SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
Baixar para ler offline
A Rosa entre Espinhos

                                                     Josiane Veiga

                                  Prólogo
                                  Inglaterra, 1842



A
                                  A noite chegou, trazendo consigo o mais intenso breu que os
                                  olhos azuis da loira já haviam visto.

                                Era primavera. Era o dia de seu casamento. Toda a cerimônia e
                                festa haviam sido perfeitas, poéticas e de um romantismo ímpar.
                                No entanto, aquele que deveria ter sido o dia mais feliz da vida
de Eleanor acabou sendo o dia de seu maior suplício.

Ali estava ela, no auge de seus vinte e poucos anos, preparando-se para a mais pavorosa noite de
núpcias que uma mulher poderia sonhar. E isso a angustiava. Desestabilizava-a. Não fora isso que
ambicionou.

Era bem verdade que todo o planejamento que fizera desde que o jovem duque Ian havia
retornado de Londres incluía o casamento. Mas, após isso, seus sonhos partiam para uma
romântica fuga ao lado do ardente Benjamin.

Olhou-se no espelho. Estava linda. O vento que adentrava pela janela enorme sacudia seu vestido
claro, fazendo-o deslizar pelo maravilhoso corpo de formas perfeitas.

Apesar disso, uma sensação ruim preenchia sua alma. O ar quente da noite não lhe trazia calma
ou paz, antes parecia gritar seu nome, chamando-a...

Eleanor sabia que Ian era jovem, rico, e, diziam, até bonito, mas ela nunca o desejara. O noivado
com aquele homem de intensos olhos negros deu-seapenas para satisfazer sua ambiciosa família.
Mal tinha visto o rapaz em toda a sua vida, contudo era sua noiva desde o nascimento. Nunca lhe
foi concedida a oportunidade de escolha.

Ian fora estudar em Londres, enquanto Eleanor ficou na cidade deYork, sendo educada pela
família para ser uma boa esposa. Quando enfim o conheceu, na festa de noivado, não pôde dizer
que ficara decepcionada com a aparência dele. Era moreno, contradizendo sua ascendência
escocesa por parte do avô paterno, mas tinha olhos frios. Ela, fogosa e vivaz, não suportaria passar
o resto da vida ao lado de um homem tão gélido como ele. Ao passo que a vida com o aventureiro
Bem parecia muito mais convidativa, excitante.

Havia se encontrado com Benjamin às escondidas e proposto o normal para a situação. Afinal,
amava o pobre rapaz.

-Está louca? - Ele gritou. - Não fugirei com você!
-Mas terei de me casar com Ian! Como pode aceitar isso?

-Era isso que eu queria, sua tola! Agora teremos tanto dinheiro quanto pudermos gastar! E você
conseguirá tudo daquele idiota!

-Como pode aceitar me dividir com ele? Achei que me amasse!

-E amo... - a voz dele amenizou. - Mas como sobreviveríamos sem um tostão no bolso? Precisamos
do dinheiro dele...

Foi então que Eleanor compreendeu tudo.

-Você me usou! – Disse, consternada. - Nesta noite, contarei tudo a Ian! Não vou mais enganá-lo!

No entanto, a revelação não aconteceu na noite da discussão, e tampouco nos dias seguintes.
Agora, Eleanor e Ian haviam acabado de se casar, e a moça ainda não contara a verdade.

Eleanor suspirou. Naquele dia, Ben saiu batendo a porta do quarto vagabundo da pousada - o
mesmo que por diversas vezes fora usado para seus encontros -, deixando Eleanor ali, chorando
sozinha.

Sentou-se na cama. Logo o marido entraria pela porta, e ela teria que contar-lhe a verdade. Só não
sabia se seria antes ou depois de ele perceberque não era mais virgem.

Respirando fundo, ergueu-se e foi até o espelho. Encarou a imagem refletida, analisando suas
possibilidades. Pensou que talvez sua situação não fosse tão terrível. Afinal, alguém com sua
aparência poderia dominar omarido sem grandes esforços. Olhou o colar no pescoço com a
enorme pedra de diamantes. Era uma relíquia, e devia custar alguns milhares de libras. Pertencera
à Rainha Matilde, que após uma guerra civil presenteou um antepassado de Ian pela lealdade, e se
tornara a jóia mais importante da família. Recebeu-o na festa de noivado, e pensara em vendê-lo
assim que fugisse com Ben. Mas então, ao descobrir os verdadeiros motivos do amante para estar
com ela, abandonou a ideia.

De repente, um barulho do lado de fora interrompeu lhe os pensamentos. Em poucos instantes,
adentrou pela porta uma figura que quase a fez gritar. Mal teve tempo de esboçar uma reação,
mãos firmes puxaram o colar de seu pescoço e jogaram-na contra a janela de vidro, que não
resistiu e quebrou, derrubando-a do quarto andar.

O silêncio reinou.

Lá embaixo, apenas um corpo morto - o corpo de uma moça que um dia fora linda, mas que agora
jazia fria ao chão - quebrava o ar de calma do lugar.


Capítulo I


M
          airi jogou por cima dos ombros cansados o latão de água quente. Mal podia suportar as
          próprias pernas. Felizmente, logo acabaria aquela atividade. Lavar os vestidos
          caríssimos de lady Dorothea era um inferno. Tinha primeiramente que esquentar a água,
deixar de molho as barras e então passar sabonete de lilás no tecido.

A jovem moça era empregada na casa do lord Ian McGreggor desde criança, mas nunca se
acostumara à rotina de escrava imposta pela governanta, senhora Perpétua.

Órfã de pai e mãe, a linda moça de cabelos castanhos e olhos tão azuis quanto o céu nunca
conheceu outra vida. Trabalhava dia e noite alheia ao que acontecia fora do seu mundinho que era
a cozinha e, eventualmente,o lago da mansão de seu lord. Também não tinha ideia de como sua
aparência era meiga e fascinante, e de como sua pele clara formava um conjunto perfeito com seu
corpo exuberante.

Mairi poderia facilmente sair da vida de empregada e torna-se amante de algum lord rico. Mas
nunca sequer cogitou isso. Apesar de ser uma moça pobre, tinha caráter. E também jamais parou
pra pensar no quanto sua vida era triste. Nunca tivera uma família, não conhecia o significado da
palavra carinho. Tratada como um animal, ela se escondia pelos cantos, com medo de tudo.

Quase um ano antes, só uma pessoa havia quebrado a autoproteção que a envolvia. O jovem Ben,
rapaz belo, de cabelos escuros como a noite, e olhos tão dominadores que quase a fizeram se
apaixonar. Poderia-se dizer que eles foram simplesmente amigos, mas seria mentir ao coração
solitário da moça; afinal, o maldito órgão palpitava no peito quando o via chegar à mansão, para
entregar as verduras encomendadas na banca de seu pai na feira.

Porém, alguns meses após alimentar aquela admiração secreta,descobriu os motivos que levaram
o jovem mancebo a se aproximar dela, a empregada que limpava os ladrilhos: a belíssima Lady
Eleanor. Triste, admitiu que o homem só havia firmado amizade com Mairi para se aproximar da
noiva de lord Ian. Magoada, não conversou mais com Bem, passando a ignorá-lo assim que o via
com a charrete. Entretanto, sempre carregou o peso de, mesmo involuntariamente, ter ajudado o
rapaz a se aproximar da falecida nobre.

Mairi sabia que eles haviam se tornado amantes, mas nunca falou nada disso a ninguém. Já tinha
as tarefas cansativas da mansão dos McGreggor para se preocupar. Além disso, apesar de ser uma
moça fina, Eleanor nunca havia lhe tratado mal. Até lhe sorrira certa vez. Então, porque haveria de
tentar atrapalhar aquele sentimento?

A empregada também foi uma testemunha da tristeza de Eleanor no dia do seu casamento, e viu o
corpo dela estirado no piso de concreto logo após o fim da festa de suas núpcias. Algumas pessoas
diziam que a moça havia se suicidado, atirando-se da janela do quarto de casal, ou que fora
assaltada, já que o colar de diamantes que ela ganhou no noivado havia desaparecido. Mas outras
falavam que lord Ian a matara. A verdade nuncaapareceu, mas a polícia ainda estava investigando.

Mairi não sabia o que pensar, pois não conhecia o lordpessoalmente. Ian havia saído de York
muito jovem para estudar em Londres,e retornou há pouco tempo para se casar com a sua noiva,
prometida desde o nascimento. Mesmo agora que ele regressara, nunca lhe foi permitido entrar na
sala dos patrões ou se aproximar. Ela ficava apenas no porão ou nas salas em que se lavavam as
roupas do castelo. E foi nas lavanderias que ela acabou descobrindo a única coisa que sabia de seu
lord "Ele tem um cheiro muito bom", é o que sempre pensava ao pegar as suas camisas para lavar.

-Já acabou, Mairi? - A governanta berrou ainda no corredor, aproximando-se.
-Ainda não, senhora Perpétua. Tenho que lavar os ladrilhos do quarto de milady Dorothea, e a
biblioteca também.

Dorothea era a mãe de Ian. Mulher rígida, nunca lhe dirigiu um olhar. Bom, era de se esperar;
afinal, a moça de cabelos castanhos não passava de um bichinho medroso pela enorme casa.

-Pois vá logo! Parece até que não tem gratidão pela bondosa ladyDorothea ter recolhido você da
rua e lhe dado teto e comida! Deveria fazer seu serviço com mais rapidez, sua lerda!

-Estou indo! – Replicou, movendo-se apressadamente. Demorou quase uma hora para limpar as
ricas cerâmicas do quarto, e não pôde deixar de pensar que não precisava ser assim tão grata pelo
acolhimento de ladyDorothea, já que não ganhava um centavo para tanto trabalho.

Na verdade, desconfiava que os ricos Lords pagassem sua labuta, mas o dinheiro nunca chegou a
suas mãos. Provavelmente, a governanta não pensava que ela necessitasse daqueles trocados.

Pensando em seu quarto, e no quanto desejava sua estreita cama de colchão de palha, Mairi foi à
biblioteca. Entrou cabisbaixa sem olhar direito o ambiente, e se dirigiu a uma das prateleiras de
livros. Pegou um deles e o olhou, sonhadora.

Ivanhoé... Era seu livro favorito. Aprendeu a ler com um bondoso reverendo que havia morado em
York. Ele a ensinou na Bíblia, ela pegou gosto pela coisa, e logo começou a tomar emprestados
alguns livros do castelo e os levar para o quarto por algum tempo, mas depois sempre devolvia.
Esse era seu modo de escapar da realidade, e com Ivanhoé ela até se apaixonou pela primeira vez:
Wilfred, personagem principal do livro.

O escritor escocês, Walter Scott, tornou-se seu autor favorito, e a história de Rowena e Wilfred, o
casal de Ivanhoé, se tornara a sua história preferida.

-Também gosto muito de Ivanhoé...

Mairi quase derrubou o livro no chão, tamanho seu susto. Olhou para o canto de onde a voz havia
saído e mal podia acreditar em seus olhos. O homem que havia falado era exatamente como ela
imaginava o protagonista de Ivanhoé.

Wilfred estava à sua frente. Belo e alto... Talvez sua cabeça chegasse ao queixo dele, e, como
considerava ter boa altura, a moça realmente pensou no quanto aquele homem parecia grande. Os
olhos negros eram ornados por espessos cílios escuros, e o corpo esbelto, definido pelo requintado
traje,tornava aquela presença ainda mais dominante e marcante.

Mairi sentiu as pernas adormecerem e, ainda descrente, pensou se o amado herói não teria saído
da história para se tornar seu príncipe encantado e tirá-la daquela sua vida miserável.

-Acabou a inspeção? - Perguntou ele, sorrindo.

Envergonhada, saiu de seu devaneio, e guardou rapidamente o livro na prateleira.

-Me desculpe, senhor. Não percebi que estava no recinto.
-Não fique envergonhada. Você entrou e praticamente correu às prateleiras. Foi uma experiência
especial observar seus olhos ao puxar daliIvanhoé, que é meu livro preferido.

-Eu não pretendia danificá-lo...

-Ora, não se preocupe. Eu tenho vários livros de Walter Scott... Inclusive outro Ivanhoé, pode levar
este com você se quiser...

A moça revirou os olhos.

-Gostaria muito... – foi sincera - mas não posso – recusou. - Se a senhora Perpétua o vir comigo,
achará que eu roubei. – Explicou, ajeitando a touca na cabeça.

O rapaz ficou encantado com a figura exótica à sua frente.

"Linda como o sol, e tão meiga, chega a ser difícil resistir."

-Não se preocupe. Sou o dono da casa, e se lhe estou dando algo, a senhora Perpétua não tem nada
que ver com isso.

Mairi abaixou os olhos, e com o livro nos braços, ia deixando a biblioteca, quando o rapaz a
chamou.

-Espere!

Mairi estancou no lugar.

-Como se chama? - indagou.

-Mairi... - respondeu tímida, pensando consigo que aquilo parecia uma brincadeira: um lord
querendo saber seu nome.

-Mairi? Mairi... Parece música. – Comentou, encantado.

Ela não pôde conter um leve sorriso.

Aquele, que só podia ser o lord Ian, teve ímpetos de pedir a jovem que tirasse a touca, para que
pudesse ver-lhe os cabelos, já que, de alguma forma, aquele moça lhe lembrara a Rowena do livro.

-Leu algum outro livro do senhor Scott, Mairi?

Viu-a negando com a cabeça.

-Então, pegue este também. – Ofereceu, tirando um livro da gaveta na escrivaninha.

-Waverly... - falou ela, gaguejando um pouco.

A moça não tinha uma dicção muito boa, mas foi maravilhoso para Ian ver os olhos dela brilharem
de ansiedade diante do livro. O duque nunca havia conhecido alguém como ela.
-Você vai gostar... - afirmou Ian, já disposto a contar a história do livro para ela.

No entanto, naquele exato momento, Perpétua entrou na biblioteca.

-Oh! Perdão, lord Ian! – Exclamou. - Eu não sabia que estava aqui. – Voltou-se para a estante, onde
Mairi se encontrava. – Essa desastrada está o incomodando? – Seus olhos tornaram-se
recriminadores. - Mairi, quantas vezes já disse para não incomodar os nobres? Vamos!

Ian sentiu uma vontade louca de protegê-la, pois a governanta sempre foi muito dura com os
criados, contudo, ele próprio não sabia bem como lidar com os empregados. Além do que, em se
tratando de Perpétua, até James, o orgulhoso mordomo da família, parecia ter receio de levantar a
voz. Mesmo assim, precisava interferir de algum modo.

-Senhora Perpétua... - disse alto, ganhando a atenção da mulher. - Ela não está me incomodando.
Inclusive, falávamos sobre Walter Scott e seus livros. Aliás, presenteei Mairi com dois livros e
gostaria de pedir a senhora que a liberasse mais cedo de seus afazeres, para que possa ler meus
presentes.

A governanta arregalou os olhos. Sem saída, apenas consentiu com a cabeça. Logo depois ela e
Mairi se retiraram da biblioteca.

-Ele é lord Ian? - perguntou Mairi a mulher, com a voz baixa.

-Sim... – confirmou. - Pobre lord Ian, vive trancado naquela biblioteca desde a morte de lady
Eleanor.

Ouvir aquilo entristeceu o coração da jovem empregada.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Try Me - Sole Regret Series #1 Olivia Cunning.pdf
Try Me - Sole Regret Series #1 Olivia Cunning.pdfTry Me - Sole Regret Series #1 Olivia Cunning.pdf
Try Me - Sole Regret Series #1 Olivia Cunning.pdfDaniela Klagenberg
 
Vampire kisses livro #07 amo mordidas ((ellen schreiber)
Vampire kisses livro #07   amo mordidas ((ellen schreiber)Vampire kisses livro #07   amo mordidas ((ellen schreiber)
Vampire kisses livro #07 amo mordidas ((ellen schreiber)Profester
 
13 pretty little liars esmagadas - (vol. 13) - sarah shepard
13 pretty little liars   esmagadas - (vol. 13) - sarah shepard13 pretty little liars   esmagadas - (vol. 13) - sarah shepard
13 pretty little liars esmagadas - (vol. 13) - sarah shepardEucclydes2Pinnheiro
 
09 pretty little liars retorcidas - (vol.9) - sara shepard
09 pretty little liars   retorcidas - (vol.9) - sara shepard09 pretty little liars   retorcidas - (vol.9) - sara shepard
09 pretty little liars retorcidas - (vol.9) - sara shepardEucclydes2Pinnheiro
 
Barbara cartland a caminho do exilio
Barbara cartland   a caminho do exilioBarbara cartland   a caminho do exilio
Barbara cartland a caminho do exilioAriovaldo Cunha
 
00. ali's pretty little lies [pequenas mentiras da ali]
00. ali's pretty little lies [pequenas mentiras da ali]00. ali's pretty little lies [pequenas mentiras da ali]
00. ali's pretty little lies [pequenas mentiras da ali]Talles Lisboa
 
12. burned [queimadas]
12. burned [queimadas]12. burned [queimadas]
12. burned [queimadas]Talles Lisboa
 
C. s. lewis trilogia de ransom 1 - além do planeta silencioso
C. s. lewis   trilogia de ransom 1 - além do planeta silenciosoC. s. lewis   trilogia de ransom 1 - além do planeta silencioso
C. s. lewis trilogia de ransom 1 - além do planeta silenciosoAlex Martins
 
Capitulo9 a queda da princesa de gales
Capitulo9   a queda da princesa de galesCapitulo9   a queda da princesa de gales
Capitulo9 a queda da princesa de galesRodrigo de Feo Vieira
 
01.5. alison's diary [o diário da alison]
01.5. alison's diary [o diário da alison]01.5. alison's diary [o diário da alison]
01.5. alison's diary [o diário da alison]Talles Lisboa
 
Angelica 23 angélica e as feiticeiras de salem
Angelica 23 angélica e as feiticeiras de salemAngelica 23 angélica e as feiticeiras de salem
Angelica 23 angélica e as feiticeiras de salemSilvana Barbedo
 
As nossas sugestões 8a
As nossas sugestões 8aAs nossas sugestões 8a
As nossas sugestões 8aIsabel Couto
 
S. c. stephens [thoughtless 02] - effortless ok 1
S. c. stephens    [thoughtless 02] - effortless ok 1S. c. stephens    [thoughtless 02] - effortless ok 1
S. c. stephens [thoughtless 02] - effortless ok 1Fê Cagno
 

Mais procurados (19)

Try Me - Sole Regret Series #1 Olivia Cunning.pdf
Try Me - Sole Regret Series #1 Olivia Cunning.pdfTry Me - Sole Regret Series #1 Olivia Cunning.pdf
Try Me - Sole Regret Series #1 Olivia Cunning.pdf
 
Vampire kisses livro #07 amo mordidas ((ellen schreiber)
Vampire kisses livro #07   amo mordidas ((ellen schreiber)Vampire kisses livro #07   amo mordidas ((ellen schreiber)
Vampire kisses livro #07 amo mordidas ((ellen schreiber)
 
13 pretty little liars esmagadas - (vol. 13) - sarah shepard
13 pretty little liars   esmagadas - (vol. 13) - sarah shepard13 pretty little liars   esmagadas - (vol. 13) - sarah shepard
13 pretty little liars esmagadas - (vol. 13) - sarah shepard
 
09 pretty little liars retorcidas - (vol.9) - sara shepard
09 pretty little liars   retorcidas - (vol.9) - sara shepard09 pretty little liars   retorcidas - (vol.9) - sara shepard
09 pretty little liars retorcidas - (vol.9) - sara shepard
 
Darling O ÓDIO DE UMA NAÇÃO
Darling O ÓDIO DE UMA NAÇÃODarling O ÓDIO DE UMA NAÇÃO
Darling O ÓDIO DE UMA NAÇÃO
 
Barbara cartland a caminho do exilio
Barbara cartland   a caminho do exilioBarbara cartland   a caminho do exilio
Barbara cartland a caminho do exilio
 
02 presente de uma noite
02 presente de uma noite02 presente de uma noite
02 presente de uma noite
 
00. ali's pretty little lies [pequenas mentiras da ali]
00. ali's pretty little lies [pequenas mentiras da ali]00. ali's pretty little lies [pequenas mentiras da ali]
00. ali's pretty little lies [pequenas mentiras da ali]
 
Dois irmaos
Dois irmaosDois irmaos
Dois irmaos
 
12. burned [queimadas]
12. burned [queimadas]12. burned [queimadas]
12. burned [queimadas]
 
C. s. lewis trilogia de ransom 1 - além do planeta silencioso
C. s. lewis   trilogia de ransom 1 - além do planeta silenciosoC. s. lewis   trilogia de ransom 1 - além do planeta silencioso
C. s. lewis trilogia de ransom 1 - além do planeta silencioso
 
E book portrait_of_my_heart
E book portrait_of_my_heartE book portrait_of_my_heart
E book portrait_of_my_heart
 
O cachorro dos mortos
O cachorro dos mortosO cachorro dos mortos
O cachorro dos mortos
 
Capitulo9 a queda da princesa de gales
Capitulo9   a queda da princesa de galesCapitulo9   a queda da princesa de gales
Capitulo9 a queda da princesa de gales
 
01.5. alison's diary [o diário da alison]
01.5. alison's diary [o diário da alison]01.5. alison's diary [o diário da alison]
01.5. alison's diary [o diário da alison]
 
Angelica 23 angélica e as feiticeiras de salem
Angelica 23 angélica e as feiticeiras de salemAngelica 23 angélica e as feiticeiras de salem
Angelica 23 angélica e as feiticeiras de salem
 
As nossas sugestões 8a
As nossas sugestões 8aAs nossas sugestões 8a
As nossas sugestões 8a
 
S. c. stephens [thoughtless 02] - effortless ok 1
S. c. stephens    [thoughtless 02] - effortless ok 1S. c. stephens    [thoughtless 02] - effortless ok 1
S. c. stephens [thoughtless 02] - effortless ok 1
 
Contos pechosos
Contos pechososContos pechosos
Contos pechosos
 

Semelhante a A rosa entre espinhos

Mary wine a impostora - grh
Mary wine   a impostora - grhMary wine   a impostora - grh
Mary wine a impostora - grhKátia Monari
 
Candace camp trilogia dos aincourt 02 o castelo das sombras
Candace camp trilogia dos aincourt 02 o castelo das sombrasCandace camp trilogia dos aincourt 02 o castelo das sombras
Candace camp trilogia dos aincourt 02 o castelo das sombrasAndreia
 
Angelica a marquesa dos anjos 2 - o suplicio de angelica
Angelica a marquesa dos anjos   2 - o suplicio de angelicaAngelica a marquesa dos anjos   2 - o suplicio de angelica
Angelica a marquesa dos anjos 2 - o suplicio de angelicakennyaeduardo
 
A viagem do amor bianca das neves
A viagem do amor   bianca das nevesA viagem do amor   bianca das neves
A viagem do amor bianca das nevesDaniel Ferreira
 
70 anne mather - um desejo a mais (paixao 70)
70   anne mather - um desejo a mais (paixao 70)70   anne mather - um desejo a mais (paixao 70)
70 anne mather - um desejo a mais (paixao 70)Larissa Alves
 
154 o caminho de damasco
154   o caminho de damasco154   o caminho de damasco
154 o caminho de damascoJorginho Jhj
 
Sr. Ardiloso Cortês - Galera Record Júnior
Sr. Ardiloso Cortês - Galera Record JúniorSr. Ardiloso Cortês - Galera Record Júnior
Sr. Ardiloso Cortês - Galera Record JúniorNanda Soares
 
Artur azevedo a tia aninha
Artur azevedo   a tia aninhaArtur azevedo   a tia aninha
Artur azevedo a tia aninhaTulipa Zoá
 
Barbara cartland a docura de um beijo
Barbara cartland   a docura de um beijoBarbara cartland   a docura de um beijo
Barbara cartland a docura de um beijoAriovaldo Cunha
 
C.s.lewis as crônicas de nárnia - vol. 2 - o leão, a feiticeira e o guarda-...
C.s.lewis   as crônicas de nárnia - vol. 2 - o leão, a feiticeira e o guarda-...C.s.lewis   as crônicas de nárnia - vol. 2 - o leão, a feiticeira e o guarda-...
C.s.lewis as crônicas de nárnia - vol. 2 - o leão, a feiticeira e o guarda-...Ariovaldo Cunha
 
Minha webquest
Minha webquestMinha webquest
Minha webquestVPS1
 
Lendas de-portugal-110326094657-phpapp02 (1)
Lendas de-portugal-110326094657-phpapp02 (1)Lendas de-portugal-110326094657-phpapp02 (1)
Lendas de-portugal-110326094657-phpapp02 (1)Belmira Baptista
 
Artur azevedo o asa-negra
Artur azevedo   o asa-negraArtur azevedo   o asa-negra
Artur azevedo o asa-negraTulipa Zoá
 
As nossas sugestões 8a
As nossas sugestões 8aAs nossas sugestões 8a
As nossas sugestões 8aIsabel Couto
 
Massacre em labeta cap.1
Massacre em labeta cap.1Massacre em labeta cap.1
Massacre em labeta cap.1Mario_Cesar
 

Semelhante a A rosa entre espinhos (20)

Mary wine a impostora - grh
Mary wine   a impostora - grhMary wine   a impostora - grh
Mary wine a impostora - grh
 
Candace camp trilogia dos aincourt 02 o castelo das sombras
Candace camp trilogia dos aincourt 02 o castelo das sombrasCandace camp trilogia dos aincourt 02 o castelo das sombras
Candace camp trilogia dos aincourt 02 o castelo das sombras
 
Angelica a marquesa dos anjos 2 - o suplicio de angelica
Angelica a marquesa dos anjos   2 - o suplicio de angelicaAngelica a marquesa dos anjos   2 - o suplicio de angelica
Angelica a marquesa dos anjos 2 - o suplicio de angelica
 
Perigosa atração
Perigosa atraçãoPerigosa atração
Perigosa atração
 
A viagem do amor bianca das neves
A viagem do amor   bianca das nevesA viagem do amor   bianca das neves
A viagem do amor bianca das neves
 
Uma Aventura
Uma AventuraUma Aventura
Uma Aventura
 
Labir5
Labir5Labir5
Labir5
 
70 anne mather - um desejo a mais (paixao 70)
70   anne mather - um desejo a mais (paixao 70)70   anne mather - um desejo a mais (paixao 70)
70 anne mather - um desejo a mais (paixao 70)
 
Sombra
SombraSombra
Sombra
 
154 o caminho de damasco
154   o caminho de damasco154   o caminho de damasco
154 o caminho de damasco
 
Sr. Ardiloso Cortês - Galera Record Júnior
Sr. Ardiloso Cortês - Galera Record JúniorSr. Ardiloso Cortês - Galera Record Júnior
Sr. Ardiloso Cortês - Galera Record Júnior
 
Artur azevedo a tia aninha
Artur azevedo   a tia aninhaArtur azevedo   a tia aninha
Artur azevedo a tia aninha
 
Barbara cartland a docura de um beijo
Barbara cartland   a docura de um beijoBarbara cartland   a docura de um beijo
Barbara cartland a docura de um beijo
 
C.s.lewis as crônicas de nárnia - vol. 2 - o leão, a feiticeira e o guarda-...
C.s.lewis   as crônicas de nárnia - vol. 2 - o leão, a feiticeira e o guarda-...C.s.lewis   as crônicas de nárnia - vol. 2 - o leão, a feiticeira e o guarda-...
C.s.lewis as crônicas de nárnia - vol. 2 - o leão, a feiticeira e o guarda-...
 
Minha webquest
Minha webquestMinha webquest
Minha webquest
 
Lendas de-portugal-110326094657-phpapp02 (1)
Lendas de-portugal-110326094657-phpapp02 (1)Lendas de-portugal-110326094657-phpapp02 (1)
Lendas de-portugal-110326094657-phpapp02 (1)
 
Artur azevedo o asa-negra
Artur azevedo   o asa-negraArtur azevedo   o asa-negra
Artur azevedo o asa-negra
 
Contos
ContosContos
Contos
 
As nossas sugestões 8a
As nossas sugestões 8aAs nossas sugestões 8a
As nossas sugestões 8a
 
Massacre em labeta cap.1
Massacre em labeta cap.1Massacre em labeta cap.1
Massacre em labeta cap.1
 

Mais de Alexandrina Oliveira (19)

Dia da caca_trecho
Dia da caca_trechoDia da caca_trecho
Dia da caca_trecho
 
Primeiroquimica
PrimeiroquimicaPrimeiroquimica
Primeiroquimica
 
Primeiroquimica
PrimeiroquimicaPrimeiroquimica
Primeiroquimica
 
Viking - Daniel de Carvalho
Viking - Daniel de CarvalhoViking - Daniel de Carvalho
Viking - Daniel de Carvalho
 
Glimmerglass o encontro de dois mundos
Glimmerglass   o encontro de dois mundosGlimmerglass   o encontro de dois mundos
Glimmerglass o encontro de dois mundos
 
A insígnia de claymor prólogo
A insígnia de claymor   prólogoA insígnia de claymor   prólogo
A insígnia de claymor prólogo
 
A insígnia de claymor prólogo
A insígnia de claymor   prólogoA insígnia de claymor   prólogo
A insígnia de claymor prólogo
 
A Insígnia de Claymor - Prólogo
A Insígnia de Claymor -  PrólogoA Insígnia de Claymor -  Prólogo
A Insígnia de Claymor - Prólogo
 
Capítulo 1 casa glass
Capítulo 1   casa glassCapítulo 1   casa glass
Capítulo 1 casa glass
 
Capítulo 1 - Casa Glass
Capítulo 1 - Casa GlassCapítulo 1 - Casa Glass
Capítulo 1 - Casa Glass
 
Capítulo 1 - Casa Glass
Capítulo 1 - Casa GlassCapítulo 1 - Casa Glass
Capítulo 1 - Casa Glass
 
Os sete selos luiza salazar
Os sete selos   luiza salazarOs sete selos   luiza salazar
Os sete selos luiza salazar
 
Os Sete Selos - Luiza Salazar
Os Sete Selos - Luiza SalazarOs Sete Selos - Luiza Salazar
Os Sete Selos - Luiza Salazar
 
Aden stone contra o reino das bruxas
Aden stone contra o reino das bruxasAden stone contra o reino das bruxas
Aden stone contra o reino das bruxas
 
Entrevista editada final
Entrevista editada finalEntrevista editada final
Entrevista editada final
 
Entrevista editada final
Entrevista editada finalEntrevista editada final
Entrevista editada final
 
Instintos crueis capitulo 1
Instintos crueis   capitulo 1Instintos crueis   capitulo 1
Instintos crueis capitulo 1
 
Aconteceu no Século Vinte
Aconteceu no Século VinteAconteceu no Século Vinte
Aconteceu no Século Vinte
 
Vila Citrus - Daniel de Carvalho
Vila Citrus - Daniel de CarvalhoVila Citrus - Daniel de Carvalho
Vila Citrus - Daniel de Carvalho
 

Último

A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...Unidad de Espiritualidad Eudista
 
Caça palavras - BULLYING
Caça palavras  -  BULLYING  Caça palavras  -  BULLYING
Caça palavras - BULLYING Mary Alvarenga
 
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -Mary Alvarenga
 
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...Colaborar Educacional
 
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)profesfrancleite
 
Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024gilmaraoliveira0612
 
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123JaineCarolaineLima
 
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxDepende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxLuzia Gabriele
 
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxAula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxMarceloDosSantosSoar3
 
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacionalarte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacionalidicacia
 
Poder do convencimento,........... .
Poder do convencimento,...........         .Poder do convencimento,...........         .
Poder do convencimento,........... .WAGNERJESUSDACUNHA
 
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdfARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdfItaloAtsoc
 
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de GestoresComo fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de GestoresEu Prefiro o Paraíso.
 
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosPeixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosAgrela Elvixeo
 
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de históriaFORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de históriaBenigno Andrade Vieira
 
Ressonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptx
Ressonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptxRessonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptx
Ressonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptxPatriciaFarias81
 

Último (20)

A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
 
Caça palavras - BULLYING
Caça palavras  -  BULLYING  Caça palavras  -  BULLYING
Caça palavras - BULLYING
 
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -
 
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
 
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
 
Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024
 
Abordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdfAbordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
 
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
 
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
 
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxDepende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
 
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxAula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
 
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacionalarte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
 
Poder do convencimento,........... .
Poder do convencimento,...........         .Poder do convencimento,...........         .
Poder do convencimento,........... .
 
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdfARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
 
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de GestoresComo fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
 
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosPeixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
 
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdfAbordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
 
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de históriaFORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
 
Ressonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptx
Ressonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptxRessonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptx
Ressonancia_magnetica_basica_slide_da_net.pptx
 

A rosa entre espinhos

  • 1. A Rosa entre Espinhos Josiane Veiga Prólogo Inglaterra, 1842 A A noite chegou, trazendo consigo o mais intenso breu que os olhos azuis da loira já haviam visto. Era primavera. Era o dia de seu casamento. Toda a cerimônia e festa haviam sido perfeitas, poéticas e de um romantismo ímpar. No entanto, aquele que deveria ter sido o dia mais feliz da vida de Eleanor acabou sendo o dia de seu maior suplício. Ali estava ela, no auge de seus vinte e poucos anos, preparando-se para a mais pavorosa noite de núpcias que uma mulher poderia sonhar. E isso a angustiava. Desestabilizava-a. Não fora isso que ambicionou. Era bem verdade que todo o planejamento que fizera desde que o jovem duque Ian havia retornado de Londres incluía o casamento. Mas, após isso, seus sonhos partiam para uma romântica fuga ao lado do ardente Benjamin. Olhou-se no espelho. Estava linda. O vento que adentrava pela janela enorme sacudia seu vestido claro, fazendo-o deslizar pelo maravilhoso corpo de formas perfeitas. Apesar disso, uma sensação ruim preenchia sua alma. O ar quente da noite não lhe trazia calma ou paz, antes parecia gritar seu nome, chamando-a... Eleanor sabia que Ian era jovem, rico, e, diziam, até bonito, mas ela nunca o desejara. O noivado com aquele homem de intensos olhos negros deu-seapenas para satisfazer sua ambiciosa família. Mal tinha visto o rapaz em toda a sua vida, contudo era sua noiva desde o nascimento. Nunca lhe foi concedida a oportunidade de escolha. Ian fora estudar em Londres, enquanto Eleanor ficou na cidade deYork, sendo educada pela família para ser uma boa esposa. Quando enfim o conheceu, na festa de noivado, não pôde dizer que ficara decepcionada com a aparência dele. Era moreno, contradizendo sua ascendência escocesa por parte do avô paterno, mas tinha olhos frios. Ela, fogosa e vivaz, não suportaria passar o resto da vida ao lado de um homem tão gélido como ele. Ao passo que a vida com o aventureiro Bem parecia muito mais convidativa, excitante. Havia se encontrado com Benjamin às escondidas e proposto o normal para a situação. Afinal, amava o pobre rapaz. -Está louca? - Ele gritou. - Não fugirei com você!
  • 2. -Mas terei de me casar com Ian! Como pode aceitar isso? -Era isso que eu queria, sua tola! Agora teremos tanto dinheiro quanto pudermos gastar! E você conseguirá tudo daquele idiota! -Como pode aceitar me dividir com ele? Achei que me amasse! -E amo... - a voz dele amenizou. - Mas como sobreviveríamos sem um tostão no bolso? Precisamos do dinheiro dele... Foi então que Eleanor compreendeu tudo. -Você me usou! – Disse, consternada. - Nesta noite, contarei tudo a Ian! Não vou mais enganá-lo! No entanto, a revelação não aconteceu na noite da discussão, e tampouco nos dias seguintes. Agora, Eleanor e Ian haviam acabado de se casar, e a moça ainda não contara a verdade. Eleanor suspirou. Naquele dia, Ben saiu batendo a porta do quarto vagabundo da pousada - o mesmo que por diversas vezes fora usado para seus encontros -, deixando Eleanor ali, chorando sozinha. Sentou-se na cama. Logo o marido entraria pela porta, e ela teria que contar-lhe a verdade. Só não sabia se seria antes ou depois de ele perceberque não era mais virgem. Respirando fundo, ergueu-se e foi até o espelho. Encarou a imagem refletida, analisando suas possibilidades. Pensou que talvez sua situação não fosse tão terrível. Afinal, alguém com sua aparência poderia dominar omarido sem grandes esforços. Olhou o colar no pescoço com a enorme pedra de diamantes. Era uma relíquia, e devia custar alguns milhares de libras. Pertencera à Rainha Matilde, que após uma guerra civil presenteou um antepassado de Ian pela lealdade, e se tornara a jóia mais importante da família. Recebeu-o na festa de noivado, e pensara em vendê-lo assim que fugisse com Ben. Mas então, ao descobrir os verdadeiros motivos do amante para estar com ela, abandonou a ideia. De repente, um barulho do lado de fora interrompeu lhe os pensamentos. Em poucos instantes, adentrou pela porta uma figura que quase a fez gritar. Mal teve tempo de esboçar uma reação, mãos firmes puxaram o colar de seu pescoço e jogaram-na contra a janela de vidro, que não resistiu e quebrou, derrubando-a do quarto andar. O silêncio reinou. Lá embaixo, apenas um corpo morto - o corpo de uma moça que um dia fora linda, mas que agora jazia fria ao chão - quebrava o ar de calma do lugar. Capítulo I M airi jogou por cima dos ombros cansados o latão de água quente. Mal podia suportar as próprias pernas. Felizmente, logo acabaria aquela atividade. Lavar os vestidos caríssimos de lady Dorothea era um inferno. Tinha primeiramente que esquentar a água,
  • 3. deixar de molho as barras e então passar sabonete de lilás no tecido. A jovem moça era empregada na casa do lord Ian McGreggor desde criança, mas nunca se acostumara à rotina de escrava imposta pela governanta, senhora Perpétua. Órfã de pai e mãe, a linda moça de cabelos castanhos e olhos tão azuis quanto o céu nunca conheceu outra vida. Trabalhava dia e noite alheia ao que acontecia fora do seu mundinho que era a cozinha e, eventualmente,o lago da mansão de seu lord. Também não tinha ideia de como sua aparência era meiga e fascinante, e de como sua pele clara formava um conjunto perfeito com seu corpo exuberante. Mairi poderia facilmente sair da vida de empregada e torna-se amante de algum lord rico. Mas nunca sequer cogitou isso. Apesar de ser uma moça pobre, tinha caráter. E também jamais parou pra pensar no quanto sua vida era triste. Nunca tivera uma família, não conhecia o significado da palavra carinho. Tratada como um animal, ela se escondia pelos cantos, com medo de tudo. Quase um ano antes, só uma pessoa havia quebrado a autoproteção que a envolvia. O jovem Ben, rapaz belo, de cabelos escuros como a noite, e olhos tão dominadores que quase a fizeram se apaixonar. Poderia-se dizer que eles foram simplesmente amigos, mas seria mentir ao coração solitário da moça; afinal, o maldito órgão palpitava no peito quando o via chegar à mansão, para entregar as verduras encomendadas na banca de seu pai na feira. Porém, alguns meses após alimentar aquela admiração secreta,descobriu os motivos que levaram o jovem mancebo a se aproximar dela, a empregada que limpava os ladrilhos: a belíssima Lady Eleanor. Triste, admitiu que o homem só havia firmado amizade com Mairi para se aproximar da noiva de lord Ian. Magoada, não conversou mais com Bem, passando a ignorá-lo assim que o via com a charrete. Entretanto, sempre carregou o peso de, mesmo involuntariamente, ter ajudado o rapaz a se aproximar da falecida nobre. Mairi sabia que eles haviam se tornado amantes, mas nunca falou nada disso a ninguém. Já tinha as tarefas cansativas da mansão dos McGreggor para se preocupar. Além disso, apesar de ser uma moça fina, Eleanor nunca havia lhe tratado mal. Até lhe sorrira certa vez. Então, porque haveria de tentar atrapalhar aquele sentimento? A empregada também foi uma testemunha da tristeza de Eleanor no dia do seu casamento, e viu o corpo dela estirado no piso de concreto logo após o fim da festa de suas núpcias. Algumas pessoas diziam que a moça havia se suicidado, atirando-se da janela do quarto de casal, ou que fora assaltada, já que o colar de diamantes que ela ganhou no noivado havia desaparecido. Mas outras falavam que lord Ian a matara. A verdade nuncaapareceu, mas a polícia ainda estava investigando. Mairi não sabia o que pensar, pois não conhecia o lordpessoalmente. Ian havia saído de York muito jovem para estudar em Londres,e retornou há pouco tempo para se casar com a sua noiva, prometida desde o nascimento. Mesmo agora que ele regressara, nunca lhe foi permitido entrar na sala dos patrões ou se aproximar. Ela ficava apenas no porão ou nas salas em que se lavavam as roupas do castelo. E foi nas lavanderias que ela acabou descobrindo a única coisa que sabia de seu lord "Ele tem um cheiro muito bom", é o que sempre pensava ao pegar as suas camisas para lavar. -Já acabou, Mairi? - A governanta berrou ainda no corredor, aproximando-se.
  • 4. -Ainda não, senhora Perpétua. Tenho que lavar os ladrilhos do quarto de milady Dorothea, e a biblioteca também. Dorothea era a mãe de Ian. Mulher rígida, nunca lhe dirigiu um olhar. Bom, era de se esperar; afinal, a moça de cabelos castanhos não passava de um bichinho medroso pela enorme casa. -Pois vá logo! Parece até que não tem gratidão pela bondosa ladyDorothea ter recolhido você da rua e lhe dado teto e comida! Deveria fazer seu serviço com mais rapidez, sua lerda! -Estou indo! – Replicou, movendo-se apressadamente. Demorou quase uma hora para limpar as ricas cerâmicas do quarto, e não pôde deixar de pensar que não precisava ser assim tão grata pelo acolhimento de ladyDorothea, já que não ganhava um centavo para tanto trabalho. Na verdade, desconfiava que os ricos Lords pagassem sua labuta, mas o dinheiro nunca chegou a suas mãos. Provavelmente, a governanta não pensava que ela necessitasse daqueles trocados. Pensando em seu quarto, e no quanto desejava sua estreita cama de colchão de palha, Mairi foi à biblioteca. Entrou cabisbaixa sem olhar direito o ambiente, e se dirigiu a uma das prateleiras de livros. Pegou um deles e o olhou, sonhadora. Ivanhoé... Era seu livro favorito. Aprendeu a ler com um bondoso reverendo que havia morado em York. Ele a ensinou na Bíblia, ela pegou gosto pela coisa, e logo começou a tomar emprestados alguns livros do castelo e os levar para o quarto por algum tempo, mas depois sempre devolvia. Esse era seu modo de escapar da realidade, e com Ivanhoé ela até se apaixonou pela primeira vez: Wilfred, personagem principal do livro. O escritor escocês, Walter Scott, tornou-se seu autor favorito, e a história de Rowena e Wilfred, o casal de Ivanhoé, se tornara a sua história preferida. -Também gosto muito de Ivanhoé... Mairi quase derrubou o livro no chão, tamanho seu susto. Olhou para o canto de onde a voz havia saído e mal podia acreditar em seus olhos. O homem que havia falado era exatamente como ela imaginava o protagonista de Ivanhoé. Wilfred estava à sua frente. Belo e alto... Talvez sua cabeça chegasse ao queixo dele, e, como considerava ter boa altura, a moça realmente pensou no quanto aquele homem parecia grande. Os olhos negros eram ornados por espessos cílios escuros, e o corpo esbelto, definido pelo requintado traje,tornava aquela presença ainda mais dominante e marcante. Mairi sentiu as pernas adormecerem e, ainda descrente, pensou se o amado herói não teria saído da história para se tornar seu príncipe encantado e tirá-la daquela sua vida miserável. -Acabou a inspeção? - Perguntou ele, sorrindo. Envergonhada, saiu de seu devaneio, e guardou rapidamente o livro na prateleira. -Me desculpe, senhor. Não percebi que estava no recinto.
  • 5. -Não fique envergonhada. Você entrou e praticamente correu às prateleiras. Foi uma experiência especial observar seus olhos ao puxar daliIvanhoé, que é meu livro preferido. -Eu não pretendia danificá-lo... -Ora, não se preocupe. Eu tenho vários livros de Walter Scott... Inclusive outro Ivanhoé, pode levar este com você se quiser... A moça revirou os olhos. -Gostaria muito... – foi sincera - mas não posso – recusou. - Se a senhora Perpétua o vir comigo, achará que eu roubei. – Explicou, ajeitando a touca na cabeça. O rapaz ficou encantado com a figura exótica à sua frente. "Linda como o sol, e tão meiga, chega a ser difícil resistir." -Não se preocupe. Sou o dono da casa, e se lhe estou dando algo, a senhora Perpétua não tem nada que ver com isso. Mairi abaixou os olhos, e com o livro nos braços, ia deixando a biblioteca, quando o rapaz a chamou. -Espere! Mairi estancou no lugar. -Como se chama? - indagou. -Mairi... - respondeu tímida, pensando consigo que aquilo parecia uma brincadeira: um lord querendo saber seu nome. -Mairi? Mairi... Parece música. – Comentou, encantado. Ela não pôde conter um leve sorriso. Aquele, que só podia ser o lord Ian, teve ímpetos de pedir a jovem que tirasse a touca, para que pudesse ver-lhe os cabelos, já que, de alguma forma, aquele moça lhe lembrara a Rowena do livro. -Leu algum outro livro do senhor Scott, Mairi? Viu-a negando com a cabeça. -Então, pegue este também. – Ofereceu, tirando um livro da gaveta na escrivaninha. -Waverly... - falou ela, gaguejando um pouco. A moça não tinha uma dicção muito boa, mas foi maravilhoso para Ian ver os olhos dela brilharem de ansiedade diante do livro. O duque nunca havia conhecido alguém como ela.
  • 6. -Você vai gostar... - afirmou Ian, já disposto a contar a história do livro para ela. No entanto, naquele exato momento, Perpétua entrou na biblioteca. -Oh! Perdão, lord Ian! – Exclamou. - Eu não sabia que estava aqui. – Voltou-se para a estante, onde Mairi se encontrava. – Essa desastrada está o incomodando? – Seus olhos tornaram-se recriminadores. - Mairi, quantas vezes já disse para não incomodar os nobres? Vamos! Ian sentiu uma vontade louca de protegê-la, pois a governanta sempre foi muito dura com os criados, contudo, ele próprio não sabia bem como lidar com os empregados. Além do que, em se tratando de Perpétua, até James, o orgulhoso mordomo da família, parecia ter receio de levantar a voz. Mesmo assim, precisava interferir de algum modo. -Senhora Perpétua... - disse alto, ganhando a atenção da mulher. - Ela não está me incomodando. Inclusive, falávamos sobre Walter Scott e seus livros. Aliás, presenteei Mairi com dois livros e gostaria de pedir a senhora que a liberasse mais cedo de seus afazeres, para que possa ler meus presentes. A governanta arregalou os olhos. Sem saída, apenas consentiu com a cabeça. Logo depois ela e Mairi se retiraram da biblioteca. -Ele é lord Ian? - perguntou Mairi a mulher, com a voz baixa. -Sim... – confirmou. - Pobre lord Ian, vive trancado naquela biblioteca desde a morte de lady Eleanor. Ouvir aquilo entristeceu o coração da jovem empregada.