Avaliação gabarito virtu, moral, bem e autocontrole
Filosofia– Avaliação Mensal
Professor Rafael Ascari
Ensino Médio Série 2º Data: ____/____/2017
1º Trimestre N° Questões:10 Nota:____________________
Nome:_________________________________________________________________________
Conteúdos – Virtude, bem, justiça e autocontrole.
Critérios de correção: Prezado discente, cada questãose respondida corretamente de 1 à 5 valeo atributivoem nota,1.0 pontoe a questão6 vale5.0pontos. Sendo
assim o acerto de todas as questões resultará na nota quantitativa 10.0. O teste é individual, o estudante deve responder tudo o que pede o enunciado da pergunta
para que a questão possa ser considera correta. A avaliação deve ser respondida no gabarito com caneta preta ou azul, sendo que rasuradas e o uso de corretivo
acarretarão desconto de pontuação. A prova terá duração de uma aula.
Boa avaliação!
1- (UEL) Leia o texto a seguir: O pensamento moderno caracteriza-se pelo crescente abandono da
ciência aristotélica. Um dos pensadores modernos desconfortáveis com a lógica dedutiva de
Aristóteles – considerando que esta não permitia explicar o progresso do conhecimento científico –
foi Francis Bacon. No livro Novum Organum, Bacon formulou o método indutivo como alternativa ao
método lógico-dedutivo aristotélico.
Com base no texto e nos conhecimentos, é correto afirmar que o método indutivo consiste:
a- Na derivação de consequências lógicas com base no corpo de conhecimento de um dado período
histórico.
b- No estabelecimento de leis universais e necessárias com base nas formas válidas do silogismo tal como
preservado pelos medievais.
c- Na postulação de leis universais com base em casos observados na experiência, os quais apresentam
regularidade.
d- Na inferência de leis naturais baseadas no testemunho de autoridades científicas aceitas universalmente.
e- Na observação de casos particulares revelados pela experiência, os quais impedem a necessidade e a
universalidade no estabelecimento das leis naturais.
2- PUC/Paraná – 2008: Em relação à definição de Bem (virtude) apresentada por Aristóteles, no
Livro I da Ética a Nicômaco, considere as seguintes alternativas:
I. O Bem é algo que está em todas as coisas, sendo identificada nos objetos, mas não entre os homens. Os
homens nunca serão capazes de entender ou compreender o bem.
II. O Bem é aquilo a que todas as coisas tendem, ou seja, o bem é definido em função de um fim. O encaixe
ao total da natureza encontrado através daquilo que cada ser faz com perfeição.
III. O Bem é o meio para termos uma ciência eficiente e útil, tal como a arte médica será eficiente se
tivermos o bem como meio de sua prática, ou seja, o bem não tende ao que é correto mas sim o que é usual.
IV. O Bem é algo abstrato, de difícil acesso e inatingível ao homem.
De acordo com tais afirmações, podemos dizer que:
a- Apenas a alternativa II está correta.
b- As alternativas II e III estão corretas.
c- Todas as alternativas estão corretas.
d- As alternativas III e IV estão corretas.
e- Apenas a alternativa III está correta.
3- (UEL – 2011) Leia o texto a seguir. A virtude é, pois, uma disposição de caráter relacionada
com a escolha e consiste numa mediania, isto é, a mediania relativa a nós, a qual é determinada
por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática. (Aristóteles. Ética a
Nicômaco. Trad. de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Livro II, p. 273.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a situada ética em Aristóteles, pode-se dizer que a
virtude ética
a) reside no meio termo, que consiste numa escolha situada entre o excesso e a falta.
b) implica na escolha do que é conveniente no excesso e do que é prazeroso na falta.
c) consiste na eleição de um dos extremos como o mais adequado, isto é, ou o excesso ou a falta.
d) pauta-se na escolha do que é mais satisfatório em razão de preferências pragmáticas.
e) baseia-se no que é mais prazeroso em sintonia com o fato de que a natureza é que nos torna mais
perfeitos.
4- O surgimento da filosofia entre os gregos está associado à passagem do pensamento mítico ao
pensamento racional. Nesse processo, confrontaram-se dois modos diferentes de explicar o cosmos, a
saber:
a- Astrologia e lógica.
b- Teologia e racionalismo.
c- Cosmogonia e cosmologia.
d- Sofística e dialética.
e- Astrologia e astronomia.
5-Quem não for capaz de definir com palavras a ideia de bem, separando-as de todas as outras, e, como se
estivesse numa batalha, exaurindo todas as refutações, esforçando-se por dar provas, não através do que
parece, mas do que é, avançar através de todas estas objeções com raciocínio infalível, não dirás que uma
pessoa nestas condições conhece bem a si, nem qualquer outro. PLATÃO. A República. Tradução de Helena
da Rocha Pereira.
De acordo com a valorização socrática da razão, Platão divide a alma humana em 3 partes. Assinale a
alternativa que representa estas divisões de forma correta:
a- Conscupiscível, irascível, racional
b- Mediana, lunar e sublunar
c- Racional, lógica e passional
d- Irracional, lógica e passional
e- Irascível, rascível e passional
6- Leia o texto:
Em detrimento a profunda frustração política que se encontra o Brasil atualmente, surgem inúmeros cientistas
políticos com concepções das mais diversas. Chego a consumar que em cento e vinte e oito anos de história
republicana jamais tantos foram os especialistas em analises e propostas para golfar a equalização política do
país. No entanto poucos percebem que os projetos do partido que nos lidera é muito mais ideológico e
dominante que efetivamente político. Tal situação se complica em demasia com os oportunistas os quais se
utilizam do caos para se autovangloriar, com propostas abjetas de cunho essencialmente fascista.
Os “ínclitos” representantes do Partido PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), com seu
ilustre presidente Michel Elias Temer Lulia, doutor em Direito e em momento algum citado nos escândalos
de corrupção que envolvem a atual administração brasileira, resolvem romper as coligações e relações com o
PT (Partido dos Trabalhadores), dando um ar de conjunção política ilibada. Entende-se assim que não sabiam
das situações que envolvem parlamentares e a representante máxima da administração, a “PRESIDENTA”.
Ao meu ver uma ótima jogada de marketing eleitoreira.
Enquanto isso, as investigações sobre a administração nacional e suas “pedaladas” são discutidas e analisadas
com pareceres de pessoas sérias e especialistas como o do doutor Ives Gandra o qual fundamenta
ordenadamente e sem deixar dúvidas da legalidade de destituir a “presidenta” sob suas demonstrações de
incapacidade de gerencia e inabilidade de conduzir o executivo. Exemplifica o Legislador Ives: “Um bilhão
de segundos correspondem a trinta e um anos e seis meses. Agora imagine que por oito anos foram desviados,
ou por omissão ou por conivência da administração na Petrobras vário bilhões, em virtude de documentos e
contratos que nem se quer foram lidos, o que segundo a imprensa mundial, foi o maior assalto em uma
empresa de país “democrático” do mundo”. Discorre Ives Granda Martins, que no mínimo existe o crime de
culpa caracterizando improbidade administrativa, por imperícia, imprudência, negligencia e omissão nos oito
anos da administração de Dilma Russeff. O que seria mais que o suficiente para destituir a “presidenta” de seu
cargo.
Sempre que nos remetemos a política vem à baila alguns termos que se complementam em virtude do assunto,
a ética, moral e democracia são os de praxe. A ética segundo Aristóteles é a “arte de bem viver”. Claro que
com o tempo seu conceito que inicialmente era subjetivo se expande para uma visão de convivência social e
trabalha o “bem viver” de forma universal social, porém essencialmente o conceito preconiza o mesmo fim.
A história grega é fenomenal e dela muita influência possuímos. Sempre fui aficionado por Homero com suas
narrativas fantásticas, dentre elas a Guerra entre Tróianos e Espartanos. O príncipe Paris em virtude de uma
aposta fútil entre deusas, causada por Éris deusa da discórdia, será o arbitro, juiz em uma competição onde
deveria escolher dentre as três deusas, Hera, Afrodite e Atena, a mais bela. Imediatamente as deusas passaram
a tentar persuadir o ingênuo príncipe. Hera ofereceu-lhe a glória de ser o Rei absoluto de toda a Europa e
Ásia, Afrodite por sua vez, garantiu a ele o amor da mais bela mulher do mundo e Atena lhe ofereceu o que
geralmente é desprezado com fervor pela maior parte dos seres humanos, característica que se aplica com
especial singularidade a nós brasileiros; toda a sabedoria do mundo.
Paris sem pestaneja escolheu com o coração e optou pela beleza, porém sempre que um Deuses concedem
algo a um mortal, existe uma prerrogativa nas entrelinhas. Helena, a mais frondosa, angelical e esbelta mulher
do mundo era casada com Menelau, poderoso rei espartano. Deslumbrada pelos cortejos de Paris, conhecido
por ser um exímio galanteador, a jovem se entrega ao miguim troiano, desencadeando a ira do rei abandonado
por sua esposa troféu, iniciando uma guerra de mais de dez anos.
Ulisses um dos reis e estrategistas que não desejava guerra mas por pressão de seus acordos com os espartanos
se une aos exércitos e parte para Tróia. Será a peça fundamental que define o fim da guerra, através do seu
famoso e técnico “Cavalo de Tróia”. Com o fim do conflito, Ulisses quer voltar a sua ilha natal, Ítaca. Porém
durante a guerra, Ulisses ferio um Cíclope, filho de Posseidon, Deus dos mares. Como todo bom Deus grego,
Posseidon resolve castigar Ulisses, dificultando sua jornada de volta para casa, atrasando-o por dez anos, dos
quais sete anos, ficou perdido/escondido na Ilha de Lesbos. Muito bem tratado por Calipso e suas assistentes,
com todos os luxos que um homem pode imaginar. Porém todas as noites Ulisses ia à praia e chorava com
amargura a falta de sua terra e sua família, imaginando o calor dos braços de Penélope sua amada esposa
desejando voltar para ilha onde era seu lugar. Após sete anos, Zeus chefe de todos os deuses, compadecido
com o sofrimento de Ulisses ordena Calípso que o deixe partir. Calipso apegada a virilidade de Ulisses tenta,
como é praxe aos deuses gregos, persuadi-lo oferecendo-lhe, a vida e a juventude eterna, ou seja, dando a
Ulisses a possibilidade de se tornar um Deus. Ulisses por sua vez responde: é preferível uma vida mortal, uma
vida humana, vivida no lugar certo que uma vida de Deus no lugar errado. E volta para Ítaca sua terra natal.
Discorri sobre tal narrativa grega para fundamentar onde em minha parca e humilde opinião reside o problema
fundamental da política brasileira. Pessoas que não fazem ideia de onde estão, ou o que representam. Usam
indecorosamente a palavra ética para justificar seu egocentrismo, sua individualidade partidária, e o total
desleixo com o que é público. Ouço pessoas falarem com ódio de programas sociais como o bolsa família,
porém mal sabem que orçamento brasileiro é superior a um trilhão de reais, sendo que em bolsa família, para
mais de treze milhões de pessoas em dois mil e treze, foi gasto apenas vinte milhões, ou seja dois por cento
da arrecadação. Agora uma comparação bem simples que justifica em minha visão subjetiva os programas
sociais: nos Estados unidos da América, não concursados para o serviço público, ou seja, quem trabalha em
cargos de confiança para o governo Obama, há quatro mil pessoas, em contra partida no Brasil que trabalham
para o governo sem concurso público, o que é exigido pela CF (constituição Federal de 1988), com livre
nomeação existem cento e treze mil, e adivinha quem paga a conta? É, meu caro, isso mesmo, o contribuinte.
Logo o problema dos déficits não são os necessários programas sociais e sim a total falta de respeito com o
dinheiro que geram cento e treze mamilos de onde verte o dinheiro do tão labutado imposto do povo(cidadão).
Desta forma meus caros leitores só há uma efetiva de se produzir mudança, e ela está atrela ao entendimento
por parte do “cidadão” que democracia é apenas um conceito vazio para definir uma realidade dominada em
todas as esferas por déspotas excepcionalmente organizados, coisa que qual quer indivíduo com um ginásio
mal feito deveria saber. Quando se fale em democracia obrigatoriamente temos que citar sua gênese grega, a
qual se caracteriza por um governo de cidadão “elites”, os quais deliberam e comandam a sociedade sobre os
signos do que julgam mais pertinente a seus interesses, por serem capacitados intelectualmente,
ideologicamente e financeiramente para tal.
Já dizia Mary Shelly, “somos todos gregos. Nossas leis, nossa literatura, nossa religião, nossas artes têm
raízes na Grécia”, mesmo com os movimentos da Revolução Francesa os quais transferiram parte do poder
político para os grupos emergentes (burgueses), os quais ao perceberem o nirvana produzido pelo controle se
devoraram entre si como sicários e para disfarçar tal situação cederam a massa mais uma das artimanhas de
controle social da antiguidade romana, o “pão e circo”, na forma da “Declaração de Direitos do Homem e do
Cidadão”, ou seja, estenderam a cidadania ao povo, tornando-os cidadãos inserindo-os na democracia de
massa, a qual nada tem de parecido com a original grega. Tudo isso com um único objetivo, manter-se no
poder através da política, que agora seria muito mais manipulável em virtude de toda a massa participar como
votantes.
Quando analisamos a política do Brasil atual fica evidente que não aprendemos nada com a história, não
aprendemos nada com Ulisses, afinal continuamos vivendo fora do lugar, almejando algo que descola o “bem
viver” funcional da sociedade e na primeira eleição, como bons e obedientes carneiros marchamos para o
abatedouro, de cabeça baixa, iremos as fraudulentas urnas exercer o que mais nos orgulhamos em ostentar, o
direito democrático, o que dá liberdade e cidadania mas te OBRIGA a votar. Já se perguntou porquê?
Desta forma só posso concluir que somos muito pobres e imaturos no sentido intelectual, moral, ético,
democrático... como povo(cidadão) para objetivamente julgarmos nosso sistema político. Como
diria Alexandre "O Grande", “lembrem-se que da conduta de cada um depende o destino de todos.” Acredito
que atingiremos tal maturidade a partir do dia em que ninguém for as urnas no dia da eleição, demonstrando
que somos nós quem fazemos e sustentamos este país. Porém os interesses particulares são muito maiores que
a ideia de “BEM VIVER”, proposta pela tão famigerada, citada e não incorporada e compreendida ética.
Autor Rafael Ascari, publicado em OLHAVIDEIRA dia 13/03/2016
Segundo o texto supracitado e nossos debates em aula, estabeleça uma relação entre moral e ética.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------
Gabarito
1- A B C D E
2- A B C D E
3- A B C D E
4- A B C D E
5- A B C D E