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Escolha de variedades – Sempre que existam riscos de
geada tardia, devem escolher-se variedades mais resistentes
e de floração tardia.
Não se deveria nunca plantar culturas que possam ser
afectadas pelo frio, se nesse lugar ocorrem mais de 4
geadas, por cada período de dez anos.
No caso dos citrinos, nas zonas baixas, mais frias, é
aconselhável plantar variedades precoces que possibilitem a
colheita antes do período propício à ocorrência das geadas.
Preparação do terreno – O terreno deverá ser preparado,
nivelado, e dispor de drenagem de acordo com os meios de
luta contra a geada que se prevê usar (rega por aspersão,
rega por alagamento, etc.).
Depois de efectuar a plantação
Atraso da floração – Prolongar o repouso invernal,
constituirá para muitas espécies e variedades de fruteiras, a
melhor maneira de evitar os estragos das geadas tardias.
Controlo das adubações – Os adubos azotados devem
usar-se com moderação antes da floração, pois ao estimular
o crescimento, favorecem o desenvolvimento dos botões,
com risco de maiores prejuízos, no caso de ocorrência de
geadas. Também se tem notado que as plantas com
carências em micronutrientes, mal alimentadas, ou
debilitadas por pragas e doenças, ficam mais vulneráveis
aos efeitos do frio. Daí a recomendação de efectuar
adubações equilibradas (tendo por base as análises de solo
e, ou, folhas) e a realização de tratamentos fitossanitários
adequados.
Estufa metálica com aquecimento e ecrã térmico.
Técnicas de cultivo adequadas – Para o correcto uso das
operações culturais, durante o período das geadas, convém
ter presente o seguinte:
• Cuidados com o solo – Os solos nus (sem ervas nem
culturas) e compactos, armazenam mais calor que os
recém mobilizados ou cobertos de vegetação. Daqui se
pode deduzir que durante o período de geadas se deve:
conservar o solo nu e compacto (não mobilizar);
eliminar ervas com antecedência e não fazer
estrumações, uma vez que tais práticas impedem o solo
de aquecer durante o dia.
• Rega – Não se deve abusar das regas para forçar as
colheitas. Nas vinhas e fruteiras, não atrasar as últimas
regas pois prolongam o período vegetativo, com
consequências vegetativas futuras, na resistência às
geadas.
Manter o solo húmido mas não encharcado, isto é, as
culturas dever-se-ão manter regadas.
• Poda alta - Deverá aumentar-se a altura do tronco das
árvores e vinhas, o mais que se possa, especialmente nas
zonas baixas do terreno, onde as geadas são mais
frequentes.
• Atraso da poda – As podas devem começar pelas zonas
altas, terminando nas zonas mais baixas, onde o frio
poderá fazer mais estragos.
Onde haja risco de geadas, atrasar a poda até 10 a 15
dias antes que abram as primeiras flores.
• Regularidade nas colheitas – Devem evitar-se as
colheitas excessivas que deixem as culturas muito
debilitadas, diminuindo-lhes assim a resistência ao frio
no ano seguinte. Conseguir regular uma produção, é a
melhor maneira de assegurar a seguinte.
DRAPALG - Direcção Regional de Agricultura e Pescas do
Algarve - Apartado 282, Patacão, 8001-904 Faro
Tel: 289 870 700 - Fax: 289 870 790
Email: drapalg@drapalg.min-agricultura.pt
DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE AGRICULTURA E PESCAS
GEADAS
(Algumas práticas de luta contra as geadas)
ARMINDO ROSA
(Eng.º Téc. Agr.)
FARO / 2012
Bem Bem
Bem
Bem
Bem
Mal
Mal
Mal
Mal
Bosque
Não plantar aqui
Não plantar aqui
Ar frio
Mal ar frio
Plantar aqui
Bem
Bem
INTRODUÇÃO
O litoral do Algarve é por excelência a zona hortícola de
produção de primores. De Inverno ameno, é por vezes
sujeita a geadas que causam graves prejuízos, quer nas
culturas ao ar livre quer nas culturas protegidas.
De finais de Novembro a meados de Março existem
condições propícias à ocorrência deste fenómeno, tornando-
se por isso necessário que os agricultores tomem
precauções de forma a minimizar os danos que porventura
possam ocorrer.
Prejuízos:
• “Queima” das flores;
• “Queima” das folhas, ramos e frutos.
Condições atmosféricas favoráveis à ocorrência de
geadas:
• Céu limpo;
• Ausência de vento ou vento fraco de Nordeste;
• Temperatura máxima do ar inferior a 10 – 11ºC;
• Humidade relativa baixa (boa visibilidade durante o
dia);
• Temperatura do ar ao pôr-do-sol inferior a 7ºC.
Sistema anti-geada com ventilação forçada.
Podemos recorrer a alguns meios de luta, quer passivos
quer activos, sendo estes últimos mais eficazes mas também
mais dispendiosos e por isso, na maioria dos casos, de
difícil implantação e aceitação junto dos agricultores.
MEIOS DE LUTA ACTIVA
A título de referência, podemos enunciar os seguintes meios
de luta activa:
Sistemas de defesa activa por calor húmido:
• Rega à manta;
• Rega por aspersão.
Sistemas de defesa por calor seco, sem combustão:
• Ventiladores altos;
• Defesa com energia solar e com mangas de água;
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• Estufas, túneis de semi-forçagem.
Sistemas de defesa por calor seco, com combustão
forçada:
• Queimadores de gasóleo;
• Queimadores de gás propano;
• Estufas de chaminé a gasóleo ou a petróleo.
MEIOS DE LUTA PASSIVA
Na maioria dos casos, sempre que possível, será mais
correcto actuar de forma preventiva, fazendo a “luta
passiva” contra as geadas.
Neste campo, podemos referir alguns cuidados para
diminuir o risco das geadas, com destaque para o seguinte:
Antes de efectuar a plantação
Escolha do local – A eleição de um local adequado será a
forma mais racional e económica de defesa contra as
geadas. Assim devem evitar-se os vales profundos, por
serem lugares de acumulação do ar frio. A preferência será
assim para as zonas de maior elevação sobre o terreno –
colinas e encostas (fig.1 e 2).
Fig.1 – Plantar nas zonas de maior elevação,
colinas e encostas.
Fig.2 – Não plantar em vales, propícios à
acumulação de ar frio e geadas.
Nos terrenos inclinados, evitar plantar na parte de
cima junto a sebes, muros, corta ventos, bosques,
etc., por constituírem barreiras que se opõem à
livre circulação do ar frio, aumentando os riscos
de geada (fig. 3).
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GEADAS (Algumas práticas de luta contra as geadas)

  • 1. Escolha de variedades – Sempre que existam riscos de geada tardia, devem escolher-se variedades mais resistentes e de floração tardia. Não se deveria nunca plantar culturas que possam ser afectadas pelo frio, se nesse lugar ocorrem mais de 4 geadas, por cada período de dez anos. No caso dos citrinos, nas zonas baixas, mais frias, é aconselhável plantar variedades precoces que possibilitem a colheita antes do período propício à ocorrência das geadas. Preparação do terreno – O terreno deverá ser preparado, nivelado, e dispor de drenagem de acordo com os meios de luta contra a geada que se prevê usar (rega por aspersão, rega por alagamento, etc.). Depois de efectuar a plantação Atraso da floração – Prolongar o repouso invernal, constituirá para muitas espécies e variedades de fruteiras, a melhor maneira de evitar os estragos das geadas tardias. Controlo das adubações – Os adubos azotados devem usar-se com moderação antes da floração, pois ao estimular o crescimento, favorecem o desenvolvimento dos botões, com risco de maiores prejuízos, no caso de ocorrência de geadas. Também se tem notado que as plantas com carências em micronutrientes, mal alimentadas, ou debilitadas por pragas e doenças, ficam mais vulneráveis aos efeitos do frio. Daí a recomendação de efectuar adubações equilibradas (tendo por base as análises de solo e, ou, folhas) e a realização de tratamentos fitossanitários adequados. Estufa metálica com aquecimento e ecrã térmico. Técnicas de cultivo adequadas – Para o correcto uso das operações culturais, durante o período das geadas, convém ter presente o seguinte: • Cuidados com o solo – Os solos nus (sem ervas nem culturas) e compactos, armazenam mais calor que os recém mobilizados ou cobertos de vegetação. Daqui se pode deduzir que durante o período de geadas se deve: conservar o solo nu e compacto (não mobilizar); eliminar ervas com antecedência e não fazer estrumações, uma vez que tais práticas impedem o solo de aquecer durante o dia. • Rega – Não se deve abusar das regas para forçar as colheitas. Nas vinhas e fruteiras, não atrasar as últimas regas pois prolongam o período vegetativo, com consequências vegetativas futuras, na resistência às geadas. Manter o solo húmido mas não encharcado, isto é, as culturas dever-se-ão manter regadas. • Poda alta - Deverá aumentar-se a altura do tronco das árvores e vinhas, o mais que se possa, especialmente nas zonas baixas do terreno, onde as geadas são mais frequentes. • Atraso da poda – As podas devem começar pelas zonas altas, terminando nas zonas mais baixas, onde o frio poderá fazer mais estragos. Onde haja risco de geadas, atrasar a poda até 10 a 15 dias antes que abram as primeiras flores. • Regularidade nas colheitas – Devem evitar-se as colheitas excessivas que deixem as culturas muito debilitadas, diminuindo-lhes assim a resistência ao frio no ano seguinte. Conseguir regular uma produção, é a melhor maneira de assegurar a seguinte. DRAPALG - Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve - Apartado 282, Patacão, 8001-904 Faro Tel: 289 870 700 - Fax: 289 870 790 Email: drapalg@drapalg.min-agricultura.pt DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE AGRICULTURA E PESCAS GEADAS (Algumas práticas de luta contra as geadas) ARMINDO ROSA (Eng.º Téc. Agr.) FARO / 2012
  • 2. Bem Bem Bem Bem Bem Mal Mal Mal Mal Bosque Não plantar aqui Não plantar aqui Ar frio Mal ar frio Plantar aqui Bem Bem INTRODUÇÃO O litoral do Algarve é por excelência a zona hortícola de produção de primores. De Inverno ameno, é por vezes sujeita a geadas que causam graves prejuízos, quer nas culturas ao ar livre quer nas culturas protegidas. De finais de Novembro a meados de Março existem condições propícias à ocorrência deste fenómeno, tornando- se por isso necessário que os agricultores tomem precauções de forma a minimizar os danos que porventura possam ocorrer. Prejuízos: • “Queima” das flores; • “Queima” das folhas, ramos e frutos. Condições atmosféricas favoráveis à ocorrência de geadas: • Céu limpo; • Ausência de vento ou vento fraco de Nordeste; • Temperatura máxima do ar inferior a 10 – 11ºC; • Humidade relativa baixa (boa visibilidade durante o dia); • Temperatura do ar ao pôr-do-sol inferior a 7ºC. Sistema anti-geada com ventilação forçada. Podemos recorrer a alguns meios de luta, quer passivos quer activos, sendo estes últimos mais eficazes mas também mais dispendiosos e por isso, na maioria dos casos, de difícil implantação e aceitação junto dos agricultores. MEIOS DE LUTA ACTIVA A título de referência, podemos enunciar os seguintes meios de luta activa: Sistemas de defesa activa por calor húmido: • Rega à manta; • Rega por aspersão. Sistemas de defesa por calor seco, sem combustão: • Ventiladores altos; • Defesa com energia solar e com mangas de água; • Cobertura do solo com plástico; • Estufas, túneis de semi-forçagem. Sistemas de defesa por calor seco, com combustão forçada: • Queimadores de gasóleo; • Queimadores de gás propano; • Estufas de chaminé a gasóleo ou a petróleo. MEIOS DE LUTA PASSIVA Na maioria dos casos, sempre que possível, será mais correcto actuar de forma preventiva, fazendo a “luta passiva” contra as geadas. Neste campo, podemos referir alguns cuidados para diminuir o risco das geadas, com destaque para o seguinte: Antes de efectuar a plantação Escolha do local – A eleição de um local adequado será a forma mais racional e económica de defesa contra as geadas. Assim devem evitar-se os vales profundos, por serem lugares de acumulação do ar frio. A preferência será assim para as zonas de maior elevação sobre o terreno – colinas e encostas (fig.1 e 2). Fig.1 – Plantar nas zonas de maior elevação, colinas e encostas. Fig.2 – Não plantar em vales, propícios à acumulação de ar frio e geadas. Nos terrenos inclinados, evitar plantar na parte de cima junto a sebes, muros, corta ventos, bosques, etc., por constituírem barreiras que se opõem à livre circulação do ar frio, aumentando os riscos de geada (fig. 3). Fig.3 – Não plantar por cima dos obstáculos que impedem a circulação do ar, mas sim por baixo deles.