SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 11
Baixar para ler offline
A ARTE COMO MÉTODO
   DE INTEGRAÇÃO
      DISCIPLINAR
OFICINA BÁSICA PARA PROFESSORES
A ARTE COMO MÉTODO DE INTEGRAÇÃO
               DISCIPLINAR

       Prof. Msc. André Luiz Queiroga Reis
         andre_queiroga@yahoo.com.br
MÚSICA E
CONTEÚDO
CONSTRUÇÃO
                                       CHICO BUARQUE
    Amou daquela vez como se fosse a última          Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
    Beijou sua mulher como se fosse a última          Amou daquela vez como se fosse o último
     E cada filho seu como se fosse o único           Beijou sua mulher como se fosse a única
    E atravessou a rua com seu passo tímido           E cada filho seu como se fosse o pródigo
   Subiu a construção como se fosse máquina           E atravessou a rua com seu passo bêbado
    Ergueu no patamar quatro paredes sólidas          Subiu a construção como se fosse sólido
      Tijolo com tijolo num desenho mágico           Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
   Seus olhos embotados de cimento e lágrima             Tijolo com tijolo num desenho lógico
  Sentou pra descansar como se fosse sábado          Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe   Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
  Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago        Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
  Dançou e gargalhou como se ouvisse música           Bebeu e soluçou como se fosse máquina
  E tropeçou no céu como se fosse um bêbado         Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
    E flutuou no ar como se fosse um pássaro         E tropeçou no céu como se ouvisse música
   E se acabou no chão feito um pacote flácido          E flutuou no ar como se fosse sábado
      Agonizou no meio do passeio público            E se acabou no chão feito um pacote tímido.
O AUTOR DA NATUREZA
                              ZÉ RAMALHO

                                             Admiro demais o beija-flor
           A natureza
                                          Que com medo da cobra inimiga
           A natureza
                                          Só constrói o seu ninho na urtiga
           A natureza
                                            Recebendo lição do Criador
           A natureza
                                           Observo a coragem do condor
O que prende demais minha atenção
                                       Que nos montes rochosos come presa
  É um touro raivoso numa arena
                                           Urubu empregado na limpeza
 Uma pulga do jeito que é pequena
                                           Como é triste a vida do abutre
    Dominar a bravura do leão
                                      Quando encontra um morto é que se nutre
  Na picada ele muda a posição
                                       Quanto é grande e suprema a natureza
Pra coçar-se depressa com certeza
                                          A abelha por Deus foi amestrada
Não se serve da unha nem da presa
                                         Sem haver um processo bioquímico
 Se levanta da cama e fica em pé
                                        Até hoje não houve nenhum químico
   Tudo isso provando quanto é
                                           Pra fazer a ciência dizer nada
  Poderosa e suprema a natureza
                                           O buraco pequeno da entrada
                                         Facilita a passagem com franqueza
O CINEMA NAS
SALAS DE AULA
ARTES PLÁSTICAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA – CCEN
   LABORATÓRIO DE ESTUDOS AMBIENTAIS - LEA




      AGRADECIMENTOS
andre_queiroga@yahoo.com.br

Mais conteúdo relacionado

Mais de Andre Reis

Modulo1 empreendedorismo
Modulo1 empreendedorismoModulo1 empreendedorismo
Modulo1 empreendedorismoAndre Reis
 
1 aulapresencial
1 aulapresencial1 aulapresencial
1 aulapresencialAndre Reis
 
Indicedesustentabilidadeaplicadoabaciadocuiá
IndicedesustentabilidadeaplicadoabaciadocuiáIndicedesustentabilidadeaplicadoabaciadocuiá
IndicedesustentabilidadeaplicadoabaciadocuiáAndre Reis
 

Mais de Andre Reis (6)

Modulo1 empreendedorismo
Modulo1 empreendedorismoModulo1 empreendedorismo
Modulo1 empreendedorismo
 
1 aulapresencial
1 aulapresencial1 aulapresencial
1 aulapresencial
 
Livro2
Livro2Livro2
Livro2
 
Livro2
Livro2Livro2
Livro2
 
Livro1
Livro1Livro1
Livro1
 
Indicedesustentabilidadeaplicadoabaciadocuiá
IndicedesustentabilidadeaplicadoabaciadocuiáIndicedesustentabilidadeaplicadoabaciadocuiá
Indicedesustentabilidadeaplicadoabaciadocuiá
 

Arte e integração disciplinar através da música e do cinema

  • 1. A ARTE COMO MÉTODO DE INTEGRAÇÃO DISCIPLINAR OFICINA BÁSICA PARA PROFESSORES
  • 2. A ARTE COMO MÉTODO DE INTEGRAÇÃO DISCIPLINAR Prof. Msc. André Luiz Queiroga Reis andre_queiroga@yahoo.com.br
  • 4. CONSTRUÇÃO CHICO BUARQUE Amou daquela vez como se fosse a última Morreu na contramão atrapalhando o tráfego Beijou sua mulher como se fosse a última Amou daquela vez como se fosse o último E cada filho seu como se fosse o único Beijou sua mulher como se fosse a única E atravessou a rua com seu passo tímido E cada filho seu como se fosse o pródigo Subiu a construção como se fosse máquina E atravessou a rua com seu passo bêbado Ergueu no patamar quatro paredes sólidas Subiu a construção como se fosse sólido Tijolo com tijolo num desenho mágico Ergueu no patamar quatro paredes mágicas Seus olhos embotados de cimento e lágrima Tijolo com tijolo num desenho lógico Sentou pra descansar como se fosse sábado Seus olhos embotados de cimento e tráfego Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe Sentou pra descansar como se fosse um príncipe Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo Dançou e gargalhou como se ouvisse música Bebeu e soluçou como se fosse máquina E tropeçou no céu como se fosse um bêbado Dançou e gargalhou como se fosse o próximo E flutuou no ar como se fosse um pássaro E tropeçou no céu como se ouvisse música E se acabou no chão feito um pacote flácido E flutuou no ar como se fosse sábado Agonizou no meio do passeio público E se acabou no chão feito um pacote tímido.
  • 5. O AUTOR DA NATUREZA ZÉ RAMALHO Admiro demais o beija-flor A natureza Que com medo da cobra inimiga A natureza Só constrói o seu ninho na urtiga A natureza Recebendo lição do Criador A natureza Observo a coragem do condor O que prende demais minha atenção Que nos montes rochosos come presa É um touro raivoso numa arena Urubu empregado na limpeza Uma pulga do jeito que é pequena Como é triste a vida do abutre Dominar a bravura do leão Quando encontra um morto é que se nutre Na picada ele muda a posição Quanto é grande e suprema a natureza Pra coçar-se depressa com certeza A abelha por Deus foi amestrada Não se serve da unha nem da presa Sem haver um processo bioquímico Se levanta da cama e fica em pé Até hoje não houve nenhum químico Tudo isso provando quanto é Pra fazer a ciência dizer nada Poderosa e suprema a natureza O buraco pequeno da entrada Facilita a passagem com franqueza
  • 7.
  • 9.
  • 10.
  • 11. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA – CCEN LABORATÓRIO DE ESTUDOS AMBIENTAIS - LEA AGRADECIMENTOS andre_queiroga@yahoo.com.br