1. A retórica envolve a arte de persuadir através de dois tipos de comunicação: demonstrações lógicas e argumentação para convencer auditórios. 2. A elaboração de discursos envolve cinco partes: invenção, disposição, elocução, memória e pronúncia. 3. O objetivo é informar, agradar e comover os ouvintes usando diferentes estilos e técnicas de argumentação, provas e apelo aos sentimentos.
1. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
INARTIFICIALES 14
PROBATIO
Convencer com provas ARTIFICIALES EXEMPLUM 20
Indícios certos
Animos ENTHYMEMA 21
Premissas relacionadas
Impellere
Qualidades do com o verosímil geral,
INVENTIO 2 orador mas não universal
Bom senso,
capacidade de avaliar Signos polissémicos
Orador e
sentimentos 15
Estima suscitada
EXORDIUM 7 através da
DISPOSITIO 3
ORDO sinceridade
NATURALIS 16
Simpatia, ser agradável,
NARRATIO 8 ORDO criar cumplicidade, não
ARTIFICIALIS 17 ferir as suscetibilidades
ARGUMENTATIO 9 PROBATIO 18
Constatar a concordância
entre tese e conclusão
Retórica 1 REFUTATIO 19
PERORATIO 10 Relembrar as provas
mais importantes
ELOCUTIO 4 Acrescentar mais uma ou
MOMENTOS TÍPICOS outra coisa para reforçar a
PURITAS 11 argumentação
MEIOS Suscitar sentimentos
PERSPICUITAS 12 favoráveis
à tese do orador
MEMORIA 5
ORNATUS 13
DOCERE 22
APTUS
DELECTARE 23
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MOVERE 24
PRONUNCIATO 6
2. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
1 Técnica para persuadir os outros. Começou na Grécia e
desenvolveu-se no período da República em Roma.
Envolve dois tipos de comunicações:
1- As demonstrações, que pertencem ao campo da
lógica e da ciência, que se dirigem a um auditório
universal em que são utilizadas premissas válidas
para todos.
2- A argumentação em que é necessário convencer,
persuadir. A elaboração do discurso envolve 5 partes.
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3. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
3 Trata-se da disposição das ideias e argumentos.
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4. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
2 Encontrar, procurar os argumentos, a «res» (coisa) e os
modos mais adequados de persuasão. Tudo existe, é
preciso encontrá-lo. O método baseia-se nos tópicos:
lugares-comuns por meio das perguntas: QUIS, QUID, UBI,
QUIBUS AUXILIIS, CUR, QUOMODO, QUANDO; ou
lugares gerais: o possível e o impossível, o real e o irreal, o
mais e o menos; lugares comuns de quantidade: o que a
maioria pensa; e lugares de qualidade: o único, o que não
se repete.
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5. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
4 Diz respeito às «verbas» (palavras) e às «virtutes
elucocionis» requisitos fundamentais para que o discurso
seja eficaz.
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6. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
5 Memorização do discurso.
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8. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
6 Execução do discurso.
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9. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
14 A prova não é produzida pelo orador. Este coloca-a de
maneira a que seja mais proveitosa: testemunhas, atos,
juramentos, provas objetivas.
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10. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
15 O orador tem que explorar os sentimentos dos ouvintes.
Isto implica explorar a amizade, a inveja, o ódio, a cólera
para alcançar os seus objetivos.
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11. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
20 Indução do particular para o geral. Comparação com um
facto real, episódio histórico, fictício, mitológico, literário.
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12. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
21 Baseia-se em premissas não absolutas, não universais
ou científicas, experiência humana.
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13. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
7 «iudicem attentum, benevolum docitem parare»(tornar o
juiz bem disposto, atento para aprender). O lugar-comum
típico é a «captatio benevolentiae». O orador finge que não
está à altura do argumento, para criar uma simpatia entre
ele e os ouvintes, criar um ambiente propício para que o
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14. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
discurso seja bem aceite. (Prólogo/Proémio/Invocação)
Serve para agradar/comover e o estilo é médio/sublime.
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10 Função de concluir o discurso, sempre com a finalidade
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15. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
de convencer. Trata-se de agradar e comover «movere et
delectare» e o estilo é médio/sublime.
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16. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
8 Exposição dos factos «brevis, perspicuo, probabilis»
(breve, conciso, claro na utilização dos argumentos,
verosímil). Serve para informar e o estilo é «humiles»
(humilde).
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17. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
9 Apresentação das provas. A função é informar («docere»)
e o estilo é humilde («humiles»).
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18. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
16 Ordem natural, lógica, causal, respeita a sequência
lógica. Corresponde à fábula. Sequência temporal lógica.
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19. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
17 Ordem que não respeita a sequência lógica.
Corresponde à intriga «in media res», recorre a prolepses e
analepses.
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20. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
18 Apresentação das provas favoráveis à tese defendida
pelo orador.
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21. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
19 Impugnar as provas e os argumentos do orador
adversário.
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23. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
11 Trata-se da língua em toda a sua pureza. O orador tem
que dominar a língua em termos gramaticais.
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24. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
22 Ensinar, explicar de maneira clara, convencer através
da racionalidade. O estilo é simples.
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25. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
23 Agradar. O estilo é médio. Uso de figuras de retórica.
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26. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
24 Comover, levar os ouvintes a partilhar a mesma opinião
através dos sentimentos. O estilo é sublime. Suscitar a
emoção. Subversão das normas linguísticas.
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27. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
12 Trata-se da clareza da expressão e do pensamento. É
um requisito necessário, mas não suficiente. Pois, o
discurso não pode ser demasiado «perspicuitas» para não
correr o erro de ser banal.
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28. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
13 Trata-se da virtude do discurso. Processos estilísticos
que o tornam mais belo, mais brilhante e eficaz. Através do
«ornatus» é possível comover e deleitar («movere et
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29. ESQUEMA ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
delectare»). São as figuras de sintaxe e de estilo.
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