3. A Terra é constituída, basicamente, por
três camadas : o núcleo, o manto e a
crosta, cada uma com suas características
físicas e químicas distintas.
Essas camadas não são homogêneas;
as variações em seu interior explicam a
existência de fenômenos como a deriva
continental, os vulcões, os terremotos e o
campo magnético do planeta.
Camadas da terra
4. Crosta - Camada superficial sólida que
circunda a Terra. Tem, em média, de 30 a 40
km de espessura, mas pode ser bem mais fina
ou chegar a até 80km. Existem dois tipos de
crosta: a crosta oceânica, jovem, de pouca
espessura, densa e constituída por rochas
basálticas, abrangendo 65% da superfície da
Terra; e a crosta continental mais antiga,
espessa e menos densa, correspondente a
35% da superfície da Terra.
5. Manto - O manto estende-se desde cerca
de 30 km e por uma profundidade de 2900 km.
É formada por vários tipos de rochas que,
devido às altas temperaturas, encontram-se
em um estado complexo que mistura materiais
fundidos e sólidos e recebe o nome de magma.
As temperaturas do manto variam de 100
graus Celsius até 3500 graus Celsius.
6. Núcleo - É a parte central do planeta.
Acredita-se que seja formado por metais
como ferro e níquel em altíssimas
temperaturas. Possui duas partes :
Núcleo externo : Líquido - de 2900 a
5150 km.
Núcleo interno : Sólido, devido à
altíssima pressão. - Até 6371 km.
9. Resultam da dinâmica interna
da Terra, que envolve a estrutura
da Terra, a dinâmica da litosfera e
os fenômenos magmáticos,
metamórficos, tectônicos,
orogenéticos e epirogenéticos.
10. Forças exógenas
são as que
modelam o relevo
e resultam da
dinâmica da
atmosfera, da
hidrosfera e da
atividade biológica
na superfície da
Terra.
11. Que processos exógenos são esses?
Os processos exógenos são
intemperismo, erosão, transporte e
deposição que atuam através da ação dos
seus agentes que são as chuvas, os rios, o
gelo, a gravidade e o vento. Existe uma
tendência constante de nivelamento da
superfície terrestre.
12. Geodinâmica Interna
Os processos endógenos envolvem
todos os fenômenos magmáticos,
metamórficos e tectônicos que estão ligados
à tectônica de placas e à dinâmica da
litosfera.
13. Fenômenos magmáticos: são
aqueles relacionados à gênese, evolução
e solidificação do magma. Quando
ocorrem no interior da crosta são
intrusivos ou plutônicos e quando
ocorrem no exterior são chamados
extrusivos ou vulcânicos.
14. Fenômenos metamórficos:
ocorrem sob altas temperaturas e/ou
pressões e provocam recristalização e
deformação das rochas ígneas,
sedimentares e metamórficas, com
mudanças de suas características
mineralógicas e texturais.
15. Fenômenos tectônicos: geram
falhamentos e dobramentos devido à
movimentação das placas. A incidência
de tensões de diferentes tipos e
magnitudes sobre as rochas da litosfera,
gera deformações e movimentos em
larga escala.
16. Os fenômenos tectônicos podem
ser de dois tipos: orogenéticos e
epirogenéticos.
Orogenias ou orogêneses –
processos tectônicos pelos quais vastas
regiões da crosta são deformadas e
elevadas formando grandes cinturões de
montanhas (Ex: Alpes, Andes,
Himalaias).
17. Epirogenias ou epirogêneses –
movimentos lentos de subida ou
descida de grandes áreas da crosta
terrestre. É um reajustamento
isostático afetando grandes regiões,
sem perturbar significativamente a
disposição e estrutura das formações
geológicas antigas.
18. De acordo com a sua origem, as
rochas são agrupadas em três grandes
classes:
Ígneas ou magmáticas;
Metamórficas;
Sedimentares.
Rochas
19. Rochas Ígneas
Formadas pela cristalização do
magma, classificando-se como
vulcânica quando ocorre na
superfície, e plutônica quando
ocorre em subsuperfície.
22. Rochas ígnea extrusiva ou
Vulcânicas
São hipabissais quando
solidificadas em níveis mais rasos da
crosta e com texturas médias a finas
e, vulcânicas quando solidificadas na
superfície e com texturas geralmente
finas .
Exemplos: riolitos, basaltos, etc.
29. ROCHAS MAGMÁTICAS OU ÍGNEAS
Intrusivas ou Plutônicas Extrusivas ou Vulcânicas
Vista numa
lente de
aumento
Vista num
microscópio de
luz polarizada
TEXTURA
30. Intemperismo
Quando as rochas ígneas são
expostas na superfície, sofrem a
ação de agentes como a água, as
variações de temperatura,
mecanismos de oxidação, entre
outros.
31. Intemperismo
Estes agentes causam a
desintegração e a decomposição
das rochas na superfície em um
processo chamado de intemperismo
ou meteorização.
Erosão:
Remoção dos materiais pelos agentes de transporte
(água, vento, gelo ou gravidade).
32. Em função dos mecanismos
predominantes de atuação, são
classificados em:
Intemperismo químico;
Intemperismo biológico;
Intemperismo físico.
33. Intemperismo Físico
É a desagregação física das rochas;
Prepara a rocha para a atuação do
intemperismo químico;
Não há alteração da composição
química das rochas.
34. Intemperismo Físico
Os principais fatores desta
desintegração são:
Alívio de pressão;
Expansão térmica;
Crescimento de cristais pelo
congelamento da água.
35. Crescimento de cristais nos poros ou fendas –
congelamento (crioclastia); cristalização de
cloretos sulfatos e carbonatos.
36. Quando a água congela aumenta
cerca de 9% do seu volume devido ao
rearranjo das moléculas da água em
uma estrutura cristalina aberta.
Isto ocorre principalmente em
áreas de altas latitudes.
38. Bloco de gnaisse fraturado pela ação do gelo nas fissuras (Antartida) . Foto: M.
Hambrey
40. O intemperismo físico prepara a rocha
para a atuação do intemperismo químico
faces
(Área superficial total)
(Área superficial total)
faces
cubos
41. Consiste na decomposição das
rochas devido ao rompimento do
equilíbrio do conjunto de íons que
constituem os minerais.
Intemperismo Químico
43. Reações do intemperismo químico:
Hidrólise
É uma reação química de quebra de
uma molécula devido a presença de água.
Esta reação de alteração envolve fluido
aquoso com íons de hidrogênio (H+) ou de
hidroxila (OH–) substituindo íons que são
liberados para a solução.
44. Acidólise
É a reação de decomposição de
minerais que ocorre em ambientes de clima
frio, onde a decomposição da matéria
orgânica é incompleta, formando ácidos
orgânicos que diminuem muito o pH das
águas, complexando e solubilizando o Fe e
o Al.
45. Hidratação
Consiste na incorporação de água à
estrutura mineral, formando um novo
mineral.
Dissolução
Consiste da solubilização completa de
alguns minerais como, por exemplo, a
calcita e a halita. Essa dissolução intensa é
mais comum em terrenos calcários
formando cavernas.
47. Poço encantado e gruta da pratinha –Chapada Diamantina -
BA
Fonte: http://oprevisor.blogspot.com.br/2009/08/as-cidades-da-chapada-diamantina.html
50. 12-08-2013
Um hotel de três andares ruiu esta segunda-feira no
estado norte-americano da Florida, quando um buraco
com cerca de 18 metros se abriu no solo. Cerca de 36
pessoas foram retiradas a tempo do edifício que ruiu e
de outro subjacente, que sofreu estragos avultados.
Não há registo de feridos.
51. Guatemala, junho de 2010.
Buraco com 30 metros de diâmetro.
Fonte: www.cienciahoje.pt
52. Oxidação
Consiste na mudança do estado de
oxidação de um elemento, através de
reação com o oxigênio.
O ferro , por exemplo, encontra-se nos
minerais primários como biotita, piroxênio,
anfibólio e olivina. Quando liberado em
solução oxida-se e precipita como um novo
composto. Ex.: geothita.
55. Exemplo de Intemperismo biológico que contribui para o
intemperismo mecânico através das raízes das plantas. Podemos
ver a ação desagregadora das raízes. No Arpoador – RJ.
56. Outro exemplo de intemperismo biológico apresentando neste
caso, orifícios de ouriços do mar. No Arpoador – RJ.
58. Sedimentos
O material resultante da
desagregação e decomposição das
rochas é chamado de sedimentos.
Os sedimentos são transportados
pelos agentes erosivos – água, gelo,
vento ou ondas – e posteriormente
depositados.
59. Rochas Sedimentares
O processo de transformação de
sedimentos em rocha é chamado de
litificação e resulta na formação de
rochas sedimentares.
60. Litificação
Quando os sedimentos são
compactados, através da
sobreposição de camadas de
sedimentos, ou cimentados através
da percolação de água contendo
carbonato de cálcio ou sílica;
Esses sedimentos então se
convertem em rocha.
64. Químicas
Originadas pela decomposição de sedimentos por
processos químicos.
Evaporitos: formados pela evaporação da água
marinha.
Evaporitos no Vale
da Morte, nos
Estados Unidos (sal).
65. Carbonato: formado a partir de restos de
esqueletos de animais marinhos e plantas.
67. Rochas Metamórficas
Se as rochas sedimentares
forem submetidas a grandes
temperaturas e pressões,
responderão às mudanças das
condições ambientais com a
recristalização e o rearranjo de
seus minerais, criando o terceiro
tipo de rocha – as rochas
metamórficas.
68. O metamorfismo é o processo
através do qual as rochas ígneas,
sedimentares ou mesmo metamórficas
sofrem transformação na composição
mineralógica, na estrutura e textura,
no estado sólido, em resposta às
altas temperaturas e pressões.
69. O calor, a pressão interna e a
presença de fluidos são os três principais
fatores que controlam o metamorfismo.
De acordo com a pressão e a
temperatura envolvidos, podemos separar o
metamorfismo em diferentes graus
Baixo Grau
Grau Intermédiário
Alto Grau
71. Ardósia
Rocha foliada de mais baixo grau. Possui grãos
tão finos que seus minerais individuais não
podem ser vistos facilmente sem microscópio.
São geralmente formadas pelo metamorfismo
de folhelhos, ou com menos freqüência de
depósitos de cinzas vulcânicas.
Variam de cinza-escuro a preto
72. Xisto
Metamorfismo de grau intermediário.
Os cristais crescem suficientemente para
serem visíveis a olho nú.
Os minerais tendem a
segregar-se em bandas
mais claras e mais
escuras.
73. Gnaisse
Metamorfismo de alto grau;
Possui foliação ainda mais espessa;
Possui bandas espessas de minerais claros
e escuros;
Rochas de grão grosso;
74. Migmatito
Metamorfimo de alto grau;
Rochas extremamente deformadas e
contorcidas;
Rochas formadas em temperaturas próximas
a da fusão total.
77. As rochas metamórficas
geralmente são mais compactas e
duras que a rocha original, como
ocorre com o calcário e o arenito que,
recristalizados, passam a mármore e
quartzito.
79. Melting (Material Fundido)
Se as condições ambientais a que
forem submetidas as rochas
sedimentares ou rochas ígneas
forem capazes de fundi-las, estas
rochas serão transformadas em
magma.
Podem voltar a formar rochas
ígneas.
82. O ciclo das rochas nos ajuda a
entender a origem das rochas ígneas,
sedimentares e metamórficas e a
perceber que cada tipo está ligado ao
outro através de processos que agem
na superfície e no interior do planeta.
83. Quando o magma vai esfriando,
desenvolvem-se minerais formando
as rochas ígneas ou magmáticas;
Este processo de solidificação do
magma é chamado de cristalização.
85. As rochas da crosta sobrejacentes às
rochas ígneas que sofreram ascensão,
são gradualmente meteorizadas (
desagregadas e decompostas)
expondo as rochas ígneas à
superfície;
86. As rochas ígneas são então expostas
aos diferentes processos de
imptemperismo;
A erosão por água, gelo e vento
transporta os sedimentos rochosos e
os íons dissolvidos para os diversos
ambientes de sedimentação;
87. Estes sedimentos depositados vão
sendo enterrados;
Gradualmente vão sofrendo
litificação e dão origem às rochas
sedimentares;
A medida que esta afunda na crosta,
vai se tornando mais quente;
88. Os minerais começam a transformar-
se em minerais mais estáveis a estas
condições de temperatura e pressão
mais elevadas;
Este é o processo de metamorfismo;
89. Continuando com o aquecimento,
pode dar-se a fusão das rochas e a
formação de um novo magma a partir
do qual novas rochas ígneas irão
cristalizar recomeçando o ciclo.
90. O CICLO DAS ROCHAS
INTEMPERISMO
TRANSPORTE
DEPOSIÇÃO
SEDIMENTOS
LITIFICAÇÃO
ROCHAS
SEDIMENTARES
ROCHAS
METAMÓRFICAS
ROCHAS ÍGNEAS
(INTRUSIVAS)
ROCHAS ÍGNEAS
(EXTRUSIVAS)
METAMORFISMO
FUSÃO
CRISTALIZAÇÃO
CRISTALIZAÇÃO
SOERGUIMENTO E
EXPOSIÇÃO
92. GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. Geomorfologia: uma atualização de
bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2. ed., 1995. 472 p.
LEINZ, V.; AMARAL, S. E. Geologia Geral. São Paulo: Nacional, 1980.
PENTEADO, M.M. Fundamentos de Geomorfologia. Rio de Janeiro:
IBGE, 1974. 185 p.
TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M.C.M.; FAIRCHILD, T.R.; TAIOLI, F.
Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000.
Referências