O documento descreve a história e mudança de estratégia do Laboratório de Design da UDESC. O Lab iniciou em 2000 focado em projetos internos e de serviço à comunidade, mas passou a enfrentar demanda excessiva de projetos gráficos. Isso levou a uma mudança para prospectar novos tipos de projetos e reduzir recursos humanos para aumentar a qualidade.
1. Lab Design – Mudança de Estratégia na Definição de Foco
MACEDO, Mayara Atherino, UDESC
m.atherinomacedo@gmail.com
ROSA, Silvana Bernardes. Doutora. UDESC
silvanabernardesrosa@gmail.com
Resumo
O objetivo deste trabalho é expor o desenvolvimento do Laboratório de Design da UDESC,
através de um breve relato histórico dos seus sete anos de existência, analise da situação
atual, exposição do novo posicionamento, e discussão de mudança de estratégia.
Palavras-chaves: design, gestão e estratégia.
2. INTRODUÇÃO
O Laboratório de design da UDESC – Lab Design consiste em um projeto de
Extensão que já se faz presente na Universidade do Estado de Santa Catarina há sete anos,
tendo começado suas atividades em 01/05/2000, a partir da iniciativa dos professores e
Alexandre Amorim dos Reis junto com a Professora Silvana Rosa.
Objetiva gerar demanda para os egressos, melhor preparar os alunos do curso de
Design, estreitando relações entre o mercado produtivo e a atividade acadêmica. Visa
também, a ser um importante instrumento na formação de uma imagem de qualidade do
Design catarinense, trazendo reconhecimento ao curso de Design da UDESC, seus alunos,
ex-alunos e corpo docente por seus níveis de excelência.
O presente artigo faz ligeira uma abordagem histórica dos seus 7 anos de atuação,
dando enfoque para mudança de estratégia na definição de foco, a mudança de estratégia
considerando esta revisão de objetivo, e os novos desafios para os próximos anos.
METODOLOGIA
A presente pesquisa, no tocante à sua natureza, apresenta a forma de pesquisa
aplicada. Isto implica em que não se está interessado unicamente em explicações, mas na
possibilidade da solução de problemas concretos.
Em relação à forma de abordagem da pesquisa, esta se trata de uma abordagem
qualitativa. Neste sentido busca-se um esclarecimento conceitual, na forma de explicações
e hipóteses, muito mais do que meramente grandezas e índices numéricos. Embora isso
não afaste a possibilidade de se recorrer a procedimentos de quantificação, na medida em
que isso tender aos interesses gerais do projeto.
Com base nos objetivos deste trabalho, a metodologia empregada é do tipo
exploratória, a partir da delimitação de um objeto de estudo – o Lab Design, por meio da
analise histórica, e as estratégias atuais.
Sendo assim, quanto aos procedimentos, a pesquisa será bibliográfica, para
esclarecimento de conceitos; e estudo de caso, coletando dados por meio de entrevistas,
observação de casos semelhantes já existentes, e aplicação do conhecimento adquirido em
um caso real – Lab Design.
3. HISTÓRICO DO LAB DESIGN
O Lab Design iniciou seu funcionamento em 01/05/2000; dividindo seu espaço
com o Projeto Geometrando1 por um ano. Neste seu primeiro ano possuiu na sua maior
parte projetos internos, que o ajudaram na sua atuação posterior.
01/05/2000 até 01/06/2001
Recursos - Humanos Projetos Parcerias Estrutura física
Prof. Alexandre
-Orientador
Prof.ª Silvana -
Administrativo Identidade Visual UDESC Herdada do projeto
Ana – Bolsista de Labdesign CNPq Geometrando.
extensão
Kely - Bolsista de
extensão
Total – 2 alunos 1 projeto 2 parceiros -
No seu segundo ano de existência o Labdesign apresentou poucas mudanças. No
período de 01/06/2001 até 01/06/2002 dividia ainda espaço com o projeto Geometrando, e
estava buscando uma melhor estruturação.
01/06/2001 a 01/06/2002
Recursos - Humanos Projetos Parcerias Estrutura física
Prof. Omar –
Orientador
Prof.ª Silvana -
Administrativo Mobiliário Museu Herdada do projeto
UDESC
Ana – Bolsista de Folder Abca Geometrando.
extensão
Alexandre – Bolsista
de extensão
Total – 2 alunos 2 projetos 1 parceiro -
No terceiro ano de atuação do laboratório (2002 a metade do ano de 2003), este
conquistou seu espaço físico próprio (não dividia mais espaço com o Projeto
Geometrando). Com objetivo dar continuidade ao projeto de extensão, iniciou-se uma
nova forma de desempenho, partindo da necessidade de planejar a sua futura atuação.
Além de prestar serviços a empresas, o Labdesign começou a abrigar projetos de pesquisa
e bolsistas de trabalho que prestavam serviços à própria Universidade.
1
Desenvolvimento de um ambiente hipermídia para aprendizagem voltado para a construção dos
conhecimentos geométricos tendo como metáfora a História da Arte.
4. 01/06/2002 até 01/06/2003
Recursos - Humanos Projetos Parcerias Estrutura física
Prof.ª Gabriela
TODOS
-Orientador
Prof.ª Silvana -
TODOS
Administrativo
Elaboração das placas de
sinalização do Laboratório de
Metal-mecânica.
Criação de etiquetas e mural do
Karina – Bolsista de
Labdesign.
extensão
Criação de marcas e aplicações do
Diana – Bolsista de
III Fórum Brasil Esporte
extensão
Desenvolvimento identidade visual
Nova Esperança
Identidade Visual Biomecânica
Aquática.
Herdada do
UDESC
projeto
Suzana - aluno projeto SEBRAE
Geometrando.
temporário
Jorge - aluno projeto HZ - Escritório Virtual
temporário
Leandro - aluno projeto
temporário
Maria Claudia - Didática do Design – Projeto de
Caroline Pesquisa
Prestação de serviços ao
Ézio PROCOM-Pró Reitoria
Comunitária.
Mauricio Voluntário
Guilherme Voluntário
Identidade Visual: SEBRAE -
Aldriwn
Usina do leite
Total – 11 alunos 10 projetos 2 parceiros
Entrando no quarto de funcionamento, sentiu-se um aumento na procura por
serviços de design gráfico. Para atender a demanda do mercado, o Lab Design, além de
possuir os bolsistas de extensão, passou a abrigar bolsistas temporários, contratados
apenas pelo período do projeto. Desta forma o Labdesign pôde oferecer mais oportunidade
aos alunos e atender a mais projetos. O extremo da demanda de design gráfico fez com
que os bolsistas fixos do laboratório (bolsistas de extensão) fossem unicamente da
habilitação demandante. Desta forma estava-se rendendo às demandas naturais e
confirmando as dificuldades de prospecção de projetos de design industrial. Diante desta
constatação se fez a opção de prospectar.
5. 01/06/2003 a 01/06/2004
Projetos Parcerias Estrutura
Recursos - Humanos
física
Prof.ª Gabriela
TODOS
-Orientador
Prof.ª Silvana -
TODOS
Administrativo
Reformulação da Identidade Gráfica –
Cimject.
Julio – Bolsista de
Criação da Identidade Visual –
extensão
Credence.
Jean – Bolsista de
Identidade corporativa – Nepegem.
extensão
Layout do site – Labdesign
Identidade Visual Clinica Biguaçu.
Aline
Projeto Via
Natacha Identidade Visual da BU - Biblioteca
design +
Raquel Universitária.
1 servidor,
Renato Site para a Secretária da Educação - UDESC
6
Willian PMF SEBRAE
computadores
Paulo CERTI
Projeto Home Page do CEART 1 Notebook
Geraldo
1 impressora
Inicio projeto Via design em 04/11/2003
Suzana – Designer
Desenvolvimento de produto Arte de
Junior
Sobra – Artesãs de Capivari de Baixo
Deleo – informática
Desenvolvimento de produto –
Caroline –Bolsista
Sabonetes Armazém
Raquel
Paulo Criação Home Page do CEART
Geraldo
Aline Identidade Visual BU-Biblioteca
Natacha universitária da UDESC
Renato
Site da PMF – Secretária da educação
Willian
Total – 19 alunos 14 projetos 3 parceiros
De 2003 para 2004, houve um explicito salto quantitativo em termos de projetos e
de recursos humanos do Lab Design. Foram percebidas as limitações de espaço e de
equipamentos nas dependências do Laboratório. A gestão passou a ser dificultada visto
que o crescimento não estava planejado e os dados e as condições de cada projeto, assim
como as equipes e os processos se tornam mutantes e efêmeros. Percebeu-se que o excesso
de pessoas dificultava o trabalho das equipes, que os prazos de entrega não
necessariamente estavam sendo cumpridos em sua totalidade e muito da vida acadêmica
interferia na ação de projeto.
6. 01/06/2004 a 01/06/2005
Projetos Parcerias Estrutura
Recursos - Humanos
física
Prof.ª Gabriela
TODOS
-Orientador
Prof.ª Silvana -
TODOS
Administrativo
Rafaela – Bolsista de Semana Inclusiva – Folder,
extensão Identidade Visual - Dialog
Willian – Bolsista de Calendário acadêmico CEART
extensão
Projeto Via
design +
Continuação -Identidade Visual da BU - UDESC 1 servidor,
Rafael
Biblioteca Universitária. SEBRAE 6
MEC-SESU computadores
Continuação Desenvolvimento de CERTI 1 Notebook
Suzana 1 impressora
produto Arte de Sobra – Artesãs de
Deleo
Capivari de Baixo
Natacha
Desenvolvimento de produtos Artezém
Caroline
– Artesãs de Armazém
Marco
Desenvolvimento de produtos Toca
Adelita
Tapetes – Artesãos de Ararângua.
Michelle
Desenvolvimento Pré para Projeto.
Albert Pesquisa – Física para design e
Ricardo Marketing para design.
Luana Gestão da marca da UDESC
Natacha Inicio Projeto MEC/SESU – Casa
Mariana Familiar Rural – Armazém SC
Total – 15 alunos 11 projetos 4 parceiros
Em meados de 2005, tem inicio o projeto Via Design, cuja inserção no Laboratório
injetou novos equipamentos no Laboratório, e 6 novas estações de trabalho foram
adquiridas, garantindo a mobilidade pela aquisição de um notebook e novos servidores de
rede, assim como um cabeamento estruturado para telefone e dados. Os projetos entrantes
nesta unidade de design passaram a demandar mais recursos humanos e melhor
distribuição de tarefas. A falta de gerenciamento tornava onerosa a busca de dados,
quando necessários.
7. 01/06/2005 a 30/11/2005
Projetos Parcerias Estrutura
Recursos - Humanos
física
Prof.ª Gabriela
TODOS
-Orientador
Prof.ª Silvana -
TODOS
administrativo
Identidade Visual – Mestrado de
Adelita – Bolsista de Engenharia de Materiais
extensão Identidade visual – Lingerie
Amanda – Bolsista de Diagnóstico Coepad – Cooperativa
extensão especial de Pais, Amigos e Portadores Projeto Via
de Deficiência. design +
UDESC
1 servidor,
SEBRAE
Continuação -Identidade Visual da BU - 6
Rafael MPE
Biblioteca Universitária. computadores
MEC-SESU
1 Notebook
CERTI
1 impressora
Continuação - Desenvolvimento de
Suzana produtos Toca Tapetes – Artesãos de
Natacha Ararângua.
Adelita Desenvolvimento Pré para Projeto.
Michelle Diagnóstico Escola de Oleiros - São
José
Mayara Pesquisa – Ensino de Gestão do Design
Soraya Gestão da marca da UDESC
Continuação Projeto MEC/SESU – Casa
Mariana
Familiar Rural – Armazém SC
Total – 10 alunos 10 projetos 5 parceiros
Findo 2005 e principio de 2006 ocorre o processo inverso ao ocorrido em 2003, a
redução de projetos, visando o aumento da qualidade dos projetos. O número de pessoas
foi reduzido pelo processo de renovação de bolsas. Esta estratégia de amadurecimento
começa a ser notada, os projetos se tornam mais responsáveis. Entretanto começa surgir a
necessidade de aquisição de conhecimento em gestão por parte da liderança do laboratório.
O processo de capacitação da liderança iniciou com a adesão ao Ciclo 2004/2005 do
Programa de Excelência na Gestão de Unidades de Design, estendendo-se na realização de
cursos como Empretec, capacitações em design estratégico e consultoria.
8. 30/11/2005 a 01/06/2006
Projetos Parcerias Estrutura
Recursos - Humanos
física
Prof.ª Gabriela
TODOS
-Orientador
Prof.ª Silvana -
TODOS
administrativo
Amanda – Bolsista de
extensão Projeto Via
Daniel – Bolsista de design +
Extensão
Projeto de Design de Louças para Olaria 1 servidor,
Elisa – Bolsista de UDESC 6
São José
Extensão SEBRAE computadores
Ângela – Bolsista de 1 Notebook
Extensão 1 impressora
Mayara Pesquisa – Ensino de Gestão do Design
Soraya Gestão da marca da UDESC
Total – 6 alunos 3 projetos 2 parceiros
Em dezembro de 2005 ocorreu avaliação do Programa Nacional da Qualidade ,
onde o Lab Design obteve 80 pontos. A partir deste resultado, o laboratório inicia uma
nova fase, uma reestruturação. Avaliando os diferentes níveis de clientes, o foco mudou, o
principal cliente passa a ser o aluno, onde este é instigado a prospectar seu próprio
mercado através do Lab Design – Hotel de Projetos. Em agosto de 2006, o projeto de
extensão abriga os 2 primeiros empreendimentos de acadêmicos: a Luminato e a Inquatro
Design. E ainda permanece com 2 bolsistas, finalizando projeto iniciado anteriormente.
9. 01/06/2006 a 03/12/2006
Projetos Parcerias Estrutura
Recursos - Humanos
física
Prof.ª Gabriela
TODOS
-Orientador
Prof.ª Silvana -
TODOS
administrativo
Daniel – Bolsista de Projeto Via
Extensão Projeto de Design de Louças Olaria design +
Elisa – Bolsista de São José 1 servidor,
Extensão UDESC 6
SEBRAE computadores
1 Notebook
1 impressora
Pesquisa – Ensino de Gestão do
Márcia
Design
Inquatro Design –
Amanda, Mayara, Hotel de Projetos
Soraya, Fernanda.
Luminado – Adelita e
Michele.
Total – 9 alunos 3 projetos 2 parceiros
Entrando em seu sétimo ano de existência, o Lab design, dando continuidade ao
novo plano estratégico (que ainda encontra-se em estruturação), dá continuidade e finaliza
os projetos da Olaria São José e de pesquisa.
No Hotel de Projetos, a equipe da Inquatro Design conclui a graduação e se lança
no mercado, dando lugar à Gyros Design no laboratório. Durante este período a Luminato
se desfez e as bolsas de extensão não são renovadas para o segundo semestre de 2007.
Buscando as melhores estratégicas de gerenciamento, um sistema de
gerenciamento de projetos Odyssea é adquirido, e se firma uma parceria com a empresa
que o produz a Sensys Consultoria e Sistemas.
10. 03/12/2006 a 01/06/2007
Recursos - Humanos Projetos Parcerias Estrutura física
Prof.ª Silvana - administrativo TODOS
Daniel – Bolsista de Extensão
Mayara – Bolsista de Extensão Projeto Via design +
(assumiu o posto do Daniel em Louças Olaria São 1 servidor,
maio) José 6 computadores
UDESC
Anelise – Bolsista de Extensão 1 Notebook
Sensys
1 impressora
Consultoria e
Sistema de
Sistemas.
Pesquisa – Ensino Gerenciamento de
Márcia de Gestão do Projetos Odyssea
Design
Gyros Design – Márcia e
Hotel de Projetos
Anelise.
Total – 3 alunos 3 projetos 2 parceiros
DEFINIÇÃO DO FOCO
Conforme o PMBOK® “a equipe de gerência do projeto deve identificar as partes
envolvidas, conhecer suas necessidades e expectativas e, então, gerenciar e influenciar
estas expectativas de forma a garantir o sucesso do projeto”. Sendo assim, tornou-se
primordial as partes interessadas no projeto de extensão Lab Design, pois este possui
stakeholders diversos. Para poder entender quem são os stakeholders do laboratório foi
preciso primeiro delimitar primeiro os tipos de envolvidos:
Gerente do projeto - indivíduo responsável pela gerência do projeto.
Clientes - estes podem ser classificados conforme o ciclo de vida do produto:
o Clientes internos: setores produtivos, desde o planejamento do produto até o
projeto, do planejamento do processo até a sua produção.
o Clientes intermediários: setores de mercado, aqueles que vendem o produto
(marketing) e aqueles compram para revender ao usuário.
Clientes externos: usuários, manutenção, desativação/reciclagem e descarte do produto.
Organização executora - organização que está conduzindo, através de seus
colaboradores, a execução do projeto;
Equipe do Projeto: Grupo de pessoas no projeto que está executando seus trabalhos;
Equipe de Gerenciamento de Projetos: Grupo de pessoas diretamente ligados às
atividades de gerenciamento de projetos;
11. Patrocinador - proprietários e acionistas - fornece os recursos financeiros para o
projeto, podendo ser a organização promotora do projeto;
Fornecedores - organizações fornecedoras de produtos e serviços às organizações
responsáveis pelo projeto;
Fundações, tais como instituições financeiras;
Influenciadores - Pessoas ou grupos que podem influenciar positiva ou negativamente
o projeto, apesar de não estarem relacionados à aquisição ou uso do produto do projeto,
devido à sua posição na organização cliente ou na organização executora, tais como
agências do governo e a sociedade em geral.
Na mudança de estratégia na definição do foco, percebeu-se que o principal cliente
do laboratório é o cliente interno, ou seja, aluno do curso de design da UDESC, visto que
um dos seus objetivos é melhor preparar os estudantes do curso, estreitando relações entre
o mercado produtivo e a atividade acadêmica. Ou seja, o cliente interno consiste em
acadêmicos, professores, colaboradores, laboratórios e projetos; e o cliente externo é a
comunidade, empresas incubadas, empreendimentos do terceiro setor, micro-empresas,
grupos de artesãos.
Para deixar mais claro a mudança, temos abaixo a quadro com alguns dos
stakeholders do projeto de extensão Lab Design, cujo produto consiste no lançamento (ou
iniciação) do acadêmico no mercado, ou seja, um processo de venda completo do serviço
de design.
Etapa do Ciclo de
Papel Stakeholder Influencia
Vida do Produto
Organização executora Lab Design – UDESC colaborador
Reitor da UDESC
Diretor do Centro de Artes
Projeto Patrocinador Influenciador
Empresas que investem no Lab
Design
Gerente de projeto Coordenador do Lab Design colaborador
Equipe de desenvolvimento Acadêmicos do curso de design da
Influenciadores
do projeto detalhado UDESC
Fornecedor de materiais de Colaborador
escritório Setores da UDESC: Serviços
Produção Fornecedores de Gerais, Financeiro
Colaborador
equipamentos, hardware e (compras/licitações),
software.
Fornecedor de Departamento de Design,
Colaborador
conhecimento Professores, Orientadores.
Empresas que compram os serviços
Comprador (cliente externo) Influenciado
Lançamento no de design.
mercado Fundartec (emite notas ficais para o
Emissão de notas fiscais Colaborador
Lab Design)
Clientes das empresas que compram
Uso Usuário Influenciados
serviços de design.
12. MUDANÇA DE ESTRATÉGIA
Em sua nova fase, institucionalmente o Lab Design deixa ser projeto de extensão
para se tornar um Programa de Extensão chamado DesignAção, ou seja, ele será composto
por um grupo de projetos relacionados ao design, que gerenciados de modo coordenado
para obtenção melhor controle e sucesso.
Mantendo a premissa de oferecer serviços de design de forma a fomentar o
mercado para o egresso do curso e permitir ao acadêmico exercício profissional assistido o
programa de extensão DesignAção pretende sistematizar estas ações. Para o público
interno à UDESC pretende-se oferecer possibilidades de atuação profissional real, para o
público externo colocar a disposição os conhecimentos de design de forma a contribuir na
geração de emprego e renda contribuindo para o desenvolvimento econômico do estado.
A possibilidade de praticar e adquirir experiência profissional tem demonstrado ser
o grande diferencial oferecido pelos projetos trazendo para a formação a contribuição da
extensão. Da mesma forma o Programa esta vinculado ao ensino, visto que abriga projetos
de pesquisa que tem o ensino como objeto (Teoria do design – Profª Gabriela Mager e
Aprendendo a ser designer – Profª Silvana Rosa).
O público atendido pelo programa envolve: instituições sem fins lucrativos (ONGs
como a do projeto Nova Esperança) grupos de artesão (Toca Tapetes, Artezem, Casa
Familiar Rural entre outros) e Prefeituras Municipais. Para os acadêmicos se abre a
possibilidade de ampliação do seu leque de atuação profissional e aumenta o campo de sua
contribuição social como profissional cidadão.
As parcerias do projeto envolvem o departamento de Design e o Departamento de
Moda do Centro de Artes. Em termos de Centros existe uma vinculação com a ESAG
devido à proximidade necessária com a Administração e o Marketing. Considerando
outras instituições pode-se listar: SEBRAE (parceria no projeto de Núcleo de Inovação em
Artesanato), Fundação CERTI (parceria na Instituição de um Centro de Design
Estratégico), MEC- SESU (financiamento de projeto de extensão de oficina de papel
artesanal).
O DesignAção é composto pelos seguintes projetos: Sinalização Externa do
Campus Itacorubi, Capacitação de Artesão para Produção e Comercialização - PPP (que se
encontra em processo desenvolvimento), Laboratório de Design da UDESC – LabDesign,
Hotel de Projetos de design – Pré-incubação; Núcleo De Inovação Em Design - Artesanato
13. OS PROJETOS DO DESIGN AÇÃO
1. Laboratório de Design
Criado em 1996, atendendo à solicitação da Federação das Indústrias do Estado de
Santa Catarina – FIESC, o curso de Design da UDESC foi o primeiro curso desta natureza
a se estabelecer neste Estado.
Sem tradição de utilização do Design em suas atividades econômicas, o estado de
Santa Catarina carece de iniciativas que possam trazer à luz os benefícios que a atividade
do Design propicia, tanto a produtores quanto a consumidores. Infelizmente, a criação e
manutenção dos cursos não se mostra como suficiente para o fomento da atividade, senão
para a formação e capacitação de recursos humanos. Deste modo mantendo uma cultura de
produção fragilizada e distanciada dos mais bem sucedidos pólos produtivos mundiais.
Nesta perspectiva, podem-se entender os produtos industriais projetados segundo os
princípios do design industrial como produção cultural de uma nação, podendo citar as
características que distinguem o design italiano, do alemão, do francês, dentre outros.
Firmando tal pensamento, cita-se o pronunciamento da então ministra da indústria,
comércio e do turismo Dorothéa Werneck, quando do lançamento do Programa Brasileiro
de Design, em 1995, afirmando que o produto brasileiro era desvalorizado em pelo menos
50% em relação aos concorrentes internacionais, apenas pelo não reconhecimento da
cultura do design brasileiro.
Segundo BAXTER (1998): “A atividade de desenvolvimento de um novo produto
não é simples e nem direta. Ela requer pesquisa, planejamento cuidadoso, controle
meticuloso e, mais importante, o uso de métodos sistemáticos. Os métodos sistemáticos de
projetos exigem uma abordagem interdisciplinar, abrangendo métodos de marketing,
engenharia de métodos e a aplicação de conhecimentos sobre estética e estilo. Esse
casamento entre ciências sociais, tecnologia e arte aplicada nunca é uma tarefa fácil, mas a
necessidade de inovação exige que ela seja tentada. O mais importante é ter conhecimentos
básicos e metodológicos para o desenvolvimento de novos produtos, para coordenar as
atividades de projeto.”
Dessa maneira, o projeto necessita de uma reflexão mais ampla a respeito dos seus
métodos organizacionais, e segundo IIDA (1998): “O uso de metodologias inadequadas
pode levar a considerações errôneas sobre os fatores do projeto, sem uma atenção devida
aos aspectos realmente importantes. O moderno mundo dos negócios exige um tratamento
14. mais meticuloso e específico das necessidades do consumidor e análise dos concorrentes,
para aumentar as chances de sucesso do novo produto. Isso pode representar a diferença
entre o sucesso e o fracasso de novos lançamentos e, a longo prazo, entre a sobrevivência e
o desaparecimento da empresa.”
O projeto Lab Design consiste de um laboratório de design que esteja,
constantemente, atento aos mais novos incrementos científicos à atividade de design, como
componente de uma entidade universitária, e que possa experimentá-los e aplicá-los em
atividades produtivas, públicas ou privadas, disseminando avanços tecnológicos e, em
contra partida, reconhecendo os verdadeiros potenciais e dificuldades da produção
estadual, estabelecendo, assim, um elo de ligação entre a academia e a prática produtiva,
ligação esta reconhecidamente frágil e alvo de críticas as mais diversas.
Com base no que foi exposto, é possível notar a necessidade desta iniciativa que,
isenta de interesses lucrativos comuns a qualquer iniciativa privada, tem por prioritário
interesse o fomento do design no Estado, capacitando os alunos, auxiliando no
desenvolvimento econômico e criando demanda aos nossos egressos.
Se gerar uma cultura de design brasileiro é inalcançável a este laboratório, gerar
uma cultura de design catarinense é a meta, trazendo reconhecimento ao curso de Design
da UDESC, seus alunos, ex-alunos e corpo docente por seus níveis de excelência.
O objetivo do Lab design é contribuir para o fomento da atividade de Design no
cenário catarinense, nas categorias de Design Industrial e Design Gráfico, criando, com
bases acadêmicas, mercado aos nossos egressos e reconhecimento pela capacitação de
nossos alunos, além de difundir os benefícios do planejamento e desenvolvimento em
Design às empresas distanciadas de aportes tecnológicos ou do próprio Design.
É natural que se possa concluir, em primeiro momento, que o LAB-DESIGN,
lastreado por uma estrutura pública, possa fazer concorrência aos próprios egressos do
curso de Design da UDESC, entretanto, há critérios e procedimentos de atuação que
impedem o beneficiamento de empresas capacitadas para a contratação de serviços de
design privados. São eles:
a. Atendimento a empreendimentos de interesse comunitário sem fins lucrativos, como
campanhas beneficentes, ONG´s, instituições carentes, etc.
b. Atendimento a micro-empresas amparadas por programas de financiamento
subsidiado para o desenvolvimento industrial e geração de empregos.
15. c. Atendimento a micro-empresas, em investimentos com recursos próprios, a pequenas
e médias empresas, desde que nunca tenham produzido projetos de design, em no
máximo dois projetos, o suficiente para que absorvam os conceitos e benefícios para
a otimização de sua produtividade.
d. Atendimento a pequenas, médias e grandes empresas em atividades de pesquisa
tecnológica ou em consultorias destinadas à criação de uma política administrativa
em design.
2. Hotel De Projetos De Design
O Projeto tem por finalidade ampliar, com padrões de qualidade superior e
pertinência, as oportunidades de qualificação profissional dos acadêmicos. Objetiva
estabelecer uma relação dinâmica e positiva de reciprocidade entre a comunidade e a
Universidade, buscando qualificação de pessoal do acadêmico através do estimulo do
empreendedorismo no meio acadêmico, preparando-os para o ingresso na incubadora e seu
lançamento no mercado. Consiste em uma articulação das atividades de extensão com o
ensino e a pesquisa e com as necessidades e demandas do entorno social, por meio do
apoio a criação e desenvolvimento de empreendimentos inovadores por partes dos alunos.
Seu cliente externo é a comunidade, as micro-empresas, projetos sociais, arranjos
produtivos, empresas incubadas
O desenvolvimento do empreendedorismo em ambientes acadêmicos é importante,
pois, oportuniza ao egresso uma nova perspectiva de inserção no mercado de trabalho e
permita a realização profissional na sua área de interesse. O projeto Hotel de Projetos –
Hotel de Projetos surge da necessidade de preparar o aluno para sua vida profissional,
equivalendo como formação complementar, de forma a contribuir para a formação integral
do acadêmico, por meio do estimulo da capacidade empreendedora, tornando-os agendes
de mudanças em qualquer lugar onde possam vir a desempenhar sua atividade
profissional. Assim, o Lab Design – Hotel de Projetos poderá contribuir para aumentar a
tava de sobrevivência das pequenas empresas, geração de produtos inovadores,
fortalecimento do espírito associativo e maior interação entre empresas e entidades do
conhecimento.
Pretende-se consolidar o projeto através do estimular o empreendedorismo no meio
acadêmico; preparar os alunos para o ingresso na incubadora; apoiar, acompanhar e
analisar propostas que tenham potencial de mercado, sob aspectos técnico e econômico; e
16. lançar no mercado empreendimentos inovadores. A seleção de empreendimentos será feita
através de edital público e conterá os requisitos mínimos para a constituição de uma ação
empreendedora. O processo de seleção dos empreendimentos se dará de forma a enfatizar
o aprendizado, onde as evitando o sistema de classificação eliminatório. Os acadêmicos
são capacitados antes de apresentarem suas propostas, após a entrega destas, ainda
possuem a chance de corrigir possíveis falhas, verificadas pela banca avaliadora, para em
seguida reapresentar seus projetos. As propostas são avaliadas por uma banca composta
por professores da UDESC e um consultor ad hoc, que analisam os aspectos comerciais,
financeiro, técnicos, administrativos e forma de apresentação.
3. Sinalização Externa do Campus Itacorubi
O Projeto tem por finalidade o desenvolvimento de um sistema de sinalização
externa para a Universidade Estadual de Santa Catarina – UDESC, (campus Itacorubi).
Visa solucionar o problema de sinalização no campus, melhor adequar as orientações dos
centros já existentes, e sinalizar de forma apropriada e harmoniosa as novas instalações que
estão em processo de finalização e inauguração. Objetivando assim informar, orientar e
direcionar à comunidade acadêmica, os visitantes, e ao público em geral que procura a
universidade. Ele será desenvolvido por três bolsistas sob a orientação de um professor.
O projeto de sinalização do campus da UDESC tem a necessidade de informar à
própria comunidade universitária, e principalmente ao visitante, a localização das unidades
e setores da instituição.
4. Núcleo De Inovação Em Design - Artesanato
Tem como objetivo apoiar ações de design na área de Artesanato Catarinense de
modo a Estabelecer um plano de desenvolvimento do artesanato catarinense, tomando o
Design como ferramenta de melhoria e diferenciação no mercado, proporcionando aos
pólos de produção melhores condições de trabalho, emprego e renda. A abrangência do
projeto é todo o estado de Santa Catarina e os núcleos produtivos ou associações
constituídas envolvendo atividades artesanais. O Núcleo de Inovação em Design –
Artesanato irá apoiar as diferentes oficinas em estudos de mercado, prospecção de
produtos, desenvolvimento de produtos, protótipos e estudo de formas de distribuição e
comercialização. Seu cliente externo é a comunidade, empreendimentos do terceiro setor,
grupos de artesãos
17. O artesanato é uma manifestação popular onde a criação de objetos utilitários é
manual, feitos um a um, se o auxilio de máquinas ou equipamentos motorizados. As
formas de artesanato se repetem, pois a técnica é passada de pai para filho, de geração em
geração. Estas formas pouco a pouco são absorvidas pelo povo, se espalhando por todas as
partes do país, principalmente nas áreas pobres e abundantes em matéria-prima. O
artesanato brasileiro é muito mais do que tudo isso. O artesanato brasileiro traduz em sua
arte, às vezes com uma espontaneidade ingênua, mas rica e vibrante, suas crenças e
tradições expressando de forma marcante a criatividade e ousadia da arte popular
brasileira. (Artemanhas, 2003).
A condição do artesanato no Brasil requer um olhar mais atento. Toda história do
artesanato vem sendo contada de pai para filho, através das habilidosas mãos do artesão
que transmite sua técnica, sua profissão, seu legado. A atividade artesanal, por conceito,
enquadra-se no contexto sócio-econômico além de ser relevante como expressão cultural e
de preservação de tradições populares. No entanto, o que se observa aos poucos é o
rompimento desta corrente gerando a subutilização dos seus produtos e a vulnerabilidade
da atividade. (BACK & CABRAL, 2003)
A indústria surge como principal fator de decadência da produção da renda de
bilro. Sua produção é infinitamente maior e conseqüentemente mais barata. O que não se
pode comparar aqui é o valor simbólico que cada um destes produtos tem: a renda de bilro
é um produto cultural e carrega significados.
Por outro lado a produção industrial se beneficia das dificuldades da produção
artesanal. Obviamente a produção é pequena. Não existe uma padronização dos processos
e muito menos a organização das atividades. Este artesanato é entendido como atividade
complementar da receita da família e, portanto, não constrói uma estrutura de produção.
Porém, existe a possibilidade de potencializar as qualidades deste produto,
identificando oportunidades de bons negócios, transformando assim este artesanato em
uma receita real para os artesãos, deixando de ser apenas uma atividade alternativa.
Verifica-se então, a necessidade de um resgate desta arte, abrindo caminhos para uma
maior valorização do artesanato e do artesão.
18. Oportunidade de bons negócios
Segundo Pannunzio (1982:17), apesar de fornecer suporte financeiro a muitos
artesãos, servindo igualmente para outros como complemento da receita familiar, a
atividade artesanal no Brasil tem sido conduzida empiricamente pela falta de adequadas
estruturas de produção e comercialização, adaptadas à realidade nacional.
Uma ferramenta que vem favorecer o desenvolvimento da atividade artesanal é o
design. Redig (1077:32) define design como “o equacionamento simultâneo de fatores
ergonômicos, perceptivos, antropológicos, tecnológicos, econômicos e ecológicos, no
projeto dos elementos e estruturas físicas necessárias à vida, ao bem estar, e/ou à cultura
do homem.” Mas, o design pontual, aquele que está inserido apenas em partes do
processo, não resolve os problemas encontrados na atividade. Não basta um produto
artesanal que tenha design ou uma identidade visual. Para que o design torne a atividade
artesanal competitiva no mercado e assim, torne-se bem sucedida é preciso que este esteja
inserido como um todo na atividade através de uma cultura de Gestão do Design. Enfim, é
preciso que o design esteja atuando em todo o processo e não apenas em partes deste, já
que ao atuar pontualmente o design não solucionará os problemas da atividade artesanal. É
preciso que uma gestão do design seja desenvolvida na atividade artesanal para que esta
seja estruturada de forma a competir no mercado trazendo para os artesãos a garantia do
sustento de sua família e não apenas um complemento no orçamento familiar.
Ressalta-se, então, a importância de toda e qualquer atividade basear suas
estruturas na gestão do design que tem a função de planejar e coordenar as estratégias
correspondentes aos objetivos e valores da empresa motivar empregados e controlar os
trabalhos, assegurando que cumpram com os objetivos, com os prazos e custos planejados.
A Gestão do Design pode ajudar as empresas a criar seus objetivos baseados em seus
conhecimentos, capacidades e meios de produção, relacionado ao seu grupo de
consumidores, assim como desenvolver uma estratégia própria para encontrar o seu nicho
e finalmente atingir seus objetivos com sucesso no mercado. (WOLF, 1998:18)
Sabe-se que a atividade artesanal difere, e muito, das empresas com certo nível de
desenvolvimento industrial. Enquanto os produtos industrializados são produzidos em
grande escala, os produtos artesanais são desenvolvidos um a um com suas
particularidades e trazendo para cada produto um valor simbólico agregado. Cabe ressaltar
19. então, que o comportamento dos produtos industrializados é bastante diferente dos
artesanais.
O processo inicial de atuação se deu pelo oferecimento de oficinas de capacitação
para preparar o artesão para desenvolvimento de projeto. Contendo 9 conteúdos básicos
(empreendedorismo, público-alvo, metodologia, preço dos produtos, análise estratégica,
estratégias competitivas, ciclo de vida, identidade e embalagem) processo de formação
recebeu o nome de Pré-Para-Projeto.
DISCUSSÃO
A formação do aluno é o objetivo principal do Laboratório de Design, e assim
sendo volta-se para ele as ações em termos de formação profissionalizante. Em termos de
educação o objeto da ação é o acadêmico.
A mudança no processo de absorção de acadêmicos pelo Lab Design, visando com
que o objetivo de cada acadêmico possa ser perseguido, ao atendimento das necessidades
de design da UDESC pelos acadêmicos e a interação concreta com a comunidade e seus
segmentos, evidenciam os impactos das ações do projeto, no processo de qualificação
social dos estudantes e dos cursos envolvidos na execução.
Para o planejamento dos próximos passos do laboratório, o empenho dos
professores, acadêmicos, aquisição de ferramentas gerenciais, treinamento em diferentes
aspectos da gestão, é fundamental para traçar os novos rumos, focados na sua missão e
articulados com a macro-estrutura da Universidade.
Os produtos do Laboratório a contribuição na formação de profissionais de
excelência que ajudem a construir a cultura do design, que se refletem por meio dos
projetos por executados pelos acadêmicos e pela a comunidade externa atendida.
Quanto aos atores qualificados neste artigo percebe-se um efeito de aceleração na
profissionalização dos acadêmicos e de construção de sua própria história. Confrontados
com as situações reais e diante de condicionantes incontornáveis, o estímulo ao
desenvolvimento pessoal e à aprendizagem é bem mais eficaz. A atratividade que o
Laboratório representa pode ser observada e atestada no surgimentos de novos
empreendimentos.
20. CONTINUIDADE
Em 2008 muitas mudanças ocorrerão, uma delas será a mudança do espaço físico,
que pode ser considerado o marco físico da nova fase do Lab Design, outra será a
institucionalização do laboratório, ou seja, ele deixa de ser um programa/projeto de
extensão para fazer parte do Departamento de Design, podendo até adquirir, futuramente,
um caráter interdisciplinar; interdepartamental; intercentros; interinstitucional.
A gestão baseada em fatos permitiu observar a evolução dos projetos, das pessoas,
das parcerias do Laboratório e permitem identificar onde ocorreram conflitos, dificuldades
e suas naturezas. Porém, mudanças organizacionais ainda precisarão ocorrer, como por
exemplo a criação de uma cultura organizacional de gerenciamento de projetos, apoiada
pelo sistema de gerenciamento de projetos já adquirido pelo laboratório.
Os indicativos das pessoas que trabalham no Labdesign apontam para o
engajamento dos recursos humanos como sendo vital para o funcionamento harmonioso da
equipe de trabalho. Iniciativa e autonomia sempre foram características desejáveis nos
acadêmicos do Laboratório. Porém, este deve ocorrer de uma maneira ordenada, baseada
em processos, procedimentos e métodos.
Como conclusão deste artigo percebe-se que, apesar de funcionando a mais de 7
anos, o laboratório esta em constante transformação, adaptando-se às necessidades de seu
pessoal, às limitações de espaço físico, de acesso à recursos, de infra-estrutura.
Os processos de questionamento constante de seu papel, de seu rumo, de suas
prioridades levam a um ciclo contínuo de aprendizagem e revisão que permite rever as
questões frágeis e apontar para estratégias de consolidação. A própria definição do cliente,
passo inicial de um processo de planejamento, sofreu transformações recentes. Cliente,
alunos, clientes parceiros, clientes empresas, são diferentes relações que podem determinar
atuações distintas. Atuações estas que serão sempre revistas, avaliadas e re-posicionadas
num processo de constante planejamento, execução, controle e avaliação.
21. BIBLIOGRAFIA
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