De Antonio Meucci e Graham Bell à Tecnologia 3G - Telefone, Uma Evolução da Comunicação
Fundação Osvaldo Aranha - Centro Universitário de Volta Redonda
Comunicação Social com habilitação em Jornalismo
DE ANTONIO MEUCCI E GRAHAM BELL À TECNOLOGIA 3G:
TELEFONE, UMA EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO
Mayara Prado
Samyla Amanda Siqueira Duarte Neto
Taynah Brito de Andrade
Volta Redonda
2010
Mayara Prado
Samyla Amanda Siqueira Neto
Taynah Brito de Andrade
8º Período
DE ANTONIO MEUCCI E GRAHAM BELL À TECNOLOGIA 3G:
TELEFONE, UMA EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO
Artigo Científico apresentado como requisito
parcial para obtenção de nota da 2º AVD da
disciplina Mídias Digitais, ministrada pelo
professor doutor Rogério Souza.
Volta Redonda
2010
Resumo
O objetivo deste artigo é promover um embasamento teórico sobre a evolução
dos aparelhos celulares como tecnologia. O que antes era considerado objeto
de status, hoje pode ser atribuído a necessidade do mundo moderno. Para tal,
será evidenciado o surgimento dos primeiros aparelhos, passando por sua
evolução, até chegar aos dias atuais onde a tecnologia 3G ganha espaço no
cenário mundial e torna-se parte integrante do dia a dia das pessoas. Por meio
desse advento da tecnologia, diminuímos a distância entre as pessoas e os
obstáculos da informação.
Palavras-chave
Celular; tecnologia; informação.
História
A evolução tecnológica é um dos marcos da sociedade moderna e não é recente
que os meios de comunicação têm se destacado em meio a essa evolução;
principalmente no que se refere à telefonia.
O telefone teve seu primeiro protótipo em 1860, quando Antonio Meucci criou o
eletrofonecado, apesar de a criação ser atribuída a Alexander Graham Bell. E
mesmo que lentamente, esses primeiros telefones foram evoluindo e passando a
integrar a vida das pessoas. No Brasil, os primeiros telefones foram instalados no
Rio de Janeiro e em 1883, a cidade possuía cinco centrais, que interligavam 5000
linhas. Havia também a central interurbana, ligando a cidade do Rio à Petrópolis.
Em 1870, o telégrafo estava totalmente incorporado à vida cotidiana, mas apesar
disso não era utilizado em larga escala. As populações precisavam de algo mais
simples e que ao mesmo tempo permitisse uma comunicação mais aprofundada. É a
partir dessa demanda que o telefone começa a se destacar e a evoluir.
Foi somente em 1877, quando a experiência em telefonia chegou a Portugal, que
passou a crescer de forma mais organizada. Em 1930, foi inaugurado o primeiro
serviço de telefone automático.
Evolução
Os primeiros telefones eram conectados a uma central manual, operada por
uma telefonista. O assinante girava uma manivela para conseguir a corrente de
toque e chamar a telefonista que o atendia e, através da solicitação, promovia um
cruzamento dos pontos manualmente. E dessa forma um assinante era conectado
ao outro.
Com o advento das centrais automáticas foi possível incorporar aos aparelhos
telefônicos o disco, que enviava a sinalização de cada ponto, dispensando a
mediação de uma telefonista. Assim surge a sinalização decádica, que consiste em
uma série de 1 a 10 pulsos. Essa sinalização foi utilizada até a década de 60,
quando foi implantado o teclado eletrônico, que facilitavam a discagem e enviava os
pulsos mais rapidamente.
Com essa evolução e diante da enorme procura por essa facilidade que a
tecnologia oferecia, o sistema de telefonia ficou saturado. A enorme quantidade de
fios tornava quase impossível a transmissão dos dados, principalmente por longas
distâncias, além das muitas interferências entre chamadas.
Neste momento, o sistema de telefonia digital foi implantado, com o código
binário, que mais tarde passaria a ser utilizado também nos computadores. O novo
sistema, com carregamento bastante superior de dados, foi um divisor de águas no
campo da comunicação telefônica.
Celular: o ícone da modernidade
Nas primeiras décadas deste século, para auxiliar na comunicação marítima e
militar, os primeiros aparelhos móveis baseados no sistema de rádio foram
utilizados. O sistema desenvolvido era chamado de push-to-talk, onde para falar
acionava-se um botão que desabilitava a recepção, como nos antigos sistemas de
câmbio.
Na década de 80 surgiram os primeiros aparelhos de telefonia móvel, o
celular, que pesavam entre 3 e 10 quilos – porque, na verdade, eram telefones de
carro - consumiam muita bateria e, por conta do sinal analógico, possuíam baixa
qualidade de voz. Sua função era bastante específica: servia para efetuar e receber
chamadas.
Os primeiros aparelhos não tinham qualquer tela ou visor, eram aparelhos de
telefones, com teclado numérico, tal como os aparelhos de telefone de rede fixa.
Apenas não tinham fios.
Diante das deficiências do sistema analógico utilizado houve a necessidade
de se desenvolver um novo sistema, para que este fosse superado. Seria a segunda
geração de sistemas móveis, ou 2G. Porém, por mais que a segunda geração
oferecesse melhora, ainda existiam questões que necessitavam atenção para
permitir o desenvolvimento desse importante veículo de comunicação, como por
exemplo a padronização dos sistemas móveis, que interfere mais diretamente na
indústria telefônica. Ou ainda, no que tange à questão de capacidade ou segurança
do sistema.
E para superar tais questões foi desenvolvido o sistema digital que, em
princípio, além de maior capacidade, permitiam uma codificação da voz mais
poderosa, maior segurança nas informações, eliminando consideravelmente
possíveis erros. Nasceu assim a tecnologia GSM.
Num processo evolutivo natural, o telefone passa a ter incorporada uma tela,
tornando o celular um veículo audiovisual com mais funções, já que um aparelho
que apenas efetuava e recebia chamadas poderia também possuir funções variadas,
como calculadora, calendário, despertador além de armazenar contatos. Surgia
então um veículo de comunicação mais versátil e funcional que todos os outros que
se tinha conhecimento.
Com a evolução dessa tela, que aumentou de tamanho e ganhou cores, o
celular teve mais uma grande conquista, o envio de SMS, mensagens curtas que
permitiam a comunicação também por escrita e se tornaram um fenômeno de
popularidade, já que além de facilitar a comunicação são mais baratos que
chamadas de voz.
Diante disso, não é exagero afirmar que poucas tecnologias tiveram uma
difusão tão rápida e causaram tanto impacto no modo de viver das pessoas como o
celular. Com todas as facilidades que essa inovação proporcionou, tornou-se quase
indispensável para a vida moderna, sendo um acessório integrante da busca pela
aceitação e pela adequação do estilo de vida nas sociedades. De acordo com Katz e
Aakus, “o celular se insinuou nas capilares da vida cotidiana, alterando nossas
formas de viver ao propiciar possibilidades de comunicação antes inexistentes”.
(Katz e Aakus apud SANTAELLA, p.233)
Atualmente os celulares tornaram-se um tudo em um, agregando funções que
antes exigiam vários utensílios, como canetas, blocos de notas, máquinas
fotográficas e outros mais. Assim, com tantas funcionalidades em um aparelho tão
pequeno, a importância do celular cresceu tanto a ponto de ser um aparelho
indispensável no dia a dia.
Mas de todas as funções, a que revolucionou a ciência da comunicação e o
uso do celular foi à união com a internet, que hoje se denomina 3G. Esta nova
tecnologia leva aos usuários uma ampla disponibilidade de serviços, já que
produzem uma maior capacidade de rede, que normalmente, são fornecidos com
taxas de 5 a 10 Megabits por segundo. Segundo Costa, “se olharmos para a direção
certa, será possível detectar os primeiros sinais de comunidades virtuais que se
distanciam dos desktops (...). É a chegada das comunidades sem-fio. A essência
desses novos grupos tem um nome: mobilidade. (...) O essencial é poder estar
‘sempre ligado’ em qualquer lugar.” (COSTA, 2008, p.74).
O envio de SMS já havia permitido que a comunicação acontecesse mesmo
que o celular tivesse desligado ou que o receptor estivesse em um local onde não
fosse possível falar. E agora, com a internet, a liberdade de movimento está
completa, o que antes possibilitava a transmissão de voz, agora se estende à
transmissão de dados.
A disseminação do telefone móvel abriu oportunidades inéditas de
comunicação. O caráter portátil do novo meio e seu uso social fez com que o
homem inventasse novas e diferentes formas de interação e de se “estar junto” na
contemporaneidade.
Santaella (2007), deixa explícito que o celular tornou-se essencial:
“Eles (os celulares) são tão leves, uns verdadeiros mimos, vão para onde
vamos, pequenos objetos de estimação, nos bolsos, nas bolsas, colam-se
ao nosso rosto, e, por meio de protocolos simples de uma interface
amigável, seus infinitos fios invisíveis nos põem potencialmente em contato
com pessoas em quaisquer partes do mundo.” (SANTAELLA, p.232)
É bastante comum nos dias de hoje percebermos o indivíduo utilizando o
celular por mais tempo diante dos olhos do que encostado no ouvido, já que este se
tornou um dispositivo multimídia. Dias (2002), define a transição dos aparelhos
celulares de objetos de desejo à dependência tecnológica.
O celular deixou de ser apenas um objeto de desejo para se tornar
uma necessidade, deixou de ser artigo de luxo para, em muitos
casos, se tornar item básico. A telefonia móvel atingiu um patamar
que permeia todo o tecido da sociedade brasileira moderna e que,
assim como os computadores, criou um forte vínculo de dependência
com essa tecnologia (Dias et al, 2002).
Televisão, rádio, videoconferência, pagamento de contas e diversas outras
funcionalidades integram a extensa lista de serviços que podem ser agregados a
essa nova tecnologia.
Conclusão
A tecnologia tem se mostrado cada vez mais presente na vida das pessoas e
nos aparelhos telefônicos isso não poderia ser diferente, já que os aparelhos vêm se
desenvolvendo com muita rapidez. Grande parte dessa evolução se deve ao
advento da internet, que facilitou o acesso à informação de uma forma geral.
Assim percebemos que o desenvolvimento das tecnologias que melhoraram e
ampliaram o uso do celular foi o grande responsável pela desburocratização da
comunicação no mundo moderno. E tudo leva a crer que a emigração da informação
para o on-line contemplará as versões para celular como um de seus principais
formatos, substituindo até mesmo o computador.
Referências Bibliográficas
COSTA, Rogério da. A cultura digital. São Paulo: Publifolha, 2008.
DIAS, S. et al, (coord). Gestão de Marketing. São Paulo: Saraiva, 2002.
SANTAELLA, Lucia. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo:
Paulus, 2007.