O documento propõe um tema para uma redação do ENEM sobre a crise da mão de obra qualificada e as vagas não preenchidas. Apresenta dois textos motivadores que discutem a falta de trabalhadores qualificados para vagas em empresas privadas e o crescimento da participação feminina na construção civil. Fornece instruções sobre a elaboração da redação.
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Proposta 1
1. COLÉGIO MARISTA CRICIÚMA
Professora: Angélica Manenti
Redação ENEM 2013
Proposta #1
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da Língua Portuguesa sobre o tema A CRISE DA MÃO
DE OBRA QUALIFICADA E AS VAGAS NÃO PREENCHIDAS, apresentando proposta de conscientização social que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para
defesa de seu ponto de vista.
Falta de mão de obra qualificada faz sobrar vagas no setor privado
Enquanto o serviço público é muito procurado pelos trabalhadores, em alguns setores privados sobram vagas. A falta
de mão de obra qualificada é o principal motivo apontado pelos empregadores. Até pequenas empresas estão com
dificuldade de contratar.
Em São Paulo, duas mil vagas são abertas por mês nas agências de emprego da prefeitura, mas muitas não são
preenchidas. Algumas não precisam de tanta qualificação, mas mesmo assim tem sido difícil achar pessoal para
contratar.
Há vagas, faltam trabalhadores. A frase começa a ficar comum. “Telemarketing eu não quero. Auxiliar administrativo
pode ser”, afirma uma candidata.
Um supermercado tem, em média, 40 vagas por mês que não consegue preencher.
“Tem gente que gostaria de ser manobrista e nem carteira de habilitação tem”, afirma Vânia Batista, analista de
recursos humanos.
A falta de funcionários não é só para o cargo de manobristas. Faltam empacotadores, repositores, atendentes de
balcão de frios. “Trabalhar sábado, domingo, feriado, as pessoas não querem mais essas situações. Então, tendo a
possibilidade de estudar, ele quer trabalhar de segunda a sexta”, ressalta a analista.
Não é porque sobram vagas que o empregador contrata indiscriminadamente. A primeira grande dificuldade é
encontrar um candidato que saiba escrever, ler e entender o que leu. “Se você colocar 10 pessoas em uma sala, 4
pessoas não sabem o que estão lendo, não têm o discernimento de entender o que é o teste. É um fator de
reprovação. Não tem como contratar”, lamenta Vânia Batista.
Fonte: www.g1.globo.com (com adaptações)
2. Cresce a participação de mulheres na construção civil
Cuidado, capricho e atenção aos detalhes somados à falta de mão de obra. Essa combinação está fazendo com que a
participação das mulheres em um ramo historicamente dominado pelos homens cresça cada vez mais. A construção
civil atrai mulheres que buscam uma colocação no mercado de trabalho, e também aquelas que veem no segmento
uma forma de ganhar mais dinheiro do que nas profissões tradicionalmentes femininas.
Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego, o número de mulheres
atuantes na construção civil aumentou 65% na década. Em 2000 elas eram pouco mais de 83 mil entre 1,094 milhão
de pessoas empregadas. Já em 2008, elas ocupavam 137.969 vagas em um estoque de trabalhadores de quase 2
milhões.
Mônica Renata dos Santos há dois anos abandonou o trabalho como diarista para se dedicar exclusivamente às
construções. Hoje ela conta que é pedreira. "Desde criança eu gosto de observar obras para aprender. Quando tinha
alguma reforma em casa, meu pai me mandava ir pra dentro, porque ali não era lugar de menina. Mas eu me
escondia para olhar”.
Mônica está em uma obra e já tem fila de espera de serviços. "Estou realizando meus sonhos por meio da
construção. Já quitei o meu carro e o próximo passo é construir minha própria casa". Com seu salário de pedreira, ela
sustenta três filhos e ajuda a mãe. "Meus filhos têm orgulho da minha profissão", conta a pedreira.
Fonte: www.g1.globo.com (com adaptações)
INSTRUÇÕES:
O rascunho da redação deve ser feito antes da versão final.
O texto definitivo deve ser escrito a tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
A redação com até 7 (sete) linhas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.