O documento discute como a conveniência se tornou uma estratégia importante para o varejo. Lojas físicas estão agregando serviços digitais e empresas de comércio eletrônico estão abrindo lojas físicas para oferecer mais conveniência aos clientes. Redes varejistas também estão abrindo lojas menores e de proximidade para atender melhor as necessidades dos consumidores.
2. O ambiente varejista está mudando rapidamente. Novos modelos de negócio
de lojas estão surgindo e, outros nem tão novos assim, estão revendo seus
formatos e agregando serviços que transformam seus negócios, tendo a
conveniência como estratégia.
A tecnologia que a cada dia nos facilita a vida, encurtou a distância, o tempo e
o acesso ao conhecimento. Já nos tornamos seres com hábitos onde
procuramos a facilidade do mundo digital em todos os lugares. As pessoas já
não têm mais tempo nem paciência para serviços pessoais lentos e
ineficientes. O resultado deste novo hábito tem uma resposta: conveniência. A
tecnologia nos trouxe conveniência e os clientes passaram a exigir rapidez e
agilidade em serviços que utilizam em qualquer relação de consumo, seja
online ou em uma experiência em loja física. Com a conveniência ao seu
alcance, os consumidores economizam dinheiro, ganham tempo e facilita a sua
rotina.
A tecnologia não precisa estar necessariamente evidente no contato com o
consumidor, porém, em muitos casos, a inteligência gerada pela relação digital
é utilizada para melhorar a relação com seus consumidores no ponto de venda.
Alexandre van Beeck
A Conveniência como estratégia.
3. A abertura de lojas físicas de empresas “pure players” –
que atua somente em um canal, no caso digital – é o
exemplo mais evidente de como a conveniência digital
pode ser aplicada no varejo físico.
A abertura da loja da Google Shop em Londres, a
expectativa de abertura de uma loja física da Amazon
em Nova York e a inauguração Dafiti Live aqui no Brasil,
são exemplos da transformação que os pontos de
vendas estão passando. Na loja brasileira não existe
caixa para pagar as compras. Das informações sobre o
produto até a finalização da compra, tudo é feito a partir
do aplicativo e a entrega feita na casa do cliente.
A ampliação de contato e recursos de conveniência
digital amplia os serviços das lojas físicas estimulando a
experimentação, relacionamento, criando uma nova
geração de lojas.
A Conveniência como estratégia.
4. A modernização do varejo tradicional passa diretamente pela
revisão de sua oferta, formatos e localização. Os
hipermercados estão sendo cada vez mais rejeitados pelos
consumidores, que não querem perder tempo percorrendo
longos corredores ou se deslocando para as grandes lojas.
Atento a este movimento, o Carrefour anunciou
recentemente na França sua estratégia de avançar na
abertura de lojas de proximidade, iniciada no Brasil em 2014.
O grupo francês, que tem quatro lojas de até 200 metros
quadrados em São Paulo, divulgou a ideia de inaugurar filiais
ainda menores de 80 a 90 metros quadrados em estações de
metrô no Rio de Janeiro. Segundo a análise feita pelo grupo,
este formato já consolidado na França com mais de 3600
lojas, tem demanda para expandir no Brasil.
Importante destacar que não é somente uma diminuição do
tamanho da loja, e sim repensar o sortimento, dar mais
autonomia aos gestores das lojas, escolher produtos com
melhores margens, priorizar sku’s de alto giro, além de
analisar a possível canibalização de vendas dos
hipermercados.
A Conveniência como estratégia.
5. Um mercado que movimenta cerca de R$ 5 bilhões com cerca de 6
mil lojas de conveniências está passando por uma profunda
mudança no seu conceito de oferta de serviços.
As novas demandas do consumidor moderno, a movimentação de
grandes redes supermercadistas como descrita acima, e a
estratégia de integração com os serviços de postos de gasolina –
que pode até dobrar o faturamento do empreendimento - estão
estimulando o repensar estratégico das lojas de conveniência. A
alimentação fora de casa vem se consolidando e o foodservice hoje
já representa 20% do faturamento das lojas de conveniência.
O AM/PM da rede Ipiranga vem gradativamente incluindo novos
serviços em suas lojas. Ao incluir uma padaria nos serviços
oferecidos pela loja, a Ipiranga aposta em um dos segmentos que
mais crescem no Brasil e um dos destinos mais procurados para
alimentação.
Ao agregar novos serviços, a empresa fortalece a marca,
desenvolve o relacionamento com seus consumidores e transforma
o negócio do posto de gasolina que tinha até então um commodity,
o combustível, como principal destino de compra.
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A Conveniência como estratégia.
6. Na última NRF Big Show, realizada em janeiro
em Nova York, o presidente do San Francisco
49ers – Paraag Marathe, apresentou o projeto
do seu novo estádio, o Levi’s Stadium.
O projeto de U$1.3 bilhões foi pensado em como
engajar e melhorar a experiência do torcedor,
desde o momento da compra à comodidade
dentro do estádio. Através do aplicativo do
estádio, os torcedores compram os ingressos e
tíquetes de estacionamento (sem necessidade
de imprimi-los), assitem replays segundos após
os lances acontecerem e o mais conveniente:
compram bebidas, alimentos, camisetas ou
bonés diretamente pelo aplicativo que são
entregues no seu assento do estádio.
Todos os dados captados pelo relacionamento
com seus torcedores, são utilizados para
entender os hábitos e preferências dos seus
torcedores e são a base para o desenvolvimento
de ações de engajamento e relacionamento.
A Conveniência como estratégia.
7. Sem dúvida que o consumidor mudou, se
tornou mais exigente e novos hábitos estão
mudando as relações de consumo.
Para tornar seu negócio mais conveniente e
como consequência mais competitivo e
moderno, deve-se olhar para dentro, analisar
quais serviços são complementares à sua
atual oferta, identificar quais soluções seus
consumidores buscam e agir rápido com
consistência.
A Conveniência como estratégia.