Dossiê sobre o tema polêmico Gravidez na Adolescência desenvolvido pelo 3º Ano da EE Prof. Dr. Oswaldo dos Santos Soares, São Vicente, em 2009, na matéria de DAC, pela Prof. Ana Paula R. de Oliveira, de L. Portuguesa.
SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA
A adolescência é fase da vida em que o indivíduo é criança em seus
jogos, brincadeiras, e é adulto com seu corpo, com seus novos
sentimentos e suas expectativas de futuro. E é nesse turbilhão de
emoções que normalmente os adolescentes começam a entrar em
contato com sua sexualidade.
A maior contribuição das mudanças biológicas do ponto de vista
cultural, é a “transformação do estado não reprodutivo ao
reprodutivo”, pois o amadurecimento do sistema reprodutivo impõe
os limites para cada sexo. Neste contexto, surge a sexualidade na
adolescência, sendo esta temática de relevância mundial, pois
tanto dificuldades como desafios que aparecem aos adolescentes
ocorrem independentemente da diversidade cultural, étnica e
social.
Acompanhando as alterações hormonais, o comportamento sexual do
adolescente é um produto de fatores culturais no ambiente, que
cada vez mais tornam eróticas as relações sociais.
Assim, pode-se entender melhor o que acontece no comportamento
sexual do adolescente, já que algumas vezes comportam-se por
imitação, tendo como conseqüência resultado mais punitivo que
reforçadoros, como por exemplo, a própria gravidez na
adolescência.
Dessa maneira, talvez os processos educacionais também possam
ser utilizados no controle da gravidez na adolescência. Embora em
alguns casos, a gravidez possa trazer conseqüência
reforçadora, como o casamento precoce entre
adolescentes, muitas vezes traz conseqüências punitivas a curto e
longo prazo, como o convívio com condições econômicas
precárias devido ao despreparo social e psicológico dos
adolescentes para exercerem a maternidade e o abandono aos
estudos
De acordo com Wong & Melo apud Brito (2002), a crescente tendência
da liberação do comportamento social, especificamente, o
comportamento sexual, contribui para o aumento da gravidez na
adolescência, devido a ausência de conhecimento do próprio
corpo enquanto função reprodutora, vinda da falta de uma
educação esclarecedora, tanto no ambiente familiar como no
escolar e social.
Portanto, é fundamental que tanto a família quanto a escola, assumam
a responsabilidade de formar e informar os jovens para que
consolidem uma visão positiva da própria sexualidade, ou
seja, tornem-se capazes para tomadas de decisões maduras e
responsáveis.
PREVENÇÃO DA GRAVIDEZ NA
ADOLESCÊNCIA
A partir da compreensão de uma gravidez planejada, e o entendimento
das implicações que a mesma pode acarretar para a vida da
adolescente, que poderá escolher o momento certo para dar vida a
um novo ser.
OBJETIVO
- Conhecer os fatores que podem levar a adolescente a
engravidar;
- Avaliar junto aos adolescentes o conhecimento quanto aos
métodos contraceptivos como forma de evitar a gravidez;
- Orientar quanto ao uso adequado e adesão dos métodos
contraceptivos.
Adolescência
Atualmente, a adolescência se caracteriza como uma fase que
ocorre entre a infância e a idade adulta, na qual há muitas
transformações tanto físicas como psicológicas, possibilitando
o surgimento de comportamentos irreverentes e
desafiantes, o questionamento dos modelos e padrões
infantis, que são necessários ao próprio crescimento.
A adolescência é um período da vida que merece atenção, pois
esta transição entre a infância e a idade adulta pode resultar, ou
não, em problemas futuros para o desenvolvimento de um
determinado indivíduo.
No entanto, para entender como a adolescência pode favorecer o
aparecimento de problemas, dentre eles a gravidez precoce, é
necessária uma breve revisão sobre este período.
De acordo com a OMS “a adolescência compreende um período
entre os 11 e 19 anos de idade, desencadeado por mudanças
corporais e fisiológicas”.
Wong (1999), descreve a adolescência como “o período de
transição entre a infância e a vida adulta – um período de rápida
maturação física, cognitiva, social e emocional”.
Porém, Ferreira apud Gomes et al (2003), define adolescência
“como o período da vida humana que sucede a infância, começa
com a puberdade e se caracteriza por uma série de mudanças
corporais e psicológicas”.
Para Rosa apud Gomes et al (2003), “(...) o fim da adolescência são
os ajustamentos normais do indivíduo aos padrões de
expectativa da sociedade, com relação às populações adultas”.
PANORAMA DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
Cerca de 20% das crianças que nascem a cada ano no Brasil são
filhas de adolescentes. Comparado à década de 70, três vezes mais
garotas com menos de 15 anos engravidam hoje em dia. A maioria
não tem condições financeiras nem emocionais para assumir essa
maternidade. Acontece em todas as classes sociais, mas a
incidência é maior e mais grave em populações mais carentes. O
rigor religioso e os tabus morais internos das famílias, a ausência
de alternativas de lazer e de orientação sexual específica contribue
para aumentar o problema. Por causa da repressão
familiar, algumas adolescentes grávidas fogem de
casa, abandonam os estudos e com isso, interrompem seu
processo de socialização e abrem mão de sua cidadania.
Quando cruzaram os resultados com fatores socioeconômicos de
fecundidade, os pesquisadores encontraram resultados que
mostram que quanto maior renda nominal familiar per capita ou o
número de anos de educação, menor a taxa de natalidade. Em
relação à educação formal, os resultados mostram que quanto mais
anos de estudo tem uma mulher, menor a sua taxa de fertilidade.
Psicólogos, assistentes sociais, médicos e pedagogos concordam
que a liberalização da sexualidade, a desinformação sobre o
tema, a desagregação familiar, a urbanização acelerada, as
precariedades das condições de vida e a influência dos meios de
comunicação são os maiores responsáveis pelo aumento do
número de adolescentes grávidas.
E a comunidade médica tem alertado que as conseqüências de uma
gravidez na adolescência não se resumem apenas aos fatores
psicológicos ou sociais. A gravidez precoce põe em risco a vida
tanto da mãe quanto do recém-nascido. Na faixa dos 14 anos, a
mulher ainda não tem uma estrutura óssea e muscular adequada
para o parto, e isso significa uma alta probabilidade de risco
maternofetal. O resultado mais comum em uma gestação precoce é
o nascimento de um bebê com peso abaixo do normal, o que exige
cuidados médicos especiais de acompanhamento do recém-
nascido.
MEDIDAS PREVENTIVAS
Como prevenção, exige-se do poder público que ofereça programas
efetivos de orientação sexual e planejamento familiar, em
contrapartida ao estímulo à sexualidade apresentado pela mídia.
A camisinha é o mais popular deles, empregado por até 70% dos
jovens. A razão é oferecer proteção tanto contra doenças
sexualmente transmissíveis, quanto ser anticoncepcional. Esses
dois motivos estão por trás do fato de os rapazes costumarem ser
aqueles que tomam a iniciativa para usarem esse método. Este
método anticoncepcional também conta com boa aceitação entre
os responsáveis. Dos pais pesquisados, de 60% a 80% deles
recomendam aos filhos usarem preservativos. As mães chegam até
a comprar para os filhos.
Preservativo
O uso de preservativos torna-se cada vez mais necessário, sobretudo
com o aumento de casos de HIV/AIDS e outras infecções
sexualmente transmissíveis (DST). É preciso facilitar o acesso aos
preservativos, baixar seus custos, promovê-los mais e ajudar a
superar os obstáculos sociais e pessoais ao seu uso, se quisermos
reduzir as enormes conseqüências e custos das DST e da gravidez
indesejada.
Todas as pessoas que praticam relações sexuais devem sempre usar
preservativo, mesmo em relações consideradas estáveis. Estima-se
que 24 bilhões de preservativos deveriam ser usados a cada
ano, mas o uso real é muito menor, de apenas 6 a 9 bilhões.
Para evitar a AIDS, mais e mais pessoas solteiras estão mudando seu
comportamento sexual. Alguns passaram a evitar o sexo
completamente, enquanto outros adotaram o uso de preservativos.
Nos países pesquisados, de 5 a 33% dos homens que nunca se
casaram disseram que começaram a usar preservativos para evitar
a AIDS.
Mas muitos outros não adotaram um comportamento sexual mais
seguro. Verificou-se que o índice de uso de preservativos é menor
entre casados do que entre solteiros sexualmente ativos, mas
muitos casais também deveriam usar preservativos, como forma de
planejamento familiar e para se protegerem contra as DST.
CAMISINHA MASCULINA
Também chamada de preservativo masculino ou condom, trata-se de
um saquinho de látex fino que deve ser colocado no pênis ereto
(duro) antes de qualquer contato sexual. Ele impede a passagem
dos espermatozóides para o útero. Como é descartável, depois de
usado uma vez, deve ser jogado no lixo.
IMPORTANTE
A camisinha masculina evita a gravidez em até
98% quando bem colocada.
A camisinha só fura ou rasga caso esteja com a
data de validade vencida, ou se for usada com
lubrificantes a base de óleo (como a vaselina)
ou se for colocada sem que sua ponta seja
apertada. Nesse caso o ar que permanece
dentro ajuda ela a estourar.
Oferece prevenção das DST (doenças
transmitidas pelo sexo), incluindo a Aids.
Pode ser usada para prevenir essas doenças
na relação sexual vaginal, oral ou anal, evitando
o contato entre estas mucosas e o sêmen.
COMO UTILIZAR:
Veja se a embalagem está estufada, se a
camisinha tem o símbolo N do Inmetro e se está
no prazo de validade.
Abra a embalagem com as mãos e nunca com
os dentes.
Coloque a camisinha na ponta do pênis
duro, apertando a pontinha para retirar o ar de
dentro.
Com a outra mão, desenrole até o fim.
Após a ejaculação, retire o pênis antes que
fique mole e jogue a camisinha no lixo.
VANTAGENS E DESVANTAGENS
Não faz mal à saúde e pode ser utilizado sem receita médica.
· É o método mais indicado para jovens que estão iniciando a vida
sexual.
·Oferece proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis
(DST), inclusive a AIDS e o HPV (Papiloma Vírus Humano), um dos
causadores do câncer no colo do útero.
·O preservativo masculino é fácil de ser encontrado em farmácias e
supermercados. Muitos serviços públicos de saúde oferecem
gratuitamente.
No comércio, seu preço é baixo, cada embalagem adquirida contém 3
(três) preservativos. São encontrados com ou sem lubrificante /
espermicida.
·É prático para o transporte. A embalagem é pequena permitindo que
seja levado a qualquer lugar, desde que seja preservado do calor e
não seja amassado.
· Contribui para que o homem divida com a mulher a responsabilidade
de evitar a gravidez.
· Trata-se de um método reversível, caso haja desejo de uma gravidez.
·Pode ser colocado pelo (a) parceira, com prática erótica.
CAMISINHA FEMININA
Também chamada de preservativo feminino, é um
saquinho feito de poliuretano, macio e
transparente para ser colocado antes da
relação sexual para revestir a vagina e a parte
externa da vulva, protegendo os grandes lábios.
Dentro tem um anel, também em
poliuretano, que fica solto e serve para facilitar
a sua colocação e fixação na vagina. Como é
descartável, deve ser jogada no lixo após o seu
uso.
IMPORTANTE
Protege as paredes da vagina, o colo do útero e
parte da vulva do contato com o
esperma, protegendo a mulher da gravidez com
eficácia de 97,3% e também das D ST (doenças
sexualmente transmissíveis) e Aids.
COMO UTILIZAR
Retire da embalagem e aperte o anel
interno, formando um 8.
Introduza na vagina, deixando o anel aberto
(externo) para fora.
A penetração deve ocorrer por dentro da
camisinha.
Depois da relação é só torcer, puxar e jogar
fora.
VANTAGEM
Não faz mal à saúde e pode ser utilizado sem receita
médica, não tem contra-indicações.
· É de fácil transporte, pode ser guardado na bolsa.
· Quando utilizado corretamente, oferece grande
segurança para evitar a gravidez e as DST/AIDS.
· Oferece maior autonomia para a
mulher, garantindo sua proteção independente do
parceiro.
·lgumas mulheres relatam que o anel externo
estimula o clitóris facilitando a obtenção de prazer.
·Alguns homens o consideram melhor que a
camisinha por “não apertar e permitir a
permanência, do pênis, na vagina, após o gozo".
DESVANTAGEM
·Algumas pessoas podem estranhar o aspecto
no início do uso.
OUTROS MÉTODOS:
Após a menarca a adolescente deve ser
consultada pelo Ginecologista, a fim de ter
conhecimento dos métodos contraceptivos
disponiveis:
Pílulas anticoncepcionais;
Hormônios injetáveis;
Diafragma;
DIU (cronta-indicado para adolescentes).
OUTROS MÉTODOS:
Após a menarca a adolescente deve ser consultada
pelo Ginecologista, a fim de ter conhecimento dos
métodos contraceptivos disponiveis:
Pílulas anticoncepcionais;
Hormônios injetáveis;
Diafragma;
DIU (cronta-indicado para adolescentes).
NOMES:
Ana Caroline Xavier Assunção Nº: 05
Caroline de Paula e Silva Nº: 09
Danielle Lira Nº: 39
Série: 3º A