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IGREJA BATISTA DO BACACHERI – ESCOLA BÍBLICA DINÂMICA
CURSO CONHECIMENTO DE DEUS — I
Prof. Eliseu Pereira
LIÇÃO 8 – A SANTÍSSIMA TRINDADE
Texto: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Dt 6.4,5).
[1] INTRODUÇÃO:
a. Trindade não é: 3 deuses em 1 deus (triteísmo); o filho não é criado pelo pai
(arianismo e TJ); as pessoas de Deus não são apenas manifestações (modalismo).
b. Trindade no Antigo Testamento: criação de todas as coisas; confissão do
monoteísmo: “Ouve, Israel, o Iavé, nosso Elohim é o único Iavé” (Dt 6.4);
c. Trindade no Novo Testamento: batismo de Cristo: fórmula batismal: “em nome do
Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19); benção apostólica.
[2] Características da Trindade:
a. Pessoas: o termo pessoa não se refere ao uso comum, mas ao modo de
subsistência pessoal em Deus (vontade, emoções e inteligência).
b. Tri-unidade: um Deus — três pessoas; único ser, essência e natureza harmonia.
c. Unidade: nenhuma pessoa sem as outras é Deus; cada pessoa com as outras é
Deus.
d. Igualdade: o Pai não é o Filho; o Filho não é o Espírito Santo e o Espírito Santo
não é o Pai. Eles são co-iguais, co-eternos e co-poderosos.
e. Pericorese (circuminsercio): onde uma pessoa está, as outras também estão; Jo
14.10 — “Quem me vê a mim, vê o Pai... não credes que eu estou no Pai e que o
Pai está em mim?” – contém e está contido (ver Mt 28.20 Jo 14.18,23).
[3] Esquema ilustrativo:
a. Diversidade: o Pai não é o Filho; o Pai não é o Espírito Santo; o Filho não é o
Espírito Santo.
b. Unidade: o Pai é Deus; o Filho é Deus; o Espírito Santo é Deus.
c. Pericorese: O Pai e o Filho estão no Espírito Santo; O Pai e o Espírito Santo estão
no Filho; O Filho e o Espírito Santo estão no Pai.
PAI
não é não é
FILHO ESPÍRITO SANTO
não é
é
DEUS
é é
[4] Aplicação doutrinária quanto à personalidade:
a. Personalidade de Deus: se Deus fosse unipessoal, ele não conheceria o
relacionamento com outra pessoa além dele mesmo. A Bíblia diz que “Deus é
amor” (1Jo 4.8), mas não é possível haver amor na solidão pessoal.
b. Personalidade do homem: Se este “Deus Uno” criasse o homem à sua imagem e
semelhança, os seres humanos teriam uma natureza ‘autista’, em que o
relacionamento seria impossível.
c. Implicações:
i. Se Deus precisasse do homem para se relacionar, ele seria dependente.
ii. Se Deus fosse fechado em si mesmo, ele não se relacionaria com criação.
iii. Caso Deus se relacionasse de alguma forma com a sua criatura, não
haveria amor nem segurança de coexistência de Deus com a humanidade.
iv. Os seres humanos seriam incapazes de se relacionar com amor e, neste
caso, a própria sobrevivência da espécie estaria ameaçada de extinção.
v. Se os seres humanos se relacionassem bem entre si, então eles seriam
melhores do que Deus?
d. Conclusão: a perfeição de Deus está assentada na elevada ordem da Trindade, ou
seja, um Deus que subsiste em três pessoas em comunhão eterna, íntima e
perfeita, que criou o homem à sua imagem e semelhança.
[5] Aplicação doutrinária quanto ao amor:
a. Amor: fora de Deus não há explicação para o amor; a Trindade é a referência
universal para o amor, porque o amor existiu em Deus desde toda eternidade.
Quando o homem moderno afirma que é produto de evolução, ele nega sua
personalidade e reduz a si mesmo a um ser originado do impessoal.
b. Imagem e semelhança de Deus: só o cristão pode compreender o sentido do amor
e vivê-lo “de fato, e de verdade”, em toda a sua beleza e plenitude. Em Cristo, o
amor deixa de ser uma palavra sem sentido porque sua realidade se fundamenta
no amor que sempre houve entre as pessoas da Trindade, desde toda eternidade.
c. Implicações:
i. Se Deus fosse uno, ele não poderia comunicar plenamente o seu amor.
ii. Se há amor na Trindade, então Deus é pessoal.
iii. Se Deus criou os homens à sua imagem e semelhança, somos pessoais.
iv. Ao amar, estou refletindo uma experiência que sempre houve em Deus. Eu
posso me relacionar com Deus em amor e posso amar os meus semelhantes.
[6] Aplicação doutrinária quanto à justificação:
a. Deus Uno: se Deus fosse uno, santo e justo, Ele não poderia salvar o homem sem
comprometer sua santidade. Como é que o Todo-Santo poderia perdoar e ter
comunhão com os pecadores? (Jó 9.22 — “não há entre nós árbrito”)
b. Trindade: Deus é justo e o Justificador de nossos pecados (Rm 3:23-26), porque
ele é pluri-pessoal; assim ele pode ser o Santo Juiz, o Cordeiro sacrificial que
morreu em nosso lugar e o Espírito santificador que atua em nós.
[7] Reflexão:
a. Trindade: 1. Deus é três pessoas; 2. Cada pessoa é plenamente Deus; 3. Há um
só Deus" (Wayne Grudem).
b. Deus é invisível: Paulo diz que Deus é o Rei eterno, invisível a quem nenhum
homem viu nem é capaz de ver. Este Deus se revelou a nós por meio de Cristo.
c. Comunhão: nós fomos chamados à comunhão da Trindade (ver a oração
sacerdotal de Jesus em Jo 17.11, 21, 23, 26; “nossa comunhão é com o Pai e com
seu Filho“ 1Jo 1.3b).

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A Trindade: A Natureza Perfeita de Deus em 3 Pessoas

  • 1. IGREJA BATISTA DO BACACHERI – ESCOLA BÍBLICA DINÂMICA CURSO CONHECIMENTO DE DEUS — I Prof. Eliseu Pereira LIÇÃO 8 – A SANTÍSSIMA TRINDADE Texto: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Dt 6.4,5). [1] INTRODUÇÃO: a. Trindade não é: 3 deuses em 1 deus (triteísmo); o filho não é criado pelo pai (arianismo e TJ); as pessoas de Deus não são apenas manifestações (modalismo). b. Trindade no Antigo Testamento: criação de todas as coisas; confissão do monoteísmo: “Ouve, Israel, o Iavé, nosso Elohim é o único Iavé” (Dt 6.4); c. Trindade no Novo Testamento: batismo de Cristo: fórmula batismal: “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19); benção apostólica. [2] Características da Trindade: a. Pessoas: o termo pessoa não se refere ao uso comum, mas ao modo de subsistência pessoal em Deus (vontade, emoções e inteligência). b. Tri-unidade: um Deus — três pessoas; único ser, essência e natureza harmonia. c. Unidade: nenhuma pessoa sem as outras é Deus; cada pessoa com as outras é Deus. d. Igualdade: o Pai não é o Filho; o Filho não é o Espírito Santo e o Espírito Santo não é o Pai. Eles são co-iguais, co-eternos e co-poderosos. e. Pericorese (circuminsercio): onde uma pessoa está, as outras também estão; Jo 14.10 — “Quem me vê a mim, vê o Pai... não credes que eu estou no Pai e que o Pai está em mim?” – contém e está contido (ver Mt 28.20 Jo 14.18,23). [3] Esquema ilustrativo: a. Diversidade: o Pai não é o Filho; o Pai não é o Espírito Santo; o Filho não é o Espírito Santo. b. Unidade: o Pai é Deus; o Filho é Deus; o Espírito Santo é Deus. c. Pericorese: O Pai e o Filho estão no Espírito Santo; O Pai e o Espírito Santo estão no Filho; O Filho e o Espírito Santo estão no Pai. PAI não é não é FILHO ESPÍRITO SANTO não é é DEUS é é
  • 2. [4] Aplicação doutrinária quanto à personalidade: a. Personalidade de Deus: se Deus fosse unipessoal, ele não conheceria o relacionamento com outra pessoa além dele mesmo. A Bíblia diz que “Deus é amor” (1Jo 4.8), mas não é possível haver amor na solidão pessoal. b. Personalidade do homem: Se este “Deus Uno” criasse o homem à sua imagem e semelhança, os seres humanos teriam uma natureza ‘autista’, em que o relacionamento seria impossível. c. Implicações: i. Se Deus precisasse do homem para se relacionar, ele seria dependente. ii. Se Deus fosse fechado em si mesmo, ele não se relacionaria com criação. iii. Caso Deus se relacionasse de alguma forma com a sua criatura, não haveria amor nem segurança de coexistência de Deus com a humanidade. iv. Os seres humanos seriam incapazes de se relacionar com amor e, neste caso, a própria sobrevivência da espécie estaria ameaçada de extinção. v. Se os seres humanos se relacionassem bem entre si, então eles seriam melhores do que Deus? d. Conclusão: a perfeição de Deus está assentada na elevada ordem da Trindade, ou seja, um Deus que subsiste em três pessoas em comunhão eterna, íntima e perfeita, que criou o homem à sua imagem e semelhança. [5] Aplicação doutrinária quanto ao amor: a. Amor: fora de Deus não há explicação para o amor; a Trindade é a referência universal para o amor, porque o amor existiu em Deus desde toda eternidade. Quando o homem moderno afirma que é produto de evolução, ele nega sua personalidade e reduz a si mesmo a um ser originado do impessoal. b. Imagem e semelhança de Deus: só o cristão pode compreender o sentido do amor e vivê-lo “de fato, e de verdade”, em toda a sua beleza e plenitude. Em Cristo, o amor deixa de ser uma palavra sem sentido porque sua realidade se fundamenta no amor que sempre houve entre as pessoas da Trindade, desde toda eternidade. c. Implicações: i. Se Deus fosse uno, ele não poderia comunicar plenamente o seu amor. ii. Se há amor na Trindade, então Deus é pessoal. iii. Se Deus criou os homens à sua imagem e semelhança, somos pessoais. iv. Ao amar, estou refletindo uma experiência que sempre houve em Deus. Eu posso me relacionar com Deus em amor e posso amar os meus semelhantes. [6] Aplicação doutrinária quanto à justificação: a. Deus Uno: se Deus fosse uno, santo e justo, Ele não poderia salvar o homem sem comprometer sua santidade. Como é que o Todo-Santo poderia perdoar e ter comunhão com os pecadores? (Jó 9.22 — “não há entre nós árbrito”) b. Trindade: Deus é justo e o Justificador de nossos pecados (Rm 3:23-26), porque ele é pluri-pessoal; assim ele pode ser o Santo Juiz, o Cordeiro sacrificial que morreu em nosso lugar e o Espírito santificador que atua em nós. [7] Reflexão: a. Trindade: 1. Deus é três pessoas; 2. Cada pessoa é plenamente Deus; 3. Há um só Deus" (Wayne Grudem). b. Deus é invisível: Paulo diz que Deus é o Rei eterno, invisível a quem nenhum homem viu nem é capaz de ver. Este Deus se revelou a nós por meio de Cristo. c. Comunhão: nós fomos chamados à comunhão da Trindade (ver a oração sacerdotal de Jesus em Jo 17.11, 21, 23, 26; “nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho“ 1Jo 1.3b).