SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 1
Baixar para ler offline
INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO NA COMUNIDADE –
EXPERIÊNCIA DE 5 ANOS (2010-2014)
Infecção do tracto urinário (ITU) - uma das doenças infecciosas mais frequentes no ser
humano
 Afecta: Todas as faixas etárias e indivíduos saudáveis e debilitados.
 Pelo menos 50% das ♀ têm uma ITU durante a sua vida.
 20-30% das ♀têm ITU recorrentes, a uma taxa de 2 ou + /ano, que requerem
cuidados médicos e tratamento anti-microbiano.
 Resistência (R) aos antibióticos - problema de saúde pública com importantes
implicações socioeconómicas.
 Nos últimos anos detectou-se em vários países europeus variações significativas na
sensibilidade microbiana a vários antibióticos, observando-se o aparecimento
progressivo de R para as fluoroquinolonas e outros antibióticos normalmente
utilizados no tratamento empírico da ITU da comunidade.
 Para tratar efectivamente os doentes com ITU - importante o conhecimento da
epidemiologia bacteriana local e do seu padrão de resistência.
 É imprescindível que os clínicos estejam constantemente actualizados acerca dos
perfis de R locais, de modo a actualizarem os regimes empíricos de terapêutica
antimicrobiana.
 É da responsabilidade do laboratório fornecer informação relevante e custo-
efectiva ao clínico para o diagnóstico e tratamento da ITU.
O objectivo deste estudo foi conhecer a prevalência da ITU na comunidade, agentes
etiológicos e perfis de R aos antibióticos das estirpes isoladas e sua evolução ao longo
de 5 anos, permitindo uma melhor articulação de equipas.
Ana Catarina Faria Guerreiro, Anabela de Jesus Ramalheiro
Laboratório de Análises Clínicas Dr. J. Leitão Santos, Lda. - Praça Cova do Bicho Nº9 R/C, 2615-065 Alverca do Ribatejo, 219 587 630.
MATERIAL E MÉTODOS
Janeiro 2010 – Dezembro 2014: analisadas 38.886 amostras urinárias As urinas foram inoculadas em meio de cultura ChromID® CPS (bioMérieux) e incubadas a 36 ± 1ºC
durante 16-24 h. Os testes de identificação e de sensibilidade aos antibióticos foram executados no Vitek 2 Compact (bioMérieux). Foi avaliada a sensibilidade a 16 antibióticos:
amoxicilina, amoxicilina/ácido clavulânico, cefalotina, cefuroxima, ceftazidima, ceftriaxona, cefoxitina, cefepima, norfloxacina, ciprofloxacina, fosfomicina, gentamicina,
tobramicina, amicacina, trimetoprim/sulfametoxazol e nitrofurantoína.
Urina recolhida
por jacto médio
Ansas calibradas 10 mL Meio ChromID® CPS
RESULTADOS
CONCLUSÕES
Com este estudo pretendeu-se conhecer a realidade específica da comunidade estudada de modo a poder informar os clínicos da região para que estes possam fazer uma
prescrição de antibióticos mais adequada à comunidade onde estão a prestar cuidados de saúde.
Na população estudada a E.coli está envolvida em 64,9% das ITU adquiridas na comunidade, um número menor do que o esperado, seguido por outras bactérias de Gram
negativo, tais como K.pneumoniae e P.mirabilis. S. saprophyticus representa apenas 1% de ITU, valor muito mais baixo do que o referido na literatura onde é considerado o
segundo principal agente de ITU.
Foram obtidas elevadas taxas de R para amoxicilina, quinolonas e trimetoprim-sulfametoxazol. Estes antibióticos não devem ser utilizados para o tratamento empírico da ITU
adquirida na comunidade. Fosfomicina e nitrofurantoína foram os antibióticos que apresentaram menores taxas de resistência. Estes dois antibióticos podem ser uma boa
opção para o tratamento empírico da ITU.
Urina recolhida
por jacto médio
Rastreio em Equipamento
automatizado UroQuick
Resultado preliminar
em ≈ 3h Visualização do sedimento
urinário ao microscópio
18,077 18,571
20,818
21,979
24,125
2010 2011 2012 2013 2014
Uroculturas
% Positividade Linear (% Positividade)Ano 2010 2011 2012 2013 2014
Uroculturas
analisadas
8818 8260 7186 7480 7142
Uroculturas
positivas
1594 1534 1496 1644 1723
% Uroculturas
positivas
18,1 18,6 20,8 22,0 24,1
90,8%
64,868
10,540
9,097
6,336
2,008
1,443 1,129
1,004
Agentes etiológicos isolados
E.coli
K.pneumoniae
P.mirabilis
E.faecalis
S.agalactiae
P.aeruginosa
C.albicans
S.saprophyticus
S.aureus
K.oxytoca
C.freundi/diversus
P.stuartii
E.cloacae
M.morganii
E.aerogenes
S.marcescens
P.fluorescens
S.simulans
S.epidermidis
,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
Perfil de Resistência E.coli
2010-2014
2010 2011 2012 2013 2014
,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
Perfil de Resistências K.pneumoniae
2010-2014
% R 2010 % R 2011 % R 2012 % R 2013 % R 2014
00
10
20
30
40
50
60
Perfil de Resistências P.mirabilis
2010-2014
% R 2010 % R 2011 % R 2012 % R 2013 % R 2014

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Infecção de corrente sangüínea - Catheter Associated Bloodstream Infection
Infecção de corrente sangüínea - Catheter Associated Bloodstream InfectionInfecção de corrente sangüínea - Catheter Associated Bloodstream Infection
Infecção de corrente sangüínea - Catheter Associated Bloodstream Infectionfabianonagel
 
Pne aula 1 - intro + ética
Pne   aula 1 - intro + éticaPne   aula 1 - intro + ética
Pne aula 1 - intro + éticaEric Liberato
 
Agentes infecciosos e automedicação
Agentes infecciosos e automedicaçãoAgentes infecciosos e automedicação
Agentes infecciosos e automedicaçãoPatrícia Prates
 
Ex biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças-actividades manual
Ex biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças-actividades manualEx biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças-actividades manual
Ex biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças-actividades manualCidalia Aguiar
 
Exercício de revisão protozooses
Exercício de revisão protozoosesExercício de revisão protozooses
Exercício de revisão protozoosesCristinaBrandao
 
Estudo da Incidência de Brucelose e Prevalência da Tuberculose Bovina e Bubalina
Estudo da Incidência de Brucelose e Prevalência da Tuberculose Bovina e BubalinaEstudo da Incidência de Brucelose e Prevalência da Tuberculose Bovina e Bubalina
Estudo da Incidência de Brucelose e Prevalência da Tuberculose Bovina e BubalinaCâmaras Setoriais
 
Apresentaçao XI encontro Med Vet UESC Tuberculose Bovina
Apresentaçao XI encontro Med Vet UESC Tuberculose BovinaApresentaçao XI encontro Med Vet UESC Tuberculose Bovina
Apresentaçao XI encontro Med Vet UESC Tuberculose BovinaFernando Alzamora
 
Estudo dirigido parasitologia (protozoários)
Estudo dirigido parasitologia (protozoários)Estudo dirigido parasitologia (protozoários)
Estudo dirigido parasitologia (protozoários)Juliana Cavalcante
 
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doençasBiotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doençasMariana Leal
 
Superbactérias 1
Superbactérias 1Superbactérias 1
Superbactérias 1manoelzito
 
Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01Flávia Salame
 
Novos usos para velhos antimicrobianos
Novos usos para velhos antimicrobianosNovos usos para velhos antimicrobianos
Novos usos para velhos antimicrobianosRenato sg
 

Mais procurados (18)

Infecção de corrente sangüínea - Catheter Associated Bloodstream Infection
Infecção de corrente sangüínea - Catheter Associated Bloodstream InfectionInfecção de corrente sangüínea - Catheter Associated Bloodstream Infection
Infecção de corrente sangüínea - Catheter Associated Bloodstream Infection
 
Pne aula 1 - intro + ética
Pne   aula 1 - intro + éticaPne   aula 1 - intro + ética
Pne aula 1 - intro + ética
 
Máteria
MáteriaMáteria
Máteria
 
Agentes infecciosos e automedicação
Agentes infecciosos e automedicaçãoAgentes infecciosos e automedicação
Agentes infecciosos e automedicação
 
Ex biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças-actividades manual
Ex biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças-actividades manualEx biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças-actividades manual
Ex biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças-actividades manual
 
Exercício de revisão protozooses
Exercício de revisão protozoosesExercício de revisão protozooses
Exercício de revisão protozooses
 
Enteroparasitoses 75
Enteroparasitoses   75Enteroparasitoses   75
Enteroparasitoses 75
 
Estudo da Incidência de Brucelose e Prevalência da Tuberculose Bovina e Bubalina
Estudo da Incidência de Brucelose e Prevalência da Tuberculose Bovina e BubalinaEstudo da Incidência de Brucelose e Prevalência da Tuberculose Bovina e Bubalina
Estudo da Incidência de Brucelose e Prevalência da Tuberculose Bovina e Bubalina
 
Apresentaçao XI encontro Med Vet UESC Tuberculose Bovina
Apresentaçao XI encontro Med Vet UESC Tuberculose BovinaApresentaçao XI encontro Med Vet UESC Tuberculose Bovina
Apresentaçao XI encontro Med Vet UESC Tuberculose Bovina
 
RETROVIRUS HIV
RETROVIRUS HIVRETROVIRUS HIV
RETROVIRUS HIV
 
Estudo dirigido parasitologia (protozoários)
Estudo dirigido parasitologia (protozoários)Estudo dirigido parasitologia (protozoários)
Estudo dirigido parasitologia (protozoários)
 
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doençasBiotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças
Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica de doenças
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Superbactérias 1
Superbactérias 1Superbactérias 1
Superbactérias 1
 
Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01
 
Tuberculose Bovina
Tuberculose BovinaTuberculose Bovina
Tuberculose Bovina
 
Novos usos para velhos antimicrobianos
Novos usos para velhos antimicrobianosNovos usos para velhos antimicrobianos
Novos usos para velhos antimicrobianos
 
Cristiano SemináRio Toxicolo
Cristiano SemináRio ToxicoloCristiano SemináRio Toxicolo
Cristiano SemináRio Toxicolo
 

Destaque

Infecção do trato urinário ppt
Infecção do trato urinário pptInfecção do trato urinário ppt
Infecção do trato urinário pptRenata Ricciardi
 
Novas Tecnologias em Eventos - Fatec Itu - 05nov2014
Novas Tecnologias em Eventos - Fatec Itu - 05nov2014Novas Tecnologias em Eventos - Fatec Itu - 05nov2014
Novas Tecnologias em Eventos - Fatec Itu - 05nov2014Tico Marcondes
 
infecção urinária na gestação
infecção urinária na gestaçãoinfecção urinária na gestação
infecção urinária na gestaçãoAnderson Anisio
 
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR DO TRATO URINÁRIO
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR DO TRATO URINÁRIOPREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR DO TRATO URINÁRIO
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR DO TRATO URINÁRIOJonathan Sampaio
 
Infe cções do Trato Urinário
Infe cções do Trato UrinárioInfe cções do Trato Urinário
Infe cções do Trato UrinárioUrovideo.org
 
Infecção do trato urinário em uti
Infecção do trato urinário em utiInfecção do trato urinário em uti
Infecção do trato urinário em utiEduardo Tibali
 
Infecção do Trato Urinário na Gravidez
Infecção do Trato Urinário na GravidezInfecção do Trato Urinário na Gravidez
Infecção do Trato Urinário na GravidezFrancisco Doria
 
Infecções do trato urinário
Infecções do trato urinárioInfecções do trato urinário
Infecções do trato urinárioDiana Almeida
 
Infecção do trato urinário
Infecção do trato urinário  Infecção do trato urinário
Infecção do trato urinário Cristine Maia
 
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)Laped Ufrn
 
Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renal
Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renalCuidados aos pacientes com distúbios urinários e renal
Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renalroberta55dantas
 

Destaque (12)

Infecção do trato urinário ppt
Infecção do trato urinário pptInfecção do trato urinário ppt
Infecção do trato urinário ppt
 
Novas Tecnologias em Eventos - Fatec Itu - 05nov2014
Novas Tecnologias em Eventos - Fatec Itu - 05nov2014Novas Tecnologias em Eventos - Fatec Itu - 05nov2014
Novas Tecnologias em Eventos - Fatec Itu - 05nov2014
 
infecção urinária na gestação
infecção urinária na gestaçãoinfecção urinária na gestação
infecção urinária na gestação
 
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR DO TRATO URINÁRIO
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR DO TRATO URINÁRIOPREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR DO TRATO URINÁRIO
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR DO TRATO URINÁRIO
 
ITU recorrente nas gestantes
ITU recorrente nas gestantes  ITU recorrente nas gestantes
ITU recorrente nas gestantes
 
Infe cções do Trato Urinário
Infe cções do Trato UrinárioInfe cções do Trato Urinário
Infe cções do Trato Urinário
 
Infecção do trato urinário em uti
Infecção do trato urinário em utiInfecção do trato urinário em uti
Infecção do trato urinário em uti
 
Infecção do Trato Urinário na Gravidez
Infecção do Trato Urinário na GravidezInfecção do Trato Urinário na Gravidez
Infecção do Trato Urinário na Gravidez
 
Infecções do trato urinário
Infecções do trato urinárioInfecções do trato urinário
Infecções do trato urinário
 
Infecção do trato urinário
Infecção do trato urinário  Infecção do trato urinário
Infecção do trato urinário
 
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
 
Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renal
Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renalCuidados aos pacientes com distúbios urinários e renal
Cuidados aos pacientes com distúbios urinários e renal
 

Semelhante a Poster ITU Final_20150521

Farmacocineticaefarmacodinamica.pdf
Farmacocineticaefarmacodinamica.pdfFarmacocineticaefarmacodinamica.pdf
Farmacocineticaefarmacodinamica.pdfNayara85
 
Diretriz brasileira de_infeccao_urinaria_de_repeticao_(soc_bras_de_urologia)
Diretriz brasileira de_infeccao_urinaria_de_repeticao_(soc_bras_de_urologia)Diretriz brasileira de_infeccao_urinaria_de_repeticao_(soc_bras_de_urologia)
Diretriz brasileira de_infeccao_urinaria_de_repeticao_(soc_bras_de_urologia)Kashyra Rosania
 
Prevenção infecção
Prevenção infecçãoPrevenção infecção
Prevenção infecçãoFilipa Santos
 
Aim itu apresent caso
Aim itu   apresent casoAim itu   apresent caso
Aim itu apresent casoRenato sg
 
Aula sobre resistência microbiana
Aula sobre resistência microbianaAula sobre resistência microbiana
Aula sobre resistência microbianaProqualis
 
Manual controle_bacterias
Manual  controle_bacteriasManual  controle_bacterias
Manual controle_bacteriasEman Lemine
 
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio RoqueAntibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio RoqueBarbara Queiroz
 
Mycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
Mycobacteruim tuberculosis - Renato VargesMycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
Mycobacteruim tuberculosis - Renato VargesRenato Varges - UFF
 
Prevalencia de Cryptosporidim
Prevalencia de CryptosporidimPrevalencia de Cryptosporidim
Prevalencia de Cryptosporidimrafael tucuzo
 
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoTuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoFlávia Salame
 
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoTuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoFlávia Salame
 
MEDICINA VETERINÁRIA - DOENÇAS INFECCIOSAS EM CÃES
MEDICINA VETERINÁRIA - DOENÇAS INFECCIOSAS EM CÃESMEDICINA VETERINÁRIA - DOENÇAS INFECCIOSAS EM CÃES
MEDICINA VETERINÁRIA - DOENÇAS INFECCIOSAS EM CÃESMillaArajo5
 
Manual trato respiratrio anvisa
Manual  trato respiratrio anvisaManual  trato respiratrio anvisa
Manual trato respiratrio anvisaresenfe2013
 
A clamídia e o desafio do diagnóstico laboratorial
A clamídia e o desafio do diagnóstico laboratorialA clamídia e o desafio do diagnóstico laboratorial
A clamídia e o desafio do diagnóstico laboratorialPublicações Weinmann
 

Semelhante a Poster ITU Final_20150521 (20)

Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
 
TUBERCULOSE
TUBERCULOSETUBERCULOSE
TUBERCULOSE
 
Farmacocineticaefarmacodinamica.pdf
Farmacocineticaefarmacodinamica.pdfFarmacocineticaefarmacodinamica.pdf
Farmacocineticaefarmacodinamica.pdf
 
Diretriz brasileira de_infeccao_urinaria_de_repeticao_(soc_bras_de_urologia)
Diretriz brasileira de_infeccao_urinaria_de_repeticao_(soc_bras_de_urologia)Diretriz brasileira de_infeccao_urinaria_de_repeticao_(soc_bras_de_urologia)
Diretriz brasileira de_infeccao_urinaria_de_repeticao_(soc_bras_de_urologia)
 
Prevenção infecção
Prevenção infecçãoPrevenção infecção
Prevenção infecção
 
Aim itu apresent caso
Aim itu   apresent casoAim itu   apresent caso
Aim itu apresent caso
 
Aula sobre resistência microbiana
Aula sobre resistência microbianaAula sobre resistência microbiana
Aula sobre resistência microbiana
 
Manual controle_bacterias
Manual  controle_bacteriasManual  controle_bacterias
Manual controle_bacterias
 
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio RoqueAntibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque
 
Mycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
Mycobacteruim tuberculosis - Renato VargesMycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
Mycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
 
Prevalencia de Cryptosporidim
Prevalencia de CryptosporidimPrevalencia de Cryptosporidim
Prevalencia de Cryptosporidim
 
Diagnóstico da tuberculose
Diagnóstico da tuberculoseDiagnóstico da tuberculose
Diagnóstico da tuberculose
 
Diagnóstico da tuberculose
Diagnóstico da tuberculoseDiagnóstico da tuberculose
Diagnóstico da tuberculose
 
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoTuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
 
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e DiagnósticoTuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
Tuberculose - Epidemiologia e Diagnóstico
 
MEDICINA VETERINÁRIA - DOENÇAS INFECCIOSAS EM CÃES
MEDICINA VETERINÁRIA - DOENÇAS INFECCIOSAS EM CÃESMEDICINA VETERINÁRIA - DOENÇAS INFECCIOSAS EM CÃES
MEDICINA VETERINÁRIA - DOENÇAS INFECCIOSAS EM CÃES
 
Manual trato respiratrio anvisa
Manual  trato respiratrio anvisaManual  trato respiratrio anvisa
Manual trato respiratrio anvisa
 
Farmacologia antibioticos de uso frequente veterinaria
Farmacologia   antibioticos de uso frequente veterinariaFarmacologia   antibioticos de uso frequente veterinaria
Farmacologia antibioticos de uso frequente veterinaria
 
Guia-cistite.pdf
Guia-cistite.pdfGuia-cistite.pdf
Guia-cistite.pdf
 
A clamídia e o desafio do diagnóstico laboratorial
A clamídia e o desafio do diagnóstico laboratorialA clamídia e o desafio do diagnóstico laboratorial
A clamídia e o desafio do diagnóstico laboratorial
 

Poster ITU Final_20150521

  • 1. INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO NA COMUNIDADE – EXPERIÊNCIA DE 5 ANOS (2010-2014) Infecção do tracto urinário (ITU) - uma das doenças infecciosas mais frequentes no ser humano  Afecta: Todas as faixas etárias e indivíduos saudáveis e debilitados.  Pelo menos 50% das ♀ têm uma ITU durante a sua vida.  20-30% das ♀têm ITU recorrentes, a uma taxa de 2 ou + /ano, que requerem cuidados médicos e tratamento anti-microbiano.  Resistência (R) aos antibióticos - problema de saúde pública com importantes implicações socioeconómicas.  Nos últimos anos detectou-se em vários países europeus variações significativas na sensibilidade microbiana a vários antibióticos, observando-se o aparecimento progressivo de R para as fluoroquinolonas e outros antibióticos normalmente utilizados no tratamento empírico da ITU da comunidade.  Para tratar efectivamente os doentes com ITU - importante o conhecimento da epidemiologia bacteriana local e do seu padrão de resistência.  É imprescindível que os clínicos estejam constantemente actualizados acerca dos perfis de R locais, de modo a actualizarem os regimes empíricos de terapêutica antimicrobiana.  É da responsabilidade do laboratório fornecer informação relevante e custo- efectiva ao clínico para o diagnóstico e tratamento da ITU. O objectivo deste estudo foi conhecer a prevalência da ITU na comunidade, agentes etiológicos e perfis de R aos antibióticos das estirpes isoladas e sua evolução ao longo de 5 anos, permitindo uma melhor articulação de equipas. Ana Catarina Faria Guerreiro, Anabela de Jesus Ramalheiro Laboratório de Análises Clínicas Dr. J. Leitão Santos, Lda. - Praça Cova do Bicho Nº9 R/C, 2615-065 Alverca do Ribatejo, 219 587 630. MATERIAL E MÉTODOS Janeiro 2010 – Dezembro 2014: analisadas 38.886 amostras urinárias As urinas foram inoculadas em meio de cultura ChromID® CPS (bioMérieux) e incubadas a 36 ± 1ºC durante 16-24 h. Os testes de identificação e de sensibilidade aos antibióticos foram executados no Vitek 2 Compact (bioMérieux). Foi avaliada a sensibilidade a 16 antibióticos: amoxicilina, amoxicilina/ácido clavulânico, cefalotina, cefuroxima, ceftazidima, ceftriaxona, cefoxitina, cefepima, norfloxacina, ciprofloxacina, fosfomicina, gentamicina, tobramicina, amicacina, trimetoprim/sulfametoxazol e nitrofurantoína. Urina recolhida por jacto médio Ansas calibradas 10 mL Meio ChromID® CPS RESULTADOS CONCLUSÕES Com este estudo pretendeu-se conhecer a realidade específica da comunidade estudada de modo a poder informar os clínicos da região para que estes possam fazer uma prescrição de antibióticos mais adequada à comunidade onde estão a prestar cuidados de saúde. Na população estudada a E.coli está envolvida em 64,9% das ITU adquiridas na comunidade, um número menor do que o esperado, seguido por outras bactérias de Gram negativo, tais como K.pneumoniae e P.mirabilis. S. saprophyticus representa apenas 1% de ITU, valor muito mais baixo do que o referido na literatura onde é considerado o segundo principal agente de ITU. Foram obtidas elevadas taxas de R para amoxicilina, quinolonas e trimetoprim-sulfametoxazol. Estes antibióticos não devem ser utilizados para o tratamento empírico da ITU adquirida na comunidade. Fosfomicina e nitrofurantoína foram os antibióticos que apresentaram menores taxas de resistência. Estes dois antibióticos podem ser uma boa opção para o tratamento empírico da ITU. Urina recolhida por jacto médio Rastreio em Equipamento automatizado UroQuick Resultado preliminar em ≈ 3h Visualização do sedimento urinário ao microscópio 18,077 18,571 20,818 21,979 24,125 2010 2011 2012 2013 2014 Uroculturas % Positividade Linear (% Positividade)Ano 2010 2011 2012 2013 2014 Uroculturas analisadas 8818 8260 7186 7480 7142 Uroculturas positivas 1594 1534 1496 1644 1723 % Uroculturas positivas 18,1 18,6 20,8 22,0 24,1 90,8% 64,868 10,540 9,097 6,336 2,008 1,443 1,129 1,004 Agentes etiológicos isolados E.coli K.pneumoniae P.mirabilis E.faecalis S.agalactiae P.aeruginosa C.albicans S.saprophyticus S.aureus K.oxytoca C.freundi/diversus P.stuartii E.cloacae M.morganii E.aerogenes S.marcescens P.fluorescens S.simulans S.epidermidis ,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 Perfil de Resistência E.coli 2010-2014 2010 2011 2012 2013 2014 ,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 Perfil de Resistências K.pneumoniae 2010-2014 % R 2010 % R 2011 % R 2012 % R 2013 % R 2014 00 10 20 30 40 50 60 Perfil de Resistências P.mirabilis 2010-2014 % R 2010 % R 2011 % R 2012 % R 2013 % R 2014