SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
o BACALHAU À SUA MESA no INÍCIO DO SÉC. XX
Na terceira década do Séc. XIX, Portugal achou que tinha chegado o momento de deixar de depender na totalidade do bacalhau importado e, depois de um interregno de cerca de 2,5 séculos, apetrechou-se de novo e iniciou  a pesca do «FIEL AMIGO»... De qualquer modo, só no inicio do Séc. XX os habitantes das margens da Ria de Aveiro iniciaram novamente a pesca longínqua em pleno.
Todos os anos, no início da primavera, reunia-se junto à Torre de Belém  uma frota de diversos veleiros dos portos  de Viana do Castelo, Porto, Aveiro, Figueira da Foz e Lisboa, que rumava aos mares da Terra Nova e Gronelândia, onde procuravam carregar os seus porões de bacalhau.
Durante a viagem até àquelas paragens longínquas, geladas e inóspitas, cada pescador aparelhava a pequena embarcação (DORI) que iria utilizar no Grande Banco para pescar o «Fiel Amigo».
A Terra Nova, rodeada por bancos ricos em bacalhau e outras espécies, enchia-se de centenas de navios transformando-se numa autêntica Babel de todos aqueles países que incluíam na sua alimentação ou exportavam aquele peixe.
Chegados os grandes veleiros aos bancos, era a altura de arriar os doris e cada pescador iniciar a sua safra, dia a dia, até os porões dos navios estarem repletos de peixe .
Com o seu lugre por perto e geralmente visível, os pescadores iscavam as suas linhas e iam, ao longo de intermináveis dias, pescando e transportando para o seu navio o peixe com que carregavam as suas pequenas embarcações.
A pesca à linha era uma actividade que preservava a espécie, pois as linhas, anzóis e os iscos utilizados permitiam, logo à partida, fazer uma selecção dos animais capturados.
Terminada a pesca diária, era chegada a hora de escalar o bacalhau para salgar no porão do navio já com o aspecto que se compra no dia a dia, retirando-lhe diversas partes, que  constituem também outros elementos da cozinha tradicional, em que se podem destinguir as caras, as línguas e os samos
No Lugre havia sempre um grupo diminuto de pessoas encarregado do navio e, entre eles, os cozinheiros eram uma peça importante que mantinham todos com saúde para aguentarem tão dura profissão. Dessa ementa, utilizada a bordo, é de distinguir a CHORA, uma sopa de caras de bacalhau, que quase diariamente alimentava a tripulação.
Os veleiros, no seu movimento constante para encontrarem bons pesqueiros, faziam largo uso das suas velas, que muitas vezes exigiam alguns cuidados.
Aproxima-se o outono... o tempo começa a refrescar... os porões estão quase cheios... chegou o momento de rumar até ao porto de origem e ao aconchego do lar, onde o bacalhau sofre a sua penúltima etapa.
Chegado à SECA o «Fiel Amigo», depois de lavado e seco ao sol, está pronto para ser colocado nos meios de distribuição e entrar no lar de cada um de nós.
Depois de todas as andanças que referimos, o bacalhau chega à nossa mesa suculento e delicioso, transformado num dos mais de mil  pratos diferentes, que podem satisfazer o mais refinado paladar,
Muitos dos belos navios que fizeram a epopeia do bacalhau do sec XX rumaram para outros locais onde cumprem missões diferentes como este, o «ARGUS», hoje «POLINESIA II», que transporta turistas e o «CREOULA», transformado em navio escola da armada Portuguesa.
O «SABER» não ocupa lugar * Dá a conhecer aos teus amigos a história daqueles destemidos lobos do mar que sulcavam o oceano nos seus veleiros, para encontrarem essa iguaria tão apreciada por nós...  O BACALHAU do Clube Natureza e Aventura de Ilhavo

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (16)

Curiosidades11
Curiosidades11Curiosidades11
Curiosidades11
 
Bacalhau
BacalhauBacalhau
Bacalhau
 
Bacalhau
BacalhauBacalhau
Bacalhau
 
A heroica pesca do bacalhau
A heroica pesca do bacalhauA heroica pesca do bacalhau
A heroica pesca do bacalhau
 
1207
12071207
1207
 
A heroica pesca do bacalhau
A heroica pesca do bacalhauA heroica pesca do bacalhau
A heroica pesca do bacalhau
 
A Heróica Pesca do Bacalhau, fado e receitas
A Heróica Pesca do Bacalhau, fado e receitasA Heróica Pesca do Bacalhau, fado e receitas
A Heróica Pesca do Bacalhau, fado e receitas
 
A heroica pesca do bacalhau
A heroica pesca do bacalhauA heroica pesca do bacalhau
A heroica pesca do bacalhau
 
As EmbarcaçõEs
As  EmbarcaçõEsAs  EmbarcaçõEs
As EmbarcaçõEs
 
A bordo das caravelas
A bordo das caravelasA bordo das caravelas
A bordo das caravelas
 
O Peixinho Que Descobriu O Mar
O Peixinho Que Descobriu O MarO Peixinho Que Descobriu O Mar
O Peixinho Que Descobriu O Mar
 
Vestígios do Passado
Vestígios do PassadoVestígios do Passado
Vestígios do Passado
 
E1 Expansionismo Europeu XVI XVII - barcos
E1 Expansionismo Europeu XVI XVII - barcosE1 Expansionismo Europeu XVI XVII - barcos
E1 Expansionismo Europeu XVI XVII - barcos
 
História do Seixal
História do SeixalHistória do Seixal
História do Seixal
 
Ha um barco esquecido
Ha um barco esquecidoHa um barco esquecido
Ha um barco esquecido
 
Barcos fabricados na Ribeira das Naus
Barcos fabricados na Ribeira das NausBarcos fabricados na Ribeira das Naus
Barcos fabricados na Ribeira das Naus
 

Destaque

Destaque (10)

Como Importar Bacalhau
Como Importar BacalhauComo Importar Bacalhau
Como Importar Bacalhau
 
gastronomia portuguesa
gastronomia portuguesagastronomia portuguesa
gastronomia portuguesa
 
Gastronomia portuguesa
Gastronomia portuguesaGastronomia portuguesa
Gastronomia portuguesa
 
Origens e aspectos culturais da alimentação portuguesa
Origens e aspectos culturais da alimentação portuguesaOrigens e aspectos culturais da alimentação portuguesa
Origens e aspectos culturais da alimentação portuguesa
 
Diversidade Cultural - A Gastronomia em Portugal
Diversidade Cultural - A Gastronomia em PortugalDiversidade Cultural - A Gastronomia em Portugal
Diversidade Cultural - A Gastronomia em Portugal
 
Gastronomia de portugal prezentare
Gastronomia de portugal prezentareGastronomia de portugal prezentare
Gastronomia de portugal prezentare
 
História da alimentação
História da alimentaçãoHistória da alimentação
História da alimentação
 
História da Gastronomia
História da GastronomiaHistória da Gastronomia
História da Gastronomia
 
Gastronomia
GastronomiaGastronomia
Gastronomia
 
História da alimentação
História da alimentaçãoHistória da alimentação
História da alimentação
 

Semelhante a Obacalhau

A heróica pesca do bacalhau
A heróica pesca do bacalhauA heróica pesca do bacalhau
A heróica pesca do bacalhauUmberto Pacheco
 
A heroica pesca do bacalhau
A heroica pesca do bacalhauA heroica pesca do bacalhau
A heroica pesca do bacalhaumariacferreira
 
A heroica pesca do bacalhau
A heroica pesca do bacalhauA heroica pesca do bacalhau
A heroica pesca do bacalhauaipaf
 
Livro completo final 12 -12-2012
Livro completo final   12 -12-2012Livro completo final   12 -12-2012
Livro completo final 12 -12-2012Christian Hohn
 
Traditional fishing boats
Traditional fishing boatsTraditional fishing boats
Traditional fishing boatsDitza Graca
 
6ª A Costa de Caparica que desconhecia
6ª A Costa de Caparica que desconhecia6ª A Costa de Caparica que desconhecia
6ª A Costa de Caparica que desconheciaguestfab0cf
 
História das Pescas em Tavira
História das Pescas em TaviraHistória das Pescas em Tavira
História das Pescas em TaviraJosé Mesquita
 
Costa de Caparica minha desconhecida
Costa de Caparica minha desconhecidaCosta de Caparica minha desconhecida
Costa de Caparica minha desconhecidaAna Oliveira
 
Artur Filipe dos Santos - História do porto Porto de leixões - Universidade S...
Artur Filipe dos Santos - História do porto Porto de leixões - Universidade S...Artur Filipe dos Santos - História do porto Porto de leixões - Universidade S...
Artur Filipe dos Santos - História do porto Porto de leixões - Universidade S...Artur Filipe dos Santos
 
Transportes marítimos
Transportes marítimosTransportes marítimos
Transportes marítimoschave1999
 
Fragata de D. Fernando II
Fragata de D. Fernando IIFragata de D. Fernando II
Fragata de D. Fernando IIIrene Aguiar
 
Ilhas atlânticas
Ilhas atlânticasIlhas atlânticas
Ilhas atlânticasMaria Gomes
 
Turismo fluvial
Turismo fluvialTurismo fluvial
Turismo fluvialTina Lima
 

Semelhante a Obacalhau (20)

A heróica pesca do bacalhau
A heróica pesca do bacalhauA heróica pesca do bacalhau
A heróica pesca do bacalhau
 
A heroica pesca do bacalhau
A heroica pesca do bacalhauA heroica pesca do bacalhau
A heroica pesca do bacalhau
 
A Heroica Pesca Do Bacalhau
A Heroica Pesca Do BacalhauA Heroica Pesca Do Bacalhau
A Heroica Pesca Do Bacalhau
 
A heroica pesca do bacalhau
A heroica pesca do bacalhauA heroica pesca do bacalhau
A heroica pesca do bacalhau
 
A heroica pesca do bacalhau
A heroica pesca do bacalhauA heroica pesca do bacalhau
A heroica pesca do bacalhau
 
Livro completo final 12 -12-2012
Livro completo final   12 -12-2012Livro completo final   12 -12-2012
Livro completo final 12 -12-2012
 
Traditional fishing boats
Traditional fishing boatsTraditional fishing boats
Traditional fishing boats
 
1838
18381838
1838
 
6ª A Costa de Caparica que desconhecia
6ª A Costa de Caparica que desconhecia6ª A Costa de Caparica que desconhecia
6ª A Costa de Caparica que desconhecia
 
História das Pescas em Tavira
História das Pescas em TaviraHistória das Pescas em Tavira
História das Pescas em Tavira
 
Costa de Caparica minha desconhecida
Costa de Caparica minha desconhecidaCosta de Caparica minha desconhecida
Costa de Caparica minha desconhecida
 
História do porto o porto de leixões
História do porto   o porto de leixõesHistória do porto   o porto de leixões
História do porto o porto de leixões
 
Artur Filipe dos Santos - História do porto Porto de leixões - Universidade S...
Artur Filipe dos Santos - História do porto Porto de leixões - Universidade S...Artur Filipe dos Santos - História do porto Porto de leixões - Universidade S...
Artur Filipe dos Santos - História do porto Porto de leixões - Universidade S...
 
Transportes marítimos
Transportes marítimosTransportes marítimos
Transportes marítimos
 
Costumes e Tradições
Costumes e TradiçõesCostumes e Tradições
Costumes e Tradições
 
Fragata de D. Fernando II
Fragata de D. Fernando IIFragata de D. Fernando II
Fragata de D. Fernando II
 
Vasco da Gama
Vasco da  GamaVasco da  Gama
Vasco da Gama
 
Sines em "Os portos maritimos de Portugal e ilhas adjacentes", de Adolpho Lou...
Sines em "Os portos maritimos de Portugal e ilhas adjacentes", de Adolpho Lou...Sines em "Os portos maritimos de Portugal e ilhas adjacentes", de Adolpho Lou...
Sines em "Os portos maritimos de Portugal e ilhas adjacentes", de Adolpho Lou...
 
Ilhas atlânticas
Ilhas atlânticasIlhas atlânticas
Ilhas atlânticas
 
Turismo fluvial
Turismo fluvialTurismo fluvial
Turismo fluvial
 

Mais de cab3032

Fotos.q.falam
Fotos.q.falamFotos.q.falam
Fotos.q.falamcab3032
 
Santiago de compostela n pp 97 2003 +
Santiago de compostela n pp 97 2003 +Santiago de compostela n pp 97 2003 +
Santiago de compostela n pp 97 2003 +cab3032
 
O sol nasce
O sol nasceO sol nasce
O sol nascecab3032
 
Nada acontece por acaso
Nada acontece por acasoNada acontece por acaso
Nada acontece por acasocab3032
 
Momentos unicos _camille_sk
Momentos unicos _camille_skMomentos unicos _camille_sk
Momentos unicos _camille_skcab3032
 
Vues du ciel
Vues du cielVues du ciel
Vues du cielcab3032
 
Mesquita fabulosa
Mesquita fabulosaMesquita fabulosa
Mesquita fabulosacab3032
 
Figuras de cera
Figuras de ceraFiguras de cera
Figuras de ceracab3032
 
Faces do mundo
Faces do mundoFaces do mundo
Faces do mundocab3032
 
Madeira, Portugal
 Madeira, Portugal Madeira, Portugal
Madeira, Portugalcab3032
 
Aquitecturas fantásticas
Aquitecturas fantásticasAquitecturas fantásticas
Aquitecturas fantásticascab3032
 
Alfredo rodriguez
Alfredo rodriguezAlfredo rodriguez
Alfredo rodriguezcab3032
 
45 beautiful pictures nek - bob dylan
45 beautiful pictures   nek - bob dylan45 beautiful pictures   nek - bob dylan
45 beautiful pictures nek - bob dylancab3032
 
Freedom ship
Freedom shipFreedom ship
Freedom shipcab3032
 
Trucs en vrac
Trucs en vracTrucs en vrac
Trucs en vraccab3032
 
Preco do cerebro
Preco do cerebroPreco do cerebro
Preco do cerebrocab3032
 
Pe jacek yerka
Pe jacek yerkaPe jacek yerka
Pe jacek yerkacab3032
 
Passam os anos ..
Passam os anos ..Passam os anos ..
Passam os anos ..cab3032
 
O sistema
O sistemaO sistema
O sistemacab3032
 
Noemoravaemportugal1
Noemoravaemportugal1Noemoravaemportugal1
Noemoravaemportugal1cab3032
 

Mais de cab3032 (20)

Fotos.q.falam
Fotos.q.falamFotos.q.falam
Fotos.q.falam
 
Santiago de compostela n pp 97 2003 +
Santiago de compostela n pp 97 2003 +Santiago de compostela n pp 97 2003 +
Santiago de compostela n pp 97 2003 +
 
O sol nasce
O sol nasceO sol nasce
O sol nasce
 
Nada acontece por acaso
Nada acontece por acasoNada acontece por acaso
Nada acontece por acaso
 
Momentos unicos _camille_sk
Momentos unicos _camille_skMomentos unicos _camille_sk
Momentos unicos _camille_sk
 
Vues du ciel
Vues du cielVues du ciel
Vues du ciel
 
Mesquita fabulosa
Mesquita fabulosaMesquita fabulosa
Mesquita fabulosa
 
Figuras de cera
Figuras de ceraFiguras de cera
Figuras de cera
 
Faces do mundo
Faces do mundoFaces do mundo
Faces do mundo
 
Madeira, Portugal
 Madeira, Portugal Madeira, Portugal
Madeira, Portugal
 
Aquitecturas fantásticas
Aquitecturas fantásticasAquitecturas fantásticas
Aquitecturas fantásticas
 
Alfredo rodriguez
Alfredo rodriguezAlfredo rodriguez
Alfredo rodriguez
 
45 beautiful pictures nek - bob dylan
45 beautiful pictures   nek - bob dylan45 beautiful pictures   nek - bob dylan
45 beautiful pictures nek - bob dylan
 
Freedom ship
Freedom shipFreedom ship
Freedom ship
 
Trucs en vrac
Trucs en vracTrucs en vrac
Trucs en vrac
 
Preco do cerebro
Preco do cerebroPreco do cerebro
Preco do cerebro
 
Pe jacek yerka
Pe jacek yerkaPe jacek yerka
Pe jacek yerka
 
Passam os anos ..
Passam os anos ..Passam os anos ..
Passam os anos ..
 
O sistema
O sistemaO sistema
O sistema
 
Noemoravaemportugal1
Noemoravaemportugal1Noemoravaemportugal1
Noemoravaemportugal1
 

Obacalhau

  • 1. o BACALHAU À SUA MESA no INÍCIO DO SÉC. XX
  • 2. Na terceira década do Séc. XIX, Portugal achou que tinha chegado o momento de deixar de depender na totalidade do bacalhau importado e, depois de um interregno de cerca de 2,5 séculos, apetrechou-se de novo e iniciou a pesca do «FIEL AMIGO»... De qualquer modo, só no inicio do Séc. XX os habitantes das margens da Ria de Aveiro iniciaram novamente a pesca longínqua em pleno.
  • 3. Todos os anos, no início da primavera, reunia-se junto à Torre de Belém uma frota de diversos veleiros dos portos de Viana do Castelo, Porto, Aveiro, Figueira da Foz e Lisboa, que rumava aos mares da Terra Nova e Gronelândia, onde procuravam carregar os seus porões de bacalhau.
  • 4. Durante a viagem até àquelas paragens longínquas, geladas e inóspitas, cada pescador aparelhava a pequena embarcação (DORI) que iria utilizar no Grande Banco para pescar o «Fiel Amigo».
  • 5. A Terra Nova, rodeada por bancos ricos em bacalhau e outras espécies, enchia-se de centenas de navios transformando-se numa autêntica Babel de todos aqueles países que incluíam na sua alimentação ou exportavam aquele peixe.
  • 6. Chegados os grandes veleiros aos bancos, era a altura de arriar os doris e cada pescador iniciar a sua safra, dia a dia, até os porões dos navios estarem repletos de peixe .
  • 7. Com o seu lugre por perto e geralmente visível, os pescadores iscavam as suas linhas e iam, ao longo de intermináveis dias, pescando e transportando para o seu navio o peixe com que carregavam as suas pequenas embarcações.
  • 8. A pesca à linha era uma actividade que preservava a espécie, pois as linhas, anzóis e os iscos utilizados permitiam, logo à partida, fazer uma selecção dos animais capturados.
  • 9. Terminada a pesca diária, era chegada a hora de escalar o bacalhau para salgar no porão do navio já com o aspecto que se compra no dia a dia, retirando-lhe diversas partes, que constituem também outros elementos da cozinha tradicional, em que se podem destinguir as caras, as línguas e os samos
  • 10. No Lugre havia sempre um grupo diminuto de pessoas encarregado do navio e, entre eles, os cozinheiros eram uma peça importante que mantinham todos com saúde para aguentarem tão dura profissão. Dessa ementa, utilizada a bordo, é de distinguir a CHORA, uma sopa de caras de bacalhau, que quase diariamente alimentava a tripulação.
  • 11. Os veleiros, no seu movimento constante para encontrarem bons pesqueiros, faziam largo uso das suas velas, que muitas vezes exigiam alguns cuidados.
  • 12. Aproxima-se o outono... o tempo começa a refrescar... os porões estão quase cheios... chegou o momento de rumar até ao porto de origem e ao aconchego do lar, onde o bacalhau sofre a sua penúltima etapa.
  • 13. Chegado à SECA o «Fiel Amigo», depois de lavado e seco ao sol, está pronto para ser colocado nos meios de distribuição e entrar no lar de cada um de nós.
  • 14. Depois de todas as andanças que referimos, o bacalhau chega à nossa mesa suculento e delicioso, transformado num dos mais de mil pratos diferentes, que podem satisfazer o mais refinado paladar,
  • 15. Muitos dos belos navios que fizeram a epopeia do bacalhau do sec XX rumaram para outros locais onde cumprem missões diferentes como este, o «ARGUS», hoje «POLINESIA II», que transporta turistas e o «CREOULA», transformado em navio escola da armada Portuguesa.
  • 16. O «SABER» não ocupa lugar * Dá a conhecer aos teus amigos a história daqueles destemidos lobos do mar que sulcavam o oceano nos seus veleiros, para encontrarem essa iguaria tão apreciada por nós... O BACALHAU do Clube Natureza e Aventura de Ilhavo