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EEF JOÃO BERNARDO FILHO
ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO
PSICOPEDAGOGO: FRANCISCO AURELIO RAMOS DA SILVA
DATA: 01/06/2015
ALUNO: Gabriel Marcos Da Silva
DATA DE NASCIMENTO: 26/03/2010
IDADE: 5 ANOS
PAIS: Edvar Pereira da Silva e Antônia Flavia Marcos do Nascimento
SÉRIE: Infantil 5 – A – Tarde – Mutisseriada
PROFESSORA: Francileuda Borges
NEE:
Criança com diagnóstico de Autismo.
CAUSA RECLAMADA:
A criança cospe, machuca as demais e consequentemente sofre a reação das mesmas.
PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE:
Encaminhada a criança à secretaria, foi colocada numa mesa com vários recursos, tais
como: cola, tesoura, lápis, caneta, pincéis, tinta guache, folhas de papel sulfite, barbante,
brinquedo etc.
Durante alguns minutos a criança apenas olhou todos os objetos, não esboçou nenhuma
reação e não teve nenhuma iniciativa, como seria esperado. Falou sobre as cores e pra que
servia cada objeto, no entanto, não executava o que dizia (Por exemplo: O lápis pra pintar, a
tesoura pra cortar, e a cola pra colar). Se ocupou inicialmente a fazer várias perguntas, sobre
assuntos diversos, algumas vezes incompreensivas e sem lógica. Compulsivamente perguntava
várias coisas ao mesmo tempo, não esperava resposta. Na sua fala se observou um grave
problema de dicção.
Durante o atendimento, a criança bocejava muito, ao ser interrogado se estava com
sono, ele disse que sim. E quando se perguntou o que fazia quando estava com sono, ele
respondeu, bebo café.
Demonstrou uma grande inquietação, não se concentrava em nada, qualquer barulho ou
presença de alguém ele se incomodava.
O tempo inteiro se reportava de forma alheia, Você faz isso...? Você pega isso...? Você
gosta disso...? Você comprou isso...? Ao ser perguntada com a mesma intensidade, ele parava
de perguntar e respondia prontamente o que sabia.
Enquanto as canetinhas estavam no estojo, ele não se interessou, logo que foram
tiradas, ele pegou e começou a rabiscar a folha de papel, sempre conversando, perguntando e
dizendo a cor utilizada. Seu primeiro desenho foi uma imagem geométrica, que pintou de várias
cores e disse ser um castelo. Depois pegou o brinquedo, disse o que era e sua cor, no caso,
uma guitarra de plástico, verde. Dedilhava como se estivesse realmente tocando.
Demonstrou senso de organização, tampava as canetas após o uso, e as colocava no
local que havia tirado.
Seu próximo desenho era estranho, quando interrogado, sobre a figura, ele disse ser um
monstro e falou sobre acidente, o que não foi muito compreensivo e um comportamento
incomum. Constantemente repetia a palavra castelo. Passou a desenhar outra imagem, pintou
de preto e chamou também de monstro, a imagem tinha característica de um homem. Em
seguida, desenhou outro boneco menor. Chamou de homem.
Notou-se que se cansou, e voltou a brincar com o violão. Logo depois voltou a pintar
novamente, utilizando tinha guache, sempre dizendo o nome das cores, e em nenhum momento
misturou as tintas e os pinceis. Os separou cada um em seu vidro de tinta de acordo com a cor
utilizada. Começou a pintar livremente, sem formas, utilizando o pincel e tinta guache. Disse que
o desenho de cor preta era um castelo, palavra que repetia muito.
Numa outra folha, desenhou uma figura a lápis, com formatos geométricos e pintou de
várias cores, deu nome a figura de carne do dragão, outra palavra que ele repetia muito sem
lógica.
Ao ser solicitado que contasse os potes de tintas, ele não contou ordenadamente, disse
alguns números de forma aleatória. A partir desse momento, a criança ficou livremente com o
material.
CONVERSA COM A MÃE DA CRIANÇA
Flávia engravidou quatro vezes, todos anteriores ao Gabriel, e sofreu aborto espontâneo.
Relatou ter tido câncer de colo de útero. E que suas gravidezes foram todas de risco, com
presença de eclampsia. Comentou também que o menino Gabriel foi prematuro, de pouca mais
de 7 meses. Teve parto cesariano, com perda antecipada de líquido de amniótico. Ficou um
certo período na UTI por complicações do parto. Tem histórico de pressão alta, insuficiência
renal;
É casada a 14 anos, tendo estabelecido o matrimonio aos 16 anos. Justificou o cedo
casamento como forma de estabelecer uma família, dadas as condições limitantes da casa dos
pais na época. Gabriel é seu filho único. Perguntado sobre as consequências do histórico dos
abortos e da dificuldade de engravidar, a mãe afirmou que precisou de acompanhamento
psicológico, por conta dos traumas que viveu, e estado nervoso que teria ficado. Tem 30 anos de
idade, filha de pais separados. Afirmou que o problema do filho não a incomodava, pois lidava
com esse diagnóstico antes mesmo de Gabriel completar um ano de idade. Mas assegurou que
a forma como as pessoas tratavam e viam o seu filho a incomodava, pois transparecia pena do
mesmo. No mesmo período do diagnóstico, a criança sofreu convulsão.
Seu marido é autônomo e passa maior parte do tempo fora de casa. Comentou que
Gabriel não se sentia muito a vontade com o pai, e que o mesmo não dispunha de paciência pra
lidar com o filho. Acrescentou que o menino só se sentia seguro com ela. Ao ser questionada
sobre a relação dele com a escola, afirmou que ele gosta de estudar, e que já percebia um
avanço considerável na aprendizagem do mesmo. Não ignorou o comportamento peculiar do
filho, o que demonstrou entendimento, requerendo apenas uma atenção maior, considerando as
necessidades do mesmo.
ANÁLISE PSICOPEDAGÓGICA:
É notório que a criança possui dificuldade na interação social, como contato visual,
expressão facial, gestos, dificuldade em fazer amigos, dificuldade em expressar emoções,
comportamento próprio de um autista;
Apresenta prejuízo na comunicação, como dificuldade em iniciar ou manter uma
conversa, uso repetitivo da linguagem;
Alterações comportamentais, como não saber brincar de faz de conta, padrões
repetitivos de comportamentos, tem muitas "manias" e apresentar intenso interesse por algo
específico, como um brinquedo, por exemplo.
POSSÍVEL CAUSA:
Complicações durante a gravidez ou parto.
ENCAMINHAMENTOS PEDAGÓGICOS – SUGESTÃO DE ATIVIDADES
 As tarefas complicadas devem ser quebradas em pequenas partes.
 Atividades de repetição não são indicadas.
 Não apresente ao aluno atividades longas e de difíceis interpretações.
 Simplifique atividades desafiadoras e abstratas.
 Transforme questões subjetivas em questões de múltipla escolha.
 Use material visual para fazer com que a atividades pareçam mais concretas.
 Use cartões para resumir os passos para a realização de tarefas ou as atividades da agenda
diária.
 Ofereça intervalos para exercícios físicos e limite o tempo necessário para a atividade.
 Horários visuais ajudam na noção do tempo e no controle da ansiedade e na administração
da tolerância;
 Alternar entre atividades difíceis e fáceis, e momento de brincar.
 Use comandos simples, com poucas palavras e seja direto.
 Apresente escolhas. Sempre.
 Devem ser reforçadas as regras de convivência, como respeito aos amigos e tolerância.
 Ter máximo de cuidado para não passar para outras crianças as limitações do autista,
evitando bullying.
 Usar um rodízio de amigos.
 Deixe permitido para o aluno uma área na escola em que ele possa ficar sozinho e fazer o
que gosta.
 Oferecer uma atenção diferenciada.
 Sempre fazer interrogações sobre suas atitudes.

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  • 1. EEF JOÃO BERNARDO FILHO ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO PSICOPEDAGOGO: FRANCISCO AURELIO RAMOS DA SILVA DATA: 01/06/2015 ALUNO: Gabriel Marcos Da Silva DATA DE NASCIMENTO: 26/03/2010 IDADE: 5 ANOS PAIS: Edvar Pereira da Silva e Antônia Flavia Marcos do Nascimento SÉRIE: Infantil 5 – A – Tarde – Mutisseriada PROFESSORA: Francileuda Borges NEE: Criança com diagnóstico de Autismo. CAUSA RECLAMADA: A criança cospe, machuca as demais e consequentemente sofre a reação das mesmas. PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE: Encaminhada a criança à secretaria, foi colocada numa mesa com vários recursos, tais como: cola, tesoura, lápis, caneta, pincéis, tinta guache, folhas de papel sulfite, barbante, brinquedo etc. Durante alguns minutos a criança apenas olhou todos os objetos, não esboçou nenhuma reação e não teve nenhuma iniciativa, como seria esperado. Falou sobre as cores e pra que servia cada objeto, no entanto, não executava o que dizia (Por exemplo: O lápis pra pintar, a tesoura pra cortar, e a cola pra colar). Se ocupou inicialmente a fazer várias perguntas, sobre assuntos diversos, algumas vezes incompreensivas e sem lógica. Compulsivamente perguntava várias coisas ao mesmo tempo, não esperava resposta. Na sua fala se observou um grave problema de dicção. Durante o atendimento, a criança bocejava muito, ao ser interrogado se estava com sono, ele disse que sim. E quando se perguntou o que fazia quando estava com sono, ele respondeu, bebo café. Demonstrou uma grande inquietação, não se concentrava em nada, qualquer barulho ou presença de alguém ele se incomodava. O tempo inteiro se reportava de forma alheia, Você faz isso...? Você pega isso...? Você gosta disso...? Você comprou isso...? Ao ser perguntada com a mesma intensidade, ele parava de perguntar e respondia prontamente o que sabia. Enquanto as canetinhas estavam no estojo, ele não se interessou, logo que foram tiradas, ele pegou e começou a rabiscar a folha de papel, sempre conversando, perguntando e dizendo a cor utilizada. Seu primeiro desenho foi uma imagem geométrica, que pintou de várias cores e disse ser um castelo. Depois pegou o brinquedo, disse o que era e sua cor, no caso, uma guitarra de plástico, verde. Dedilhava como se estivesse realmente tocando. Demonstrou senso de organização, tampava as canetas após o uso, e as colocava no local que havia tirado. Seu próximo desenho era estranho, quando interrogado, sobre a figura, ele disse ser um monstro e falou sobre acidente, o que não foi muito compreensivo e um comportamento incomum. Constantemente repetia a palavra castelo. Passou a desenhar outra imagem, pintou
  • 2. de preto e chamou também de monstro, a imagem tinha característica de um homem. Em seguida, desenhou outro boneco menor. Chamou de homem. Notou-se que se cansou, e voltou a brincar com o violão. Logo depois voltou a pintar novamente, utilizando tinha guache, sempre dizendo o nome das cores, e em nenhum momento misturou as tintas e os pinceis. Os separou cada um em seu vidro de tinta de acordo com a cor utilizada. Começou a pintar livremente, sem formas, utilizando o pincel e tinta guache. Disse que o desenho de cor preta era um castelo, palavra que repetia muito. Numa outra folha, desenhou uma figura a lápis, com formatos geométricos e pintou de várias cores, deu nome a figura de carne do dragão, outra palavra que ele repetia muito sem lógica. Ao ser solicitado que contasse os potes de tintas, ele não contou ordenadamente, disse alguns números de forma aleatória. A partir desse momento, a criança ficou livremente com o material. CONVERSA COM A MÃE DA CRIANÇA Flávia engravidou quatro vezes, todos anteriores ao Gabriel, e sofreu aborto espontâneo. Relatou ter tido câncer de colo de útero. E que suas gravidezes foram todas de risco, com presença de eclampsia. Comentou também que o menino Gabriel foi prematuro, de pouca mais de 7 meses. Teve parto cesariano, com perda antecipada de líquido de amniótico. Ficou um certo período na UTI por complicações do parto. Tem histórico de pressão alta, insuficiência renal; É casada a 14 anos, tendo estabelecido o matrimonio aos 16 anos. Justificou o cedo casamento como forma de estabelecer uma família, dadas as condições limitantes da casa dos pais na época. Gabriel é seu filho único. Perguntado sobre as consequências do histórico dos abortos e da dificuldade de engravidar, a mãe afirmou que precisou de acompanhamento psicológico, por conta dos traumas que viveu, e estado nervoso que teria ficado. Tem 30 anos de idade, filha de pais separados. Afirmou que o problema do filho não a incomodava, pois lidava com esse diagnóstico antes mesmo de Gabriel completar um ano de idade. Mas assegurou que a forma como as pessoas tratavam e viam o seu filho a incomodava, pois transparecia pena do mesmo. No mesmo período do diagnóstico, a criança sofreu convulsão. Seu marido é autônomo e passa maior parte do tempo fora de casa. Comentou que Gabriel não se sentia muito a vontade com o pai, e que o mesmo não dispunha de paciência pra lidar com o filho. Acrescentou que o menino só se sentia seguro com ela. Ao ser questionada sobre a relação dele com a escola, afirmou que ele gosta de estudar, e que já percebia um avanço considerável na aprendizagem do mesmo. Não ignorou o comportamento peculiar do filho, o que demonstrou entendimento, requerendo apenas uma atenção maior, considerando as necessidades do mesmo. ANÁLISE PSICOPEDAGÓGICA: É notório que a criança possui dificuldade na interação social, como contato visual, expressão facial, gestos, dificuldade em fazer amigos, dificuldade em expressar emoções, comportamento próprio de um autista; Apresenta prejuízo na comunicação, como dificuldade em iniciar ou manter uma conversa, uso repetitivo da linguagem; Alterações comportamentais, como não saber brincar de faz de conta, padrões repetitivos de comportamentos, tem muitas "manias" e apresentar intenso interesse por algo específico, como um brinquedo, por exemplo.
  • 3. POSSÍVEL CAUSA: Complicações durante a gravidez ou parto. ENCAMINHAMENTOS PEDAGÓGICOS – SUGESTÃO DE ATIVIDADES  As tarefas complicadas devem ser quebradas em pequenas partes.  Atividades de repetição não são indicadas.  Não apresente ao aluno atividades longas e de difíceis interpretações.  Simplifique atividades desafiadoras e abstratas.  Transforme questões subjetivas em questões de múltipla escolha.  Use material visual para fazer com que a atividades pareçam mais concretas.  Use cartões para resumir os passos para a realização de tarefas ou as atividades da agenda diária.  Ofereça intervalos para exercícios físicos e limite o tempo necessário para a atividade.  Horários visuais ajudam na noção do tempo e no controle da ansiedade e na administração da tolerância;  Alternar entre atividades difíceis e fáceis, e momento de brincar.  Use comandos simples, com poucas palavras e seja direto.  Apresente escolhas. Sempre.  Devem ser reforçadas as regras de convivência, como respeito aos amigos e tolerância.  Ter máximo de cuidado para não passar para outras crianças as limitações do autista, evitando bullying.  Usar um rodízio de amigos.  Deixe permitido para o aluno uma área na escola em que ele possa ficar sozinho e fazer o que gosta.  Oferecer uma atenção diferenciada.  Sempre fazer interrogações sobre suas atitudes.