a mídia.
Comparacao entre os sistemas de midia: a America
Latina e a Europa do Sul (Hallin and
Papathanassopoulos (2002, 3)
• Semelhanças entre os sistemas de mídia na América
Latina e os da Europa do Sul:
• a) a baixa circulação dos jornais;
• b) a tradição da reportagem militante;
• c) a instrumentalização (uso político) da mídia privada;
• 4) politização da radiodifusão e da regulação e
• 5) desenvolvimento limitado da autonomia jornalística.
A democracia e a mídia na América Latina
• Desde os anos 1990, os sistemas de mídia na América
Latina têm sido influenciados pelas mudanças
internacionais, incluindo a deregulação e a expansão
da rede comercial (TV a cabo):
• 1) a crescente comercialização da mídia;
• 2) a proximidade dos departamentos de marketing das
redações;
• 3) a formação de corporações multimídia;
• 4) a professionalização das empresas de mídia e
• 5) a queda do modelo da empresa familiar
• 6) o professionalismo nas redações versus a
continuidade do partidarismo da mídia
Reformas na mídia e regulação na América
Latina
• Na Argentina, a Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual
aprovada em 2009 estabeleceu limites ao poder dos conglomerados de
mídia.
• A lei impede qualquer companhia privada de televisão de ser dona de
mais de 35% da mídia, requer que a publicidade seja regulada e
estipula que licenças sejam renovadas a cada 10 anos em vez de 20.
• Nenhuma firma sozinha pode ter mais do que 10 concessões de rádio e
TV. O espectro radioelétrico foi dividido em tres terços: um para o
setor comercial, outro para o Estado e um terceiro para inicitativas sem
fins lucrativos.
• No Chile, houve a inclusão na legislação de medidas para garantir a
diversidade na programação e a autonomia financeira, além de
financiamento para produção independente para a TV durante o
governo de Michele Bachelet.
• A Constituição equatoriana de 2008 proíbe os acionários de entidades
financeiras de possuir meios de comunicação.
Reformas na mídia e regulação na América
Latina
• Na Bolívia, Evo Morales recebeu o aval de deputados para a Lei de
Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação. O
texto estabelece que o setor privado so poderá controlar 33% das
licenças de rádio e TV, e outro um terço fica com o poder do Estado,
17% com organizações sociais e 17% com grupos indígenas.
• Na Venezuela em 2004, Chávez assinou o decreto de aplicação da lei
de responsabilidade social de rádio e televisão com o objetivo de
regulamentar os conteúdos. A lei impôs cotas mínimas de programas
nacionais e buscou colocar a Venezuela em conformidade com a
Convenção Americana de Direitos Humanos ao regulamentar o uso de
imagens de caráter sexual ou violento e priobir a publicidade de alcóol
e tabaco.
• No Brasil, o debate sobre a democratização da comunicação atingiu um
ponto alto em 2009 com a realização da Confecom.
Comunicação pública no Brasil:
conquistas e futuros desafios
• Pesquisadores acreditam que um novo marco
regulatório para a mídia pode ser capaz de contemplar
as diferenças entre as TVs de Estado e públicas em
relação ao setor comercial
• O programa para o setor de comunicação da candidatura
de Lula em 2006 ressaltou que a democratização das
comunicações é algo necessário para se aprofundar a
democracia
• Mídia pública real não existe no Brasil, mas canais
educativos controlados pelo Estado ou outros que
representam os poderes Legislativo, Executivo e
Judicial (ex. TV Senado);
Comunicação pública no Brasil: conquistas e
futuros desafios
• Em relação à democratização da mídia, o Ministério das
Comunicações do governo anterior identificou cinco
áreas de atuação:
• 1)criação de um novo marco regulatório;
• 2) regulação do artigo 221 da Constituição Brasileira de
1988;
• 3) direitos autorais;
• 4) regulação da Internet (marco civil da
Internet);
• 5) regulação da TV pública.
Jornalismo “pós-moderno”: Mídia Ninja e os
protestos de 2013
Atual projeto: Globalizacao, politica de
genero e a midia
• 1) A correlação entre as representações na mídia de
gênero e a desigualdade (nacional e internacional)
• 2) A relação entre a política de gênero (em termos de
estado e inter-governamental) e o fortalecimento da
mulher comum
• 3) O papel das novas tecnologias de informação no
desenvolvimento de gênero e o exame de discursos de
gênero na mídia, bem como são articulados por mulheres
na política e durante campanhas políticas
Gênero e representações na mídia
brasileira
Diversidade e representações da mulher
ideal
• A Voz Popular
• (https://www.youtube.com/watch?v=mqMBr2qrw7c)
Algumas conclusões e futuros
desafios
• 1)Construção de um marco regulatório para a
radiodifusão comprometido com o interesse público e
independente;
• 2) reforço do equilíbrio e do profissionalismo nas
redações, incluindo a regulação da profissão do
jornalista e a auto-regulação da imprensa;
• 3)Fortificação da plataforma de mídia pública, seguido
por um engajamento no debate sobre o que vem a ser
“qualidade”
• 4) Fortalecimento da mídia regional, local e alternativa
• 5) Maior acesso a setores menos privilegiados da
população a Internet por toda América Latina
Bibliografia selecionada
Barnett, S. and Gaber, I. (2001) Westminster Tales: the twenty-first
century crisis in political journalism, Continuum
Curran, J. e Gurevitch, M. (eds.) (2005) Mass Media and Society,
London: Hodder Education
Habermas, J. (1962) The Structural Transformation of the Public
Sphere, Polity: Cambridge
Hallin, D. e Mancini, P. (2000, 2014) Comparing media systems, Polity:
Cambridge
Matos, C. (2012) Media and politics in Latin America: globalization,
democracy and identity, London: I.B. Tauris
Matos, C (2008) Journalism and political democracy in Brazil,
Lexington Books
McNair, B.(2009) News and journalism in the UK, London: Routledge
Waisbord, S. (2000) Watchdog Journalism in South America, Columbia
University Press

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Midia e democracia: uma analise comparativa

  • 1. Mídia e democracia: uma análise comparativa - Universidade Metodista de São Paulo Dra. Carolina Matos Professora em Mídia e Sociologia Departamento de Sociologia City University London
  • 2. Principais pontos • Trabalho e pesquisa atual • Mídia e política na América Latina: uma perspectiva contemporânea • Trabalho empírico e metodologia • A mídia pública e a regulação em perspectiva comparativa • O caso da BBC e seu futuro incerto • A mídia na Europa do Sul e na América Latina • A comunicação pública e a regulação • A mídia no Brasil e a democratização • O jornalismo de qualidade e o profisisonalismo • Conclusões • Futura pesquisa e desafios
  • 3. Pesquisa e aulas: um pequeno resumo • Ex-jornalista com passagens pelos principais jornais no Brasil, formada na Goldsmiths, tendo trabalhado no LSE, Essex e agora City • Departamento de Sociologia da City University London • Graduação e pos-graduação: História da Mídia, Sociedade e Notícias, Assuntos Contemporâneos da Mídia (UG), Comunicação Política e Communicação, Cultura e Desenvolvimento (PG) • Pesquisa na area de mídia e desenvolvimento, jornalismo internacional, comunicação política e gênero, globalização, mídia e desenvolvimento • Último trabalho: • Mídia e politica na América Latina: globalização, democracia e identidade (Editora Civilização Brasileira, 2013) • Futuro projeto: • Globalização, política de gênero e mídia
  • 4. Quatro linhas de pesquisa em Mídia e Política na América Latina  Uma análise da evolução histórica da tradição de mídia pública na Inglaterra e no Brasil;  O relacionamento entre a mídia pública com o Estado, a esfera pública e o interesse público;  Os debates em relação à ‘qualidade’ da programação e a informação tanto na mídia pública como privada;  Um exame da “crise” das formas cívicas de comunicação, e como elas ainda podem ser relevantes.
  • 5. Partes de Mídia e Política na América Latina • Parâmetros de comparação para o serviço de mídia pública • Comunicação pública e regulação na América Latina • A esfera pública e o interesse público: o papel do Estado no serviço de mídia pública • Televisão, entretenimento, e o interesse público • Percepções da audiência da qualidade da programação e da mídia pública • Televisão, cultura popular e identidade latino-americana e brasileira • A internet para o interesse público • Política midiatizada nas eleições brasileiras de 2010 • Em direção a um novo parâmetro regulatório para a mídia e reformas da midia
  • 6. Trabalho empírico • Método sofisticado de triangulação • Pesquisa online aplicada a 149 estudantes de comunicação da UFRJ • Entrevistas com 12 jornalistas, assessores e especialistas • Discussão de programas da mídia pública, principalmente a TV Brasil, em contraste com a TV Globo • Análise do uso da Internet em campanhas políticas e blogging nas eleições de 2010 • a) novas mídias como uma contra-esfera pública; • b) política de gênero e representação • Semelhante aos resultados dos estudos que eu observei da Ofcom, a sondagem da UFRJ destacou como as audiências dão importância a qualidade dos programas. Em relação à questão sobre o que atraiu mais a atenção na TV, a resposta foi “a qualidade do programa” (58%), e em segundo lugar foi a “informação” (22%). • As expectativas em torno da TV, seja na Inglaterra ou Brasil, são de que ela seja capaz tanto de entreter como de informar.
  • 7. Alguns resultados da pesquisa empírica • Pesquisa revelou uma falta de conhecimento sobre a mídia pública • Maioria ainda assiste a TV Globo e canais a cabo e satélite e também usam muito a Internet • 71% dos estudantes no entanto defenderam a mídia pública, afirmando que ela pode exercer um papel de reversão das “falhas de mercado”, contribuindo para a democratização • A maioria no entanto viu pouca diferença em relação ao tipo de informação vinculada na TV comercial e na TV pública • As diferenças detectadas foram sutis, relacionadas ao estilo e escolha de programas, como a ênfase em programas “sérios” em detrimento do excesso de entretenimento • Quando perguntados sobre o que entendem por “qualidade”, muitos responderam “o roteiro e o fornecimento de informações aprofundadas” (53%), bem como a criatividade e a originalidade de um programa (27%). • Nem todos viram a mídia pública como necessariamente com mais capacidade de ser imparcial, mas a maioria viu um papel de democratização propocionado pela mídia pública.
  • 8. Perspectivas internacionais sobre o papel da mídia no desenvolvimento nacional  Como diz Norris (2004), sistemas de mídia podem fortalecer a boa governança e promover o desenvolvimento se houver uma imprensa livre capaz de realizar a função de cão-de-guarda, investigando o poder e agindo como um forum cívico de debate entre os interesses conflitantes da sociedade  Uma mídia independente mais balançeada e livre só pode operar se esta não estiver sujeita às pressões políticas e/ou econômicas (i.e. Hallin e Mancini, 2004) • Voltmer e Schmitt-Beck (2006) afirmam que alguns países da Europa do Leste no entanto conseguiram implementar a mídia pública com algum grau de independência tanto do Estado como do mercado
  • 9. Perspectivas internacionais sobre o papel da mídia no desenvolvimento nacional • Voltmer (2006) assinala ainda que a informação de qualidade e a necessidade de orientação são ainda mais significativas nas novas democracias num contexto de colapso de antigos regimes autoritários. • Os cidadão nas novas e transitórias democracias precisam procurar entender todas as informações provenientes de vários setores, que não só contêm ligações com determinadas orientações políticas, mas que também estão sujeitas ao legado autoritário histórico e cultural do país em questão. • As estruturas dos meios de comunicação e o relacionamento que os mesmos tem com o projeto democrático, com os políticos e com a opinião pública, são pertinentes tanto para as sociedades em desenvolvimento como para as sociedades desenvolvidas.
  • 10. Mídia publica na Europa e na Grã- Bretanha em crise • Na Grã-Bretanha, a mídia pública, com canais como a BBC e C4, tem sido um veículo de fortalecimento do debate • BBC e o seu papel democrático – contribuiu para melhorar a conversação, tornando-a mais espontânea e menos constrangida (Scannell, 1989) • Serviu como um veículo de emancipação cultural e educacional; estímulo à diversidade política • Funciona como uma contra-ponto à mídia de mercado • Ataques de conservadores e/ou defensores da mídia de mercado questionam: • 1) a necessidade da mídia pública; • 2) o pagamento da “licence fee”; • 3) “dar ao público o que ele quer”.
  • 11. A qualidade na mídia pública: o caso da BBC
  • 12. A dicotomia do público versus o privado Privado Publico Direita/Conservador/Centro/Esquerda – o consumidor Centro/Esquerda/Liberal/alguns conservadores – o cidadão ‘Objetividade’, com jornalismo informativo ‘Objetivo’/’público’/jornalismo “sério” Talk shows/sit-coms/reality TV – Programação dos EUA, com algum conteúdo proveniente de outros países Realismo nos filmes/documentários/reality TV – filmes de arte e programação européia, algum material dos EUA Publicidade/esteéica do consumo – o ser/intimidade/a esfera privada (ex. Sci-fi, terror) Estética da qualidade/Material inovador - coletivo/a esfera pública Fantasia/Textos ’escapistas’ – occasionalmente material mais “sério” Material histórico/análises aprofundadas – algum entretenimento (ex. Novelas, drama, sci-fi, terror).
  • 13. O futuro incerto da BBC • A licença da BBC expira no final de 2016 • Re-eleito em maio de 2015, o governo conservador britânico no momento está sendo acusado de estar em guerra com a BBC • O “Green paper” (documento verde) esta sendo elaborado pelo ministério de Cultura, Mídia e Esporte. O ministro John Whittingdale esta consultando o público e a indústria com o objetivo de discutir o futuro da BBC • As propostas incluem a redução da programação da BBC a um serviço básico, com a cobrança de assinatura para pacotes premium. • Os mais idosos acima de 75 anos já foram dispensados de pagar a licença, provocando uma redução de 10% a 15% no orçamento do grupo de mídia, que é de 4.8 bilhões. • Murdoch diz que a dominação da mídia financiada pelo Estado impede a diversidade
  • 14. O futuro incerto da BBC • Mas a BBC tem uma tradição democrática na Grã-Bretanha, tendo contribuído para levar programas educativos, culturais e grandes clássicos da literatura britânica (i.e. Charles Dickens) para um grande público independentemente do poder acquisitivo • Jornalismo de qualidade e debates políticos: • Britânicos da classe trabalhadora conseguirem ser inseridos dentro do debate público, conversar e entender sobre política • E Rupert Murdoch é conhecido como o magnata da mídia que se envolveu no escândalo dos grampos há 4 anos, quando o jornal News of the World invadiu telefones de celebridades • Ataques à BBC são vistos como um revanchismo dos conservadores, que consideram que a BBC não deu uma cobertura favorável a eles nas eleições de 2015 • Acham ainda que a organização possui muito poder.
  • 15. A regulação na Grã-Bretanha e o mercado de mídia • O mercado de mídia na Inglaterra e considerado “misto” (público e comercial), e dividido entre os jornais de “qualidade” (i.e. Financial Times, The Times, The Guardian, etc) e os tablóides (i.e. The Sun, Daily Mail) • Os jornais britânicos operam com um sistema de autorregulação (i.e. a Press Complaints Commission e um corpo de autorregulação independente), enquanto que a radiodifusão britânica tém sido fortemente regulada pelo Estado desde os anos 70 • A regulação na Grã-Bretanha é apoiada por orgãos regulatórios que estabeleceram códigos de conduta. • Dunleavy (1987) argumenta que a regulação da radiodifusão pública na Inglaterra tem servido de contra-ponto à imprensa, neutralizando os preconceitos dos tablóides ingleses;
  • 16. A regulação da radiodifusão e a Ofcom • Criado por um projeto de lei de 2003, o orgão de regulação da Grã- Bretanha, a Ofcom, tem sido um exemplo de referência de regulação da mídia na Europa. • A Ofcom afirma em seu site que entre as suas principais funcões estão o avanço dos interesses dos cidadãos e dos consumidores, que não e afetada pela competição partidària e que quer a competição justa. • A Ofcom é responsável por limitar a publicidade, criando quotas de genero, produção independente, a proteção a privacidade e o combate ao conteúdo ofensivo, bem como o estabelecimento de critérios de imparcialidade. • O orgão ainda se reúne com setores do público para analisar o conteúdo, permitindo que a população possa expressar uma visão critica da mídia. A Ofcom deixa claro que tem “preconceito” contra a intervenção. • A Ofcom realiza constantemente estudos de audiência com o público para discutir a mídia, e os últimos estudos têm apontado como o público ainda acredita na BBC e na importância da mídia pública para o pais
  • 17. A regulação da radiodifusão na Grã-Bretanha: princípios democráticos e de interesse público • A participação do Estado no controle e na regulação da radiodifusão nas democracias liberais européias tem se baseado no compromisso com padrões de “neutralidade”, minimizando o preconceito político. • O escândalo dos grampos telefônicos no Reino Unido suscitou o debate sobre os limites da autorregulação dos jornais britânicos, e do Press Complaints Commission • Os tres principais partidos no Reino Unido concordaram em criar um orgão independente de regulação para jornais, revistas com o poder de multar em até 1 milhão de libras e obrigar jornais a imprimir desculpas. • A proposta prevê um organismo de autorregulação com compromissos e financiamento independentes, um código de normas e um serviço de arbitragem livre para as vítimas.
  • 18. O jornalismo de qualidade • Jornalismo de qualidade versus jornalismo de entretenimento: • Historicamente, o mercado dos jornais tem se desenvolvido desde os século 18 (i.e. Habermas e a esfera pública) • Os jornais, antes partidários, deram espaço para o jornalismo comercial e dos grandes grupos de mídia • Uma imprensa popular e ligada à classe trabalhadora inglesa deu lugar para o jornalismo tablóide, cujo maior representante é o jornal Daily Mail • O jornal Financial Times, do grupo editorial britânico Pearson, foi recentemente vendido para o serviço de notícias japonês Nikkei no valor de 844 milhões de dólares • Jornais britânicos estão enfrentando dificuldades devido à competição proporcionada pelas novas tecnologias e ao aumento da pressao econômica sobre o jornalismo (i.e. “de entretenimento”).
  • 19. Declínio na circulação dos jornais britânicos
  • 20. Jornalismo na América Latina e no Brasil
  • 21. Comparação entre os sistemas de mídia: a América Latina e a Europa do Sul (Hallin e Papathanassopoulos (2002, 3) • Hallin e Mancini (2004) apresentaram quatro dimensões para se analisar os sistemas de mídia de forma comparativa: • 1) o desenvolvimento do mercado de mdia – a evolução de uma imprensa escrita fraca ou forte (i.e. de massa); • 2) O paralelismo político – o grau e a natureza das ligações entre a mídia e os atores políticos, ou a forma como a mídia reflete as divisões políticas da sociedade; • 3) o desenvolvimento do jornalismo profissional – que se refere às normas e aos códigos da profissão jornalística, como a tradição de neutralidade • 4) o grau e a natureza da intervenção do Estado nos sistemas de mídia – o papel por exemplo do Estado e a sua relação com a mídia.
  • 22. Comparacao entre os sistemas de midia: a America Latina e a Europa do Sul (Hallin and Papathanassopoulos (2002, 3) • Semelhanças entre os sistemas de mídia na América Latina e os da Europa do Sul: • a) a baixa circulação dos jornais; • b) a tradição da reportagem militante; • c) a instrumentalização (uso político) da mídia privada; • 4) politização da radiodifusão e da regulação e • 5) desenvolvimento limitado da autonomia jornalística.
  • 23. A democracia e a mídia na América Latina • Desde os anos 1990, os sistemas de mídia na América Latina têm sido influenciados pelas mudanças internacionais, incluindo a deregulação e a expansão da rede comercial (TV a cabo): • 1) a crescente comercialização da mídia; • 2) a proximidade dos departamentos de marketing das redações; • 3) a formação de corporações multimídia; • 4) a professionalização das empresas de mídia e • 5) a queda do modelo da empresa familiar • 6) o professionalismo nas redações versus a continuidade do partidarismo da mídia
  • 24. Reformas na mídia e regulação na América Latina • Na Argentina, a Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual aprovada em 2009 estabeleceu limites ao poder dos conglomerados de mídia. • A lei impede qualquer companhia privada de televisão de ser dona de mais de 35% da mídia, requer que a publicidade seja regulada e estipula que licenças sejam renovadas a cada 10 anos em vez de 20. • Nenhuma firma sozinha pode ter mais do que 10 concessões de rádio e TV. O espectro radioelétrico foi dividido em tres terços: um para o setor comercial, outro para o Estado e um terceiro para inicitativas sem fins lucrativos. • No Chile, houve a inclusão na legislação de medidas para garantir a diversidade na programação e a autonomia financeira, além de financiamento para produção independente para a TV durante o governo de Michele Bachelet. • A Constituição equatoriana de 2008 proíbe os acionários de entidades financeiras de possuir meios de comunicação.
  • 25. Reformas na mídia e regulação na América Latina • Na Bolívia, Evo Morales recebeu o aval de deputados para a Lei de Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação. O texto estabelece que o setor privado so poderá controlar 33% das licenças de rádio e TV, e outro um terço fica com o poder do Estado, 17% com organizações sociais e 17% com grupos indígenas. • Na Venezuela em 2004, Chávez assinou o decreto de aplicação da lei de responsabilidade social de rádio e televisão com o objetivo de regulamentar os conteúdos. A lei impôs cotas mínimas de programas nacionais e buscou colocar a Venezuela em conformidade com a Convenção Americana de Direitos Humanos ao regulamentar o uso de imagens de caráter sexual ou violento e priobir a publicidade de alcóol e tabaco. • No Brasil, o debate sobre a democratização da comunicação atingiu um ponto alto em 2009 com a realização da Confecom.
  • 26. Comunicação pública no Brasil: conquistas e futuros desafios • Pesquisadores acreditam que um novo marco regulatório para a mídia pode ser capaz de contemplar as diferenças entre as TVs de Estado e públicas em relação ao setor comercial • O programa para o setor de comunicação da candidatura de Lula em 2006 ressaltou que a democratização das comunicações é algo necessário para se aprofundar a democracia • Mídia pública real não existe no Brasil, mas canais educativos controlados pelo Estado ou outros que representam os poderes Legislativo, Executivo e Judicial (ex. TV Senado);
  • 27. Comunicação pública no Brasil: conquistas e futuros desafios • Em relação à democratização da mídia, o Ministério das Comunicações do governo anterior identificou cinco áreas de atuação: • 1)criação de um novo marco regulatório; • 2) regulação do artigo 221 da Constituição Brasileira de 1988; • 3) direitos autorais; • 4) regulação da Internet (marco civil da Internet); • 5) regulação da TV pública.
  • 28. Jornalismo “pós-moderno”: Mídia Ninja e os protestos de 2013
  • 29. Atual projeto: Globalizacao, politica de genero e a midia • 1) A correlação entre as representações na mídia de gênero e a desigualdade (nacional e internacional) • 2) A relação entre a política de gênero (em termos de estado e inter-governamental) e o fortalecimento da mulher comum • 3) O papel das novas tecnologias de informação no desenvolvimento de gênero e o exame de discursos de gênero na mídia, bem como são articulados por mulheres na política e durante campanhas políticas
  • 30. Gênero e representações na mídia brasileira
  • 31. Diversidade e representações da mulher ideal • A Voz Popular • (https://www.youtube.com/watch?v=mqMBr2qrw7c)
  • 32. Algumas conclusões e futuros desafios • 1)Construção de um marco regulatório para a radiodifusão comprometido com o interesse público e independente; • 2) reforço do equilíbrio e do profissionalismo nas redações, incluindo a regulação da profissão do jornalista e a auto-regulação da imprensa; • 3)Fortificação da plataforma de mídia pública, seguido por um engajamento no debate sobre o que vem a ser “qualidade” • 4) Fortalecimento da mídia regional, local e alternativa • 5) Maior acesso a setores menos privilegiados da população a Internet por toda América Latina
  • 33. Bibliografia selecionada Barnett, S. and Gaber, I. (2001) Westminster Tales: the twenty-first century crisis in political journalism, Continuum Curran, J. e Gurevitch, M. (eds.) (2005) Mass Media and Society, London: Hodder Education Habermas, J. (1962) The Structural Transformation of the Public Sphere, Polity: Cambridge Hallin, D. e Mancini, P. (2000, 2014) Comparing media systems, Polity: Cambridge Matos, C. (2012) Media and politics in Latin America: globalization, democracy and identity, London: I.B. Tauris Matos, C (2008) Journalism and political democracy in Brazil, Lexington Books McNair, B.(2009) News and journalism in the UK, London: Routledge Waisbord, S. (2000) Watchdog Journalism in South America, Columbia University Press