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História 74

                                                     TIMBOLÃO

                                 De Casimiro Cunha, psicografado por Francisco
                                               Cândido Xavier.

                                          Tema: O mau comportamento

                                    Meus filhos, quem faz o mal...

                                    Tem o mal como lição.



Vejamos o triste caso

Do pequeno Timbolão

Apesar de bem crescido

Forte alegre e bonitão

Era peralta e travesso

O menino Timbolão.

Saiu expulso da escola

Enchendo a mamãe de amargor
                                                Atirou cinco bombas

                                                Na mesa do professor.

                                                Junto a casa dos vizinhos

                                                Fazia sempre arruaças

                                                Pondo fogo no jardim

                                                E apedrejando as vidraças.
                                    Abria malas e cofres

                                    Manejando a velha
                              pua

                                     E até fincava
                              alfinetes

                                    Nas mãos dos
                              cegos na rua



                                                Dona Custódia a mãezinha




                                                                                 1
Lhe falava sempre assim:

                                                        _Ah! meu filho, seja bom

                                                        Tenha piedade de mim.
Mas o menino teimoso

Pouco ligava aos conselhos

Depois de ouvir a mãezinha

Quebrava copos e espelhos.
                                     Um dia fez uma
                             cobra

                                     Toda de arame e
                             papel

                                     Tentando dar uma
                             queda

                                   Na pobre dona
                             Isabel.


Mais tarde pôs na cozinha

Grande casca de banana

Tentando dar outra queda

Na lavadeira Donana
                                 Mas o pequeno
                            esqueceu

                                  E foi no tanque
                            brincar

                                  Escorregou de
                            repente

                                  Num tombo
                            espetacular.


Aos gritos de toda a casa

No barulho da aflição

Lá se vai escada abaixo

O travesso Timbolão




                                                                                   2
Dona Custódia chorando

                    Chega de passo cansado

                    Timbolão mais parecia

                    Um boneco ensangüentado.
         Para limpar o nariz

      rouxeram enorme
fronha

      O sangue corria
em bica

     A queda fora
medonha.



                    Gritava e chorava tanto

                    E parecia tão mal

                    Que foi conduzido à pressa

                   Para o leito do hospital.
         O médico examinou

       Demonstrando
inquietação

         Depois falou muito
aflito

     Coitado do
Timbolão.



         Ele partira dois dentes

         Estava com a testa inchada

         E tinha a perna direita

         Toda ferida e quebrada.




                                                 3
Envolvido em atadura

     De olhar triste e cara fina

     Começou tomando soro

     E muita penicilina.
                                         Mas a perna piorava

                                         E era tanta a
                                   inflamação

                                         Que o doutor sem
                                   mais demora

                                         Pediu a operação.




     Timbolão atado à mesa

     Gemia desesperado

     Mas lembrando, sempre, sempre

     Que ele mesmo era o culpado.
                                     Terminado o
                               tratamento

                                         Parecia novo em tudo

                                    E abraçava a
                               mãezinha

                                     Com grande atenção
                               no estudo.



     Infelizmente o menino

     Por haver sido tão mau

     Agora estava bomzinho

     Mas ficou com perna de pau.

     Argumentações a critério do professor.
     Com perguntas e explicações.

      Não existe efeito, sem causa. Se tudo isso aconteceu a
Timbolão, foi por motivo de seu comportamento, e desatenção aos
conselhos.

                                   FIM




                                                                  4
r




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  • 1. História 74 TIMBOLÃO De Casimiro Cunha, psicografado por Francisco Cândido Xavier. Tema: O mau comportamento Meus filhos, quem faz o mal... Tem o mal como lição. Vejamos o triste caso Do pequeno Timbolão Apesar de bem crescido Forte alegre e bonitão Era peralta e travesso O menino Timbolão. Saiu expulso da escola Enchendo a mamãe de amargor Atirou cinco bombas Na mesa do professor. Junto a casa dos vizinhos Fazia sempre arruaças Pondo fogo no jardim E apedrejando as vidraças. Abria malas e cofres Manejando a velha pua E até fincava alfinetes Nas mãos dos cegos na rua Dona Custódia a mãezinha 1
  • 2. Lhe falava sempre assim: _Ah! meu filho, seja bom Tenha piedade de mim. Mas o menino teimoso Pouco ligava aos conselhos Depois de ouvir a mãezinha Quebrava copos e espelhos. Um dia fez uma cobra Toda de arame e papel Tentando dar uma queda Na pobre dona Isabel. Mais tarde pôs na cozinha Grande casca de banana Tentando dar outra queda Na lavadeira Donana Mas o pequeno esqueceu E foi no tanque brincar Escorregou de repente Num tombo espetacular. Aos gritos de toda a casa No barulho da aflição Lá se vai escada abaixo O travesso Timbolão 2
  • 3. Dona Custódia chorando Chega de passo cansado Timbolão mais parecia Um boneco ensangüentado. Para limpar o nariz rouxeram enorme fronha O sangue corria em bica A queda fora medonha. Gritava e chorava tanto E parecia tão mal Que foi conduzido à pressa Para o leito do hospital. O médico examinou Demonstrando inquietação Depois falou muito aflito Coitado do Timbolão. Ele partira dois dentes Estava com a testa inchada E tinha a perna direita Toda ferida e quebrada. 3
  • 4. Envolvido em atadura De olhar triste e cara fina Começou tomando soro E muita penicilina. Mas a perna piorava E era tanta a inflamação Que o doutor sem mais demora Pediu a operação. Timbolão atado à mesa Gemia desesperado Mas lembrando, sempre, sempre Que ele mesmo era o culpado. Terminado o tratamento Parecia novo em tudo E abraçava a mãezinha Com grande atenção no estudo. Infelizmente o menino Por haver sido tão mau Agora estava bomzinho Mas ficou com perna de pau. Argumentações a critério do professor. Com perguntas e explicações. Não existe efeito, sem causa. Se tudo isso aconteceu a Timbolão, foi por motivo de seu comportamento, e desatenção aos conselhos. FIM 4
  • 5. r 5