1. CEIC – Angelo – 25/06/10 disponível em www.slideshare.net/angelojmb
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Notas do Editor
Todos falamos, nos comunicamos. Mas o que falamos? Coisas úteis ou inúteis, coisas sérias ou levianas... Como falamos? Muito ou pouco, serenamente ou revoltadamente... Qual a nossa intenção ao falarmos? Caridade ou vingança, amor ou intriga... Façamos uma reflexão. Quanto de nossa conversa ou fala diária é edificante? ( Que edifica moralmente; que induz à virtude; moralizador. 2.Instrutivo, esclarecedor. ) A palestra de hoje nos convidará a refletir sobre nossa invigilância e nosso desperdício de oportunidades evolutivas no campo da fala. Nos ajudará também a modificar nossos padrões de comportamento neste campo tão importante da humanidade.
A vida social é o estado natural, é a criação divina. A palavra, bem como outras faculdades, deve ser útil ao relacionamento social. O que falei hoje? Como falei? Lei de Sociedade – precisamos do outro para chegar à perfeição, pois isolado não alcanço o bem estar e o progresso.
Tiago, em sua epístola aos companheiros, percebeu que a língua pode ser bem ou mau usada... Leme x fogo 3.4 Vede também as naus que, sendo tão grandes e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa. 3.5 Assim também a língua é um pequeno membro e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. 3.6 A língua também é um fogo; como mundo de iniqüidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno. Tiago 3: 4-6 Em sua potencialidade, permanecem sagrados recursos de criar, tanto quanto o leme de proporções reduzidas foi instalado para conduzir,mas... Guerras e tragédias sociais se originam, muitas vezes, da linguagem dos interesses criminosos e da conversação inferior. Poucas vezes a língua do homem há consolado e edificado os seus irmãos, mas está sempre pronta para excitar, disputar, deprimir, acusar e ferir... e por isto mesmo, vemo-la à frente de quase todos os desvarios da humanidade sofredora, mesquinha e avessa à humildade e ao amor. Pão Nosso, cap. 170 Nazi-fascismo x não violência de Ghandi e direitos civis de Luther King.
Poucas expressões da vida social ou doméstica são tão perigosas quanto o falatório desvairado. Quanto se há trabalhado no combate ao álcool e às drogas? Ninguém lhes contesta a influência destruidora, pois arruínam famílias, estragam a saúde, deprimem o caráter. Não nos esqueçamos, porém, do falatório maligno que prolifera no silêncio e nas sombras, sempre formando toxinas no ambiente psíquico. Deus criou a palavra, que infunde consolação e vida. O homem criou o falatório pernicioso. Se há educadores preocupados com o crack, por que a indiferença quanto aos desvarios da conversação? Desprezar as possibilidades da palavra, quando a mensagem de Jesus já esteja brilhando em torno de nós, constitui ruinosa invigilância, diante de Deus e da própria consciência. Cada frase do discípulo do Evangelho deve ter lugar digno e adequado. Falatório é desperdício. Vinha de Luz, cap. 73
Muitas vezes passamos por desentendimentos e diferenças com nossos companheiros de jornada evolutiva. Serenidade e afirmativas enérgicas podem ser necessárias, mas é indispensável grande cuidado no que concerne aos comentários posteriores. Atribuir-lhe grande importância nas atividades verbais é dilatar-lhe a esfera de ação. Quando surgir o problema de solução difícil entre 2 pessoas, devemos solucioná-lo à luz do Evangelho, nunca na sombra, à distância um do outro, com comentários maliciosos, alargando feridas. A maledicência é um tóxico sutil que pode conduzir o discípulo a imensos disparates e grandes desventuras íntimas. Fonte Viva, cap. 151
Reportando-se aos espíritos transviados da luz, podemos observar muitos companheiros que deixam escapar todo o fel envenenado que lhes transborda do íntimo - “A boca fala do que está cheio o coração”. E passam a sintonizar, exclusivamente, com os males que atormentam vizinhos, amigos e companheiros. Tecem longos comentários no exame das feridas alheias, ao invés de curá-las. Desperdiçam precioso tempo em conversas compridas e ferinas, enegrecendo as intenções dos outros. Sobrecarregam a imaginação com quadros deprimentes e suspeitas infundadas. Sobretudo, queixam-se de tudo e de todos. Projetam irradiações de má-fé, desânimo e desconfiança por onde passam, secando as flores da esperança e aniquilando os frutos tenros da caridade. Quando percebermos que entramos no terreno das lamentações e das acusações, quase sempre indébitas, devemos reconsiderar nossos passos espirituais e ... Fonte Viva, cap. 51
Mas como reverter estes hábitos negativos, como aproveitar melhor este instrumento divino. Pensemos no bem que esperamos na palavra dos outros, para que a nossa palavra não se converta em agente do mal. Necessitando de ajuda, agradeçamos ao companheiro que atende nossas solicitações com simpatia. Quando erramos e muitos nos recriminam, como é bom ouvir uma frase de entendimento do irmão que nos justifica ou desculpa. Obrigado a atitudes constrangedoras, nossa ansiedade se alivia perante a referência confortadora dos que nos oferecem apoio e compreensão. Nos momentos de queixa e de desespero, bendizemos o amparo de quantos nos acalmam, com palavras de tolerância e paciência. Se aspiramos desfrutar os tesouros da vida e do tempo, apliquemos a regra áurea, na esfera de nossa língua. Palavras de Vida Eterna, cap. 109
Jesus, nosso modelo e guia, que já se preocupava conosco há 2 mil anos e anteviu nossas dificuldades para alcançar a felicidade possível neste mundo,usou muito bem a sua língua, deixando-nos diversos ensinamentos em seu Evangelho. Vemos o mal de outrem, antes de vermos o mal que está em nós. Para julgar-se a si mesmo, fora preciso que o homem pudesse transportar-se para fora de si próprio, considerar-se como outra pessoa e perguntar: Que pensaria eu, se visse alguém fazer o que faço? É o orgulho que induz o homem a dissimular, para si mesmo, os seus defeitos. Semelhante insensatez é essencialmente contrária à caridade. ( ESE, X, 10 ) Essa sentença faz da indulgência um dever para todos nós: não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos. Antes de reprovar uma falta alheia, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita. ( ESE, X, 13 ). “ Nem eu também te condeno;vai-te e não peques mais.” (J o 8:11) Com estas reflexões finais, recomendo ainda a todos os discípulos sinceros de Jesus, quando chegue a noite de cada dia, que interroguem a si mesmos: “Terei hoje utilizado a minha língua como Jesus utilizou a dele?”