3. Celebridade é um aparato cultural, surgido no final do século
XVII.
Mary Robinson escreveu, em 1795:
“Poets, painters, and musicians; Lawyers, doctors, politicians:
Seeking fame by diff’rent roads”.
Aparato formado por:
● Um indivíduo;
● Uma indústria;
● Uma audiência.
6. Fama
Processo de expor e revelar; antecede a
modernidade: uma pessoa e uma realização; sua
publicidade e seu legado.
Herói X Celebridade
Principal oposição para compreender as
transformações da fama no século XX.
7. O herói mártir
“ Potenciais vítimas que colocam
a lealdade à verdade acima de
todos os cálculos e benefícios ou
ganhos terrenos”. Bauman
“ O triunfo do credo sobre a
libido”. Campbell
9. O herói
humanista
“Lembrou-se das heroínas dos
livros que havia lido e a legião
lírica dessas mulheres adúlteras
punha-se a cantar em sua
lembrança, com vozes de irmãs
que a encantavam”. Flaubert
11. A capacidade de mobilizar e reunir pessoas ao redor de
sua imagem.
São símbolos de RECONHECIMENTO e PERTENCIMENTO,
peças chaves na formação da IDENTIDADE do indivíduo.
12. Herói Celebridade
Distinção conquistada Distinção pela imagem (tautologia)
Cria a si mesmo Criada pela mídia
Grande Homem Grande Nome
Folclore tradicional, textos sagrados Textos contemporâneos
Tempo cria Tempo destrói (sem drama)
Pouca personalidade Muita personalidade
14. A celebridade na cultura de massa
As celebridades, nessa cultura, podem
desempenhar um papel consolador,
estabelecer modelos de pertencimento
e ajudar na construção de identidades.
19. 1a
) Celebridades “tradicionais” se renderam às plataformas
digitais.
Destaque: Snapchat (bastidores + intimidade emocional);
2a
) Mídias sociais permitem às pessoas comuns:
a) se observarem como pessoas públicas, passíveis de
serem “consumidas”;
b) usarem estrategicamente a intimidade;
c) tratarem seguidores como fãs.
20. Microcelebridade
primeiro conceito para
denominar as celebridade nos
meios digitais.
“Um novo estilo de performance online,
em que os indivíduos usam webcam,
vídeo, áudio, blogs e redes sociais para
amp up sua popularidade entre
seguidores”.
Terry Senft, Camgirls
21. “A microcelebridade não é simplesmente uma versão menor da
celebridade; ela é um conjunto de práticas delineadas culturalmente, que
pessoas comuns usam na vida cotidiana para aumentar sua atenção e
popularidade online”.
Economia da atenção: hoje, não somente marcas, mas também pessoas
comuns competem pela nossa atenção.
Presume-se que há pouca diferença entre a persona apresentada e a
verdadeira persona da microcelebridade.
22. O grande desafio
1- Estabelecer pontos de contato com o público nas redes, a fim de disseminar
discursos próprios;
2- Conseguir, mesmo assim, manter aquele quê especial que faz da celebridade
alguém diferenciado, no qual as pessoas queiram, de alguma forma, se espelhar.
24. “a cultura dos fãs é um fenômeno complexo e multidimensional que atrai diversas
formas de participação e níveis de envolvimento”
25. Origem
● fanatics? comportamento patológico (excessivo)
● usado pela primeira vez no fim do séc. XIX no universo do esporte;
● ser fã era considerado desperdício de tempo e dinheiro;
● do underground;
● anos 1980 e 1990:
○ 3 tipos de fãs:
■ obsessão
■ geek
■ groupie
27. O fã atual
● é participativo, conversa, cria, é fonte
de informação, troca informação,
fotografa, escreve, reclama
(MONTEIRO, 2013);
● membro de uma subcultura que age
de forma participativa com relação
aos seus produtos de adoração e
contesta taticamente o formato
tradicional de consumo cultural. Ainda,
são pioneiros na adaptação às
tecnologias;
28. Processo de aquisição de conhecimento a partir da
interação com outros usuários
● Cultura da convergência;
● Cultura participativa;
● Inteligência coletiva;
29. Fandom
Fandom é um termo usado para se
referir a uma subcultura composta por
fãs de determinada mídia,
caracterizados pela empatia e
camaradagem por outros membros da
comunidade que compartilhar gostos
em comum (Wikipédia).
35. Fanzines
Revista editada por fãs (fanatic magazine), podendo enfocar assuntos como
histórias em quadrinhos (banda desenhada), ficção científica, poesia, música,
feminismo, vegetarianismo, veganismo, cinema, jogos, etc.
DIY - DO IT YOURSELF
36. E-zine
E-zine é a contração de electronic e fanzine, ou seja, um "fanzine eletrônico".
Trata-se de uma publicação periódica, distribuída por e-mail ou postada em um
site, e que foca uma área específica (como informática, literatura, música
experimental, etc.).
38. Fãs organizacionais
● o fã de marcas e empresas;
● constituição de uma economia afetiva = lovemarks;
39. Antifãs (ou haters)
Hater é um termo usado na internet para definir pessoas que postam comentários
de ódio ou crítica sem muito critério. Qualquer um pode se vítima da ações de um
hater, mas os alvos mais comuns dos haters são celebridades controversas. As
ferramentas utilizadas para os ataques são normalmente os fóruns e as redes
sociais na internet. Os comentários que um hater pode postar podem ser vistos
como um ato de cyberbullying e assédio on-line, por seu conteúdo agressivo ou
ofensivo (Wikipédia).
Antifãs, haters, trolls, não fãs. Independente do termo que se escolha, todos têm
algo em comum: não gostam de determinada coisa, seja ela uma banda, pessoa,
objeto, canção (MONTEIRO, 2013).
40. Tipos de des(amor): fãs, antifãs, haters, trolls, não
fãs. Exemplo: uma banda.
Tipos Comportamentos
Fã Gosta da banda, divulga conteúdo, promove qualquer coisa relacionada ao grupo.
Antifã Odeia a banda e os fãs, e faz campanha contra. Sabe tanto sobre a banda quanto os fãs.
Hater Não tem conhecimento profundo sobre aquilo que odeia, usualmente odeia ou a banda ou
o fã, seja pelo som e/ou estilo.
Não fã - pró Não tem conexão alguma com a banda, mas gosta de determinada música/performance
ou clipe e ajuda a promover indiretamente.
Não fã - contra Apesar de também não ter grandes conexões com a banda, ajuda a levantar tags
(negativas/positivas) ao falar mal da banda, mesmo sem se dar conta
Troll Gosta de ver fãs e antifãs brigando, a graça do troll é rir de tudo e de todos; não tem lado,
só quer alimentar brigas e polemizar.
Adaptado de Monteiro (2012).