A MEMÓRIA e o webjornalismo; banco de dados antes e depois da internet; Jornalismo de dados no contexto contemporâneo.
Fonte: http://datajournalismhandbook.org/ (Jonathan Gray, Liliana Bonegro, Luvy Chambers)
4. MEMÓRIA
■ Facilitadora de todas as características anteriores
– A Memória no Jornalismo na Web pode ser recuperada tanto pelo Produtor da
informação, quanto pelo Utente, através de arquivos online providos com
motores de busca (search engines) que permitem múltiplos cruzamentos de
palavraschaves e datas (indexação). Sem limitações de espaço, numa
situação de extrema rapidez de acesso e alimentação (Instantaneidade e
Interactividade) e de grande flexibilidade combinatória (Hipertextualidade), o
Jornalismo tem na Web a sua primeira forma de Memória Múltipla,
Instantânea e Cumulativa. (PALACIOS, 2002, p.7)
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5. MEMÓRIA
■ Banco de dados
– ANTES: Armazenamento de informação e consulta
– DEPOIS:
■ Forma cultural simbólica na contemporaneidade (MANOVICH, 2001 apud REGES
2012)
■ Formato no jornalismo digital (MACHADO, 2004 apud REGES 2012)
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6. MEMÓRIA
■ Para o Webjornalismo, as bases de dados são definidoras da estrutura e da
organização das informações, bem como da sua apresentação. A forma da notícia,
os modos para sua classificação interna e externa, assim como a sua atualização,
níveis de articulação com o conteúdo inserido numa BD e posterior recuperação
vão requerer outro tratamento, conformado a partir das noções de: resolução
semântica, metadados, relato imersivo ou narrativa multimídia, e jornalismo
participativo. Por isso, as definições de depósito integrado de dados, coleção de
documentos, repositório de informações para consulta e recuperação já não
bastam quando se está trabalhando com a idéia de BDs como forma cultural e,
mais especificamente, com a concepção de formato. (BARBOSA, 2005, p.4 e 5
apud REGES, 2012)
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8. JORNALISMO DE DADOS
■ Os dados podem ser a fonte do jornalismo de dados, ou podem ser as ferramentas
com as quais uma notícia é contada — ou ambos. Como qualquer fonte, devem ser
tratados com ceticismo; e como qualquer ferramenta, temos de ser conscientes
sobre como eles podem moldar e restringir as reportagens que nós criamos com
eles.
– Paul Bradshaw, Birmingham City University
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9. JORNALISMO DE DADOS
■ A análise dos dados pode revelar "o formato de uma história" (Sarah Cohen), ou nos
fornecer uma "nova câmera" (David McCandless). Usando os dados, o principal foco
do trabalho de jornalistas deixa de ser a corrida pelo furo e passa a ser dizer o que
um certo fato pode realmente significar. O leque de temas é abrangente: a próxima
crise financeira em formação, a economia por trás dos produtos que usamos, o uso
indevido de recursos ou os tropeços políticos. Tudo isso pode ser apresentado em
uma visualização de dados convincente que deixe pouco espaço para discussão.
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10. JORNALISMO DE DADOS
■ Assimetria de informações
■ Filtrar e não caçar as informações
■ Independência das fontes oficiais
■ Novas abordagens para as narrativas jornalísticas
– Processamento / Lapidação
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12. JORNALISMO DE DADOS
■ Do ponto de vista de um jornal local, o jornalismo de dados é crucial. Existe um
ditado que diz que "uma telha solta na frente da sua porta é mais importante que
uma revolta em um país distante". O fato que se coloca diante de você e provoca
impacto direto na sua vida. Ao mesmo tempo, a digitalização está em todos os
lugares. Porque jornais locais têm esse impacto direto na região em que são
distribuídos e as fontes tornam-se cada vez mais digitais, um jornalista precisa
saber como encontrar, analisar e visualizar histórias usando dados como matéria-
prima.
– Jerry Vermanen, NU.nl
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13. JORNALISMO DE DADOS
■ O QUE PRECISA MUDAR?
– A alergia ao pensamento lógico, racional, e quantitativo
– A falta de conhecimento dos rudimentos de métodos de pesquisa
– O ensino universitário do jornalismo
– A obrigatoriedade do diploma
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