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ExpressãO PláStica E Expressao Musical

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  1. 1. 72390-404495<br />285750084455Expressão Plástica: na companhia de fadas ou de duendes, cavaleiros, princesas e dragões, modelámos o barro, pintámos com aguarelas, trabalhámos a lã, procurámos tesouros, construímos geoplanos em madeira, restaurámos a Casa do Lenhador e construímos o futuro galinheiro. Fizemos fantoches e marionetas. <br />Expressão Dramática: desenvolvemos actividades de expressão corporal, trabalhando a construção de personagens através do jogo dramático: Jogo das Cores e Sentires; Jogo dos Animais e seus Mundos; Jogos de Expressão de Emoções e Afectos; Representação e Dramatização com Fantoches e Marionetas.<br />-3810-6985Expressão Musical: através de actividades ao ar livre, procurámos despertar o interesse e a curiosidade pelos fenómenos do som, do silêncio e da música, experimentando instrumentos de ritmo, escutando os sons da natureza e improvisando para desenvolver a criatividade musical. Aprendemos novas canções, utilizando a guitarra clássica como principal instrumento musical. <br />A Expressão e Educação Musical e Dramática no 1.º ciclo do Ensino Básico.<br /> <br />Introdução<br />É com o corpo que as crianças exploram, aprendem e reagem aos estímulos do meio envolvente. São os sentidos que recolhem o material com o qual se constróem as imagens mentais – não só visuais mas também tácteis, auditivas, ... – necessárias à construção dos conceitos.<br />A educação do corpo, do gesto, da audição, da voz e da visão desenvolve nas crianças o campo das possibilidades de interpretar o mundo, de exprimir o pensamento, de criar. <br />Este trabalho, embora contenha algumas limitações, procurará dar uma imagem da importância que a Expressão e Educação Musical e Dramática tem no desenvolvimento afectivo, social e intelectual das crianças, na medida em que lhes dá a possibilidade de interpretar o mundo, de estruturar e exprimir o seu pensamento, de criar, de desenvolver o seu equilíbrio emocional, de formar o seu carácter e de afirmar a sua própria identidade.<br />A Expressão e Educação Musical<br />O gosto pela música é natural nas crianças. Elas gostam de cantar e de ouvir música, como gostam de ouvir o ruído da água que corre da nascente ou o canto de uma ave. A música é uma linguagem universal, completa, porque puramente intuitiva, e talvez o modo de expressão por excelência da expontaneidade. I. Stravinsky afirmava: “Considero a música, pela sua essência, impotente para exprimir o que quer que seja: um sentimento, uma atitude, um estado psicológico, um fenómeno natural.” “Expressão de coisa nenhuma, sem dúvida, se não de uma emoção estética que é tudo, e que o criador transmite e partilha com o auditor. Que a mensagem seja desprovida de conteúdo preciso, o que conta é a transmissão de uma experiência vivida, de uma realidade inefável, a comunhão espiritual que daí resulta e o florescimento pessoal que ela favorece.” (Gloton & Clero, 1976, p.177).<br />De acordo com a opinião dos autores, acima referidos, o que realmente é importante é que a música transmite “uma experiência vivida, uma realidade inefável, a comunhão espiritual que daí resulta e o florescimento pessoal que ela favorece”.<br />Não podemos ignorar a importância da música na formação do homem, porque ela faz parte da essência do ser humano. Goethe escreveu: “quem não ama a música, não merece o nome de homem, quem gosta dela é metade de homem, quem a pratica é um homem completo...” . Apesar de considerarmos que há algum exagero nas afirmações de Goethe, as suas palavras mostram claramente a importância que a música tinha para ele. O que nós podemos afirmar é que o homem, através da música, pode exprimir os seus sentimentos e libertar muitas vezes emoções que o oprimem adquirindo uma estabilidade que é importante para a afirmação da sua própria identidade, na sociedade em que está inserido.<br /> A educação musical deve começar na família e tem que ter continuidade no jardim escola, no 1.º ciclo e nos restantes ciclos. A escola deve ensinar as crianças a cantarem bem, a amarem o canto e dar-lhes a possibilidade de distinguirem a boa música da má. A música é como uma segunda língua que permite exprimir os sentimentos, na medida em que há canções tristes e alegres. <br />O poder educativo da música traduz-se pelo apuramento do gosto musical, o que implica uma afinação rigorosa, uma boa pronúncia e um ritmo certo. No entanto a criança para interiorizar estes conhecimentos deve ter no seu professor um modelo a imitar e para que isso aconteça ele deve ter os conhecimentos necessários, na área da Expressão e Educação Musical.<br />As canções populares características do nosso folclore dão à criança a noção de que existiu um passado, o nosso passado que não podemos ignorar, porque ele contribui para a nossa própria identidade. Conhecendo outras melodias igualmente populares e tradicionais de outros países, a criança apercebe-se de que existem outras culturas diferentes da nossa que é importante conhecer e esse conhecimento despertará nela a simpatia por seres humanos que não conhece e provavelmente nunca virá a conhecer, o que não impede de ter por eles simpatia e solidariedade.<br />A existência de um gravador na escola permite ao professor escolher boas músicas, porque não só desenvolve o gosto musical das crianças como permite criar um ambiente propício à boa disposição dos alunos, quando realizam os seus trabalhos.<br />As rodas, a dança, a ginástica rítmica, fazem parte da Educação Musical e são importantes, porque desenvolvem sentimentos colectivos e o autocontrôle, disciplinam movimentos do corpo, os gestos e as atitudes e contribuem para uma harmonia corporal e afectiva.<br />O professor tem que atender à singularidade musical de cada criança, dando-lhe, oportunidade de desenvolver, à sua maneira, as suas propostas e os seus projectos, sem contudo esquecer que é professor e como tal deve ter propostas e projectos para os seus alunos de modo que a música contribua para a sua formação afectiva, social e intelectual.<br />Voz, corpo e instrumentos formam um todo, sendo a criança solicitada a utilizá-los de forma integrada, harmoniosa e criativa.<br />O professor deve criar nas crianças o gosto pela música, através das suas canções preferidas e da dramatização das suas histórias preferidas.<br />A Expressão e Educação Dramática<br />Ao referirmo-nos à Expressão e Educação Dramática, temos que afirmar que esta área de expressão não se pode confundir com o teatro, na medida em que o jogo dramático não se baseia num texto prévio que embaraça muitas vezes a criança ou nalguns casos a paralisa. O jogo dramático é um exercício da criança para a própria criança e esse mesmo jogo esgota-se ao ser realizado.<br />Para confirmarmos o que referimos, vamos transcrever algumas palavras de Marie Dienesch, citada no livro, A Criança e a Expressão Dramática, (1974, p.24): “Partindo de uma acção e não de um texto, a criança não corre o risco de cair nesta confusão fundamental: as palavras já não tomam para ela o lugar da acção, pois esta é apreendida antes da utilização de qualquer forma verbal. Além disso, levada a criar o seu próprio texto, quando se chega ao momento em que as palavras satisfazem uma necessidade interior, e só então, ela experimenta a verdadeira natureza da linguagem dramática, em que tudo o que possa ser indicado por um meio diferente da palavra não deve ser dito, e em que a palavra assume o seu valor insubstituível e soberano a fim de ser o ponto final de uma evolução interior, já contida na vida física do autor.”<br />Actualmente, o jogo dramático foi banido de algumas escolas, onde a festa de fim de ano é substituída por um passeio, por uma exposição de trabalhos dos alunos. No entanto, este tem que tomar o seu verdadeiro lugar na educação da criança.<br />A dramatização livre e espontânea dos contos de fadas e dos contos tradicionais desenvolvem na criança a criatividade e tornam-na mais comunicativa desenvolvendo, assim, a sua socialização. É, através do imaginário, do maravilhoso que a criança cresce afectivamente, ultrapassando, muitas vezes traumatismos que uma educação repressiva ajudou a criar.<br /> Freud afirmava que os processos de transformação do trabalho subjacente ao conto, são análogos aos do trabalho do sonho: dramatização, deslocamento, dissociação e representação por símbolos.<br />Também Carl Jung referia que os contos são um material discreto para as projecções necessárias a uma individualização correcta. Igualmente Gaston Bachelard considerou o maravilhoso como a matéria prima da imaginação: “é como a grelha mais rigorosa para a análise do real ao aperceber-se que a razão científica recorta as sua verdades na ordem dos sonhos e da consciência poética.”<br />O conto é um espaço de mediação entre o consciente e o inconsciente, entre o eu e o mundo.<br />A afirmação de L. Pereira é igualmente elucidativa: “o conto maravilhoso... respeita a interacção entre o homem e o cósmico para a formação de imagens, tendo em conta a homologia do psíquico, do cósmico, do social e do biológico, organizadas numa significação integrada. O conto ajuda o docente a encontrar o núcleo gerador da interdisciplinariedade. A sua compreensão leva-o à descoberta dos segredos da pedagogia: à motivação do espaço interdisciplinar.”<br />“O conto é um universalismo que denota a persistência de qualquer coisa de primordial, de irrefreado e de comum à totalidade dos homens.” (José Gomes Ferreira). Muito antes, já Teófilo Braga fazia a apologia do conto, no entanto as pretensões pedagógicas desnaturaram-no e ele perdeu a sua poesia espontânea, a sua singeleza popular e a sua beleza tradicional. A função ancestral do conto é por o vulgo a sonhar. A civilização destruiu muita dessa função.<br />A mensagem do conto de fadas é determinante na educação das crianças, mas também dos jovens. Essa mensagem, porventura a mais importante, é a de que a luta contra as dificuldades da vida é inevitável, mas se o homem se empenhar, com coragem e determinação, acabará por sair vencedor de todos os obstáculos. Desta maneira a mensagem não é moral, mas somente a de encarar a vida com confiança, com possibilidade de vencer de vencer as dificuldades que a todos se colocam. “A nossa herança cultural encontra expressão nos contos de fadas e através deles é comunicado às crianças.” (Bruno Betteheim).<br />A Expressão e Educação Musical e Dramática<br /> <br />O professor pode associar a Expressão Dramática à Expressão Musical, porque as duas áreas se completam e como são muito importantes na educação das crianças, o professor deve desenvolver as mais variadas competências, nas áreas referidas:<br />. Compreender gestos, sons, ritmos e escrita musical.<br />. Conhecer músicas e diferentes instrumentos.<br />. Ser capaz de produzir e / ou criar sons.<br />. Compreender jogos de comunicação verbal e não verbal.<br />. Ser capaz de produzir e / ou criar personagens, histórias ou jogos de imaginação.<br />. Dominar progressivamente a expressividade do corpo e da voz. <br />Vamos exemplificar, seguidamente como é que a Expressão e a Educação Musical e Dramática podem e devem ser dadas em conjunto, formando um todo imprescindível à formação da criança.<br />Movimento:<br />As crianças estão sentadas em círculo. O professor chama um aluno e diz-lhe que imite um animal só com mímica. Os restantes tentam adivinhar que animal é.<br />Conversar sobre a imitação feita.<br />Falar em outros animais que poderiam ser imitados. Cada criança vai imitar o animal que desejar (só com mímica).<br />Em círculo vão transformar-se lentamente em diferentes animais segundo indicações do professor. Por exemplo: girafa, elefante, galinha, leão, borboleta, burro, etc.<br />Jogo: o professor distribui por cada aluno um pequeno papel dobrado onde registou, previamente, o nome de um animal. O nome de cada animal foi escrito em 2 (3) papeis diferentes. Assim haverá: 2 (3) macacos; 2 (3) elefantes; 2 (3) caracóis; 2 (3) galinhas; 2 (3) girafas; 2 (3) gatinhos; 2 (3) ratinhos e 2 (3) burrinhos.<br />Desenvolvimento: Num primeiro momento procuram transformar-se corporalmente no animal mencionado no papel, não podendo emitir quaisquer sons. Depois relacionam-se uns com os outros, tentando organizar-se em pares de animais iguais. Quando todos os pares estiverem organizados já é permitida a utilização de sons dos vários animais relacionando-se uns com os outros aos pares. (o professor vai sugerindo situações para motivar o relacionamento entre os diferentes pares).<br />Canção:<br />Mímica: Mostrar quatro dedos;<br /> gesto de fugir com as mãos, bater palmas. <br /> Movimento com o corpo, mãos nas ancas.<br /> requebrando, seguindo o ritmo da música.<br />Dramatização:<br /> <br />                Siricoté<br /> <br />Eram quatro pretinhos<br /> Todos quatro da Guiné<br /> Deitaram a fugir<br /> Cantando o Siricoté.<br /> Siricoté, siricoté<br /> Eram quatro pretinhos da Guiné.<br />Logo, logo encontraram<br />O amigo Chimpanzé<br />A ele ensinaram <br />A canção siricoté.<br />Siricoté, siricoté<br />Eram quatro pretinhos da Guine<br />Depois veio a girafa<br />Toda airosa a dançar<br />Tocava numa garrafa<br />Pois não sabia cantar.<br />Siricoté, siricoté<br />Eram quatro pretinhos da Guine<br />Pouco a pouco a bicharada<br />Foi chegando à clareira<br />E com toda a sua graça<br />Entrando na brincadeira<br />Siricoté, siricoté<br />Eram quatro pretinhos da Guine<br />Foi assim que na floresta<br />Todo o bicho bateu pé<br />Foram os quatro pretinhos<br />A cantar Siricoté<br />Siricoté, siricoté<br />Eram quatro pretinhos da Guine<br /> <br />Estas actividades de Expressão e Educação Musical e Dramática destinam-se ao 3.º ano do 1.º ciclo do ensino básico.<br />A interdisciplinariedade<br />Seguidamente, vamos exemplificar como pode haver interdisciplinariedade entre a Expressão e Educação Musical e Dramática e as outras áreas curriculares:<br />Estudo do Meio – trabalho de pesquisa sobre os animais quanto à:<br /> . alimentação<br /> . respiração<br /> . reprodução<br />Este trabalho será feito em grupo e terá como fontes de consulta: vídeos, visitas de estudo, livros e enciclopédias.<br />O professor deve orientar o trabalho, motivando a criança para a recolha de dados.<br />Língua Portuguesa – Escrita de relatórios sobre o trabalho realizado, sua leitura e explicação por um dos elementos do grupo.<br />Escrita de textos sobre os animais preferidos de cada criança.<br />Os diferentes tipos de frase.<br />Matemática – situações problemáticas elaboradas e resolvidas por cada grupo.<br />Consolidação do algoritmo das quatro operações.<br />Todas estas actividades terão como base os animais.<br />Expressão e Educação Físico-Motora – Exercícios de lateralização, equilíbrio e coordenação.<br />Realização de um jogo: “A toca e os coelhos”<br />Expressão e Educação Visual – Recorte, colagem e pintura de alguns animais.<br />Desenho livre sobre os animais que existem na comunidade, onde está inserida a escola.<br />Educação Cívica – Interiorizar o respeito que merecem os animais e os outros seres vivos que existem na Natureza.<br />Preservação da Natureza e do património histórico existente na localidade, onde residem.<br />Respeito pelas diferenças.<br />Conclusão<br />A Expressão e Educação Musical e Dramática, assim como as outras áreas de expressão têm sido frequentemente tratadas como secundárias na formação da criança ou apenas como momentos de diversão. No entanto, a prática das actividades expressivas contribui declaradamente para a expressão da personalidade, para a estruturação do pensamento e para a formação do carácter.<br />A Expressão e Educação Musical e Dramática desenvolve o domínio das capacidades corporais, na criança, e a sua utilização como instrumentos expressivos. Pretende-se alargar de experiência das crianças, de forma a que possam desenvolver a sua sensibilidade, imaginação e sentido estético.<br />O prazer e o gosto que as crianças manifestam ao realizar estas actividades levarão, progressivamente, o professor a proporcionar momentos em que se verbalizem experiências, se combinem e organizem outras situações de aprendizagem, contribuindo para uma maior interligação das áreas curriculares.<br />O professor deverá estar atento ao percurso de cada criança, encorajando novas possibilidades e dando sempre espaço para que as crianças, individualmente ou em grupo, encontrem a sua forma de expressão e, progressivamente, a consigam utilizar para comunicar. <br /> Bibliografia:<br />Leenhardt Pierre (1974). A Criança e a Expressão Dramática. Editorial Estampa.<br />Fontes Vítor, Botelho L. M. & Sacramento M. A Criança e o Livro. Livros Horizonte.<br />Chateau Jean (1975). A Criança e o Jogo. Coimbra: Atlântida Editora.<br />Gloton Robert, Clero C. (1976). A Actividade Criadora na Criança. Editorial Estampa.<br />Lei de Bases do Sistema Educativo. Lisboa: Ministério da Educação.<br />Dottrens Robert (1974). Educar e Instruir III. Editorial Estampa.<br />Programa do 1.º Ciclo do Ensino Básico (1990). Lisboa: Ministério da Educação<br />

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