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INSPIRAÇÃO E INTERPRETAÇÃO BÍBLICA
O QUE É A INSPIRAÇÃO BÍBLICA
• É UM CONCEITO TEOLÓGICO QUE FALA DA FORMA EM QUE A BÍBLIA FOI
ESCRITA E A GARANTIA DA QUALIDADE INERRANTE DO TEXTO BÍBLICO.
• “A INSPIRAÇÃO BÍBLICA DEVERIA SER DEFINIDA NOS MESMOS TERMOS
TEOLÓGICOS QUE DEFINEM A INSPIRAÇÃO PROFÉTICA: A SABER, COMO O
PROCESSO INTEIRO [...] POR MEIO DO QUAL DEUS MOVEU OS HOMENS QUE
HAVIA ESCOLHIDO E PREPARADO (cf. Jr 1:5; Gl 1:15) PARA ESCREVER
EXATAMENTE O QUE ELE QUERIA QUE FOSSE ESCRITO, A FIM DE COMUNICAR
A INSTRUÇÃO DE SALVAÇÃO AO SEU POVO E, ATRAVÉS DELE, AO MUNDO.
ASSIM, A INSPIRAÇÃO BÍBLICA É VERBAL POR SUA PRÓPRIA NATUREZA, POIS
A ESCRITURA RESPIRADA POR DEUS É CONSTITUIDA PELAS PALAVRAS
DADAS POR ELE” (J. I. PACKER “A Inspiração da Bíblia” in “A origem da Bíblia. p.
45).
• Antônio Gilberto define inspiração nos seguintes moldes: “(...) é a
influência sobrenatural do Espírito Santo como um sopro sobre os
escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a
mensagem sem mistura de erro” (GILBERTO, Antônio. A Bíblia: o livro, a história,
a mensagem. 2 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1982. p. 87).
• Louis Berkhof disse:
• O significado do termo “inspiração” é um tanto indefinido e requer
uma precisão maior. Entendemos por inspiração a influência
sobrenatural exercida pelo Espírito Santo sobre os escritores
sagrados, pela virtude do qual seus escritos receberam
autenticidade divina, e constituem uma regra infalível e suficiente
de fé e prática (BERKHOF, Louis. Princípios de Interpretação Bíblica. São Paulo:
Cultura Cristã, 2000. p. 39).
• Pode-se definir a inspiração de maneira bem simples, como segue: “A
inspiração das Escrituras é aquela influência que Deus exerceu sobre os
autores humanos por intermédio de quem o Antigo Testamento foram escritos”
(Chafer).
• “A inspiração, quando aplicada à Bíblia, é o sopro de Deus dentro dos homens,
habilitando-os dessa forma a receber e a comunicar a verdade divna” (Miller).
• “A inspiração bíblica é aquela influência do Espírito Santo sobre certos homens
escolhidos por Deus para ensinar Sua vontade, que os guardava de erro na
comunicação de tudo que deveria construir uma parte da revelação divina”
(Miles). Miles acrescenta ainda: “Essa influência se estendia: 1º - à isenção do
erro no relato dos fatos históricos; 2º - à confirmação autoritária das verdades
da revelação natural às quais fez referência; 3º - à revelação sobrenatural, ou
seja, às verdades que só podem ser conhecidas por revelação direta de Deus”.
• “A bíblia é Deus falando por meio do Espírito Santo aos homens, por
intermédio dos homens” (Donald D. Turner).
• “Assim notamos que Deus é a origem das Escrituras, porque não somente
impulsionou seus autores humanos a escrever, mas também os guiou
enquanto escreviam. É claro, portanto, que se houver erro nas Escrituras
Originais, então o erro é da parte de Deus, o que já é um absurdo. A obra de
Deus é perfeita, e de conformidade com Seu caráter” (Donald D. Turner).
O QUE A INSPIRAÇÃO BÍBLICA NÃO É
• Inspiração bíblica também não é o mesmo que inspiração poética ou
artística
A INSPIRAÇÃO DO ANTIGO TESTAMENTO
• “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de
que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para
toda boa obra” (II Tm 3:16-17).
• Quando a Bíblia relata o pecado de Davi, o relato é inspirado e digno
de confiança, mas, a atitude de Davi é reprovável.
• “Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura
provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer
profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos]
falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (II Pe 1:20-
21).
• (1) Toda Escritura, isto é, a Bíblia, é considerada como um todo, porque a
revelação de Deus constitui uma obra só, e aqui percebemos que todas as
porções tem a mesma origem e a mesma autoridade. (2) É inspirada por
Deus, o que nos fornece sua origem e método pelo qual a Bíblia foi feita
palavra divina; foi o Espírito de Deus que operou por intermédio dos
escritores humanos escolhidos, fazendo que as palavras escritas fossem as
mesmas palavras que Deus desejava transmitir. (3) É útil... porque Deus não
faz coisas inúteis: e nisso temos uma prova preciosa da inspiração divina. A
palavra de Deus produz os seguintes efeitos nas vidas dos que a seguem: (a)
para o ensino, pois os homens aprendem nela novas verdades acerca de
Deus e sua vontade; (b) para a repreensão, quando lida, pois então os
homens se lembrem de seus pecados de que ainda não tinham consciência;
(c) para a correção, pois retifica nossas vidas, nossa maneira de agir e de
pensar; (d) para a educação na justiça, pois esclarece o caminho pelo qual
devemos palmilhar. Esse é o efeito da Bíblia, onde quer que seja lida, e é
uma das mais poderosas provas de sua divina inspiração, visto que não há
outro livro no mundo que provoque tais transformações nas vidas de seus
leitores.
• (4) ... A fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente
habilitado para toda boa obra. Que propósito digno de Deus, em
todos os sentidos! O Senhor quer que “seus homens sejam efeitos, e
inspirou a Bíblia para realizar esse propósito (1 João 2:1); Ele quer que
os Seus pratiquem as boas obras (Efésios 2:10; Tito 2:14), pelo que
também inspirou a Bíblia para que os Seus possam ser perfeitamente
instruídos ou habilitados para as mesmas. (TURNER, Donald. D. Introdução ao
Antigo Testamento. São Paulo: Batista Regular, 2004. p. 41).
OS MANUSCRITOS DO ANTIGO TESTAMENTO
• As cópias eram feitas à mão numa época onde não havia livrarias, nem
sites, nem imprensa.
• O processo era longo e lento e era feito por profissionais
• Havia uma série de regras para as cópias dos textos do Antigo
Testamento.
1) O pergaminho tinha de ser feito da pele de animais cerimonialmente
limpos, e as peles, costuradas umas às outras, com cordões tirados de
animais limpos, era um trabalho que devia ser feito por um judeu.
2) Cada coluna tinha de ter não mais de sessenta linhas e não menos de
quarenta e oito.
3) A tinta, feita segundo fórmula especial, era negra.
4) O escriba tinha que copiar um manuscrito autêntico e nunca deveria
escrever qualquer palavra de memória.
5) Com reverência, tinha que limpar sua pena antes de escrever a palavra
“Deus”, e era absolutamente necessário banhar todo o corpo antes de
escrever a palavra “Jeová” (Iavé).
6) Havia regras escritas a respeito da forma das letras, dos espaços entre as
letras, palavras e divisões, a cor do pergaminho, o uso da pena, etc.
7) O rolo tinha que ser revisado dentro dos trinta dias seguintes depois de
terminado, ou ficaria sem valor. Um erro condenava a folha; três erros
encontrados numa folha só condenava todo o manuscrito; por três palavras
escritas fora da linha, o todo era rejeitado.
8) Cada palavra e cada letra eram contadas, e se uma letra faltava ou
sobrava, ou se uma letra tocava em outra, tudo era condenado e queimado
em seguida. E havia ainda muitas outras regras.
(TURNER, Donald. D. Introdução ao Antigo Testamento. São Paulo: Batista Regular, 2004. p. 32-33).
• Um certo inglês chamado Kennicott, e um italiano de
nome Rossi examinaram entre si o número total de
1686 diferentes manuscritos hebraicos, e provaram
que todos apresentam praticamente o mesmo texto.
Visto que tudo foi copiado à mão. É admirável que as
variações sejam insignificantes.
• (TURNER, Donald. D. Introdução ao Antigo Testamento. São Paulo: Batista Regular, 2004. p. 33).
A INSPIRAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO
• Paulo faz menção do evangelho de Lucas (Lc 10:7), chamando-
o de “Escritura” e colocando-o em pé de igualdade, digno do
mesmo título de “Escritura”, que o livro de Deuteronômio (Dt
25:4), em I Timóteo 5:18, que diz: “Pois a Escritura declara: Não
amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é
digno do seu salário”. Em I Coríntios 9:14 Paulo menciona o
versículo de Lucas de outra forma, mais uma vez alegando
autoridade escriturística onde diz: “Assim ordenou também o
Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho”.
• “E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como
igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a
sabedoria que lhe foi dada, ao falar acerca destes assuntos, como,
de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há
certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis
deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a
própria destruição deles” (II Pe 3:15-16).
• [...] há como mostrar que também o Novo Testamento é de origem
divina. Temos passagens como 1Ts 2:13. Mas o texto mais
importante é mesmo Jo 14:26, que nos permite afirmar que o Novo
Testamento é um projeto do próprio Senhor Jesus Cristo. Ele, que
citou e cumpriu o Antigo Testamento, prometeu também o Novo
Testamento. Fez isto ao prometer o Consolador, o Espírito Santo,
explicando que este “vos ensinará todas as coisas e fará lembrar
de tudo que vos tenho dito”. Costumamos aplicar isto a nós, no
âmbito da iluminação ou interpretação dos textos. Mas, no
contexto em que foram proferidas, essas palavras têm em vista a
revelação.
• Aquele “vos” refere-se aos apóstolos que estavam com Jesus durante
aquela ceia de despedida. E foi a esses apóstolos e evangelistas que
o Espírito Santo lembrou o que Jesus tinha dito. Eles foram ensinados
pelo Consolador. E desta lembrança e deste ensino resultou o Novo
Testamento. Assim, podemos afirmar que os apóstolos de Cristo nos
deram duas dádivas: o Antigo Testamento interpretado como livro de
Cristo (seguindo o caminho indicado pelo próprio Jesus em Lc 24:44);
e o testemunho de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. O primeiro
já era um livro quando a Igreja Cristã nasceu, podendo-se dizer que
ela nasceu com uma Bíblia no berço. O segundo veio a ser um livro, o
nosso Novo Testamento (SCHOLZ, Vilson. E ZIMMER, Rudi in: Manual do Seminário de
Ciências Bíblicas. “A Bíblia: sua natureza, funções e finalidade”. Barueri: SBB, 2008. p. 10).
MANUSCRITOS DO NOVO TESTAMENTO
• O processo de cópias do Novo Testamento foi muito diferente do
Antigo.
• O NT não foi reproduzido por profissionais.
• O NT não teve as regras de cópias do AT
• O NT não tem cópias apenas em um idioma
• O NT tem muito mais cópias
CONCLUSÃO
• A bíblia é a Palavra de Deus inspirada pelo Espírito Santo. Ela
é confiável em tudo o que diz, seja em questões históricas,
geográficas, teológicas e psicológicas. Não há nenhum erro na
bíblia, nem científico, nem gramatical ou qualquer outro assunto
a que os textos bíblicos façam menção.
• Vimos bastante sobre o papel do Espírito Santo na inspiração e
preservação das Escrituras, agora veremos qual o papel do
Espírito Santo na interpretação do texto bíblico. Em suma, quão
dependentes somos do Espírito Santo na hermenêutica? Um
não cristão pode interpretar corretamente a Bíblia?

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Inspiração e interpretação bíblica 3

  • 2. O QUE É A INSPIRAÇÃO BÍBLICA • É UM CONCEITO TEOLÓGICO QUE FALA DA FORMA EM QUE A BÍBLIA FOI ESCRITA E A GARANTIA DA QUALIDADE INERRANTE DO TEXTO BÍBLICO. • “A INSPIRAÇÃO BÍBLICA DEVERIA SER DEFINIDA NOS MESMOS TERMOS TEOLÓGICOS QUE DEFINEM A INSPIRAÇÃO PROFÉTICA: A SABER, COMO O PROCESSO INTEIRO [...] POR MEIO DO QUAL DEUS MOVEU OS HOMENS QUE HAVIA ESCOLHIDO E PREPARADO (cf. Jr 1:5; Gl 1:15) PARA ESCREVER EXATAMENTE O QUE ELE QUERIA QUE FOSSE ESCRITO, A FIM DE COMUNICAR A INSTRUÇÃO DE SALVAÇÃO AO SEU POVO E, ATRAVÉS DELE, AO MUNDO. ASSIM, A INSPIRAÇÃO BÍBLICA É VERBAL POR SUA PRÓPRIA NATUREZA, POIS A ESCRITURA RESPIRADA POR DEUS É CONSTITUIDA PELAS PALAVRAS DADAS POR ELE” (J. I. PACKER “A Inspiração da Bíblia” in “A origem da Bíblia. p. 45).
  • 3. • Antônio Gilberto define inspiração nos seguintes moldes: “(...) é a influência sobrenatural do Espírito Santo como um sopro sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem sem mistura de erro” (GILBERTO, Antônio. A Bíblia: o livro, a história, a mensagem. 2 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1982. p. 87). • Louis Berkhof disse: • O significado do termo “inspiração” é um tanto indefinido e requer uma precisão maior. Entendemos por inspiração a influência sobrenatural exercida pelo Espírito Santo sobre os escritores sagrados, pela virtude do qual seus escritos receberam autenticidade divina, e constituem uma regra infalível e suficiente de fé e prática (BERKHOF, Louis. Princípios de Interpretação Bíblica. São Paulo: Cultura Cristã, 2000. p. 39).
  • 4. • Pode-se definir a inspiração de maneira bem simples, como segue: “A inspiração das Escrituras é aquela influência que Deus exerceu sobre os autores humanos por intermédio de quem o Antigo Testamento foram escritos” (Chafer). • “A inspiração, quando aplicada à Bíblia, é o sopro de Deus dentro dos homens, habilitando-os dessa forma a receber e a comunicar a verdade divna” (Miller). • “A inspiração bíblica é aquela influência do Espírito Santo sobre certos homens escolhidos por Deus para ensinar Sua vontade, que os guardava de erro na comunicação de tudo que deveria construir uma parte da revelação divina” (Miles). Miles acrescenta ainda: “Essa influência se estendia: 1º - à isenção do erro no relato dos fatos históricos; 2º - à confirmação autoritária das verdades da revelação natural às quais fez referência; 3º - à revelação sobrenatural, ou seja, às verdades que só podem ser conhecidas por revelação direta de Deus”.
  • 5. • “A bíblia é Deus falando por meio do Espírito Santo aos homens, por intermédio dos homens” (Donald D. Turner). • “Assim notamos que Deus é a origem das Escrituras, porque não somente impulsionou seus autores humanos a escrever, mas também os guiou enquanto escreviam. É claro, portanto, que se houver erro nas Escrituras Originais, então o erro é da parte de Deus, o que já é um absurdo. A obra de Deus é perfeita, e de conformidade com Seu caráter” (Donald D. Turner).
  • 6. O QUE A INSPIRAÇÃO BÍBLICA NÃO É
  • 7.
  • 8. • Inspiração bíblica também não é o mesmo que inspiração poética ou artística
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12. A INSPIRAÇÃO DO ANTIGO TESTAMENTO • “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (II Tm 3:16-17). • Quando a Bíblia relata o pecado de Davi, o relato é inspirado e digno de confiança, mas, a atitude de Davi é reprovável. • “Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (II Pe 1:20- 21).
  • 13. • (1) Toda Escritura, isto é, a Bíblia, é considerada como um todo, porque a revelação de Deus constitui uma obra só, e aqui percebemos que todas as porções tem a mesma origem e a mesma autoridade. (2) É inspirada por Deus, o que nos fornece sua origem e método pelo qual a Bíblia foi feita palavra divina; foi o Espírito de Deus que operou por intermédio dos escritores humanos escolhidos, fazendo que as palavras escritas fossem as mesmas palavras que Deus desejava transmitir. (3) É útil... porque Deus não faz coisas inúteis: e nisso temos uma prova preciosa da inspiração divina. A palavra de Deus produz os seguintes efeitos nas vidas dos que a seguem: (a) para o ensino, pois os homens aprendem nela novas verdades acerca de Deus e sua vontade; (b) para a repreensão, quando lida, pois então os homens se lembrem de seus pecados de que ainda não tinham consciência; (c) para a correção, pois retifica nossas vidas, nossa maneira de agir e de pensar; (d) para a educação na justiça, pois esclarece o caminho pelo qual devemos palmilhar. Esse é o efeito da Bíblia, onde quer que seja lida, e é uma das mais poderosas provas de sua divina inspiração, visto que não há outro livro no mundo que provoque tais transformações nas vidas de seus leitores.
  • 14. • (4) ... A fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. Que propósito digno de Deus, em todos os sentidos! O Senhor quer que “seus homens sejam efeitos, e inspirou a Bíblia para realizar esse propósito (1 João 2:1); Ele quer que os Seus pratiquem as boas obras (Efésios 2:10; Tito 2:14), pelo que também inspirou a Bíblia para que os Seus possam ser perfeitamente instruídos ou habilitados para as mesmas. (TURNER, Donald. D. Introdução ao Antigo Testamento. São Paulo: Batista Regular, 2004. p. 41).
  • 15. OS MANUSCRITOS DO ANTIGO TESTAMENTO • As cópias eram feitas à mão numa época onde não havia livrarias, nem sites, nem imprensa. • O processo era longo e lento e era feito por profissionais • Havia uma série de regras para as cópias dos textos do Antigo Testamento. 1) O pergaminho tinha de ser feito da pele de animais cerimonialmente limpos, e as peles, costuradas umas às outras, com cordões tirados de animais limpos, era um trabalho que devia ser feito por um judeu. 2) Cada coluna tinha de ter não mais de sessenta linhas e não menos de quarenta e oito. 3) A tinta, feita segundo fórmula especial, era negra.
  • 16. 4) O escriba tinha que copiar um manuscrito autêntico e nunca deveria escrever qualquer palavra de memória. 5) Com reverência, tinha que limpar sua pena antes de escrever a palavra “Deus”, e era absolutamente necessário banhar todo o corpo antes de escrever a palavra “Jeová” (Iavé). 6) Havia regras escritas a respeito da forma das letras, dos espaços entre as letras, palavras e divisões, a cor do pergaminho, o uso da pena, etc. 7) O rolo tinha que ser revisado dentro dos trinta dias seguintes depois de terminado, ou ficaria sem valor. Um erro condenava a folha; três erros encontrados numa folha só condenava todo o manuscrito; por três palavras escritas fora da linha, o todo era rejeitado. 8) Cada palavra e cada letra eram contadas, e se uma letra faltava ou sobrava, ou se uma letra tocava em outra, tudo era condenado e queimado em seguida. E havia ainda muitas outras regras. (TURNER, Donald. D. Introdução ao Antigo Testamento. São Paulo: Batista Regular, 2004. p. 32-33).
  • 17. • Um certo inglês chamado Kennicott, e um italiano de nome Rossi examinaram entre si o número total de 1686 diferentes manuscritos hebraicos, e provaram que todos apresentam praticamente o mesmo texto. Visto que tudo foi copiado à mão. É admirável que as variações sejam insignificantes. • (TURNER, Donald. D. Introdução ao Antigo Testamento. São Paulo: Batista Regular, 2004. p. 33).
  • 18. A INSPIRAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO • Paulo faz menção do evangelho de Lucas (Lc 10:7), chamando- o de “Escritura” e colocando-o em pé de igualdade, digno do mesmo título de “Escritura”, que o livro de Deuteronômio (Dt 25:4), em I Timóteo 5:18, que diz: “Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário”. Em I Coríntios 9:14 Paulo menciona o versículo de Lucas de outra forma, mais uma vez alegando autoridade escriturística onde diz: “Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho”.
  • 19. • “E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles” (II Pe 3:15-16).
  • 20. • [...] há como mostrar que também o Novo Testamento é de origem divina. Temos passagens como 1Ts 2:13. Mas o texto mais importante é mesmo Jo 14:26, que nos permite afirmar que o Novo Testamento é um projeto do próprio Senhor Jesus Cristo. Ele, que citou e cumpriu o Antigo Testamento, prometeu também o Novo Testamento. Fez isto ao prometer o Consolador, o Espírito Santo, explicando que este “vos ensinará todas as coisas e fará lembrar de tudo que vos tenho dito”. Costumamos aplicar isto a nós, no âmbito da iluminação ou interpretação dos textos. Mas, no contexto em que foram proferidas, essas palavras têm em vista a revelação.
  • 21. • Aquele “vos” refere-se aos apóstolos que estavam com Jesus durante aquela ceia de despedida. E foi a esses apóstolos e evangelistas que o Espírito Santo lembrou o que Jesus tinha dito. Eles foram ensinados pelo Consolador. E desta lembrança e deste ensino resultou o Novo Testamento. Assim, podemos afirmar que os apóstolos de Cristo nos deram duas dádivas: o Antigo Testamento interpretado como livro de Cristo (seguindo o caminho indicado pelo próprio Jesus em Lc 24:44); e o testemunho de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. O primeiro já era um livro quando a Igreja Cristã nasceu, podendo-se dizer que ela nasceu com uma Bíblia no berço. O segundo veio a ser um livro, o nosso Novo Testamento (SCHOLZ, Vilson. E ZIMMER, Rudi in: Manual do Seminário de Ciências Bíblicas. “A Bíblia: sua natureza, funções e finalidade”. Barueri: SBB, 2008. p. 10).
  • 22. MANUSCRITOS DO NOVO TESTAMENTO • O processo de cópias do Novo Testamento foi muito diferente do Antigo. • O NT não foi reproduzido por profissionais. • O NT não teve as regras de cópias do AT • O NT não tem cópias apenas em um idioma • O NT tem muito mais cópias
  • 23. CONCLUSÃO • A bíblia é a Palavra de Deus inspirada pelo Espírito Santo. Ela é confiável em tudo o que diz, seja em questões históricas, geográficas, teológicas e psicológicas. Não há nenhum erro na bíblia, nem científico, nem gramatical ou qualquer outro assunto a que os textos bíblicos façam menção. • Vimos bastante sobre o papel do Espírito Santo na inspiração e preservação das Escrituras, agora veremos qual o papel do Espírito Santo na interpretação do texto bíblico. Em suma, quão dependentes somos do Espírito Santo na hermenêutica? Um não cristão pode interpretar corretamente a Bíblia?