SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
Fundamentos   da   Psicanálise Tema:  A pulsão e sua ruptura com a natureza Coordenação   Alexandre  Simões ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Terminamos nosso último encontro propondo que a grande novidade teórica  -  com amplas repercussões clínicas  -  dos Três ensaios sobre a teoria da sexualidadefoi:  a pulsão ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
A pulsão é a via conceitual adotada por Freud para, na perspectiva clínica, localizar o sujeito no âmbito do quantum: força, impacto, atividade, irrupção, quantidade, ímpeto, tenacidade.  ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Ou seja, por meio da pulsão Freud instaura no psíquico  uma dimensão essencialmente material e plástica. ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Vejamos, pois, alguns detalhes do relevo pulsional ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Trieb é uma palavra derivada do verbo treiben. Treiben significa impelir, conduzir, lançar à frente, ocupar-se de. ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Além disso, a palavra trieb se encontra presente em muitos outros termos da língua alemã que, em alguma medida, comportam sentidos próximos ao que o trieb designa na Psicanálise: Triebkraft: força motriz Triebwerk: motor Triebfeder: mola ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
O conceito de pulsão terá uma importância considerável para Freud, chegando a ser alçado à condição de conceito fundamental da Psicanálise (mesmo que o próprio Freud tenha constantemente indicado as dificuldades deste conceito). Ao longo do itinerário de Freud podemos verificar que a noção de pulsão promoverá efeitos em cascata no restante da malha conceitual da Psicanálise ... além disso, é em torno da pulsão que serão efetuadas as transformações mais marcantes da Psicanálise. ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
A pulsão entra em cena em 1905, no ambiente dos Três ensaios sobre a teoria da sexualidade Vale frisar, mais uma vez, que apesar do título desta obra, Freud não está envolvido com a elaboração uma teoria sobre a genitalidade ou a sexologia, porém, sobre a ‘coisa sexual’.
Vejamos o locus da Coisa Sexual ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Apresença da pulsão é concomitante ao abandono, por Freud, da chamada ‘teoria da sedução’: A sexualidade, no ambiente da sedução, localizava-se no exterior e era introduzida na cena infantil por um adulto (um adulto perverso). Este encontro, com alguém na posição de desamparo (daí, a referência à criança), funcionava como uma espécie de ‘primeiro motor’.  ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Era a partir deste motor, deste impulso, que o psíquico era tirado do lugar, sendo daí lançado em uma trajetória bem complexa.
Com o abandono desta perspectiva, tudo mudou: à medida em que este motor externo indicava seus limites, a maquinaria psíquica (chamada por Freud de ‘aparelho psíquico’) precisava de uma força motriz interna. O conceito de pulsão é chamado a responder por este lugar.
Éprecisamente neste lugar outro que não mais o do trauma ou do encontro que poderia ser evitado ou contornado, que Freud localizará o sujeito:  agora, trata-se de uma articulação que não é mais atenuada pela esquiva (aos moldes de um encontro com uma estimulação externa). De agora em diante, a pergunta clínica não é mais ‘como lidar com os efeitos de um trauma externo?’, porém, ‘como responder à pulsão?’
Temos, assim, um novo cenário: ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Pulsão como força constante (bem distinta de uma estimulação esporádica e externa) Pulsão como exigência de trabalho
Pulsão como conceito-limite: Situada entre o somático e o psíquico. Ou seja, o continuumdo vivo na vida.
A pulsão, vinda com o afastamento da teoria traumática, não é uma exclusão do outro. Mas, o que Freud vai nos propor é que é pelo corpo (pelo vivo) que o outro se apresenta. Freud nomeia este outro de Nebenmensch: o outro humano.
Para melhor verificarmos as incidências clínicas do ‘vivo na vida’, é importante ressaltar uma sutil distinção presente em Freud, desde o momento de fundação da pulsão:  Seelisch e  Psychisch ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Seelisch Pode ser traduzido por “Anímico”; Contrariamente ao psíquico, é a dimensão do que afeta ao sujeito sem passar pelo que Freud nomeia de tópica, instância ou representação; Ou seja: um psíquico sem borda. Psychisch Usualmente é traduzido por “Psíquico”; Trata-se da cena psíquica, na qual o que há é um tratamento do gozo; Ou seja: um psíquico com borda. ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Por meio da pulsão, Freud estabelece uma curiosa forma de ‘biologia’ (uma “biologia ampla”) melhor designada por ele de Metapsicologia. Enfim, uma psicologia não mais calcada no primado da consciência, mas no inconsciente. ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.
Prosseguiremos com o tema: A pulsão e sua aventura Até lá! Acesso a este conteúdo: www.alexandresimoes.com.br ALEXANDRE SIMÕES  ® Todos os direitos  de autor reservados.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula sobre Psicanalise/Freud - FPE
Aula sobre Psicanalise/Freud - FPEAula sobre Psicanalise/Freud - FPE
Aula sobre Psicanalise/Freud - FPERodrigo Castro
 
Psicanálise II- Aula 3 : Transferência (parte II)
Psicanálise II- Aula 3 : Transferência (parte II)Psicanálise II- Aula 3 : Transferência (parte II)
Psicanálise II- Aula 3 : Transferência (parte II)Alexandre Simoes
 
Psicologia introdução
Psicologia introduçãoPsicologia introdução
Psicologia introduçãoChrys Souza
 
Psicanalise- psicologia social2
Psicanalise- psicologia social2Psicanalise- psicologia social2
Psicanalise- psicologia social2Daniele Rubim
 
Freud e a Psicanálise
Freud e a PsicanáliseFreud e a Psicanálise
Freud e a PsicanáliseBruno Carrasco
 
2. freud e o inconsciente
2. freud e o inconsciente2. freud e o inconsciente
2. freud e o inconscientenorberto faria
 
CONTRIBUIÇÕES DE MELANIE KLEIN PARA A PSICOTERAPIA INFANTIL
CONTRIBUIÇÕES DE MELANIE KLEIN  PARA A PSICOTERAPIA INFANTIL CONTRIBUIÇÕES DE MELANIE KLEIN  PARA A PSICOTERAPIA INFANTIL
CONTRIBUIÇÕES DE MELANIE KLEIN PARA A PSICOTERAPIA INFANTIL Rayanne Chagas
 
Freud e os mecanismos de defesa
Freud e os mecanismos de defesaFreud e os mecanismos de defesa
Freud e os mecanismos de defesaFábio Vasconcelos
 
Introdução psicopatologia
Introdução psicopatologiaIntrodução psicopatologia
Introdução psicopatologialucasvazdelima
 
Diferentes abordagens da psicologia
Diferentes abordagens da psicologiaDiferentes abordagens da psicologia
Diferentes abordagens da psicologiaRita Cristiane Pavan
 
REPETIÇÃO E CLÍNICA PSICANALÍTICA
REPETIÇÃO E CLÍNICA PSICANALÍTICAREPETIÇÃO E CLÍNICA PSICANALÍTICA
REPETIÇÃO E CLÍNICA PSICANALÍTICAAlexandre Simoes
 
Introdução à psicologia
Introdução à psicologiaIntrodução à psicologia
Introdução à psicologiaLaércio Góes
 

Mais procurados (20)

Freud e o inconsciente
Freud e o inconscienteFreud e o inconsciente
Freud e o inconsciente
 
Aula sobre Psicanalise/Freud - FPE
Aula sobre Psicanalise/Freud - FPEAula sobre Psicanalise/Freud - FPE
Aula sobre Psicanalise/Freud - FPE
 
6 teorias psicanalíticas
6 teorias psicanalíticas6 teorias psicanalíticas
6 teorias psicanalíticas
 
Psicanálise
PsicanálisePsicanálise
Psicanálise
 
Psicanálise II- Aula 3 : Transferência (parte II)
Psicanálise II- Aula 3 : Transferência (parte II)Psicanálise II- Aula 3 : Transferência (parte II)
Psicanálise II- Aula 3 : Transferência (parte II)
 
Psicanalise
PsicanalisePsicanalise
Psicanalise
 
Psicologia introdução
Psicologia introduçãoPsicologia introdução
Psicologia introdução
 
Psicanalise- psicologia social2
Psicanalise- psicologia social2Psicanalise- psicologia social2
Psicanalise- psicologia social2
 
Freud e a Psicanálise
Freud e a PsicanáliseFreud e a Psicanálise
Freud e a Psicanálise
 
METAPSICOLOGIA FREUDIANA
METAPSICOLOGIA FREUDIANAMETAPSICOLOGIA FREUDIANA
METAPSICOLOGIA FREUDIANA
 
2. freud e o inconsciente
2. freud e o inconsciente2. freud e o inconsciente
2. freud e o inconsciente
 
CONTRIBUIÇÕES DE MELANIE KLEIN PARA A PSICOTERAPIA INFANTIL
CONTRIBUIÇÕES DE MELANIE KLEIN  PARA A PSICOTERAPIA INFANTIL CONTRIBUIÇÕES DE MELANIE KLEIN  PARA A PSICOTERAPIA INFANTIL
CONTRIBUIÇÕES DE MELANIE KLEIN PARA A PSICOTERAPIA INFANTIL
 
Personalidade - Teorias e Testes
Personalidade - Teorias e TestesPersonalidade - Teorias e Testes
Personalidade - Teorias e Testes
 
Freud e os mecanismos de defesa
Freud e os mecanismos de defesaFreud e os mecanismos de defesa
Freud e os mecanismos de defesa
 
Introdução psicopatologia
Introdução psicopatologiaIntrodução psicopatologia
Introdução psicopatologia
 
Diferentes abordagens da psicologia
Diferentes abordagens da psicologiaDiferentes abordagens da psicologia
Diferentes abordagens da psicologia
 
Freud
FreudFreud
Freud
 
REPETIÇÃO E CLÍNICA PSICANALÍTICA
REPETIÇÃO E CLÍNICA PSICANALÍTICAREPETIÇÃO E CLÍNICA PSICANALÍTICA
REPETIÇÃO E CLÍNICA PSICANALÍTICA
 
Freud e o inconsciente
Freud e o inconscienteFreud e o inconsciente
Freud e o inconsciente
 
Introdução à psicologia
Introdução à psicologiaIntrodução à psicologia
Introdução à psicologia
 

Semelhante a CURSO FUNDAMENTOS DA PSICANÁLISE- Aula 3: A pulsão e sua ruptura com a natureza

PRINCÍPIO DE REALIDADE, Além do princípio do prazer NEUROSE OBSESSIVA .pdf
PRINCÍPIO DE REALIDADE, Além do princípio do prazer NEUROSE OBSESSIVA  .pdfPRINCÍPIO DE REALIDADE, Além do princípio do prazer NEUROSE OBSESSIVA  .pdf
PRINCÍPIO DE REALIDADE, Além do princípio do prazer NEUROSE OBSESSIVA .pdfLuiz Henrique Pimentel Novais Silva
 
5 conceitos gerais da psicanálise
5 conceitos gerais da psicanálise5 conceitos gerais da psicanálise
5 conceitos gerais da psicanálisefaculdadeteologica
 
Transtorno do tripolar
Transtorno do tripolarTranstorno do tripolar
Transtorno do tripolarLiliane Ennes
 
Anna freud-o-ego-e-os-mecanismos-de-defesa-completo
Anna freud-o-ego-e-os-mecanismos-de-defesa-completoAnna freud-o-ego-e-os-mecanismos-de-defesa-completo
Anna freud-o-ego-e-os-mecanismos-de-defesa-completoHerbert Nogueira
 
RESUMO DO TEXTO RECALCAMENTO - GRACIA-ROZA.pptx
RESUMO DO TEXTO RECALCAMENTO - GRACIA-ROZA.pptxRESUMO DO TEXTO RECALCAMENTO - GRACIA-ROZA.pptx
RESUMO DO TEXTO RECALCAMENTO - GRACIA-ROZA.pptxJansenSantana1
 
Psicologia da personalidade AULA 2.pdf
Psicologia da personalidade  AULA 2.pdfPsicologia da personalidade  AULA 2.pdf
Psicologia da personalidade AULA 2.pdfElionayFigueiredo1
 
CURSO CLÍNICA PSICANALÍTICA 2012 - Aula 5 - Adolescência e transgressão: o su...
CURSO CLÍNICA PSICANALÍTICA 2012 - Aula 5 - Adolescência e transgressão: o su...CURSO CLÍNICA PSICANALÍTICA 2012 - Aula 5 - Adolescência e transgressão: o su...
CURSO CLÍNICA PSICANALÍTICA 2012 - Aula 5 - Adolescência e transgressão: o su...Alexandre Simoes
 
RESUMO DO TEXTO PULSÃO - GRACIA-ROZA.pptx
RESUMO DO TEXTO PULSÃO - GRACIA-ROZA.pptxRESUMO DO TEXTO PULSÃO - GRACIA-ROZA.pptx
RESUMO DO TEXTO PULSÃO - GRACIA-ROZA.pptxJansenSantana1
 
Introdução à psicanálise
Introdução à psicanáliseIntrodução à psicanálise
Introdução à psicanáliseAline Stechitti
 
Psiquiatria no brasil_e_no_mundo
Psiquiatria no brasil_e_no_mundoPsiquiatria no brasil_e_no_mundo
Psiquiatria no brasil_e_no_mundoGustavo Henrique
 
Teorias da psicologia
Teorias da  psicologiaTeorias da  psicologia
Teorias da psicologiaguest277152fb
 
Necessidade e desejo um dialogo entre freud e marx ricardo jardim ...
Necessidade e desejo  um dialogo entre freud e marx           ricardo jardim ...Necessidade e desejo  um dialogo entre freud e marx           ricardo jardim ...
Necessidade e desejo um dialogo entre freud e marx ricardo jardim ...Marcos Silvabh
 
Além do princípio do prazer,pdf
Além do princípio do prazer,pdfAlém do princípio do prazer,pdf
Além do princípio do prazer,pdfWagner da Matta
 
Introducao a-psicanalise
Introducao a-psicanaliseIntroducao a-psicanalise
Introducao a-psicanaliseLauro Jr.
 

Semelhante a CURSO FUNDAMENTOS DA PSICANÁLISE- Aula 3: A pulsão e sua ruptura com a natureza (20)

PRINCÍPIO DE REALIDADE, Além do princípio do prazer NEUROSE OBSESSIVA .pdf
PRINCÍPIO DE REALIDADE, Além do princípio do prazer NEUROSE OBSESSIVA  .pdfPRINCÍPIO DE REALIDADE, Além do princípio do prazer NEUROSE OBSESSIVA  .pdf
PRINCÍPIO DE REALIDADE, Além do princípio do prazer NEUROSE OBSESSIVA .pdf
 
5 conceitos gerais da psicanálise
5 conceitos gerais da psicanálise5 conceitos gerais da psicanálise
5 conceitos gerais da psicanálise
 
Transtorno do tripolar
Transtorno do tripolarTranstorno do tripolar
Transtorno do tripolar
 
Anna freud-o-ego-e-os-mecanismos-de-defesa-completo
Anna freud-o-ego-e-os-mecanismos-de-defesa-completoAnna freud-o-ego-e-os-mecanismos-de-defesa-completo
Anna freud-o-ego-e-os-mecanismos-de-defesa-completo
 
ESTUDO DIRIGIDO - PSICOSSOMÁTICA
ESTUDO DIRIGIDO - PSICOSSOMÁTICAESTUDO DIRIGIDO - PSICOSSOMÁTICA
ESTUDO DIRIGIDO - PSICOSSOMÁTICA
 
RESUMO DO TEXTO RECALCAMENTO - GRACIA-ROZA.pptx
RESUMO DO TEXTO RECALCAMENTO - GRACIA-ROZA.pptxRESUMO DO TEXTO RECALCAMENTO - GRACIA-ROZA.pptx
RESUMO DO TEXTO RECALCAMENTO - GRACIA-ROZA.pptx
 
Psicologia da personalidade AULA 2.pdf
Psicologia da personalidade  AULA 2.pdfPsicologia da personalidade  AULA 2.pdf
Psicologia da personalidade AULA 2.pdf
 
CURSO CLÍNICA PSICANALÍTICA 2012 - Aula 5 - Adolescência e transgressão: o su...
CURSO CLÍNICA PSICANALÍTICA 2012 - Aula 5 - Adolescência e transgressão: o su...CURSO CLÍNICA PSICANALÍTICA 2012 - Aula 5 - Adolescência e transgressão: o su...
CURSO CLÍNICA PSICANALÍTICA 2012 - Aula 5 - Adolescência e transgressão: o su...
 
PSICANÁLISE.pptx
PSICANÁLISE.pptxPSICANÁLISE.pptx
PSICANÁLISE.pptx
 
Logoterapia bentes pdf
Logoterapia bentes pdfLogoterapia bentes pdf
Logoterapia bentes pdf
 
RESUMO DO TEXTO PULSÃO - GRACIA-ROZA.pptx
RESUMO DO TEXTO PULSÃO - GRACIA-ROZA.pptxRESUMO DO TEXTO PULSÃO - GRACIA-ROZA.pptx
RESUMO DO TEXTO PULSÃO - GRACIA-ROZA.pptx
 
Introdução à psicanálise
Introdução à psicanáliseIntrodução à psicanálise
Introdução à psicanálise
 
Psiquiatria no brasil_e_no_mundo
Psiquiatria no brasil_e_no_mundoPsiquiatria no brasil_e_no_mundo
Psiquiatria no brasil_e_no_mundo
 
Teorias da psicologia
Teorias da  psicologiaTeorias da  psicologia
Teorias da psicologia
 
Necessidade e desejo um dialogo entre freud e marx ricardo jardim ...
Necessidade e desejo  um dialogo entre freud e marx           ricardo jardim ...Necessidade e desejo  um dialogo entre freud e marx           ricardo jardim ...
Necessidade e desejo um dialogo entre freud e marx ricardo jardim ...
 
Além do princípio do prazer,pdf
Além do princípio do prazer,pdfAlém do princípio do prazer,pdf
Além do princípio do prazer,pdf
 
Teopsicoterapia bentes
Teopsicoterapia bentesTeopsicoterapia bentes
Teopsicoterapia bentes
 
ACONSELHAMENTO NOUTÉTICO.pdf
ACONSELHAMENTO NOUTÉTICO.pdfACONSELHAMENTO NOUTÉTICO.pdf
ACONSELHAMENTO NOUTÉTICO.pdf
 
Minha primeira aula de psicanálise
Minha primeira aula de psicanáliseMinha primeira aula de psicanálise
Minha primeira aula de psicanálise
 
Introducao a-psicanalise
Introducao a-psicanaliseIntroducao a-psicanalise
Introducao a-psicanalise
 

Mais de Alexandre Simoes

2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 8: a palavra do psicanalista
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 8: a palavra do psicanalista2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 8: a palavra do psicanalista
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 8: a palavra do psicanalistaAlexandre Simoes
 
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 7: as incidências do significan...
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 7: as incidências do significan...2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 7: as incidências do significan...
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 7: as incidências do significan...Alexandre Simoes
 
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 5: sonhos chistes e atos falhos
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 5: sonhos chistes e atos falhos2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 5: sonhos chistes e atos falhos
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 5: sonhos chistes e atos falhosAlexandre Simoes
 
2015 curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 4: tempo e dinheiro - seus manejos
2015 curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 4: tempo e dinheiro - seus manejos2015 curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 4: tempo e dinheiro - seus manejos
2015 curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 4: tempo e dinheiro - seus manejosAlexandre Simoes
 
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 3: a transferência e seu manejo
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 3: a transferência e seu manejo2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 3: a transferência e seu manejo
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 3: a transferência e seu manejoAlexandre Simoes
 
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 2: a construção do diagnóstico
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA'  - Aula 2: a construção do diagnóstico2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA'  - Aula 2: a construção do diagnóstico
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 2: a construção do diagnósticoAlexandre Simoes
 
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 1 a chegada do paciente ao ...
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA'  - Aula 1   a chegada do paciente ao ...2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA'  - Aula 1   a chegada do paciente ao ...
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 1 a chegada do paciente ao ...Alexandre Simoes
 
CURSO 'O sujeito e o outro na prática psicanalítica'- aulas 5 e 6: o Outro se...
CURSO 'O sujeito e o outro na prática psicanalítica'- aulas 5 e 6: o Outro se...CURSO 'O sujeito e o outro na prática psicanalítica'- aulas 5 e 6: o Outro se...
CURSO 'O sujeito e o outro na prática psicanalítica'- aulas 5 e 6: o Outro se...Alexandre Simoes
 
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 4, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 4, tema: O ...2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 4, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 4, tema: O ...Alexandre Simoes
 
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 3, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 3, tema: O ...2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 3, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 3, tema: O ...Alexandre Simoes
 
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 2, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 2, tema: O ...2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 2, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 2, tema: O ...Alexandre Simoes
 
2014- Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 1, tema: O o...
2014- Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 1, tema: O o...2014- Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 1, tema: O o...
2014- Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 1, tema: O o...Alexandre Simoes
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 7: Dois aspectos da re...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 7: Dois aspectos da re...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 7: Dois aspectos da re...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 7: Dois aspectos da re...Alexandre Simoes
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 6: Significante e estr...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 6: Significante e estr...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 6: Significante e estr...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 6: Significante e estr...Alexandre Simoes
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 5: O sujeito do incons...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 5: O sujeito do incons...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 5: O sujeito do incons...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 5: O sujeito do incons...Alexandre Simoes
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 4: Lacan e a formaliza...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 4: Lacan e a formaliza...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 4: Lacan e a formaliza...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 4: Lacan e a formaliza...Alexandre Simoes
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 3: O inconsciente em F...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 3: O inconsciente em F...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 3: O inconsciente em F...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 3: O inconsciente em F...Alexandre Simoes
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 2: Psicanálise e práxi...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 2: Psicanálise e práxi...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 2: Psicanálise e práxi...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 2: Psicanálise e práxi...Alexandre Simoes
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 1: Lacan, a Psicanális...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 1: Lacan, a Psicanális...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 1: Lacan, a Psicanális...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 1: Lacan, a Psicanális...Alexandre Simoes
 
CLÍNICA PSICANALÍTICA NO SÉCULO XXI
CLÍNICA PSICANALÍTICA NO SÉCULO XXICLÍNICA PSICANALÍTICA NO SÉCULO XXI
CLÍNICA PSICANALÍTICA NO SÉCULO XXIAlexandre Simoes
 

Mais de Alexandre Simoes (20)

2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 8: a palavra do psicanalista
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 8: a palavra do psicanalista2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 8: a palavra do psicanalista
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 8: a palavra do psicanalista
 
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 7: as incidências do significan...
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 7: as incidências do significan...2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 7: as incidências do significan...
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 7: as incidências do significan...
 
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 5: sonhos chistes e atos falhos
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 5: sonhos chistes e atos falhos2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 5: sonhos chistes e atos falhos
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 5: sonhos chistes e atos falhos
 
2015 curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 4: tempo e dinheiro - seus manejos
2015 curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 4: tempo e dinheiro - seus manejos2015 curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 4: tempo e dinheiro - seus manejos
2015 curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 4: tempo e dinheiro - seus manejos
 
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 3: a transferência e seu manejo
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 3: a transferência e seu manejo2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 3: a transferência e seu manejo
2015 CURSO 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 3: a transferência e seu manejo
 
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 2: a construção do diagnóstico
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA'  - Aula 2: a construção do diagnóstico2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA'  - Aula 2: a construção do diagnóstico
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 2: a construção do diagnóstico
 
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 1 a chegada do paciente ao ...
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA'  - Aula 1   a chegada do paciente ao ...2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA'  - Aula 1   a chegada do paciente ao ...
2015- Curso 'A PRÁTICA DO PSICANALISTA' - Aula 1 a chegada do paciente ao ...
 
CURSO 'O sujeito e o outro na prática psicanalítica'- aulas 5 e 6: o Outro se...
CURSO 'O sujeito e o outro na prática psicanalítica'- aulas 5 e 6: o Outro se...CURSO 'O sujeito e o outro na prática psicanalítica'- aulas 5 e 6: o Outro se...
CURSO 'O sujeito e o outro na prática psicanalítica'- aulas 5 e 6: o Outro se...
 
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 4, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 4, tema: O ...2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 4, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 4, tema: O ...
 
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 3, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 3, tema: O ...2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 3, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 3, tema: O ...
 
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 2, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 2, tema: O ...2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 2, tema: O ...
2014 – Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 2, tema: O ...
 
2014- Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 1, tema: O o...
2014- Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 1, tema: O o...2014- Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 1, tema: O o...
2014- Curso “O sujeito e o outro na prática psicanalítica”- aula 1, tema: O o...
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 7: Dois aspectos da re...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 7: Dois aspectos da re...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 7: Dois aspectos da re...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 7: Dois aspectos da re...
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 6: Significante e estr...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 6: Significante e estr...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 6: Significante e estr...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 6: Significante e estr...
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 5: O sujeito do incons...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 5: O sujeito do incons...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 5: O sujeito do incons...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 5: O sujeito do incons...
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 4: Lacan e a formaliza...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 4: Lacan e a formaliza...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 4: Lacan e a formaliza...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 4: Lacan e a formaliza...
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 3: O inconsciente em F...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 3: O inconsciente em F...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 3: O inconsciente em F...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 3: O inconsciente em F...
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 2: Psicanálise e práxi...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 2: Psicanálise e práxi...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 2: Psicanálise e práxi...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 2: Psicanálise e práxi...
 
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 1: Lacan, a Psicanális...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 1: Lacan, a Psicanális...2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan  – Aula 1: Lacan, a Psicanális...
2014 - CURSO A prática psicanalítica com Lacan – Aula 1: Lacan, a Psicanális...
 
CLÍNICA PSICANALÍTICA NO SÉCULO XXI
CLÍNICA PSICANALÍTICA NO SÉCULO XXICLÍNICA PSICANALÍTICA NO SÉCULO XXI
CLÍNICA PSICANALÍTICA NO SÉCULO XXI
 

CURSO FUNDAMENTOS DA PSICANÁLISE- Aula 3: A pulsão e sua ruptura com a natureza

  • 1. Fundamentos da Psicanálise Tema: A pulsão e sua ruptura com a natureza Coordenação Alexandre Simões ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 2. Terminamos nosso último encontro propondo que a grande novidade teórica - com amplas repercussões clínicas - dos Três ensaios sobre a teoria da sexualidadefoi: a pulsão ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 3. A pulsão é a via conceitual adotada por Freud para, na perspectiva clínica, localizar o sujeito no âmbito do quantum: força, impacto, atividade, irrupção, quantidade, ímpeto, tenacidade. ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 4. Ou seja, por meio da pulsão Freud instaura no psíquico uma dimensão essencialmente material e plástica. ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 5. Vejamos, pois, alguns detalhes do relevo pulsional ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 6. Trieb é uma palavra derivada do verbo treiben. Treiben significa impelir, conduzir, lançar à frente, ocupar-se de. ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 7. Além disso, a palavra trieb se encontra presente em muitos outros termos da língua alemã que, em alguma medida, comportam sentidos próximos ao que o trieb designa na Psicanálise: Triebkraft: força motriz Triebwerk: motor Triebfeder: mola ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 8. O conceito de pulsão terá uma importância considerável para Freud, chegando a ser alçado à condição de conceito fundamental da Psicanálise (mesmo que o próprio Freud tenha constantemente indicado as dificuldades deste conceito). Ao longo do itinerário de Freud podemos verificar que a noção de pulsão promoverá efeitos em cascata no restante da malha conceitual da Psicanálise ... além disso, é em torno da pulsão que serão efetuadas as transformações mais marcantes da Psicanálise. ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 9. A pulsão entra em cena em 1905, no ambiente dos Três ensaios sobre a teoria da sexualidade Vale frisar, mais uma vez, que apesar do título desta obra, Freud não está envolvido com a elaboração uma teoria sobre a genitalidade ou a sexologia, porém, sobre a ‘coisa sexual’.
  • 10. Vejamos o locus da Coisa Sexual ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 11. Apresença da pulsão é concomitante ao abandono, por Freud, da chamada ‘teoria da sedução’: A sexualidade, no ambiente da sedução, localizava-se no exterior e era introduzida na cena infantil por um adulto (um adulto perverso). Este encontro, com alguém na posição de desamparo (daí, a referência à criança), funcionava como uma espécie de ‘primeiro motor’. ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 12. Era a partir deste motor, deste impulso, que o psíquico era tirado do lugar, sendo daí lançado em uma trajetória bem complexa.
  • 13. Com o abandono desta perspectiva, tudo mudou: à medida em que este motor externo indicava seus limites, a maquinaria psíquica (chamada por Freud de ‘aparelho psíquico’) precisava de uma força motriz interna. O conceito de pulsão é chamado a responder por este lugar.
  • 14. Éprecisamente neste lugar outro que não mais o do trauma ou do encontro que poderia ser evitado ou contornado, que Freud localizará o sujeito: agora, trata-se de uma articulação que não é mais atenuada pela esquiva (aos moldes de um encontro com uma estimulação externa). De agora em diante, a pergunta clínica não é mais ‘como lidar com os efeitos de um trauma externo?’, porém, ‘como responder à pulsão?’
  • 15. Temos, assim, um novo cenário: ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 16. Pulsão como força constante (bem distinta de uma estimulação esporádica e externa) Pulsão como exigência de trabalho
  • 17. Pulsão como conceito-limite: Situada entre o somático e o psíquico. Ou seja, o continuumdo vivo na vida.
  • 18. A pulsão, vinda com o afastamento da teoria traumática, não é uma exclusão do outro. Mas, o que Freud vai nos propor é que é pelo corpo (pelo vivo) que o outro se apresenta. Freud nomeia este outro de Nebenmensch: o outro humano.
  • 19. Para melhor verificarmos as incidências clínicas do ‘vivo na vida’, é importante ressaltar uma sutil distinção presente em Freud, desde o momento de fundação da pulsão: Seelisch e Psychisch ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 20. Seelisch Pode ser traduzido por “Anímico”; Contrariamente ao psíquico, é a dimensão do que afeta ao sujeito sem passar pelo que Freud nomeia de tópica, instância ou representação; Ou seja: um psíquico sem borda. Psychisch Usualmente é traduzido por “Psíquico”; Trata-se da cena psíquica, na qual o que há é um tratamento do gozo; Ou seja: um psíquico com borda. ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 21. Por meio da pulsão, Freud estabelece uma curiosa forma de ‘biologia’ (uma “biologia ampla”) melhor designada por ele de Metapsicologia. Enfim, uma psicologia não mais calcada no primado da consciência, mas no inconsciente. ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.
  • 22. Prosseguiremos com o tema: A pulsão e sua aventura Até lá! Acesso a este conteúdo: www.alexandresimoes.com.br ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.