O problema abordado nesta apresentação é o paradoxo de que as práticas abertas de pesquisa científica, pensadas como um recurso para ampliar ao máximo o acesso e a troca entre cientistas, e também a participação da cidadania na execução e mesmo na proposição da pesquisa, com clara inspiração democratizante, acabem tendo como maiores beneficiários as grandes corporações que têm a capacidade de processar grande volume de dados. O argumento central é que a constituição do bem comum, ou commons, necessita de uma estratégia de gestão e proteção contra sua expropriação privada. Neste sentido, as licenças alternativas são apresentadas como ferramentas jurídicas que podem fazer frente a esta questão.