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10º USIHC – Anais do 10º Congresso Internacional de Ergonomia e Usabilidade
de Interfaces Humano-Computador
17 a 20 de maio de 2010 – PUC-Rio / Rio de Janeiro
REQUISITOS PARA A FORMULAÇÃO DE PADRÕES DE USABILIDADE
PARA A TV DIGITAL INTERATIVA DIRECIONADA AO PÚBLICO DA
MELHOR IDADE NO BRASIL.
REQUIREMENTS FOR THE FORMULARIZATION OF STANDARDS OF
USABILITY FOR THE DIRECTED INTERACTIVE DIGITAL TV TO THE
PUBLIC OF THE BEST AGE IN BRAZIL.
André Luiz Batista Abrahão1
, Franciane da Silva Falcão 2
(1) Especialista em Design, Comunicação e Multimídia, Centro de Ensino Superior Fucapi-CESF
e-mail: andre.abrahao@fucapi.br
(2) Mestre em Design, NuPeDE – DEG – UFAM, Universidade Federal do Amazonas
e-mail: francifalcao@gmail.com.br
Palavras-chave: Usabilidade, TV Digital interativa, idosos
A TV Digital Interativa já faz parte do cotidiano de algumas populações, um dos nichos que compõe esta população é o
público da melhor idade. Acredita-se que o advento da Televisão digital interativa proporcionará a esses usuários o
acesso amplo e imediato de informações e serviços. No entanto, devem ser consideradas questões relacionadas ao uso
desta tecnologia, como aspectos fisiológicos, cognitivos e psicológicos. Afinal, o uso de atributos interfaciais
inadequados como cores, estilos, formatos e sons pode tornar esta nova tecnologia não efetiva aos sujeitos sociais
Key-words: Usability, Interactive Digital TV, the aged people
The Interactive Digital TV already is part of the daily one of some populations, one of the niches that this population
composes is the public of the best age. One gives credit that the advent of the interactive digital Television will provide
to these users the ample and immediate access of information and services. However, questions related to the use of this
technology must be considered, as physiological, cognitives and psychological aspects. After all, the use of inadequate
interfacial attributes as colors, styles, formats and sounds can become this new technology does not accomplish to the
social citizens
1. Apresentação
A temática deste artigo tem como foco a construção
de requisitos de Usabilidade para idosos usuários de
TV digital interativa, residentes no Brasil. Em uma
Sociedade onde telefonia, vídeo, música e dados
tendem a convergir para uma plataforma de
comunicação única. A televisão digital interativa
surge como meio oportunizador para a melhoria da
qualidade de vida dos sujeitos sociais.
Um dos sujeitos sociais que compõe
consideravelmente a População Brasileira é o
público da melhor idade. Dados estatísticos (IBGE,
2005) revelam que o crescimento da população idosa
no Brasil está associado a um progressivo declínio
nas taxas de mortalidade e natalidade. Tal
crescimento acarreta problemas de ordem social,
sobretudo, em Capitais, onde a Saúde Pública e a
Previdência Social não atendem às expectativas da
população idosa.
Especialistas de diversas áreas, abrangendo TI,
telecomunicações e engenharia de usabilidade vêm
buscando soluções para prevenir e amenizar a
disparidade existente entre o idoso e as novas
tecnologias, fazendo com que ele participe
ativamente da Sociedade, afinal, esse é uma das
preocupações principais do Governo Brasileiro, em
relação à TV Digital Interativa.
No entanto, o grande desafio desses desenvolvedores
é criar meios e estratégias que supram as
deficiências desse público vestem as peculiaridades
relacionadas às demências naturais caracterizadas
pela deteriorização gradual da memória, redução no
desempenho de tarefas cotidianas, desorientação
têmporo-espacial, problemas cognitivos e
dificuldades na área da comunicação.
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Uma das estratégias consiste na adoção de padrões
de usabilidade para essas tecnologias. Essa
usabilidade tem como essência a relação harmônica
entre interface, usuário, tarefa e ambiente, algo
primordial para o bom uso de qualquer sistema
baseado em meio interfacial.
A boa usabilidade em um Sistema Interativo de TV
Digital pode ser baseada em uma sintaxe visual,
aspectos psicológicos e ergonômicos cognitivos
informacionais, que norteiam a preocupação com
uma linguagem visual compreensível, ordenada e
legível.
O ineditismo deste Sistema à uma população idosa
brasileira tão heterogênea , fazem com que a
usabilidade seja o fator diferencial para a boa
utilização do Sistema, sobretudo em relação aos
critérios ergonômicos e a conseqüente boa
navegabilidade
2. Objetivos
O Objetivo Geral deste projeto foi formular padrões
de usabilidade para uma interface para TV Digital
direcionada ao público da melhor idade no Brasil.
Para isso tornou-se necessário traçar como objetivos
específicos; A compreensão dos aspectos
norteadores do Sistema Digital de Televisão
terrestre, enfatizando, sobretudo os aspectos da
interatividade; A identificação de quais padrões de
usabilidade poderiam ser aplicados à TV digital, no
desenvolvimento de requisitos interfaciais para a
Interface; E por último e não tão menos importante a
pesquisa sobre as variáveis fisiológicas,cognitivas e
psicológicas características da terceira idade e sua
relação direta nos aspectos da usabilidade para a
interface deste aplicativo.
3. Sujeitos da Pesquisa
O público idoso é bastante heterogêneo, visto as
diferentes habilidades e competências em tarefas
com sistemas interfaciais. A fim de identificá-los,
Santaella (2007) propôs etapas de observação e
coleta de dados úteis para distinguir o usuário
novato, o leigo e o experto, que de certa forma
foram relevantes para especificar qual o público
seria focado durante a pesquisa.
A primeira etapa denominada de observação pouco
estruturada é definida por Santaella (2007) como
algo informal na modalidade de observação
participante. Esta observação tem como objetivo
desenvolver uma familiaridade com o
comportamento dos usuários no ato de navegar.
Essa primeira fase de coleta buscou uma triagem dos
sujeitos, que posteriormente foram divididos em dois
grupos de idosos: (a) aqueles que tinham alguma
familiaridade com o ciberespaço e (b) aqueles que
não tinham nenhuma intimidade (Santaella, 2007).
Após esta segregação de sujeitos, cujo único pré-
requisito foi a idade acima de sessenta anos; A
pesquisa piloto exploratória proposta por Santaella
delineou-se como a etapa posterior, onde foram
buscados meios mais seguros para obter informações
sobre as habilidades do usuário que tenha alguma
intimidade com os meios digitais.
Essas informações foram obtidas através de
entrevistas semi-estruturadas com 15 idosos. Preece
(2005) ressalta que o tipo de informação, seja
referente a informações demográficas básicas
(gênero, idade, etc.) e de detalhes de experiência de
usuário (nível de expertise em relação a
computadores), fazem com que o designer
desenvolva duas versões diferentes ou volta-se mais
às necessidades de um dos grupos.
Após a aplicação deste questionário, os usuários
foram segregados em três níveis de expertise,
anteriormente citados. Santaella (2007, p.59) define
essa classificação assim:
(...) Entendemos que o usuário novato é aquele
que não tem nenhuma intimidade com a rede,
para o qual tudo é novidade. O leigo é aquele
que já entrou na rede, já memorizou algumas
rotas específicas, mas não adquiriu a
familiaridade e competência de um experto,
que conhece os segredos de cada mínimo sinal
que aparece em tela.
Portanto, para esta pesquisa foram considerados
cinco idosos leigos, visto que seus conhecimentos
intermediários poderiam contribuir tanto para o
desenvolvimento de padrões de usabilidade tanto
para usuários expertos, quanto para novatos.
Jakob Nielsen defende que com cinco usuários é
possível identificar cerca de 75% dos problemas
críticos de uma interface (AGNER,2006).
4. O Objeto de Estudo
O aplicativo interativo utilizado para o processo de
pesquisa foi o pertencente ao grupo NET/VIVAX.
Segundo dados coletados no próprio site da Empresa
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NET Serviços caracteriza-se como a maior empresa
de multi serviços da America Latina.
No aplicativo interativo da NET/VIVAX os dados
transmitidos são armazenados no terminal de acesso.
Ao acessar as informações disponíveis, o usuário
estará navegando dentro dos dados armazenados no
terminal. Esse tipo de interatividade é denominado
de interatividade local ou interatividade nível um
(CROCOMO, 2007).
Esse guia “interatividade” pertencente ao Portal da
NET/VIVAX é subdividido em outros guias de
interatividade; são eles o Guia Climatempo, o
Esotérico, o “Destaques”, o Cartoon Games, TV
Games e o Futebol, assim representado na imagem
abaixo (Figura 01)
Figura1: Guias do Portal interativo
5. A Metodologia Aplicada
Para o estudo foram determinados métodos e
técnicas que enalteciam o usuário em uma tarefa
específica, através de um mapeamento dos
problemas ergonômicos do sistema, propostos pela
Intervenção Ergonomizadora de Ana Maria de
Moraes & Mont’Alvão.
Esse mapeamento teve o intuito de contemplar as
variáveis de usabilidade do sistema homem- tarefa-
maquina durante a interação do usuário idoso com
um Guia Eletrônico de Programação para TV Digital
aberta NET/VIVAX.
No caso, foram selecionados idosos leigos. Santaella
(2007) os define como usuários que possuem
conhecimento intermediário sobre as novas
tecnologias, diferente do experto e do inexperiente.
Como o estudo restringiu-se apenas à proposição de
recomendações ergonômicas, foram utilizadas duas
etapas: Apreciação Ergonômica e a Diagnose
Ergonômica.
As observações assistemáticas caracterizaram a
primeira etapa da Apreciação Ergonômica, portanto,
foram realizados os registros das tarefas por
filmagem com dos sujeitos da pesquisa com o
aplicativo interativo. A partir destes registros os
problemas do Sistema Homem Tarefa Máquina
foram categorizados e utilizados para a formulação
do quadro de parecer ergonômico com as devidas
sugestões preliminares de melhoria.
Na Diagnose, caracterizada pelas observações
sistemáticas, foi utilizado o registro diacrônico
seqüencial de eventos por amostragem de tempo,
que permitiu a obtenção do tempo gasto em cada
uma das atividades estipuladas ao idoso.
Tal etapa englobou: A análise da tarefa, perfil e voz
dos operadores e o diagnóstico ergonômico.
A partir do Diagnóstico, respaldado por etapas
anteriores, foram especificados padrões de
usabilidade para futuros aplicativos de TVDi
direcionado à idosos.
6. Diagnostico Ergonômico
Após essas duas etapas, formulou-se o Diagnóstico
Ergonômico, onde foram expostos os problemas
previamente preditos na etapa da Apreciação
Ergonômica.
Os Registros comportamentais da tarefa bem como o
Perfil e Voz do operador confirmam alguns
problemas observados na etapa da apreciação.
Dentre os quais foram destacados; Falta de
delimitação em algumas áreas interativas do
aplicativo, falta de homogeneidade entre os
elementos da interface, guias de interação do
aplicativo não hierarquizados, falhas de feedback do
sistema em relação ao usuário,deficiência de
mecanismos de ajuda (tutoriais) e inexistência de
mecanismos flexíveis às deficiências do idoso.
Todas essas falhas observadas proporcionaram ao
usuário considerado leigo um maior tempo para
realização de tarefas. A alternância de atenção entre
a interface do módulo interativo e controle remoto e
inúmeros questionamentos sobre como realizar as
tarefas, comprovam a insegurança natural do usuário
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idoso em utilizar esse meio informatizado. Nenhum
deles realizou as tarefas com segurança
A falta de delimitação por cor (Figura 2) ou por
formato em áreas interativas do aplicativo
NET/VIVAX fizeram com que o usuário não
observasse os elementos instrucionais em tela e
alguns rótulos de botões (botão voltar). Essa
desatenção fez com que pelo menos quatro idosos
perdessem mais tempo nas tarefas de voltar ao início
do Portal interativo do que simplesmente retroceder
a uma tela, visto a excessiva demora do
carregamento de telas do aplicativo.
Figura 2: Áreas da interface sem delimitação cromática.
O único usuário que atentou para o botão “voltar”
conseguiu realizar as tarefas dentro do Guia
Climatempo num tempo hábil com uma redução de
um minuto em relação aos demais registros.
Essa problemática agravou-se devido a falta de
homogeneidade observada em alguns rótulos (Figura
3) e posicionamento dos botões da interface. No sub
guia Climatempo os botões “sair” e “ voltar” não
possuíam consistência, seu posicionamento variava
entre as telas do aplicativo, alguns idosos
reclamaram desse posicionamento.
A reclamação é natural, pois, muito do processo de
aprendizado do idoso depende da repetição da
utilização dos mesmos recursos de um computador
(KACHAR, 2003), quebrar essa seqüência devido à
inconsistência de posicionamento de botões, gera
acessos inadvertidos, como foi no caso do Guia
interativo Climatempo.
Figura 3: Falta de consistência nos rótulos da interface
Guias de interação do aplicativo não hierarquizados
também foram identificados neste Sistema, visto a
inconsistência do posicionamento do “guia assistir”,
que destoava do posicionamento “em colunas” dos
demais. Essa inconsistência gerou diversos
aborrecimentos a todos os cinco idosos registrados,
visto que nenhum deles teve êxito na navegação e na
escolha do elemento “interatividade” do Portal
interativo.
O tempo para estados despropositados da tarefa que
consistiam em questionar a tarefa e apertar os botões
do controle remoto sem propósito a procura de um
feedback do Sistema foram consideravelmente altos
e por duas oportunidades foi cogitado pelo usuário o
abandono do acesso, por medo de ter danificado o
sistema ou pela frustração do erro em excesso.
O erro incomoda muito o usuário idoso, todos
querem acertar. Eles ficam desconcertados com o
próprio erro e isso acaba gerando uma dependência
com relação a tomar atitudes e decisões, preferem
perguntar a tentar e correr o risco de errar.
(KACHAR, 2003)
O Sistema Interativo da NET/VIVAX é muito
ríspido e frio com o idoso não há uma qualidade do
feedback incentivando-o a prosseguir com a
ação,todos são demorados,desinteressantes e sem
nenhum conotação informal.
Esses constantes questionamentos do usuário, sobre
como proceder para realizar as ações interativas
evidenciam a falta de preocupação dos
desenvolvedores com módulos de ajuda e tutoriais
acoplados dentro dos guias interativos. Caso o
usuário necessite de orientações em relação ao
Sistema tem que sair do módulo interativo e acessar
o canal 01. Isso acarretaria ao usuário mais uma
tarefa, comprometendo o critério das ações mínimas.
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Outro ponto importante foi a menção dos critérios
ergonômicos da flexibilidade e consideração da
experiência do usuário, considerados pelos usuários
idosos como os mais falhos no Sistema Interativo
NET/VIVAX. Segundo eles não existem outras
estratégias mais viáveis para chegar a um objetivo
comum e que em nenhum momento há a
preocupação de suas deficiências e o grande número
de botões desnecessários do controle remoto que
apesar de não ser contextualizado à interface e o
componente essencial à interação
7. Padrões de usabilidade propostos
O Diagnóstico Ergonômico exposto anteriormente
englobou as problemáticas mais pulsantes do
Sistema homem-máquina-tarefa do aplicativo
interativo NET/VIVAX, nesse momento torna-se
necessário o estabelecimento de alguns requisitos
que irão permear com usabilidade não só esse
Sistema de televisão paga no Brasil, como também
pode servir de base para outros futuros aplicativos
de TV Digital que tenham como usuário o público
da melhor idade.
7.1 Quanto à quantidade de elementos na
Interface (Densidade informacional)
Idosos tem problema em decodificar diversas
informações simultâneas, grande número de
elementos, sejam links, imagens, fontes, dispostas
aleatoriamentente, proporcionam uma maior
incidência de erros na manipulação com o Sistema.
O Minimalismo, um dos critérios ergonômicos
abordados por Scapin e Bastien, é uma característica
bastante relevante quando aplicada a interfaces
direcionadas a públicos com dificuldade de
memorização. Normalmente a memória humana
interpreta sete unidades relacionadas entre si,
isso significa que a partir de cinco unidades os erros
aumentam, pois, as tarefas que exigem o uso
simultâneo de diversos canais de comunicação
provocam uma sobrecarga mental e
conseqüentemente o erro.
Portanto, recomenda-se é que sejam dispostos no
máximo cinco itens relacionados à tarefa navegação,
itens irrelevantes devem ser removidos de tela.
7.2 Quanto à disposição dos elementos em tela
na Interface
Esses elementos no, entanto, devem ser dispostos
harmonicamente em tela, sempre posicionados em
uma ordem hierárquica de importância. Recomenda-
se também que estes elementos de interação
principais da interface estejam dispostos em coluna a
fim de diminuir a quantidade de ações do usuário.
Esses elementos, no entanto, devem ser dispostos
harmonicamente em tela, sempre posicionados em
uma ordem hierárquica de importância. Recomenda-
se também que estes elementos de interação
principais da interface estejam dispostos em coluna a
fim de diminuir a quantidade de ações do usuário.
Recomenda-se que a interface não seja delimitada
em muitas áreas, visto as limitações do Sistema, o
ideal é que se utilizem quatro áreas específicas: A
área que rotula o aplicativo (parte superior da tela), a
área central da interface (essencialmente contendo
os guias interativos) e a área relacionada aos botões
do controle remoto (parte inferior da tela) e a área
instrucional (abaixo da área relacionada ao controle
remoto).
A fim de dinamizar o processo de percepção de cada
uma dessas áreas recomenda-se que cada uma delas
seja organizada graficamente por variações de tom
cromático e por volume de caracteres.
Posteriormente essas variações podem relacionar-se
ao controle remoto, a fim de tornar o cesso mais
seguro.
Parece óbvio, mais é impreterível e que os guias de
interação principais do aplicativo devem ser
dispostos na área central da interface, contribuído
para uma redução do tempo de percepção do
usuário.Além disso,todos os elementos interativos
das áreas supracitadas devem estar bem
“convidativos”e evidentes para o idoso. O uso de
seletores chamativos (cores quentes) é uma
alternativa eficiente.
7.3 Quanto à legibilidade
A condição de visão dos idosos interfere na leitura
de meios informatizados, isso é algo característico
da terceira idade. Doenças como presbiopia, sãos
comuns a partir dos quarenta anos de idade e tendem
a progredir com o passar dos anos. Isso fez com que
houvesse a dificuldade em enxergar e identificar
alguns botões, rótulos e elementos de navegação do
aplicativo interativo, visto o reduzido tamanho.
Para a boa legibilidade do Sistema recomenda-se a
fonte Tiresias,já utilizada pele Rede BBC de
Londres,caracterizada pela distinção de caracteres
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parecidos como o “1” e a letra “I”minúscula
(CYBIS,2007).O tamanho mínimo de fonte não
menor que 24 pontos e o bom espaçamento entre
caracteres também são requisitos que podem ser
recomendados não só para aplicativos à terceira
idade como para outros tipos de público-alvo.
Recomenda-se que os textos sejam disponibilizados
em blocos e que sua leitura seja feita da forma
horizontal, onde o idoso possa se sentir
familiarizado com essa ação relacionando-a à leitura
de um livro.A inserção de rótulos de identificação de
quantas páginas já foram lidas ou faltam ser lidas
são também importantes para situar o usuário em
qual estado se encontra na ação.
Em relação à diferença cromática entre fundo e
forma Farina (2003, p.70) afirma em sua obra que
“À medida que envelhece, o indivíduo vai perdendo
a sensibilidade ao azul, devido a uma alteração
química do cristalino, um adulto distingue menos
tonalidades do azul do que uma criança”.O azul
nesse aplicativo interativo da NET/VIVAX talvez
tenha sido desinteressante ao idoso.
Portanto, recomenda-se que o contraste ideal para
idosos seja o texto escuro sobre o fundo claro,
porém esse fundo claro não deve ser totalmente
branco, pois, altos níveis de luminosidade podem
incomodar o usuário, ofuscando completamente as
letras escuras.
7.4 Quanto aos mecanismos de ajuda ao
usuário idoso
Desenvolver mecanismos de ajuda para um usuário
ávido por novidades, porém receoso em utilizar
sistemas baseados em interface é o grande
diferencial para o sucesso dessa nova mídia
comunicacional.
A partir disso recomenda-se que sejam acoplados em
cada uma das telas dos guias interativos, um tutorial
em vídeo que pode ser acessado através de um
símbolo de interrogação claramente indicado na
interface que pode ser acionado por qualquer um dos
botões coloridos de atalho do controle remoto.
Outra possibilidade é a utilização dos denominados
“Agentes amigáveis da interface” Preece os define
como “Uma suposição genérica é a deque os mais
inexperientes se sentirão mais à vontade com esse
tipo “companheiro” e serão encorajados a
experimentar coisas novas após, ouví-lo, vê-lo,
segui-lo e interagir com ele”.
Formas expressivas bem como a aplicação de
agentes de interface são recomendadas para que o
idoso sinta-se à vontade, confortável e feliz em
relação a esse novo tipo de tecnologia inserido na
Sociedade Brasileira.
7.5 Quanto à visibilidade do Status do Sistema
Nos Registros Diacrônicos da Diagnose observou-se
que alguns idosos voltavam inadvertidamente para o
início do Portal interativo NET/VIVAX ignorando a
atividade de retroceder uma tela anterior. Isso é
resultante da inexistência de rótulos de indicação do
estado em que o idoso se encontrava na gradação de
tarefas dentro do Guia interativo. Tais ações
tornavam o sistema lento devido as constantes
retroalimentações.
Recomenda-se a partir disso que sejam utilizados
números com rótulos específicos para indicar o
estado atual da tarefa bem como a evolução da
interação do usuário idoso. Esse tipo de recurso é
viável para aplicativos T-commerce, marcação de
consultas on-line e outras atividades interativas
seqüenciais.
7.6 Quanto ao feedback do Sistema
O incentivo ao usuário idoso é imprescindível,
manter um feedback para usuários inexperientes é
importante para mantê-los motivados. A qualidade
do feedback aumenta a confiança do usuário em
relação a esse novo Sistema de TV digital.
Infelizmente devido restrições tecnológicas o
carregamento de telas do módulo interativo da
NET/VIVAX é extremamente lento, a demora é
desconcertante ao usuário, que pode suspeitar de
uma falha do Sistema e tomar atitudes prejudiciais
para os processos em andamento (CYBIS, 2007).
Recomenda-se, portanto, que sejam anexadas às
telas de carregamento do sistema um resumo de
todas as entradas realizadas pelo o idoso assim como
um resumo do que posteriormente vai ser carregado
pelo sistema. Outra recomendação viável é a
inserção de contadores de porcentagem
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diferenciados, com conotação motivadora e
humorística, relacionados ao contexto do programa.
Afinal o idoso deve ser tranqüilizado durante o
processo de interação, através de um ambiente
menos ameaçador, de confiança em si mesma e no
outro que encaminha a atividade, pois, ansiedade
dificulta a aprendizagem a memorização e a
evocação (IZQUIERDO apud KACHAR, 2003)
7.7 Quanto à Homogeneidade
Para que a interface seja coerente ao idoso,
recomenda-se o uso de convenções para a interface.
Todos os itens da interface devem ser conservados
em cada uma das telas do guia interativo. Cybis
(2007, p.43) enaltece afirmando que “Os
procedimentos rótulos, comandos, etc, são mais
facilmente reconhecidos e localizados quando seu
formato, localização ou sintaxe são estáveis de uma
tela para outra, de uma seção para outra (...)”.
Na Apreciação Ergonômica antes de terem sido
realizadas as filmagens foram passadas instruções de
funcionamento dos guias interativos NET/VIVAX,
Uma das mais repetidas foi a visualização dos
botões da interface antes de realizar qualquer
procedimento da navegação.
A posição dos botões “sair” e “voltar” do Sub-guia
Esotérico, foram tomados pelos idosos como regra
única para a interação com o aplicativo, no entanto,
tal premissa não pode ser observada na observação
dos guias futebol e Climatempo, completamente
despadronizados. Tal situação gerou inúmeros
questionamentos tornando a atividade extremamente
penosa ao idoso.
Isso acontece por que idosos tem dificuldades de
manipular e memorizar informações de curto prazo,
portanto, a repetição de posicionamento de
elementos em uma interface é uma alternativa viável
para a boa navegabilidade do Sistema.
8. Conclusões
A pesquisa em questão teve como essência a
obtenção de requisitos de Usabilidade para
aplicativos interativos pra TV Digital para idosos
brasileiros. Tais premissas foram obtidas através de
observações e registros minuciosos da relação
Usuário-Sistema Interativo NET/VIVAX, sempre
balizadas pela Metodologia da Intervenção
Ergonomizadora de Ana Maria de Moraes e
MontAlvão.
Estabelecer requisitos de Usabilidade, tendo como
parâmetros o diagnóstico Ergonômico dos
problemas observados na interação de cinco idosos
com um Sistema Interativo pago preexistente,
podem embasar a construção de futuros módulos
interativos para a TV aberta, que podem ser
permeadas pelas etapas de Projetação e Validação
Ergonômica, posteriores à Apreciação e Diagnose,
realizadas neste trabalho.
Todas as informações levantadas na Apreciação e
Diagnose, bem como o referencial teórico sobre
características da Tecnologia da TV Digital e do
Público da melhor idade foram convertidos na
elaboração de sete tópicos de recomendação
segregados por assunto, que englobam aspectos
sobre design de interfaces e algumas considerações
sobre controle remoto.
Ressalta-se, contudo, que o mapeamento dessas
dificuldades bem como o estabelecimento destes
requisitos foi um grande desafio, visto as
características do público-alvo. Afinal, o grande
entrave para o estudo foi encontrar cinco usuários
idosos leigos, que possuíssem conhecimento, mesmo
que básico, dos meios informatizados.
Mesmo com essa segregação de cinco usuários,
observou-se extrema dificuldade na compreensão e
realização das tarefas propostas para a Intervenção
Ergonômica; o questionamento excessivo revela o
medo natural em operar ou danificar um meio
interfacial, que pode ser explicado pela rígida
formação e educação vivenciadas no tempo de
escola, onde o erro era repreendido com rigor.
Somado a isso existem os fatores psico-biológicos
característicos da terceira idade, como por exemplo,
a redução dos níveis de audição e visão, bem como,
os níveis de senescência, que indiretamente
influenciaram na navegabilidade do Sistema.
Apesar dessas dificuldades, investimentos em
estudos sobre Usabilidade e outros aspectos que
norteiam a TV Digital Interativa são relevantes para
a Sociedade, pois, somente a valorização do
conhecimento científico nacional proporcionará a
atualização e a conseqüente competição tecnológica
com outros Países detentores desta nova mídia
comunicacional.
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5. Referências Bibliográficas
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São Paulo: Ed. Mackenzie, 2007.175 p.
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conhecimentos, métodos e aplicações. São Paulo:
Novatec Editora, 2007.
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produção interativa: a comunidade manda notícias.
Florianópolis: Ed.da UFSC, 2007.
DIZARD, Wilson. A Nova mídia: a comunicação de
massa na era da informação. Rio de Janeiro. Rio de
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Edgard Blucher, 2005.
KACHAR, Vitória. Terceira idade e informática:
aprender revelando potencialidades. São Paulo:
Cortez, 2003.
LEMOS André. Anjos Interativos e Retribalização
do Mundo: Sobre Interatividade e Interfaces
Digitais. São Paulo: Luzes, 1997.
MONTEZ, Carlos; BECKER, Valdecir. TV Digital
Interativa: conceitos, desafios e perspectivas para o
Brasil. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2005. 2ª edição
MORAES, Ana Maria de. Design e avaliação de
interface: ergodesign e interação humano -
computador. Rio de Janeiro: Ed. iUsEr,2002.
MORAES, Ana Maria de. Ergonomia: conceitos e
aplicações/ Ana Maria de Moraes, Claudia
Mont’alvão. Rio de Janeiro: 2AB, 1998.
PAPALÉO NETTO, Matheus. Gerontologia: a
velhice e o envelhecimento em visão globalizada.
São Paulo: Editora Atheneu, 2000.
PICOLLO, Lara; BARANAUSKAS, Maria.
Desafios de design para a TV Digital Interativa.
Anais do IHC 2006, Natal, p.01-10, nov.2006 Natal,
RN, Brasil
PREECE, Jeniffer. Design de Interação: além da
interação homem-computador. Porto Alegre:
Bookman, 2005.

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  • 1. 10º USIHC – Anais do 10º Congresso Internacional de Ergonomia e Usabilidade de Interfaces Humano-Computador 17 a 20 de maio de 2010 – PUC-Rio / Rio de Janeiro REQUISITOS PARA A FORMULAÇÃO DE PADRÕES DE USABILIDADE PARA A TV DIGITAL INTERATIVA DIRECIONADA AO PÚBLICO DA MELHOR IDADE NO BRASIL. REQUIREMENTS FOR THE FORMULARIZATION OF STANDARDS OF USABILITY FOR THE DIRECTED INTERACTIVE DIGITAL TV TO THE PUBLIC OF THE BEST AGE IN BRAZIL. André Luiz Batista Abrahão1 , Franciane da Silva Falcão 2 (1) Especialista em Design, Comunicação e Multimídia, Centro de Ensino Superior Fucapi-CESF e-mail: andre.abrahao@fucapi.br (2) Mestre em Design, NuPeDE – DEG – UFAM, Universidade Federal do Amazonas e-mail: francifalcao@gmail.com.br Palavras-chave: Usabilidade, TV Digital interativa, idosos A TV Digital Interativa já faz parte do cotidiano de algumas populações, um dos nichos que compõe esta população é o público da melhor idade. Acredita-se que o advento da Televisão digital interativa proporcionará a esses usuários o acesso amplo e imediato de informações e serviços. No entanto, devem ser consideradas questões relacionadas ao uso desta tecnologia, como aspectos fisiológicos, cognitivos e psicológicos. Afinal, o uso de atributos interfaciais inadequados como cores, estilos, formatos e sons pode tornar esta nova tecnologia não efetiva aos sujeitos sociais Key-words: Usability, Interactive Digital TV, the aged people The Interactive Digital TV already is part of the daily one of some populations, one of the niches that this population composes is the public of the best age. One gives credit that the advent of the interactive digital Television will provide to these users the ample and immediate access of information and services. However, questions related to the use of this technology must be considered, as physiological, cognitives and psychological aspects. After all, the use of inadequate interfacial attributes as colors, styles, formats and sounds can become this new technology does not accomplish to the social citizens 1. Apresentação A temática deste artigo tem como foco a construção de requisitos de Usabilidade para idosos usuários de TV digital interativa, residentes no Brasil. Em uma Sociedade onde telefonia, vídeo, música e dados tendem a convergir para uma plataforma de comunicação única. A televisão digital interativa surge como meio oportunizador para a melhoria da qualidade de vida dos sujeitos sociais. Um dos sujeitos sociais que compõe consideravelmente a População Brasileira é o público da melhor idade. Dados estatísticos (IBGE, 2005) revelam que o crescimento da população idosa no Brasil está associado a um progressivo declínio nas taxas de mortalidade e natalidade. Tal crescimento acarreta problemas de ordem social, sobretudo, em Capitais, onde a Saúde Pública e a Previdência Social não atendem às expectativas da população idosa. Especialistas de diversas áreas, abrangendo TI, telecomunicações e engenharia de usabilidade vêm buscando soluções para prevenir e amenizar a disparidade existente entre o idoso e as novas tecnologias, fazendo com que ele participe ativamente da Sociedade, afinal, esse é uma das preocupações principais do Governo Brasileiro, em relação à TV Digital Interativa. No entanto, o grande desafio desses desenvolvedores é criar meios e estratégias que supram as deficiências desse público vestem as peculiaridades relacionadas às demências naturais caracterizadas pela deteriorização gradual da memória, redução no desempenho de tarefas cotidianas, desorientação têmporo-espacial, problemas cognitivos e dificuldades na área da comunicação.
  • 2. 10º USIHC – Anais do 10º Congresso Internacional de Ergonomia e Usabilidade de Interfaces Humano-Computador 17 a 20 de maio de 2010 – PUC-Rio / Rio de Janeiro Uma das estratégias consiste na adoção de padrões de usabilidade para essas tecnologias. Essa usabilidade tem como essência a relação harmônica entre interface, usuário, tarefa e ambiente, algo primordial para o bom uso de qualquer sistema baseado em meio interfacial. A boa usabilidade em um Sistema Interativo de TV Digital pode ser baseada em uma sintaxe visual, aspectos psicológicos e ergonômicos cognitivos informacionais, que norteiam a preocupação com uma linguagem visual compreensível, ordenada e legível. O ineditismo deste Sistema à uma população idosa brasileira tão heterogênea , fazem com que a usabilidade seja o fator diferencial para a boa utilização do Sistema, sobretudo em relação aos critérios ergonômicos e a conseqüente boa navegabilidade 2. Objetivos O Objetivo Geral deste projeto foi formular padrões de usabilidade para uma interface para TV Digital direcionada ao público da melhor idade no Brasil. Para isso tornou-se necessário traçar como objetivos específicos; A compreensão dos aspectos norteadores do Sistema Digital de Televisão terrestre, enfatizando, sobretudo os aspectos da interatividade; A identificação de quais padrões de usabilidade poderiam ser aplicados à TV digital, no desenvolvimento de requisitos interfaciais para a Interface; E por último e não tão menos importante a pesquisa sobre as variáveis fisiológicas,cognitivas e psicológicas características da terceira idade e sua relação direta nos aspectos da usabilidade para a interface deste aplicativo. 3. Sujeitos da Pesquisa O público idoso é bastante heterogêneo, visto as diferentes habilidades e competências em tarefas com sistemas interfaciais. A fim de identificá-los, Santaella (2007) propôs etapas de observação e coleta de dados úteis para distinguir o usuário novato, o leigo e o experto, que de certa forma foram relevantes para especificar qual o público seria focado durante a pesquisa. A primeira etapa denominada de observação pouco estruturada é definida por Santaella (2007) como algo informal na modalidade de observação participante. Esta observação tem como objetivo desenvolver uma familiaridade com o comportamento dos usuários no ato de navegar. Essa primeira fase de coleta buscou uma triagem dos sujeitos, que posteriormente foram divididos em dois grupos de idosos: (a) aqueles que tinham alguma familiaridade com o ciberespaço e (b) aqueles que não tinham nenhuma intimidade (Santaella, 2007). Após esta segregação de sujeitos, cujo único pré- requisito foi a idade acima de sessenta anos; A pesquisa piloto exploratória proposta por Santaella delineou-se como a etapa posterior, onde foram buscados meios mais seguros para obter informações sobre as habilidades do usuário que tenha alguma intimidade com os meios digitais. Essas informações foram obtidas através de entrevistas semi-estruturadas com 15 idosos. Preece (2005) ressalta que o tipo de informação, seja referente a informações demográficas básicas (gênero, idade, etc.) e de detalhes de experiência de usuário (nível de expertise em relação a computadores), fazem com que o designer desenvolva duas versões diferentes ou volta-se mais às necessidades de um dos grupos. Após a aplicação deste questionário, os usuários foram segregados em três níveis de expertise, anteriormente citados. Santaella (2007, p.59) define essa classificação assim: (...) Entendemos que o usuário novato é aquele que não tem nenhuma intimidade com a rede, para o qual tudo é novidade. O leigo é aquele que já entrou na rede, já memorizou algumas rotas específicas, mas não adquiriu a familiaridade e competência de um experto, que conhece os segredos de cada mínimo sinal que aparece em tela. Portanto, para esta pesquisa foram considerados cinco idosos leigos, visto que seus conhecimentos intermediários poderiam contribuir tanto para o desenvolvimento de padrões de usabilidade tanto para usuários expertos, quanto para novatos. Jakob Nielsen defende que com cinco usuários é possível identificar cerca de 75% dos problemas críticos de uma interface (AGNER,2006). 4. O Objeto de Estudo O aplicativo interativo utilizado para o processo de pesquisa foi o pertencente ao grupo NET/VIVAX. Segundo dados coletados no próprio site da Empresa
  • 3. 10º USIHC – Anais do 10º Congresso Internacional de Ergonomia e Usabilidade de Interfaces Humano-Computador 17 a 20 de maio de 2010 – PUC-Rio / Rio de Janeiro NET Serviços caracteriza-se como a maior empresa de multi serviços da America Latina. No aplicativo interativo da NET/VIVAX os dados transmitidos são armazenados no terminal de acesso. Ao acessar as informações disponíveis, o usuário estará navegando dentro dos dados armazenados no terminal. Esse tipo de interatividade é denominado de interatividade local ou interatividade nível um (CROCOMO, 2007). Esse guia “interatividade” pertencente ao Portal da NET/VIVAX é subdividido em outros guias de interatividade; são eles o Guia Climatempo, o Esotérico, o “Destaques”, o Cartoon Games, TV Games e o Futebol, assim representado na imagem abaixo (Figura 01) Figura1: Guias do Portal interativo 5. A Metodologia Aplicada Para o estudo foram determinados métodos e técnicas que enalteciam o usuário em uma tarefa específica, através de um mapeamento dos problemas ergonômicos do sistema, propostos pela Intervenção Ergonomizadora de Ana Maria de Moraes & Mont’Alvão. Esse mapeamento teve o intuito de contemplar as variáveis de usabilidade do sistema homem- tarefa- maquina durante a interação do usuário idoso com um Guia Eletrônico de Programação para TV Digital aberta NET/VIVAX. No caso, foram selecionados idosos leigos. Santaella (2007) os define como usuários que possuem conhecimento intermediário sobre as novas tecnologias, diferente do experto e do inexperiente. Como o estudo restringiu-se apenas à proposição de recomendações ergonômicas, foram utilizadas duas etapas: Apreciação Ergonômica e a Diagnose Ergonômica. As observações assistemáticas caracterizaram a primeira etapa da Apreciação Ergonômica, portanto, foram realizados os registros das tarefas por filmagem com dos sujeitos da pesquisa com o aplicativo interativo. A partir destes registros os problemas do Sistema Homem Tarefa Máquina foram categorizados e utilizados para a formulação do quadro de parecer ergonômico com as devidas sugestões preliminares de melhoria. Na Diagnose, caracterizada pelas observações sistemáticas, foi utilizado o registro diacrônico seqüencial de eventos por amostragem de tempo, que permitiu a obtenção do tempo gasto em cada uma das atividades estipuladas ao idoso. Tal etapa englobou: A análise da tarefa, perfil e voz dos operadores e o diagnóstico ergonômico. A partir do Diagnóstico, respaldado por etapas anteriores, foram especificados padrões de usabilidade para futuros aplicativos de TVDi direcionado à idosos. 6. Diagnostico Ergonômico Após essas duas etapas, formulou-se o Diagnóstico Ergonômico, onde foram expostos os problemas previamente preditos na etapa da Apreciação Ergonômica. Os Registros comportamentais da tarefa bem como o Perfil e Voz do operador confirmam alguns problemas observados na etapa da apreciação. Dentre os quais foram destacados; Falta de delimitação em algumas áreas interativas do aplicativo, falta de homogeneidade entre os elementos da interface, guias de interação do aplicativo não hierarquizados, falhas de feedback do sistema em relação ao usuário,deficiência de mecanismos de ajuda (tutoriais) e inexistência de mecanismos flexíveis às deficiências do idoso. Todas essas falhas observadas proporcionaram ao usuário considerado leigo um maior tempo para realização de tarefas. A alternância de atenção entre a interface do módulo interativo e controle remoto e inúmeros questionamentos sobre como realizar as tarefas, comprovam a insegurança natural do usuário
  • 4. 10º USIHC – Anais do 10º Congresso Internacional de Ergonomia e Usabilidade de Interfaces Humano-Computador 17 a 20 de maio de 2010 – PUC-Rio / Rio de Janeiro idoso em utilizar esse meio informatizado. Nenhum deles realizou as tarefas com segurança A falta de delimitação por cor (Figura 2) ou por formato em áreas interativas do aplicativo NET/VIVAX fizeram com que o usuário não observasse os elementos instrucionais em tela e alguns rótulos de botões (botão voltar). Essa desatenção fez com que pelo menos quatro idosos perdessem mais tempo nas tarefas de voltar ao início do Portal interativo do que simplesmente retroceder a uma tela, visto a excessiva demora do carregamento de telas do aplicativo. Figura 2: Áreas da interface sem delimitação cromática. O único usuário que atentou para o botão “voltar” conseguiu realizar as tarefas dentro do Guia Climatempo num tempo hábil com uma redução de um minuto em relação aos demais registros. Essa problemática agravou-se devido a falta de homogeneidade observada em alguns rótulos (Figura 3) e posicionamento dos botões da interface. No sub guia Climatempo os botões “sair” e “ voltar” não possuíam consistência, seu posicionamento variava entre as telas do aplicativo, alguns idosos reclamaram desse posicionamento. A reclamação é natural, pois, muito do processo de aprendizado do idoso depende da repetição da utilização dos mesmos recursos de um computador (KACHAR, 2003), quebrar essa seqüência devido à inconsistência de posicionamento de botões, gera acessos inadvertidos, como foi no caso do Guia interativo Climatempo. Figura 3: Falta de consistência nos rótulos da interface Guias de interação do aplicativo não hierarquizados também foram identificados neste Sistema, visto a inconsistência do posicionamento do “guia assistir”, que destoava do posicionamento “em colunas” dos demais. Essa inconsistência gerou diversos aborrecimentos a todos os cinco idosos registrados, visto que nenhum deles teve êxito na navegação e na escolha do elemento “interatividade” do Portal interativo. O tempo para estados despropositados da tarefa que consistiam em questionar a tarefa e apertar os botões do controle remoto sem propósito a procura de um feedback do Sistema foram consideravelmente altos e por duas oportunidades foi cogitado pelo usuário o abandono do acesso, por medo de ter danificado o sistema ou pela frustração do erro em excesso. O erro incomoda muito o usuário idoso, todos querem acertar. Eles ficam desconcertados com o próprio erro e isso acaba gerando uma dependência com relação a tomar atitudes e decisões, preferem perguntar a tentar e correr o risco de errar. (KACHAR, 2003) O Sistema Interativo da NET/VIVAX é muito ríspido e frio com o idoso não há uma qualidade do feedback incentivando-o a prosseguir com a ação,todos são demorados,desinteressantes e sem nenhum conotação informal. Esses constantes questionamentos do usuário, sobre como proceder para realizar as ações interativas evidenciam a falta de preocupação dos desenvolvedores com módulos de ajuda e tutoriais acoplados dentro dos guias interativos. Caso o usuário necessite de orientações em relação ao Sistema tem que sair do módulo interativo e acessar o canal 01. Isso acarretaria ao usuário mais uma tarefa, comprometendo o critério das ações mínimas.
  • 5. 10º USIHC – Anais do 10º Congresso Internacional de Ergonomia e Usabilidade de Interfaces Humano-Computador 17 a 20 de maio de 2010 – PUC-Rio / Rio de Janeiro Outro ponto importante foi a menção dos critérios ergonômicos da flexibilidade e consideração da experiência do usuário, considerados pelos usuários idosos como os mais falhos no Sistema Interativo NET/VIVAX. Segundo eles não existem outras estratégias mais viáveis para chegar a um objetivo comum e que em nenhum momento há a preocupação de suas deficiências e o grande número de botões desnecessários do controle remoto que apesar de não ser contextualizado à interface e o componente essencial à interação 7. Padrões de usabilidade propostos O Diagnóstico Ergonômico exposto anteriormente englobou as problemáticas mais pulsantes do Sistema homem-máquina-tarefa do aplicativo interativo NET/VIVAX, nesse momento torna-se necessário o estabelecimento de alguns requisitos que irão permear com usabilidade não só esse Sistema de televisão paga no Brasil, como também pode servir de base para outros futuros aplicativos de TV Digital que tenham como usuário o público da melhor idade. 7.1 Quanto à quantidade de elementos na Interface (Densidade informacional) Idosos tem problema em decodificar diversas informações simultâneas, grande número de elementos, sejam links, imagens, fontes, dispostas aleatoriamentente, proporcionam uma maior incidência de erros na manipulação com o Sistema. O Minimalismo, um dos critérios ergonômicos abordados por Scapin e Bastien, é uma característica bastante relevante quando aplicada a interfaces direcionadas a públicos com dificuldade de memorização. Normalmente a memória humana interpreta sete unidades relacionadas entre si, isso significa que a partir de cinco unidades os erros aumentam, pois, as tarefas que exigem o uso simultâneo de diversos canais de comunicação provocam uma sobrecarga mental e conseqüentemente o erro. Portanto, recomenda-se é que sejam dispostos no máximo cinco itens relacionados à tarefa navegação, itens irrelevantes devem ser removidos de tela. 7.2 Quanto à disposição dos elementos em tela na Interface Esses elementos no, entanto, devem ser dispostos harmonicamente em tela, sempre posicionados em uma ordem hierárquica de importância. Recomenda- se também que estes elementos de interação principais da interface estejam dispostos em coluna a fim de diminuir a quantidade de ações do usuário. Esses elementos, no entanto, devem ser dispostos harmonicamente em tela, sempre posicionados em uma ordem hierárquica de importância. Recomenda- se também que estes elementos de interação principais da interface estejam dispostos em coluna a fim de diminuir a quantidade de ações do usuário. Recomenda-se que a interface não seja delimitada em muitas áreas, visto as limitações do Sistema, o ideal é que se utilizem quatro áreas específicas: A área que rotula o aplicativo (parte superior da tela), a área central da interface (essencialmente contendo os guias interativos) e a área relacionada aos botões do controle remoto (parte inferior da tela) e a área instrucional (abaixo da área relacionada ao controle remoto). A fim de dinamizar o processo de percepção de cada uma dessas áreas recomenda-se que cada uma delas seja organizada graficamente por variações de tom cromático e por volume de caracteres. Posteriormente essas variações podem relacionar-se ao controle remoto, a fim de tornar o cesso mais seguro. Parece óbvio, mais é impreterível e que os guias de interação principais do aplicativo devem ser dispostos na área central da interface, contribuído para uma redução do tempo de percepção do usuário.Além disso,todos os elementos interativos das áreas supracitadas devem estar bem “convidativos”e evidentes para o idoso. O uso de seletores chamativos (cores quentes) é uma alternativa eficiente. 7.3 Quanto à legibilidade A condição de visão dos idosos interfere na leitura de meios informatizados, isso é algo característico da terceira idade. Doenças como presbiopia, sãos comuns a partir dos quarenta anos de idade e tendem a progredir com o passar dos anos. Isso fez com que houvesse a dificuldade em enxergar e identificar alguns botões, rótulos e elementos de navegação do aplicativo interativo, visto o reduzido tamanho. Para a boa legibilidade do Sistema recomenda-se a fonte Tiresias,já utilizada pele Rede BBC de Londres,caracterizada pela distinção de caracteres
  • 6. 10º USIHC – Anais do 10º Congresso Internacional de Ergonomia e Usabilidade de Interfaces Humano-Computador 17 a 20 de maio de 2010 – PUC-Rio / Rio de Janeiro parecidos como o “1” e a letra “I”minúscula (CYBIS,2007).O tamanho mínimo de fonte não menor que 24 pontos e o bom espaçamento entre caracteres também são requisitos que podem ser recomendados não só para aplicativos à terceira idade como para outros tipos de público-alvo. Recomenda-se que os textos sejam disponibilizados em blocos e que sua leitura seja feita da forma horizontal, onde o idoso possa se sentir familiarizado com essa ação relacionando-a à leitura de um livro.A inserção de rótulos de identificação de quantas páginas já foram lidas ou faltam ser lidas são também importantes para situar o usuário em qual estado se encontra na ação. Em relação à diferença cromática entre fundo e forma Farina (2003, p.70) afirma em sua obra que “À medida que envelhece, o indivíduo vai perdendo a sensibilidade ao azul, devido a uma alteração química do cristalino, um adulto distingue menos tonalidades do azul do que uma criança”.O azul nesse aplicativo interativo da NET/VIVAX talvez tenha sido desinteressante ao idoso. Portanto, recomenda-se que o contraste ideal para idosos seja o texto escuro sobre o fundo claro, porém esse fundo claro não deve ser totalmente branco, pois, altos níveis de luminosidade podem incomodar o usuário, ofuscando completamente as letras escuras. 7.4 Quanto aos mecanismos de ajuda ao usuário idoso Desenvolver mecanismos de ajuda para um usuário ávido por novidades, porém receoso em utilizar sistemas baseados em interface é o grande diferencial para o sucesso dessa nova mídia comunicacional. A partir disso recomenda-se que sejam acoplados em cada uma das telas dos guias interativos, um tutorial em vídeo que pode ser acessado através de um símbolo de interrogação claramente indicado na interface que pode ser acionado por qualquer um dos botões coloridos de atalho do controle remoto. Outra possibilidade é a utilização dos denominados “Agentes amigáveis da interface” Preece os define como “Uma suposição genérica é a deque os mais inexperientes se sentirão mais à vontade com esse tipo “companheiro” e serão encorajados a experimentar coisas novas após, ouví-lo, vê-lo, segui-lo e interagir com ele”. Formas expressivas bem como a aplicação de agentes de interface são recomendadas para que o idoso sinta-se à vontade, confortável e feliz em relação a esse novo tipo de tecnologia inserido na Sociedade Brasileira. 7.5 Quanto à visibilidade do Status do Sistema Nos Registros Diacrônicos da Diagnose observou-se que alguns idosos voltavam inadvertidamente para o início do Portal interativo NET/VIVAX ignorando a atividade de retroceder uma tela anterior. Isso é resultante da inexistência de rótulos de indicação do estado em que o idoso se encontrava na gradação de tarefas dentro do Guia interativo. Tais ações tornavam o sistema lento devido as constantes retroalimentações. Recomenda-se a partir disso que sejam utilizados números com rótulos específicos para indicar o estado atual da tarefa bem como a evolução da interação do usuário idoso. Esse tipo de recurso é viável para aplicativos T-commerce, marcação de consultas on-line e outras atividades interativas seqüenciais. 7.6 Quanto ao feedback do Sistema O incentivo ao usuário idoso é imprescindível, manter um feedback para usuários inexperientes é importante para mantê-los motivados. A qualidade do feedback aumenta a confiança do usuário em relação a esse novo Sistema de TV digital. Infelizmente devido restrições tecnológicas o carregamento de telas do módulo interativo da NET/VIVAX é extremamente lento, a demora é desconcertante ao usuário, que pode suspeitar de uma falha do Sistema e tomar atitudes prejudiciais para os processos em andamento (CYBIS, 2007). Recomenda-se, portanto, que sejam anexadas às telas de carregamento do sistema um resumo de todas as entradas realizadas pelo o idoso assim como um resumo do que posteriormente vai ser carregado pelo sistema. Outra recomendação viável é a inserção de contadores de porcentagem
  • 7. 10º USIHC – Anais do 10º Congresso Internacional de Ergonomia e Usabilidade de Interfaces Humano-Computador 17 a 20 de maio de 2010 – PUC-Rio / Rio de Janeiro diferenciados, com conotação motivadora e humorística, relacionados ao contexto do programa. Afinal o idoso deve ser tranqüilizado durante o processo de interação, através de um ambiente menos ameaçador, de confiança em si mesma e no outro que encaminha a atividade, pois, ansiedade dificulta a aprendizagem a memorização e a evocação (IZQUIERDO apud KACHAR, 2003) 7.7 Quanto à Homogeneidade Para que a interface seja coerente ao idoso, recomenda-se o uso de convenções para a interface. Todos os itens da interface devem ser conservados em cada uma das telas do guia interativo. Cybis (2007, p.43) enaltece afirmando que “Os procedimentos rótulos, comandos, etc, são mais facilmente reconhecidos e localizados quando seu formato, localização ou sintaxe são estáveis de uma tela para outra, de uma seção para outra (...)”. Na Apreciação Ergonômica antes de terem sido realizadas as filmagens foram passadas instruções de funcionamento dos guias interativos NET/VIVAX, Uma das mais repetidas foi a visualização dos botões da interface antes de realizar qualquer procedimento da navegação. A posição dos botões “sair” e “voltar” do Sub-guia Esotérico, foram tomados pelos idosos como regra única para a interação com o aplicativo, no entanto, tal premissa não pode ser observada na observação dos guias futebol e Climatempo, completamente despadronizados. Tal situação gerou inúmeros questionamentos tornando a atividade extremamente penosa ao idoso. Isso acontece por que idosos tem dificuldades de manipular e memorizar informações de curto prazo, portanto, a repetição de posicionamento de elementos em uma interface é uma alternativa viável para a boa navegabilidade do Sistema. 8. Conclusões A pesquisa em questão teve como essência a obtenção de requisitos de Usabilidade para aplicativos interativos pra TV Digital para idosos brasileiros. Tais premissas foram obtidas através de observações e registros minuciosos da relação Usuário-Sistema Interativo NET/VIVAX, sempre balizadas pela Metodologia da Intervenção Ergonomizadora de Ana Maria de Moraes e MontAlvão. Estabelecer requisitos de Usabilidade, tendo como parâmetros o diagnóstico Ergonômico dos problemas observados na interação de cinco idosos com um Sistema Interativo pago preexistente, podem embasar a construção de futuros módulos interativos para a TV aberta, que podem ser permeadas pelas etapas de Projetação e Validação Ergonômica, posteriores à Apreciação e Diagnose, realizadas neste trabalho. Todas as informações levantadas na Apreciação e Diagnose, bem como o referencial teórico sobre características da Tecnologia da TV Digital e do Público da melhor idade foram convertidos na elaboração de sete tópicos de recomendação segregados por assunto, que englobam aspectos sobre design de interfaces e algumas considerações sobre controle remoto. Ressalta-se, contudo, que o mapeamento dessas dificuldades bem como o estabelecimento destes requisitos foi um grande desafio, visto as características do público-alvo. Afinal, o grande entrave para o estudo foi encontrar cinco usuários idosos leigos, que possuíssem conhecimento, mesmo que básico, dos meios informatizados. Mesmo com essa segregação de cinco usuários, observou-se extrema dificuldade na compreensão e realização das tarefas propostas para a Intervenção Ergonômica; o questionamento excessivo revela o medo natural em operar ou danificar um meio interfacial, que pode ser explicado pela rígida formação e educação vivenciadas no tempo de escola, onde o erro era repreendido com rigor. Somado a isso existem os fatores psico-biológicos característicos da terceira idade, como por exemplo, a redução dos níveis de audição e visão, bem como, os níveis de senescência, que indiretamente influenciaram na navegabilidade do Sistema. Apesar dessas dificuldades, investimentos em estudos sobre Usabilidade e outros aspectos que norteiam a TV Digital Interativa são relevantes para a Sociedade, pois, somente a valorização do conhecimento científico nacional proporcionará a atualização e a conseqüente competição tecnológica com outros Países detentores desta nova mídia comunicacional.
  • 8. 10º USIHC – Anais do 10º Congresso Internacional de Ergonomia e Usabilidade de Interfaces Humano-Computador 17 a 20 de maio de 2010 – PUC-Rio / Rio de Janeiro 5. Referências Bibliográficas AGNER, Luiz. Ergodesign e Arquitetura de Informação: Trabalhando com o usuário. 1 Ed Rio de Janeiro: Quartet, 2006. 176 p. ARVID, A Guide for Digital TV Service Producers. Helsinki: ArviD-publications, 2004.75p. BRENNAND, Edna; LEMOS Guido. Televisão Digital Interativa: reflexões, sistemas e padrões. São Paulo: Ed. Mackenzie, 2007.175 p. CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Psicologia da aprendizagem. 31ª ed. Petrópolis: Vozes, 2001. CAPDA (2004). Comitê das Atividades de pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia. TV Digital Interativa. Elaboração. Manaus, 2004. CYBIS. Walter. Ergonomia e Usabilidade: conhecimentos, métodos e aplicações. São Paulo: Novatec Editora, 2007. CROCOMO, Fernando Antônio. TV Digital e produção interativa: a comunidade manda notícias. Florianópolis: Ed.da UFSC, 2007. DIZARD, Wilson. A Nova mídia: a comunicação de massa na era da informação. Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000. IIDA, Itiro. Projeto e produção. 2ª ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2005. KACHAR, Vitória. Terceira idade e informática: aprender revelando potencialidades. São Paulo: Cortez, 2003. LEMOS André. Anjos Interativos e Retribalização do Mundo: Sobre Interatividade e Interfaces Digitais. São Paulo: Luzes, 1997. MONTEZ, Carlos; BECKER, Valdecir. TV Digital Interativa: conceitos, desafios e perspectivas para o Brasil. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2005. 2ª edição MORAES, Ana Maria de. Design e avaliação de interface: ergodesign e interação humano - computador. Rio de Janeiro: Ed. iUsEr,2002. MORAES, Ana Maria de. Ergonomia: conceitos e aplicações/ Ana Maria de Moraes, Claudia Mont’alvão. Rio de Janeiro: 2AB, 1998. PAPALÉO NETTO, Matheus. Gerontologia: a velhice e o envelhecimento em visão globalizada. São Paulo: Editora Atheneu, 2000. PICOLLO, Lara; BARANAUSKAS, Maria. Desafios de design para a TV Digital Interativa. Anais do IHC 2006, Natal, p.01-10, nov.2006 Natal, RN, Brasil PREECE, Jeniffer. Design de Interação: além da interação homem-computador. Porto Alegre: Bookman, 2005.